Ralph H. Baer Ralph H. Baer (nascido em 08 março de 1922 ) é um pioneiro do jogo , inventor e engenheiro alemão-americano que é muitas vezes chamado de "Pai de videogames ", uma sendo reconhecido por suas muitas contribuições para jogos e da indústria do jogo . Em 2006, ele foi agraciado com o prêmio de a Medalha Nacional de Tecnologia para inventar a consola de jogos e desova da indústria de videogames. |
Biografia Quando Baer tinha onze anos de idade, foi expulso da escola na Alemanha, porque ele era judeu , então ele tinha que ir para uma escola só para judeus. Seu pai trabalhava em uma fábrica de calçados em Pirmasens um tempo. Dois meses antes da Noite dos Cristais , sua família fugiu da Alemanha com ele. No Estados Unidos , ele aprendeu sozinho e trabalhava em uma fábrica por um salário semanal de 12 dólares americanos . Graduou-se na Rádio Nacional Institute como um técnico de serviço de rádio em 1940 . Em 1943 ele foi convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial e foi designado para a inteligência militar sede do Exército dos EUA em Londres . |
Baer se formou com um bacharel em Engenharia de Televisão (único na época) do Instituto de Tecnologia de Televisão Americana 2 3 em Chicago e em 1949 .Em 1949, Baer passou a trabalhar como engenheiro-chefe de uma pequena empresa de equipamentos médicos electro. Wappler Inc., que foi projetado e construído máquinas de corte cirúrgico, depiladoras e baixa freqüência de pulso gerado por um tônus ??muscular computador. Em 1951 , Baer trabalhou como engenheiro sênior da Loral Eletrônica no Bronx, em Nova York, onde ele projetou uma empresa de equipamentos de linha de energia sinalização de IBM . De 1952 a 1956 , ele trabalhou em Transitron, Inc., |
na
cidade de Nova York, como engenheiro-chefe e depois como
vice-presidente. Ele começou a sua própria empresa antes de se juntar
Sanders Associates , em 1956, onde permaneceu até a idade de
aposentadoria, no ano de 1987 .Baer é mais conhecido por liderar o
desenvolvimento do Brown Box , o primeiro console de mesa e patenteou
seu trabalho pioneiro na criação de jogos de vídeo. 5 Desde 1983 , ele
fez uma parceria com Bob Pelovitz Technology Solutions MicroPROS e,
juntos, eles inventaram e comercializados idéias para brinquedos e
jogos. 6 No ano de 2006 , Baer doou todos os seus protótipos de
hardware e documentos Smithsonian. Baer é um membro do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). |
Invenções Baer começou a desenvolver o console do sistema "Brown Box" e vários protótipos em 1966 para a defesa eletrônica empresa Sanders Associates, em Nashua, New Hampshire (mais tarde parte da BAE Systems ). Em 1971 , foi licenciada a Magnavox, e depois de mudar o nome do console Magnavox Odyssey, que foi lançado para o público um ano depois. Por um tempo, foi a linha mais rentável de Sanders, embora muitos na companhia olhou para desenvolvimento de jogos.Baer criou a primeira arma de luz e jogo para a televisão uso doméstico, sendo vendido com um pacote de expansão do jogo para a Odisséia, juntamente conhecida como a galeria de tiro . 9 lightgun Foi a primeira de um periférico consoláOutra invenção dele é Simon , um padrão de jogo eletrônico que foi muito popular nos últimos anos da década de 1970 e início de 1980. |
ENTREVISTA a revista galileu O engenheiro alemão Ralph Baer é um sujeito modesto. Criador do primeiro videogame da história, o Odyssey 100, ele insiste em dizer que não passa de “um engenheiro que deu sorte com sua invenção”. Mas, para quem é aficionado em jogos eletrônicos — uma “brincadeira” que movimenta, só nos EUA, mais de US$ 10 bilhões por ano —, Baer é mais do que um inventor sortudo. Aos 87 anos, é uma lenda viva. Sem ele, alguns dos maiores games de todos os tempos talvez nunca tivessem existido. “Sempre imaginei que um aparelho de TV poderia fazer algo mais do que exibir programas e comerciais. Mas, na época, nem desconfiava o que estava prestes a inventar”, afirma Baer. |
Apesar de todo o ineditismo da façanha, Ralph Baer lembra que não foi nada fácil vender a ideia. O protótipo — batizado inicialmente de “Brown Box”, devido à semelhança com uma caixa de sapatos — chegou a ser mostrado para grandes empresas, como RCA, Zenith e General Electric, mas nenhuma se interessou. Até os mais próximos torceram o nariz para a engenhoca. “Meus amigos perguntavam como eu conseguiria ganhar dinheiro com aquilo.” Mas Baer não desistiu. Até que a Magnavox — braço da Philips holandesa — se propôs a lançar o produto. Já rebatizado de Magnavox Odyssey — ou, simplesmente, Odyssey 100 —, ele chegou ao mercado em março de 1972.Para os padrões atuais, o Odyssey 100 é capaz de provocar risos. O videogame não marcava pontos, não reproduzia sons e só exibia imagens em preto e branco. Ganhou inúmeras outras versões até 1977, quando foi lançado o último Odyssey, o 2100, que fez bastante sucesso no Brasil. |
