MULHER Uma mulher (do latim muliere ) é um ser humano adulto do sexo feminino. Na infância, normalmente é denominada em português como "menina" e, na adolescência, como "moça" ou "rapariga". O termo "mulher" é usado para indicar tanto distinções sexuais biológicas quanto distinções nos papéis sócio-culturais. |
As passagens da infância para a adolescência e da adolescência para a idade adulta são feitas pela sociedade baseada em critérios tanto biológicos quanto sócio-culturais e, desta forma, pode variar grandemente entre diferentes culturas. |
biológico, a passagem para a adolescência é marcada pela menarca, ou seja, pelo início da menstruação.O símbolo de Vénus, também referido para o gênero feminino, remete à deusa Vénus, deusa do amor e da beleza na mitologia romana, equivalente à Afrodite na mitologia grega. É uma representação simbólica do espelho na mão da deusa Vénus ou um símbolo abstrato para esta deusa: um círculo com uma pequena cruz equilateral embaixo (Unicode: ♀). O símbolo de Vénus também representa a feminilidade e na antiga alquimia representava o Cobre. Os alquimistas compunham o símbolo com um círculo, representativo do espírito sobre uma cruz equilateral, que representa a matéria. |
Idade e terminologia
Uma
criança do sexo feminino se torna mulher após a fase da infância,
mudança geralmente marcada biologicamente pela ocorrência da menarca. Muitas culturas apresentam ritos de passagem para simbolizar a chegada da maturidade, como aconfirmação em algumas ramificações do cristianismo, o B'nai Mitzvá no judaísmo ou
até mesmo o costume de se realizar uma celebração especial para um
determinado aniversário, geralmente entre 12 e 21 anos, como o baile de debutante [carece de fontes], geralmente realizado no aniversário de 15 anos. É interessante observar que debutante vem do francês debutante, que pode ser traduzido como "a jovem que se estreia na vida social".
A
palavra "mulher" pode ser usada genericamente significando todo o ser
humano fêmea ou, especificamente, significar um humano fêmea adulto
como contrastado a "menina". A palavra "menina" significa,
originalmente, uma criança do sexo feminino. "Menina" é usada
atualmente de forma coloquial quando se refere a uma mulher nova ou solteira, ou de forma afetuosa.
De forma recíproca, em determinadas culturas há a ligação entre a honra da família com a virgindade feminina.
A referência a uma mulher solteira como "mulher" pode, em tal cultura,
implicar a suposição de que ela já tenha tido uma experiência sexual, o
que seria um insulto à família.
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Sexo e Mulher
Nos termos da biologia, os órgãos sexuais femininos estão envolvidos no sistema reprodutivo, enquanto que caracteres sexuais secundários estão envolvidos na nutrição da cria pré e pós o parto ou, de acordo com culturas, atraindo um emparceiro. Os ovários, além de regularem a produção de hormônios, produzem o gameta feminino, o óvulo, que quando fertilizado pelo gameta masculino, o espermatozoide, dá origem a um indivíduo geneticamente novo. O útero é um órgão composto por uma série de tecidos que promovem a proteção e a nutrição do feto. É revestido por uma camada de músculos lisos que realizam as contrações durante o parto para promover a saída da cria através do canal vaginal. A vagina pode ser um órgão com funções de cópula e de parto. Frequentemente a palavra "vagina" é usada de forma coloquial e incorreta para se referir à vulva ou à genitália externa das fêmeas, que inclui também os lábios, o clitóris e auretra. Os seios evoluíram a partir das glândulas de suor para a produção do leite, uma secreção nutritiva que é a característica mais específica dosmamíferos.
Em mulheres maduras, o seio é geralmente mais proeminente quando
comparado a maioria dos outros mamíferos, mesmo no período em que não
está amamentando. Esta proeminência não é necessária para a produção de leite. O quadril apresenta
um aumento de tamanho entre a infância e a maturidade sexual para
permitir o acúmulo de reservas de energia em forma de gordura, para
posterior utilização, quando servirão ao desenvolvimento do feto e à
amamentação.
Um desequilíbrio de níveis hormonais e alguns produtos químicos, como o uso de drogas, podem alterar as características sexuais primárias ou secundárias do feto. A maioria das mulheres têm o cariótipo 46,
XX, mas aproximadamente uma em cada mil mulheres será 47, XXX, e uma em
2500 mulheres será 45, X, porém tal variação não constitui problema
para a portadora, pois em uma mulher normal XX, apenas um X está em
funcionamento. Isto contrasta com o cariótipo masculino típico de 46,
XY; assim, os cromossomos X
e Y são conhecidos como cromossomo feminino e cromossomo masculino,
respectivamente. Ao contrário do cromossomo Y, o X pode vir tanto da mãe como do pai. Sendo assim, os estudos de genética que focalizam a linhagem feminina usam o DNA mitocondrial, que tipicamente provém da mãe.
