A
Volkswagen
A
Volkswagen é uma empresa alemã que pertence ao Grupo Volkswagen. É a
maior fabricante de automóveis e tem a sua sede na cidade de
Wolfsburgo, Baixa Saxônia. O Grupo Volkswagen, além da marca
Volkswagen, é também proprietário das marcas Audi, Bentley, Bugatti,
Ducati, Lamborghini, Seat, Porsche, Skoda, MAN e Volkswagen Caminhões,
e Scania. Em março de 2011, a Volkswagen adquiriu o segmento comercial
da Porsche , por 3,3 bilhões de euros, tendo assim o direito de
negociar e operar pela marca "Porsche", fazendo com que a Volkswagen
fique mais próximo à fusão com a "PHS" (Porsche Holding Salzburg).Em
julho de 2011, a Volkswagen, que já era o maior acionista do Grupo MAN
SE, elevou sua participação para 55,9% das ações, consolidando-se como
acionista majoritário. Em abril de 2012, a Volkswagen, por intermédio
da Audi,anunciou o compra da fabricante italiana de motos Ducati,
aumentando a rivalidade com a BMW também no segmento de motos
esportivas.A Volkswagen também patrocina alguns eventos esportivos,
como o Rali Dakar, a Seleção Argentina de Futebol, a Seleção
Neozelandesa de Futebol e a Seleção Russa de Futebol, além da Academia
do David Beckham. Também patrocinou os Jogos Olímpicos de Verão de 2008
e patrocina o time alemão VfL Wolfsburg.A Volkswagen possui no Brasil,
mais precisamente no estado de São Paulo, duas pequenas centrais
hidrelétricas (PCH) nas margens do rio Sapucaí, sendo uma denominada
Anhanguera e a outra, Monjolinho.
Nome Volkswagen
(pronuncia-se AFI: [ˈfɔlksˌvaːɡən]) é uma palavra que em língua alemã
significa "carro do povo". ´Mas é normalmente referida pela abreviatura
VW. Seu slogan comercial atual é Das Auto, expressão em alemão que
significa "O Carro".
História Origem: Década de 30, século XX, Alemanha
A
origem da empresa remonta à década de 1937, na Alemanha nazista, e ao
projeto de construção do automóvel que ficaria conhecido no Brasil como
"Fusca", em Portugal como "Carocha", na Alemanha como "Käfer" e nos
Estados Unidos e Reino Unido da Grã-Bretanha, como "Beetle". O termo
"Volkswagen" foi cunhado por volta de 1924 pelo engenheiro alemão-judeu
Josef Ganz, que lutava para modernizar a indústria automobilística
alemã, publicando suas ideias de introduzir suspensões independentes
com semieixos oscilantes, baixo centro de gravidade e chassi com tubo
central num automóvel popular que custasse o mesmo que uma motocicleta.
Em 1933, Adolf Hitler visita o Salão Internacional do Automóvel de
Berlim e vê no Volkswagen, uma forma eficiente de propaganda nazista, e
passa a defender a ideia de carro do povo como se fosse sua. Josef Ganz
e Edmund Rumpler foram cogitados para dirigir o projeto, mas logo foram
descartados por serem judeus. O engenheiro encarregado de desenvolver o
modelo foi Ferdinand Porsche (1875–1952), apesar de grande parte de seu
desenho ter sido inspirado nos carros desenvolvidos por Hans Ledwinka
para a empresa Tatra.
