PALAVRAS DE RAMATIS 02


PALAVRAS DE RAMATIS 02.

 
FISIOLOGIA DA ALMA.

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo.
 
ERGUNTA: — Esses métodos eficientes e de rapidíssima execução na matança que
se processa nos matadouros e frigoríficos modernos, evitam os prolongados sofrimentos que
eram comuns no tipo de corte antigo. Não é verdade?
RAMATÍS: — Pensamos que o senso estético da Divindade há se sempre preferir a
cabana pobre, que abriga o animal amigo, ao matadouro rico que mata sob avançado
cientificismo da indústria fúnebre. As regiões celestiais são paragens ornadas de luzes, flores e
cores, onde se casam os pensamentos generosos e os sentimentos amoráveis de suas
humanidades cristificadas. Essas regiões também serão alcançados, um dia, mesmo por aqueles
que constroem os tétricos frigoríficos e os matadouros de equipo avançado, mas que não se
livrarão de retornar à Terra, para cumprir em si mesmos o resgate das torpezas e das
perturbações infligidos ao ciclo evolutivo dos animais. Os métodos eficientes da matança
científica, mesmo que diminuam o sofrimento do animal, não eximem o homem da
responsabilidade de haver destruído prematuramente os conjuntos vivos que também evoluem,
como são os animais criados pelo Senhor da Vida!