A maioria de mulheres ao terem a menarca já podem então ficar grávidas e terem a criança. Isto requer a fertilização interna de um dos seus óvulos com o esperma de um homem geralmente durante a atividade sexual, ou através de inseminação artificial ou da implantação cirúrgica de um embrião pré-existente. As mulheres geralmente alcançam a menopausa entre o final dos 40 anos e o início dos 50. Neste ponto, seus ovários cessam de produzir o estrogênio e ela já não pode mais ficar grávida.
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Saúde
Em geral, as mulheres sofrem das mesmas doenças que os homens. Existem determinadas doenças que afetam com mais frequência as mulheres, tais como o lupus (bem
como existem doenças que afetam mais os homens). Também há algumas
doenças sexo-relacionadas que são encontradas mais frequentemente ou
exclusivamente nas mulheres, como, por exemplo, o câncer de mama, o qual, em 80 por cento dos casos, é em mulheres contra os 20 por cento de ocorrência nos homens, e o câncer cervical ou o câncer de ovário, exclusivos em mulheres. Mulheres e homens podem apresentar sintomas diferentes para a mesma doença e podem também responder diferentemente a um mesmo tratamento médico.
Nem sempre os fatores biológicos são suficientemente claros para determinar o género de uma pessoa. No caso das pessoas que apresentam intersexualidade (que misturaram características físicas e/ou genéticas dos dois géneros)
podem ser usados outros critérios para justificar a decisão. Em termos
legais esta decisão é tomada por terceiros, pois, obviamente, um bebê
não tem capacidade de a tomar e há a obrigação legal de classificar os
cidadãos em termos de sexo. Há também mulheres que têm uma psicologia
tipicamente masculina e/ou se sentem socialmente como homens na
totalidade ou em diversos graus, ver transgénero e transexualidade.
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Visão bíblicaEva
Segundo a Bíblia, a mulher foi feita a partir de uma costela de Adão, significando, com isso, que ela é a companheira, ou seja, está a seu lado, tal qual as costelas.
O osso da costela alude à igualdade entre homem e mulher, dado que não
foi utilizado um osso inferior (um osso do pé, por exemplo), nem um
osso superior (do crânio, por exemplo), mas sim um osso do lado. Outra
interpretação, em sintonia com a primeira, lembra que a mulher é
protetora da vida, dado que os ossos da costela protegem o coração.
Segundo Joseph Campbell,
a "metade da população mundial acha que as metáforas das suas tradições
religiosas são fatos. A outra metade afirma que não são fatos de forma
alguma. O resultado é que temos indivíduos que se consideram fiéis
porque aceitam as metáforas como fatos, e outros que se julgam ateus
porque acham que as metáforas religiosas são mentiras" .
Uma dessas grandes metáforas é a de Eva. Campbell expõe que a metáfora
da costela de Adão exemplifica o distanciamento dos hebreus da religião
cultuada entre os antigos — a do culto à Mãe Terra, Mãe Cósmica ou Deusa Mãe. Este culto insere-se dentro de um contexto social e religioso cujas raízes remontam aos registros pré-históricos do Paleolítico e doNeolítico.
A arqueologia pré-histórica
e a mitologia pagã registram esta origem do culto à Deusa Mãe. As mais
remotas descobertas de uma religião humana remontam, inicialmente, ao
culto aos mortos, e ao intenso culto da cor vermelha ou ocre associado ao sangue menstrual e ao poder de dar a vida. Na mitologia grega, a chamada "mãe de todos os deuses", a deusa Reia (ouCibele, entre os romanos), exprime este culto na própria etimologia: reia significa "terra" ou "fluxo". Campbell argumenta que Adão (do hebraico אדם, relacionado tanto a adamá ou "solo vermelho", "barro vermelho", quanto a adom ou "vermelho", e dam,
"sangue") foi criado a partir do barro vermelho ou argila. A identidade
da religião com a Mãe Terra, a fertilidade, a origem da vida e da
manutenção da mesma com a mulher, seria, segundo Campbell, retratada
também na Bíblia:
"...a santidade da terra, em si, porque ela é o corpo da Deusa. Ao
criar, Jeová cria o homem a partir da terra [da Deusa], do barro, e
sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente,
nessa forma. Mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui
fora. O corpo de cada um é feito do corpo dela. Nessas mitologias dá se
o reconhecimento dessa espécie de identidade universal"[4] .
