Carlos Alexandre (cantor)Pedro Soares Bezerra, conhecido como Carlos Alexandre, (Nova Cruz, 1 de junho de 1957 — São José do Campestre, 30 de janeiro de1989) foi um cantor brasileiro. |
Biografia
Filho
de Gennaro Bezerra Martins e Antonieta Feconstinny Bezerra, a carreira
de Carlos Alexandre começou em 1975 quando, ainda utilizando o nome
artístico de "Pedrinho",1 teve sua primeira música gravada. Em 1977, foi rebatizado como Carlos Alexandre2 . O radialistaCarlos Alberto de Sousa levou-o para a RGE,
pela qual gravou um compacto simples com as canções "Arma de Vingança"
e "Canção do Paralítico" que vendeu 100 000 cópias, seguindo-se o
grande sucesso, "Feiticeira", com 250 000 cópias vendidas.
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No dia 30 de janeiro de 1989 o cantor se envolveu em um acidente na estrada estadual RN-093, que liga os municípios de Tangará e São José do Campestre, na região da Borboremapotiguar, divisa das regiões Agreste com Trairi do Rio Grande do Norte, quando havia saído de um show e seguia para sua casa em Natal,
na época o cantor havia lançado recentemente o disco Sei, Sei. No seu
repertório de sucessos, encontramos canções como "Feiticeira", "Cartão
Postal", "Sertaneja" e "A Ciganinha".
O mito que veio da Esperança. Distante do centro urbano natalense, há 40 anos nascia a Cidade da Esperança.
Como o próprio nome guarda em seu significado, surgia um aglomerado
populacional que trazia consigo a fé, o desejo do lar, até pelo fato de
ser uma experiência pioneira do modelo de moradia para a população de
baixa renda. Naquele momento Natalrecebia de presente o primeiro conjunto habitacional da América Latina.
Conjunto que abrigou e ainda acolhe nomes que fizeram e a continuam
construindo a trajetória da capital potiguar. Entre eles está Pedro
Soares Bezerra, nome pouco conhecido do grande público, já que na vida
artística ele era batizado como Carlos Alexandre, cantor que morreu em
um acidente de carro em 1989.
Ídolo
popular, ninguém poderia representar melhor o bairro. Carlos Alexandre
era um retrato das pessoas de Cidade da Esperança. Humilde, simples,
mesmo depois que alcançou o sucesso e passou a ter remunerações mais
expressivas não trocou Natal pelo
Sudeste, centro da arte e cultura do país, muito menos deixou o bairro
que o recebeu quando ele saiu do município paraibano de Jacaraú,
onde morava com a família que o adotou aos 2 anos de idade, e veio para
a capital potiguar que lhe presenteou com os caminhos da carreira
musical. Durante 10 anos ele morou na ‘‘Esperança’’, somente nos três
últimos anos de vida fixou residência no Jardim América e depois na
Zona Norte.
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Sucesso
Nascido
em Nova Cruz, ele alcançou o sucesso aos 21 anos, talvez tenha sido um
dos norte-rio-grandenses que mais brilhou na música nacional. Deixou
200 composições gravadas em três compactos e 14 LPs (sendo dois LPs e
quatro CDs uma homenagem póstuma feita pela gravadora RGE).
Com esses trabalhos ganhou 15 discos de ouro e um de platina. Para se
ter uma ideia da dimensão de seu sucesso, a viúva do cantor, Maria
Solange de Melo Bezerra, 54 anos, até hoje, 23 anos depois de sua
morte, sobrevive com os recursos provenientes dos direitos autorais que
ainda recebe. 'A música dele ainda é tocada e regravada. Em todo o
Brasil se escuta Carlos Alexandre. Recebo direitos autorais até de
rádios de Portugal’.
Solange
foi sua companheira durante toda a sua carreira e também a sua maior
incentivadora. Eles se conheceram em 1976, quando Carlos Alexandre, aos
19 anos, veio para Natal fazer uma cirurgia e não mais voltou para
[Jacaraú], ficou morando e trabalhando com os irmãos de criação que
eram comerciantes.
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Relacionamento
Nessa
época ele já estava interessado em namorá-la, mas Solange tinha um
outro namorado. ‘‘Até que na virada do ano de 76 para 77 meu namorado
não apareceu. No dia 1 de janeiro ele me disse que havia feito a música Arma de Vingança para
mim e nós começamos a namorar’’. Ela conta que aos poucos foi
modificando as roupas, o cabelo e o jeito do namorado, como o intuito
de levá-lo até a casa do então radialista Carlos Alberto de Sousa.
Até então ele era conhecido como Pedrinho, passou a utilizar o nome artístico de Carlos Alexandre por sugestão de Solange.
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A campanha foi vitoriosa e o trato foi cumprido. Em janeiro de 1978 Carlos Alexandre junto com Gilliard, Edson Oliveira,
entre outros artistas embarcaram para São Paulo, para gravar seus
discos pela RGE. Carlos Alexandre gravou um compacto que vendeu 100 mil
cópias. O cantor foi então chamado pela RGE para
gravar seu primeiro LP "Feiticeira", ainda em 1978, que o consagrou
vendendo 250 mil cópias. Esse disco também foi gravado em castelhano.
Carlos Alexandre viajou o país com seus sucessos, Feiticeira, A Ciganinha, Vá Para a Cadeia, entre tantos outros. Em algumas viagens Solange, que casou-se com o artista em fevereiro de 78, o acompanhava.
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Acidente
Para
Solange o cantor era uma pessoa simples, amável, não guardava mágoa de
ninguém e tinha muitos amigos. Ela ainda conta que o artista era um
pouco namorador, mas logo justifica a atitude do marido, ‘‘também
bonito e gostoso como era’’. Além de companheira, Solange ainda era a
responsável por confeccionar as roupas de seus shows. Juntos eles
tiveram três filhos: Germina de Melo Bezerra (através do nome da filha
ele homenageou a sua mãe de criação), 27 anos; Carlos Alexandre de Melo
Bezerra, 24 anos; e Carlos Adriano de Melo Bezerra, 21 anos. Hoje o
filho do meio, que é conhecido como Carlos Alexandre Júnior, está
seguindo os passou do pai e vem fazendo diversos shows pelo interior do
Nordeste.
Especula-se
que ele teria tido um filho fora do casamento. A história que envolve
uma fã, Foi omitida e negada pela família e pela impressa, nada se sabe
sobre este suposta história. Hoje esse suposto filho com 27 anos leva
seu mesmo nome artístico Carlos Alexandre e reside no sudeste na cidade
de Belo Horizonte, Minas Gerais
O
cantor morreu em 30 de janeiro de 1989 em um acidente de carro entre
São José de Campestre e Tangará, quando voltava de um show3 em Pesqueira, em Pernambuco.
O velório ocorreu no ginásio de esportes de Cidade da Esperança e o
enterro, que reuniu milhares de fãs foi no cemitério de Bom Pastor, no
dia 31 de janeiro. Segundo matérias publicadas na época, ele foi
sepultado ao som da multidão cantando Feiticeira.
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