Só Deus tem o direito de extingui-los, salvo quando eles oferecem perigo para a vida
humana, que é um mecanismo mais evoluído, na ordem da Criação.
PERGUNTA: — Surpreendem-nos as vossas asserções algo vivas; muita gente não
compreende, ainda, que essa grave impropriedade da alimentação carnívora causa-nos tão
terríveis conseqüências! Será mesmo assim?
RAMATÍS: — O anjo, já liberto dos ciclos reencarnatórios, é sempre um tipo de
suprema delicadeza espiritual. A sua tessitura diáfana e formosa, e seu cântico inefável aos
corações humanos não são produtos dos fluidos agressivos e enfermiços dos “patê de foie-gras”
(pasta de fígado hipertrofiado), da famigerada “dobradinha ao molho pardo” ou do repasto
albumínico do toucinho defumado!
A substância astral, inferior, que exsuda da carne do animal, penetra na aura dos seres
humanos e lhes adensa a transparência natural, impedindo os altos vôos do espírito. Nunca
havereis de solucionar problema tão importante com a doce ilusão de ignorar a realidade do
equívoco da nutrição carnívora e, quiçá, tarde demais para a desejada solução.
Expomo-vos aquilo que deve ser meditado e avaliado com urgência, porque os tempos
são chegados e não há subversão no mecanismo sideral. E mister que compreendais, com toda
brevidade, que o veículo perispiritual é poderoso ímã que atrai e agrega as emanações deletérias
do mundo inferior, quando persistis nas faixas vibratórias das paixões animais. E preciso que
busqueis sempre o que se afina aos estados mais elevados do espírito, não vos esquecendo de que
a nutrição moral também se harmoniza à estesia do paladar físico. Em verdade, enquanto os
lúgubres veículos manchados de sangue percorrerem as vossas ruas citadinas, para despejar o seu
conteúdo sangrento nos gélidos açougues e atender às filas irritadas à procura de carne, muitas
reencarnações serão ainda precisas para que a vossa humanidade se livre do deslize psíquico, que
sempre há de exigir a terapia das úlceras, cirroses hepáticas, nefrites, artritismo, enfartes,
diabetes, tênias, amebas ou uremias!
PERGUNTA: — Por que motivo considerais que o homem se inferioriza ao selvagem,
na alimentação carnívora, se ele usa de processos eficientes, que visam evitar o sofrimento do
animal no corte? Não concordais em que o homem também atende à sua necessidade de viver e
se subordina a um imperativo nutritivo que lhe requer uma organização industrial?
RAMATÍS: — O selvagem, embora feroz e instintivo, serve-se da carne pela
necessidade exclusiva de nutrição e sem transformá-la em motivos para banquetes e libações de
natureza requintada; entre os civilizados, entretanto, revivem esses mesmos apetites do selvagem
mas, paradoxalmente, de modo mais exigente, servindo de pretexto para noitadas de prazer, sob
as luzes fulgurantes dos luxuosos hotéis e restaurantes modernos. Criaturas ruidosas, álacres, e
que apregoam a posse de genial intelecto, devoram, em mesas festivas, os cadáveres dos animais,
regados pelos temperos excitantes, enquanto a orquestra famosa executa melodias que se casam
aos odores da carne carbonizada ou do cozido fumegante!
Apesar dos floreios culinários e do cardápio de iguanas “sui generis”, que tentam
atenuar o aspecto repugnante das vitualhas sangrentas, os homens carnívoros não conseguem
esconder a realidade do apetite desregrado humano! Aqui, a designação de “dobradinha à moda
da casa” apenas disfarça o repulsivo ensopado de estômago de boi; ali, os sugestivos “miúdos à
milanesa” são apenas retalhos de vesículas e fígado, traindo o sabor amargo da bílis animal;
acolá, os “apetitosos rins no espeto” não conseguem sublimar a sua natureza de órgãos
excretores da albumina e da uréia, que ainda se estagnam sob o cutelo mortífero. Embora se
queira louvar o esforço do mestre culinário, o “mocotó à européia” não passa de viscoso mingau
de óleo lubrificante de boi abatido; os “frios à americana” não vão além de vitualha sangrenta, e
a “feijoada completa” é apenas um nauseante charco de detritos cozidos na imundície do
chouriço denegrido, dos pés, películas e retalhos arrepiantes do porco, que ainda se misturam à
uréia da banha gordurosa!
E evidente que se deve desculpar o bugre ignorante, que ainda se subjuga à nutrição
carnívora e perverte o seu paladar, porque a sua alma atrasada ignora a soma de raciocínios
admiráveis que ao civilizado já é dado movimentar na esfera científica, artística, religiosa e
moral. Enquanto os banquetes pantagruélicos dos Césares romanos marcam a decadência de uma
civilização, a figura de Gandhi, sustentado a leite de cabra, é sempre um estímulo para a
composição de um mundo melhor.
PERGUNTA: — Deveríamos, porventura, violentar o nosso organismo físico, que é
condicionado milenarmente à alimentação de carne? certos de que a natureza não dá saltos e não
pode adaptar-se subitamente ao vegetarianismo, consideramos que seria perigosa qualquer
modificação radical nesse sentido. O nosso processo de nutrição carnívora já é um automatismo
biológico milenário. que há de exigir alguns séculos para uma adaptação tão insólita. Quais as
vossas considerações a esse respeito?
RAMATÍS: — Não sugerimos a violência orgânica para aqueles que ainda não
suportariam essa modificação drástica; para esses, aconselhamos gradativamente adaptações do
regime da carne de suíno para o de boi, do de boi para o de ave e do de ave para o de peixe e
mariscos. Após disciplinado exercício em que a imaginação se higieniza e a vontade elimina o
desejo ardente de ingerir os despojos sangrentos, temos certeza de que o organismo estará apto
para se ajustar a um novo método nutritivo de louvor espiritual. Mas é claro que tudo isso pede
por começar e, se desde já não efetuardes o esforço inicial que alhures tereis de enfrentar, é
óbvio que hão de persistir tanto esse tão alegado condicionamento biológico como a natural
dificuldade para uma adaptação mais rápida. Mas é inútil procurardes subterfúgios para justificar
a vossa alimentação primitiva e que já é inadequada à nova índole espiritual; é tempo de vos
asseardes, a fim de que possais adotar novo padrão alimentício. Inegavelmente, o êxito não será
alcançado do modo por que fazeis a substituição do combustível de vossos veículos; antes de
tudo, a vossa alma terá que participar vigorosamente de um exercício, para que primeiramente
elimine da mente o desejo de comer carne.
Muitas almas decididas, que já comandam o seu corpo físico e o submetem à vontade
da consciência espiritual, têm violentado esse automatismo biológico da nutrição de carne, do
mesmo modo por que alguns seres extinguem o vício de fumar, sob um só impulso de vontade.
Também estais condicionados ao vício da intriga, da raiva, da cólera, do ciúme, da crueldade, da
mentira e da luxúria; no entanto, muitos se libertam repentinamente dessas mazelas, sob
hercúleos esforços evangélicos.
E reconhecendo a debilidade da alma humana para as libertações súbitas, e preparando-
vos psiquicamente para repudiardes a carne, que temos procurado influenciar o mecanismo do
vosso apetite, dando-vos conselhos cruamente e de modo ostensivo, de modo a que mais
facilmente vos liberteis dos exóticos desejos de assados e cozidos, que, na realidade, não passam
de rebotalhos e cadáveres que vos devem inspirar náuseas e aversão digestivas.
Daí as nossas preocupações sistemáticas, em favor do vosso bem espiritual, para que ante
a visão, por exemplo, de dobradinhas “saborosas” que recendem ao molho odorante, reconheçais,
na verdade, as tétricas cartilagens que protegem a região broncopulmonar do boi, em cujo local
se processam as mais repugnantes trocas de matéria corrompida!

OBRIGADO AMIGOS POR ASSISTIREM O CANAL 
CURTAM O VIDEO SE INSCREVAM NO CANAL E MUITA PAZ
AMOR E SABEDORIA A TODOS.

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