Biografia Eva Todor(Atriz)


Eva Todor

Eva Todor Nolding (Budapeste, 9 de novembro de 1919) é uma atriz brasileira nascida na Hungria.

Biografia 

Nascida de uma família de judeus húngaros ligados ao meio artístico, Eva começou nos palcos ainda criança, como bailarina da Ópera Real de Budapeste. Por conta das dificuldades financeiras que a Europa enfrentava no período pós-Primeira Guerra, a família Fodor abandonou sua terra natal e emigrou para o Brasil, em 1929. No ano seguinte, Eva, com apenas nove anos,

retomou carreira como bailarina, no Rio de Janeiro. Aos 10 começa a estudar dança clássica com Maria Olenewa, no Theatro Municipal. Foi quando adotou o sobrenome artístico de "Todor" no lugar do original Fodor, cuja pronúncia no Brasil remeteria a um palavrão.
Aos 12 anos, Eva faz um teste para o Teatro Recreio e em 1934 estreia como atriz no espetáculo “Quanto Vale uma Mulher”, de Luiz Iglesias. Permanece na companhia e acaba por se casar com Iglesias em 1939, tornando-se a primeira atriz daquela companhia de revistas. Logo seu talento para os papéis cômicos se revela, o que leva seu marido a escrever peças com personagens concebidas especialmente para sua verve.

Era especialista em papéis de moças ingênuas. No ano de 1940, funda a companhia “Eva e Seus Artistas”, que estreia com “Feia”, de Paulo de Magalhães, sob a direção de Esther Leão.Em 1942, Eva Todor participa da peça "Deus Lhe Pague" no batismo cultural de Goiânia, a nova cidade planejada concebida para ser a capital estadual de Goiás. A peça ocorreu no recém-inaugurado Teatro Goiânia e contou com a presença do então presidente Getúlio Vargas e do governador Pedro Ludovico Teixeira. Eva assistiu de perto Vargas e Pedro Ludovico entregarem a chave da cidade para o novo prefeito, o Prof. Venerando de Freitas Borges.

Seu primeiro papel dramático foi em “Cândida”, de George Bernard Shaw, um dos maiores sucessos da temporada carioca de 1946, e que ficou quatro meses em cartaz. Seguiu-se no ano seguinte “Carta”, de Somerset Maugham.
Pela companhia “Eva e Seus Artistas”, que duraria até fins da década de 1950 passaram grandes nomes da cena teatral de então, como André Villon, Jardel Jércolis, Elza Gomes e Henriette Morineau.
O estilo de atriz cômica de Eva seria abandonado em 1966, com a estreia do drama “Senhora da Boca do Lixo”, de Jorge Andrade, sob a direção de Dulcina de Moraes. O gênero cômico continua sendo seu favorito, mas a atriz abre o leque de sua interpretação em peças como “De Olho na Amélia” (Georges Feydeau), que lhe valeu o Prêmio Molière de melhor atriz em 1969, “Em Família”, de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de Sérgio Britto, (1970); e “Quarta-Feira Lá em Casa, Sem Falta”, de Mario Brasini (1977).

No cinema, Eva estreou em “Os Dois Ladrões” (1960), produção de Carlos Manga e um dos últimos filmes de sucesso do gênero das chanchadas. Ao lado de Oscarito protagonizou uma das mais célebres passagens do cinema brasileiro, a “cena do espelho”. Em 1964 atua em “Pão, Amor e… Totobola”, de Henrique Campos.
Mas seria na televisão que Eva Todor se tornaria mais famosa. Foram 21 trabalhos em telenovelas, minisséries e especiais. No gênero, seu papel mais marcante foi o de Kiki Blanche, na novela “Locomotivas” (1977).

Retomou a carreira cinematográfica quase 40 anos depois de seu último filme, protagonizando o delicado curta-metragem “Achados e Perdidos”, de Eduardo Albergaria, como uma mulher que recebe um carta de amor escrita para ela há mais de 50 anos. Eva Todor atua também em `Xuxa Abracadabra´, dirigido por Moacyr Góes. Seu filme mais recente foi “Meu Nome Não é Johnny”.
Em 2007, com 87 anos de idade, lançou seu livro de memórias, intitulado "O Teatro da Minha Vida", escrito por Maria Ângela de Jesus.

Seu último trabalho na TV foi na novela Caminho das Índias, onde deu vida a divertida e amorosa Dona Cidinha. A atriz ficou triste por não poder aparecer nos últimos capítulos da trama de Glória Perez, em decorrer de fortes dores no estômago devido a uma hérnia de hiato, problema de saúde que sofre desde a infância. Eva precisou ser internada e passou por uma cirurgia, de que se recuperou rapidamente. 

Foi convidada para reviver a personagem Kiki Blanche na nova versão de Ti Ti Ti. Eva fez a personagem numa participação especial, que fez na novela Locomotivas, em 1977.

Trabalhos na televisão 

1975 - Roque Santeiro (versão censurada) .... Ambrosina Abelha "Dona Pombinha"
1977 - Locomotivas.... Kiki Blanche
1978 - Te Contei?.... Lola
1979 - Memórias de Amor.... Agripina
1980 - Coração Alado.... Hortênsia
1982 - Sétimo Sentido.... Santinha (Maria Santa) Bergman Rivoredo
1983 - Sabor de Mel.... Marta
1984 - Partido Alto.... Cecília
1985 - A Gata Comeu.... Ela mesma (participação especial)
1987 - O Outro.... Liúba
1989 - Top Model.... Morgana
1992 - De Corpo e Alma.... Calu
1993 - Olho no Olho.... Veridiana
1994 - Incidente em Antares.... Venusta
1996 - Quem É Você?.... Augusta
1998 - Hilda Furacão.... Loló
1999 - Suave Veneno.... Maria do Carmo Canhedo


2000 - O Cravo e a Rosa.... Josefa
2001 - Sítio do Picapau Amarelo .... Mazé (Maria José)
2002 - Malhação.... Isaura
2002 - Brava Gente.... Tia (Episódio A Casa Errada)
2004 - Sob Nova Direção.... (TV episódio: O Casamento do Meu Melhor Inimigo)
2004 - A Diarista.... (TV episódio: Parece Mas Não É)
2005 - América.... Miss Jane
2006 - JK.... Carlota Bueno
2007 - Amazônia, de Galvez a Chico Mendes.... Branquinha
2008 - Casos e Acasos..... Dona Alba (TV episódio: O Trote, o Filho e o Fora)
2009 - Caminho das Índias.... Dona Cidinha
2010 - Ti Ti Ti.... Kiki Blanche (participação especial)
2012 - As Brasileiras... Dona Conchita (TV episódio: A Vidente de Diamantina)
2012 - Salve Jorge... Dália
Filmes 

1960 - Os Dois Ladrões.... Madame Gaby
1964 - Pão, Amor e... Totobola.... Mulher de Costa
2003 - Xuxa Abracadabra.... Avó
2008 - Meu Nome Não é Johnny.... D. Marly

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