Gibi foi o título de uma revista brasileira de história em quadrinhos, cujo lançamento ocorreu em 1939. Graças a ela, no Brasil o termo gibi tornou-se sinônimo de "revista em quadrinhos" (banda desenhada, em Portugal). Na época, Gibi significava moleque, negrinho, porém, com o tempo a palavra passou a ser associada a revistas em quadrinhos e, desde então, virou uma espécie de "sinônimo". Era publicada pelo Grupo Globo, como concorrente da revista Mirim de Adolfo Aizen. Este editor, futuro fundador da EBAL, foi o pioneiro dos quadrinhos publicados como suplemento de jornal no Brasil (idéia que retirara de uma viagem aos Estados unidos), com o seu Suplemento Juvenil que acompanhava o jornal "A Nação". Mais tarde, o jornal O Globo copiou a idéia e lançou um suplemento chamado O Globo Juvenil.[2] O Gibi teve originalmente em suas páginas tiras diárias e tiras dominicais coloridas Charlie Chan (personagem que, anos depois, ganharia um desenho animado pela Hanna-Barbera), Brucutu, Ferdinando (ou Família Buscapé e vários outros personagens das histórias em quadrinhos. No ano de 1974 a antiga Rio Gráfica Editora (atualmente conhecida como Editora Globo) teve a iniciativa de relançar nas bancas brasileiras a revista Gibi. Em outubro de 1993, a Editora Globo lançou outra revista com um título homônimo. A editora publicava periodicamente alguma revista com o título para não perder os direitos sobre o mesmo.
As histórias em quadrinhos no Brasil foram publicadas inicialmente no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras. A edição de revistas próprias de histórias em quadrinhos no país começou no início do século XX. Mas, apesar do Brasil contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses.