AUGUSTO MILITÃO PACHECO Foi filho de José Silvestre Pacheco e de sua esposa, Gertrudes Pacheco. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1894. Nesse mesmo ano, foi convidado a ir ao estado do Maranhão para auxiliar a combater um surto de peste bubônica. Apesar de não contar com qualquer espécie de hospital de isolamento, nem com condições adequadas para o combate àquela enfermidade infecto-contagiosa, dirigiu-se para lá em companhia do diretor do "Hospital de Isolamento de São Paulo", dois médicos de Minas Gerais e mais um outro. Tendo conseguido sucesso na tarefa, foi convidado para dirigir o Serviço Sanitário do estado por um período de dois anos. Para lá se transferiu com a esposa e três filhos. Entretanto, após oito meses, sem ver atendidas as suas reivindicações, essenciais ao bom andamento dos serviços, renunciou ao cargo. Em 23 de julho de 1896, por decreto assinado pelo então presidente do estado de São Paulo Jorge Tibiriçá e por Gustavo de Oliveira Godoy, foi nomeado em comissão para exercer o cargo de inspetor sanitário do estado. Foi efetivado a 26 de setembro do mesmo ano, exercendo-o até 1920, quando se aposentou. Abraçou a causa espírita nos primeiros anos do século XX[1] , quando após ter comparecido a uma sessão, tendo se lembrado de sua filha, que falecera com apenas 52 dias de vida, pediu mentalmente que a mesma viesse beijá-lo. Sem que houvesse formulado qualquer palavra, decorridos alguns momentos, os médiuns videntes presentes descreveram que o espírito de uma menina havia se dirigido a ele e o cobria de beijos. Em outra ocasião, a sua esposa, que sofria de uma doença difícil, teve uma crise quando em visita à família do juiz de Direito de Campinas. A esposa do juiz pediu permissão para recomendar-lhe um remédio homeopático. Iniciado o tratamento, a senhora teve apenas mais duas ameaças de crise e o mal desapareceu por completo. Militão Pacheco, que vinha exercendo a medicina alopática há cinco anos, procurou o único médico homeopata existente em Campinas, e iniciou o estudo da homeopatia, para o que conseguiu alguns livros a título de empréstimo. Dali por diante deixou por completo de praticar a medicina alopática. Exerceu durante mais de cinquenta anos, na capital paulista, o apostolado da MedicinaComo espírita, foi fundador e diretor da "União Espírita de Santo Agostinho". Participou da fundação da "Associação Espírita São Pedro e São Paulo", da qual foi presidente, tendo mantido em sua sede um dispensário gratuito, que atendia a grande número de necessitados. Exerceu ainda o cargo de 1º Secretário da "Associação Feminina Beneficente e Instrutiva do Estado de São Paulo", fundada por Anália Franco, quando aquela instituição teve por diretor o Dr. Silvino Canuto de Abreu.. Em junho de 1936, quando se cogitou da fundação da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), foi um dos elementos que mais defendeu essa realização. Presidiu a reunião convocada para apreciar a redação final dos estatutos e proceder à eleição da primeira diretoria (12 de junho) tendo sido eleito vice-presidente. |
BIOGRAFIA-AUGUSTO MILITÃO PACHECO
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abril 27, 2016
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