Segundo Campbell, o patriarcalismo surgido
com os hebreus deve-se, entre outras razões, à atividade belicosa de
pastoreio de gado bovino e caprino, e às constantes perseguições
religiosas que desencadeavam o nomadismo e a perda de identidade territorial
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O papel da mulher na Bíblia
O papel atribuído à mulher é referido na Bíblia como portadora, tal como o homem, da marca da divindade, de Deus; esposas têm papel sempre importante, seja como amadas parceiras ou como companheiras dos maridos (Gênesis, 2:20-24; Provérbios, 19:14; Eclesiastes, 9:9); do Monte Sinai, Deus ordenou às crianças que honrem tanto a mãe como o pai (Êxodo, 20:12) . Não há qualquer motivo para considerar Eva marginalizada ou relegada a qualquer status secundário a Adão; muito pelo contrário, a escritura situa a mulher com honras especiais (Primeira Epístola de Pedro, 3:7); maridos são orientados a amar suas mulheres de maneira sacrificada se for necessário, até com custo de suas vidas (Epístola aos Efésios, 5:25-31); e a Bíblia celebra e reconhece o valor de mulheres virtuosas (Provérbios, 12:4; 31:10; Primeira Epístola aos Coríntios, 11:7)
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MULHER E ESPIRITISMO A Doutrina Espírita nos ensina que nossa condição de mulher ou homem é apenas uma maneira de experienciarmos a existência humana rumo à evolução. Somos em essência, espíritos e, portanto, não temos sexo. Assim, estamos homens ou mulheres em determinados momentos de nossa caminhada. As perguntas 201 e 202 de O Livro dos Espíritos esclarecem:P. 201. “O espírito que animou um corpo de um homem, em uma nova existência, pode animar o de uma mulher, e vice-versa?” –“Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres” P. 202 “Quando se é Espírito, prefere-se encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?” – “Isso pouco importa ao Espírito; ele escolhe segundo as provas que deve suportar. Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres porque eles não têm sexos. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens” |
As diferenças entre homens e mulheres, assim, não assinalam nenhum tipo de inferioridade física, psicológica, ou moral de um para o outro. Se elas possuem menor força muscular e diferente constituição corporal, é para poder experienciar, nesta organização somática, as belezas e agruras tão peculiares, de ser uma mulher, desenvolvendo habilidades psíquicas, afetivas, intra e interpessoais de maneira singular e produtiva.Tal visão bela e igualitária da Mulher é trazida pelo advento do Espiritismo. Reconhecendo e admirando as características delicadas e sublimes do ser em estado feminino, Léon Denis nos brinda em seu livro, No Invisível, com o seguinte texto:Durante longos séculos a mulher foi relegada para segundo plano, menosprezada, excluída do sacerdócio. Por uma educação acanhada, pueril, supersticiosa, a manietaram; suas mais belas aptidões foram comprimidas, conculcado e obscurecido o seu caráter. (...). O moderno Espiritualismo, graças às suas práticas e doutrinas, todas de ideal, de amor, de equidade, encara a questão de modo diverso e resolve-as e sem esforço e sem estardalhaço. |
Restitui à mulher seu verdadeiro lugar na família e na obra social, indicando-lhe a sublime função que lhe cabe desempenhar na educação e no adiantamento da humanidade. Faz mais: reintegra-a em sua missão de mediadora predestinada, verdadeiro traço de união que liga as sociedades da Terra às do Espaço (...). O materialismo, não ponderando senão o nosso organismo físico faz da mulher um ser inferior por sua fraqueza e a impele à sensualidade (...). Com o Espiritualismo, porém, ergue de novo a mulher a inspirada fronte, vem associar-se intimamente à obra de harmonia social, ao movimento geral das idéias. O corpo não é mais que uma forma tomada por empréstimo; a essência da vida é o espírito, e nesse ponto de vista o homem e a mulher são favorecidos por igual. Pelo Espiritismo se subtrai a mulher do vértice dos sentidos e ascende à vida superior. Cessa, desde então, a luta entre os dois sexos. As duas metades da Humanidade se aliam e se equilibram no amor, para cooperarem juntas no plano providencial, nas obras da Divina Inteligência (DENIS, 1973, p.78-80) |
Neste
dia 8 de março, relembramos a história das bravas mulheres que
desencarnaram no incêndio numa fábrica, ao lutar pelos seus direitos em
1857 e refletimos sobre tantas outras, que durante os séculos,
sacrificaram-se pela incompreensão do império do homem. Lembremos
ainda, da mulher adúltera que seria apedrejada, a quem Jesus usou como
o mais nobre exemplo de misericórdia para com as faltas
alheias.Exaltamos também aquelas outras que, na existência carnal e
espiritual, brindam a humanidade com um sorriso delicado, o colo
maternal, o companheirismo abnegado, a força moral que não cede às
intempéries da vida, o trabalho incessante em quantas jornadas diárias
forem necessárias e, mais ainda, o cálice sagrado onde Deus depositou a
responsabilidade da Vida. E, por fim, não esqueçamos nunca que o mais iluminado espírito que já passou pelo nosso planeta, foi recepcionado no seio amantíssimo de Maria, elevada por Ele mesmo à condição de mãe |