Sedan BMW E90 |
Esportivo Lamborghini Gallardo |
Carro de Fórmula 1, exemplo de automóvel de competição |
Automóvel (do grego αὐτός ["autós"],
"por si próprio", e do latim mobilis, "mobilidade", como referência a
um objecto responsável pela sua própria locomoção) ou carro (das
línguas celtas, através do latim carru) é um veículo motorizado com
quatro rodas, existindo quem defenda que esta definição englobe também
os motociclos que são veículos motorizados com duas rodas. A definição
abrange a todos os veículos com autopropulsão movido a combustão
interna, que pode ser gerada por álcool, gasolina, gás, diesel,
hidrogénio (ainda em teste), biogasolina, biodiesel ou qualquer outra
mistura de combustível, comburente e calor que provoque a combustão
interna, ou híbrido, ou ainda os veículos terrestres que se movam por
meio de motores eléctricos ou a vapor com a finalidade de transporte de
passageiros e carga. O automóvel dos dias de hoje dispõe, tipicamente,
de um motor de combustão interna, de dois ou quatro tempos,
propulsionado a gasolina, diesel ou álcool. No entanto, a sua
constituição se deve a inúmeras invenções em várias artes e ciências,
como a física, matemática, design etc.
No contexto legal, a circulação automóvel encontra-se definida pelo código de estrada, que pode variar entre países. Por exemplo: no Brasil, o automóvel encontra-se definido no Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro como um veículo de transporte até 8 passageiros, excluído o condutor. | |
Já no século XVII, se idealizavam os veículos impulsionados a vapor;
Ferdinand Verbiest, um padre da Flandres, demonstrara-o em 1678 ao
conceber um pequeno carro a vapor para o imperador da China. Em 1769,
Nicolas-Joseph Cugnot elevava a demonstração à escala real, embora a
sua aplicação tenha passado aparentemente despercebida na sua terra
natal, França, passando a desenvolver-se sobretudo no Reino Unido, onde
Richard Trevithick montou um vagão a vapor em 1801. Este tipo de
veículos manteve-se em voga durante algum tempo, sofrendo ao longo das
próximas décadas inovações como o freio de mão, caixa de câmbio, e ao
nível da velocidade e direcção; algumas atingiram o sucesso comercial,
contribuindo significativamente para a generalização do tráfego, até
que uma reviravolta contra este movimento resultou em leis restritivas
no Reino Unido que obrigaram os veículos automóveis a serem precedidos
por um homem a pé acenando uma bandeira vermelha e soprando uma
corneta. Efectivamente, estas medidas travaram o desenvolvimento do
automóvel no Reino Unido até finais do século XIX; entretanto, os
inventores e engenheiros desviaram os seus esforços para o
desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, as locomotivas. A lei da
bandeira vermelha só seria suprimida em 1896.
Experiências isoladas realizadas em toda a Europa ao longo das
décadas de 1860 e 1870 contribuíram para o aparecimento de algo
semelhante ao automóvel atual. Uma das mais significativas foi a
invenção de um pequeno carro impulsionado por um motor a quatro tempos,
construído por Siegfried Markus (Viena, 1874). Os motores a vapor - que
queimavam o combustível fora dos cilindros, deram lugar aos motores de
combustão interna, que queimavam no interior do cilindro uma mistura de
ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito
pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo engenheiro alemão
conde Nikolaus Otto. A palavra "automóvel" surgiu na França em 1875 e
vem do grego autos, que significa "por si só", e do latim mobilis, que
quer dizer "móvel". Em 1876, o engenheiro alemão Nikolaus August Otto
desenvolveu o motor a explosão para álcool combustível, gasolina ou
gás, que substituiu os motores a vapor usados até então nas primeiras
experiências na construção de automóveis. A primeira patente do automóvel nos Estados Unidos foi concedida a Oliver Evans, em 1789. Mais tarde, em 1804, Evans demonstrou o seu primeiro veículo automóvel que não só foi o primeiro automóvel nos Estados Unidos mas também o primeiro veículo anfíbio, já que este veículo a vapor dispunha de rodas para circulação terrestre e de pás para circulação na água. O belga Étienne Lenoir construiu um automóvel com o motor de combustão interna a cerca de 1860, embora fosse propulsionado por gás de carvão. A sua experiência durou 3 horas para percorrer 7 milhas — teria sido mais rápido fazer o mesmo percurso a pé — e Lenoir abandonava as experiências com automóveis. O franceses reclamam que um Deboutteville-Delamare terá sido bem sucedido; em 1984 celebraram o centésimo aniversário desse automóvel. |