Cerca de 336 mil pessoas pagaram
pelo modelo, e protótipos do carro, chamados em alemão KdF-Wagen (KDF
significa Kraft durch Freude, em português, "força através da alegria",
um dos lemas do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães,
o conhecido Partido Nazista), surgiram a partir de 1936, sendo os
primeiros modelos produzidos em Stuttgart. O carro já possuía as curvas
de seu formato característico e o motor refrigerado a ar, de quatro
cilindros, montado na traseira, similar ao Tatra. Erwin Komenda, chefe
de desenho da Porsche de longa data, desenvolveu o corpo do protótipo
que seria igual ao dos Carochas/Fuscas posteriores.[8]
A nova
fábrica - implantada numa cidade que foi criada em torno da mesma e
batizada de KdF-Stadt (atual Wolfsburgo) - só havia produzido algumas
unidades quando a Segunda Guerra Mundial iniciou-se em 1939. Como
consequência da guerra, sua produção foi adaptada para veículos
militares, como o jipe Kübelwagen, o modelo anfíbio Schwimmwagen e o
Kommandeurwagen.
91945 – Um futuro incerto A
empresa deve a sua existência no pós-guerra a um homem, o major
britânico Ivan Hirst. Em abril de 1945 a KdF-Stadt e sua fábrica
fortemente bombardeada foram capturados pelos norte-americanos, e
passaram às mãos da administração britânica. A primeira ideia foi
usá-la para a manutenção de veículos militares pesados. Para Hirst,
como ela fora usada para produção militar e fora um "animal político"
(menção pessoal) ao invés de um empreendimento comercial, seu
equipamento na época fora destinado às reparações de guerra. Assim,
Hirst pintou um dos carros da fábrica de verde e o exibiu em
instalações militares britânicas. Dispondo de poucos veículos leves de
transporte, em setembro de 1945 o exército britânico foi persuadido a
encomendar 20.000 unidades. As primeiras unidades foram para o pessoal
das forças de ocupação e para o correio alemão. Por volta de 1946 a
fábrica estava produzindo 1000 carros por mês, uma quantidade notável,
uma vez que a fábrica ainda precisava de reparos: o teto e os vidros
danificados interrompiam a produção quando chovia, e o aço para fazer
automóveis era pago com veículos produzidos.O carro e a cidade mudaram
seus nomes da época da Segunda Guerra Mundial para, respectivamente,
Volkswagen e Wolfsburg. Enquanto isto, a produção crescia. Como ainda
era incerto o futuro da fábrica, a mesma foi oferecida a representantes
de empresas automobilísticas britânicas, americanas e francesas. Todos
a rejeitaram. Depois de visitar a fábrica, Sir William Rootes, da
indústria britânica Rootes Group, declarou que "o modelo não atrai o
consumidor médio de automóveis, é muito feio e barulhento… se vocês
pensam que vão fazer automóveis neste lugar, vocês são uns grandes
tolos, rapazes". Ironicamente, a Volkswagen fabricou nos anos 80 uma
versão do Hillman Avenger, modelo criado pela empresa de Rootes
(Hillman), após esta ter sido absorvida pela Chrysler em 1978, e de a
Chrysler, por sua vez, ter vendido sua fábrica na Argentina - que
produzia este modelo como "Dodge Polara" - para a Volkswagen.
1948–1974 - Ícone da recuperação alemã
Fábrica da Volkswagen na cidade de Wolfsburg, Alemanha.
Após 1948, a Volkswagen se tornou um importante elemento simbólico e econômico, da recuperação da Alemanha Ocidental. Heinrich Nordhoff (1899–1968), ex-gerente da área de caminhões da Opel foi chamado para dirigir a fábrica naquele ano. Em 1949 Hirst deixou a empresa, agora reorganizada como um monopólio controlado pelo governo alemão ocidental. Além da introdução do veículo comercial "VW tipo 2" (conhecido como Kombi) em suas versões de passageiros, furgão e camioneta, e do esportivo Karmann Ghia, Nordhoff seguiu a política de modelo único até pouco antes de sua morte em 1968.
A
produção do "tipo 1", nome oficial do "Carocha" ou "Fusca", cresceu
enormemente ao longo dos anos no mundo todo, tendo atingido 1 milhão de
veículos em 1954.
