BEIJOS E VULCÕES Não te toque a noite nem o ar nem a aurora, só a terra, a virtude dos galhos, as maças que crescem ouvindo a água pura, o barro e as resinas de teu país fragrante. Desde Quinchamalí de onde fizeram-se teus olhos até teus pés criados para mim na Fronteira é a greda escura que conosco: em teus quadris toco de novo todo o trigo. Talvez tu não o sabias, araucana, que quando antes do amar-te me esqueci de teus beijos meu coração ficou recordando tua boca e fui como um ferido pelas ruas até que compreendi que havia encontrado, amor, meu território de beijos e vulcões. PABLO NERUDA |
BEIJOS E VULCÕES UM SONETO DE PABLO NERUDA
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setembro 10, 2016
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