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Maranhense , nascido em 1965, este é o psicopata mais terrível já surgido na história criminal brasileira e o maior serial killer da história tupiniquim. Em seu primeiro julgamento, ele confessou o assassinato de Jonathan Silva Vieira, de 15 anos, em 2003, crime pelo qual foi condenado a vinte anos e oito meses de prisão.
Foi apenas uma das 42 mortes de meninos nos municípios maranhenses de São Luís, Paço do Lumiar e São José de Ribamar e em Altamira no Pará.
A série de assassinatos, ocorridos entre 1991 e 2003, ficou conhecida como
O Caso dos Meninos Emasculados de Altamira
e teve repercussão internacional.
A história do assassino
Abandonado pelo pai, perdeu a mãe quando tinha tinha quatro anos. Foi criado pela avó, uma mulher rude e violenta. Francisco trabalhava vendendo bolos na rua – e apanhava sempre. Chegou a morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas, morou no Pará, onde matou pelo menos 12 meninos e no Maranhão, onde pesa sobre ele a acusação de 30 homicídios.
Francisco diz que, apesar de ter parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à noite, jogando pedras em gatos. Durante as várias fases dos processos, assumiu e negou os crimes, deu várias declarações confusas e caiu em diversas contradições.
O elemento mais sórdido dos crimes é que Chagas abusava de suas vítimas e as mutilava: cortava dedos e orelhas e, quase sempre, arrancava o pênis dos meninos assassinados. Apesar de todas as evidências e confissões já feitas, Francisco volta e meia ainda nega seus crimes. Nesses momentos, fala de uma imensa conspiração, envolvendo a polícia, a Justiça e a imprensa, para incriminá-lo. "Existe muita coisa suja no meio dessa história. Tem um rio de esgoto, que desce do Brasil e para tudo aqui, no Maranhão", disse certa vez em entrevista. Sua negação revela muito da personalidade psicopata. "Como qualquer criminoso, o psicopata faz de tudo para atenuar sua pena. Mente sem nenhum problema. Mas ele não consegue se manter consistente na mentira, e cai em contradições", diz a psiquiatra forense Hilda Morana.
Para negar as emasculações de suas vítimas, Francisco recorre a argumentos curiosos. "Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente". Como a emasculação de crianças e adolescentes poderia render dinheiro? Francisco tinha uma resposta pronta: tráfico de órgãos. Ao ser informado de que não existe transplante de pênis, a princípio se mostrou um tanto confuso, reiterando apenas que "neste planeta existe cada coisa que a gente fica abismado, não acreditando". Mas, pouco depois, saiu-se com outra explicação: "A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar". As mutilações, portanto, seriam resultado natural da decomposição – ou, ainda segundo as sugestões imaginosas do assassino, da ação de algum inseto ou ave, já que os corpos foram encontrados no meio de matagais.
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As vítimas
As vítimas de Francisco das Chagas de Brito eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção, aparentemente, é um garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.
As crianças eram pobres e moravam perto de onde Francisco morava. Muitas eram vendedores ambulantes, como ele também já havia sido. O psicopata as atraía para uma mata fechada, geralmente com algum convite como ir pegar frutas. Durante as investigações, conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários corpos.