Durante a década de 1960 e o início dos anos 70, apesar de o carro estar ficando ultrapassado em alguns aspectos, suas exportações para os Estados Unidos, sua publicidade inovadora
e sua reputação de veículo confiável ajudaram seus números de produção
total superarem os do recordista anterior, o Ford Modelo "T". Por volta
de 1973 sua produção mundial já superava 16 milhões de unidades.
A
Volkswagen expandiu sua linha de produtos em 1967 com a introdução de
vários modelos "tipo 3", os quais eram essencialmente variações de
desenho de carrocerias ("hatch", três volumes) baseados na plataforma
mecânica do "tipo 1". Novamente o fez em 1969 com a linha relativamente
impopular chamada "tipo 4" que diferiam bastante dos anteriores pela
adoção de carroçaria monobloco, transmissão automática e injeção de
combustível.
1974 – Do "Käfer" para o Golf
A Volkswagen (VW) enfrentou sérios problemas em fins dos anos 60,
com o insucesso dos "tipo 3" e "tipo 4" também com o K70, baseado em
modelo da montadora NSU. A empresa sabia que a produção do "Käfer"
(Carocha, Fusca)
iria terminar algum dia, porém o enigma sobre como substituí-lo se
convertera num pesadelo. A chave para o problema veio da aquisição da
Audi/Auto-Union, em 1964. A Audi possuía os conhecimentos tecnológicos
sobre tração dianteira e motores refrigerados a água dos
quais a Volks tanto necessitava para produzir um sucessor de seu "tipo
1". A influência da Audi abriu caminho para uma nova geração de
Volkswagens: Polo, Golf e Passat.
A
produção do Käfer na fábrica de Wolfsburg cessou em 1974, sendo
substituído pelo Golf. Era um veículo totalmente diferente de seu
predecessor, tanto na mecânica quanto no desenho, com suas linhas retas
desenhadas pelo projetista italiano Giorgetto
Giugiaro). Seu desenho seguiu tendências estabelecidas pelos pequenos
modelos familiares, tais como o Mini Cooper, de 1959 e o Renault 5,
de 1972—o Golf tinha um motor refrigerado a água montado
transversalmente, desenho "hatch-back" e tração dianteira, uma
configuração que tem dominado o mercado desde então. A produção do
Käfer (Carocha/Fusca) continuou em fábricas alemãs menores até 1978,
porém o grosso da produção foi deslocado para o Brasil e o México.
Dos anos 1970 aos dias atuais
Desde
a introdução do Golf, a Volkswagen tem oferecido uma gama de modelos
semelhantes a de outros fabricantes europeus. O Polo, menor em tamanho
que o Golf e introduzido na mesma época, os esportivos Scirocco e
Corrado, e o Passat, de maior tamanho, foram os mais importantes e
significativos. Em 1998 a Volks lançou o chamado New Beetle, um carro com plataforma baseada no Golf e desenho que lembrara o "Beetle"/"Käfer".
Em 2002, a empresa alemã - cujo nome traduzido ao português significa
"carro do povo" - lançou dois automóveis para o segmento de alto luxo:
a limusine Phaeton(como chamam os sedãs na Alemanha,seu maior mercado) e o SUV Volkswagen Touareg.
Em 30 de julho de 2003, o último Carocha/Fusca foi produzido no México, selando para o modelo um total de 21 529 464 unidades produzidas em todo o mundo.
Hoje, a Volkswagen é parte do Volkswagen AG (Volkswagen Aktiengesellschaft), que inclui as marcas:
- Audi—antiga Auto Union/DKW—comprada da Daimler-Benz em 1964–1966.
- NSU Motorenwerke AG—comprada em 1969 pela divisão Audi. A marca não é mais usada desde 1977.
- SEAT—marca espanhola adquirida em 1987.
- Škoda—adquirida em 1991.
- Bentley—adquirida em 1998 da empresa inglesa Vickers, junto com a marca Rolls-Royce.
