Besta-feraA Besta-fera ou bestafera é um ser mítico do folclore português. A Besta-fera é um bicho feroz, de traços indefinidos comedor de gente que solta um rugido assustador. No sentido figurado é usado para se referir a uma pessoa cruel e sem coração. A Besta ladrador é referida na novela de Amadis de Gaula como sendo uma Besta-fera: "Fora-se Amadis a desafiar a medonha besta-fera no seu fojo de rochas". |
No adagiário popular diz-se que "Não há besta-fera que não se alegre com a sua companheira".
Os historiadores davam o nome de "besta-fera" aos tumultos e revoltas da população furiosa. O mito deste animal fantástico terá sido levado para o Brasil pelos colonizadores portugueses.
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No BrasilTambém se diz que a Besta-fera é uma versão brasileira do centauro, e é muitas vezes empregada em sentido figurado para se referir a alguém que é extremamente irritado. Segundo alenda, acredita-se que ele é o próprio Diabo, que sai do Inferno em noites de lua cheia para colocar o ''sinal da besta'' nas pessoas,estas, diz a lenda estão marcados para ir para oinferno. |
A Besta-fera tem o corpo de cavalo e o torso humano. Ele corre pelas aldeias, até encontrar uma tumba, na qual desaparece. O som de seus cascos é suficiente para aterrorizar as pessoas. Uma matilha de cães o segue; a Besta os chicoteia, e também a outros animais que encontra pelo caminho. Segundo a lenda, embora terrível, este homem-cavalo não é tão perigoso para as pessoas. A tradição diz que quando uma pessoa vê o seu rosto, ela enlouquece por vários dias, mas se recupera depois. |
Informações Complementares
Nomes comuns: Quibungo, La Carreta del Diablo (Venezuela), El Macho Cabrio (Colômbia).
Origem Provável: É um mito muito semelhante a história do Lobisomem. Existe em todo Nordeste, mas está muito mais presente no interior dos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. Pode ter migrado para outras regiões mais próximas. A versão Brasileira pode ter surgido na época colonial, embora não existam relatos oficiais dos historiadores de época sobre tal ocorrência. A Versão Sul americana, La Carreta del Diablo, mostra uma criatura semelhante, mas que é acompanhada por uma carroça fantasma. |
Em resumo, é uma crença muito comum em todo meio rural do Nordeste. Também existem algumas versões similares em alguns países Latino-americanos. Se a pessoa estiver na rua na hora que a "Besta Fera" for passando, o único modo de se proteger é empunhar uma adaga de prata. Não precisa sacá-la, basta segurá-la com uma das mãos. Pode ser também uma faca peixeira[3] comum, desde que abençoada, ou que antes tenha sido molhada em água benta. Desse modo, os caminhos da "Besta" e daquele indíviduo não se cruzarão. |