- Bugatti—adquirida em 1998.
- Lamborghini—adquirida em 1998 pela divisão Audi.
- MAN SE—Tornou-se sócia majoritária em 2008 com 55,9% das ações
- Scania AG—adquirida em 2008.
- Italdesign Giugiaro S.p.A -- adquirida em 2010.
- Ducati Motor Holding—adquirida em 2012 pela divisão Audi
De
julho de 1998 até dezembro de 2002 a divisão Bentley da Volkswagen
também vendeu automóveis sob a marca Rolls-Royce, após acordo com a
também alemã BMW, a qual comprara os direitos de uso do nome. A partir
de 2003, apenas a BMW pode fabricar automóveis com a marca Rolls-Royce.
Crimes e Escândalos
2015
Em
2015, a VW se viu envolvida em um enorme problema após a descoberta de
que seus veículos a diesel, e de outras empresas do grupo, contém um
elemento, fabricado pela Bosch,
que reconhece o momento em que passa por um teste de emissão de
poluentes para, somente durante os testes, diminuir estas emissões.
Durante o uso comum, estes automóveis superam em até 40 vezes o limite
máximo estabelecido pela legislação estadunidense. O acontecimento
causou a saída do presidente da marca. A própria Volks veio a público
assumir que 11 milhões de seus veículos estariam adulterados e que o fato não se devia a um pequeno grupo de gestores, mas de ao menos 30 deles
Devido ao escândalo, a Volkswagen anunciou um corte de 1 bilhão de euros anuais em investimentos.
2014
Foi
condenada ao pagamento de R$1,1 milhão por contratações ilegais de
terceirizados para sua unidade de motores de São Carlos. Além da
prórpia terceirização, considerada ilegal para atividades fins,
constatou-se irregularidades no tocante à jornada de trabalho, descanso
(casos de funcionários que trabalharam sem descanso semanal por 30
dias), excesso de horas extras e contratação irregular.
2008
Seus carros da família Fox foram acusados de decepar dedos de seus usuários no momento em que rebatiam o banco traseiro . Ao menos oito pessoas perderam parte do dedo ao utilizar o mecanismo , que não era o mesmo dos modelos Fox comercializados no exterior.
Outras fábricas
- A fábrica da VW Em Portugal situa-se na vila de Palmela a sul de Lisboa, e é conhecida como a Autoeuropa.
- A Volkswagen Brasil em São Bernardo do Campo no estado de São Paulo é a matriz no Brasil.
- A Volkswagen Motores está localizada na cidade de São Carlos no estado de São Paulo.
- A Volkswagen Caminhões e Ônibus foi vendida à MAN Latin America (Pertencente ao Grupo VW) e está localizada na cidade de Resende no estado do Rio de Janeiro.
- A Volkswagen de Taubaté no estado de São Paulo.
- A Volkswagen de São José dos Pinhais no estado do Paraná.
Portfólio no Brasil
O atual portfólio da marca alemã contém 22 veículos, sendo metade destes produzidos no Brasil: up!, Novo Gol, Voyage, Saveiro, CrossFox, Fox, Polo (hatch e sedan) e Golf; O SpaceFoxe a Amarok são produzidos na Argentina; Passat, Passat Variant, Passat CC e Tiguan são produzidos na Alemanha; o Touareg é produzido na Eslováquia; Bora, Jette, Jetta Variant e New Beetle são produzidos no México: o Eos , Volkswagen Scirocco e Volkswagen Sharan são produzidos em Portugal (Palmela)
Ao
longo dos últimos anos, a Volkswagen do Brasil foi dirigida por quatro
presidentes diferentes (Herbert Demel, austríaco, Paul Fleming, inglês,
Hans-Christian Maergner, alemão e Thomas Schmall, alemão) e é a atual
segunda colocada em vendas em produção de carros e comerciais leves em
território nacional, perdendo apenas para a Fiat.
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