*O senhor ainda joga videogame? Qual é o seu jogo favorito? Baer: Sempre foi e continua sendo pingue-pongue, dá para acreditar? [risos] Apesar do fato de ser feito com gráficos muito primitivos, é um jogo bastante interessante. Mas já joguei muito Pac-Man e Space Invaders também. Dos atuais, prefiro o Wii. Na minha opinião, os jogos de Wii retomaram a ideia original da diversão em família. São jogos que exigem, por parte do jogador, interação física. Mas, confesso, só jogo mesmo quando meus netos vêm me visitar. |
*E o senhor está envolvido em algum novo game? Baer: Ah, sim! O tempo todo. Mas, infelizmente, sobre isso, não posso falar muita coisa... *Como avalia sua importância na indústria dos videogames? Baer: Sempre pensei que um aparelho de TV poderia fazer algo mais do que simplesmente exibir programas e comerciais. Tive a ideia de fazer algo interativo em 1951, mas o projeto só avançou mesmo em 1966. O conceito de jogos eletrônicos usando um aparelho de TV era um mundo em constante mudança. Um verdadeiro paradigma. Na época, eu não desconfiava, nem remotamente, o que estava prestes a inventar. *Qual é a lembrança mais forte que guarda do primeiro crash do mercado de videogames, em 1984? Baer: Ainda hoje, lembro das pilhas de cartuchos da Atari sendo enterradas em um aterro sanitário. |
*Qual era a reação das pessoas quando o senhor apresentava o protótipo do que viria a ser o primeiro videogame da história? Baer: Reconheço que o projeto era novíssimo. E de difícil entendimento também. Para falar a verdade, eu não conseguia, sequer, convencer os meus amigos. Muitos perguntavam para que serviria aquele pingue-pongue virtual. [risos] Outros não imaginavam como eu conseguiria ganhar dinheiro com aquilo. Em outras palavras, era praticamente impossível imaginar o que estava por vir. *Como é a sua relação com Nolan Bushnell, cofundador da Atari e que, dizem, roubou a sua ideia original do jogo Pong? Baer: Tenho tentado, repetidas vezes, me encontrar com Bushnell. Sempre procurei ser o mais cordial e amigável possível com ele. Mas nunca recebi uma resposta. Quando uma determinada relação não é recíproca, não há muito a fazer. É ir embora e procurar se associar com pessoas que não têm esse tipo de problema. |
*O senhor anda às voltas com um livro de memórias. De tudo o que fez, do que mais se orgulha? Baer: Como qualquer pai ou avô, tenho orgulho da minha família. E, é claro, das minhas realizações profissionais também. O videogame é apenas uma delas. *Há quem diga que, na época, o Odyssey não alcançou o sucesso esperado? O que o senhor pensa disso? Baer: Mais de 350 mil aparelhos do Odyssey foram produzidos e vendidos até 1974. Para uma máquina que apresentava uma maneira totalmente nova de jogar, se isso não é sucesso, então, sinceramente, não sei o que é sucesso. |
*Recentemente,
Call of Duty: Modern Warfare 2 vendeu, em um só dia, 4,3 milhões de
cópias. Como o senhor avalia a indústria dos videogames? Baer: O futuro da indústria de videogames é brilhante. Há uma variedade crescente de gêneros, que continuará a atrair um número cada vez maior de admiradores. Mas não se iluda. Como em qualquer outra forma de arte, como livros, filmes e CDs, haverá sempre uma sucessão interminável de videogames muito bons. Mas haverá, também, uma tonelada de lixo. *Que conselhos daria para quem quer ingressar no mercado dos videogames? Baer: Conselhos? O mesmo conselho que eu daria para qualquer pessoa em qualquer outro negócio: não espere fazer um milhão rápido. Faça o que você faz de melhor. Você vai ser feliz e, quem sabe, até rico. |
A
Public Broadcasting Service é uma emissora de televisão estadunidense
de caráter educativo-educacional que deu início a uma série relacionada
a grandes inventores. No vídeo acima, produzido pela emissora, você
confere Ralph Baer: o homem a quem é atribuído o título “inventor do
video game”. Atualmente ele tem 91 anos, porém nunca deixou de mexer
com hardware desde o lançamento do primeiro console vendido
comercialmente, o Odyssey.
Em
1972, a empresa Magnavox fez a parceria com Baer para produzir o
console que chegou ao Brasil apenas no final da década, ficando
conhecido como Telejogo por aqui (fabricado pela Philco e Ford). O
protótipo do Odyssey foi desenvolvido em 1967 e foi apelidado de “Brown
Box” (caixa marrom). O console era tão simples que nem processador
possuía, sendo constituído por quatro dúzias de transistores e diodos
espalhados em uma placa.
Como
um inventor por profissão e por hobby, outra contribuição de Ralph Baer
para a indústria dos video games foi a “pistola de luz”, um periférico
capaz de interagir com a tela da TV, sendo usado para jogos de tiro.
Embora tenha criado o acessório depois de o Magnavox Odyssey ter sido
lançado, no mesmo ano o console apresentou uma edição especial que já
vinha com a pistola – ou seja, o primeiro video game comercial já tinha
os elementos interativos de hoje.
Caixa Marrom (Fonte da imagem: Reprodução/The Strong)
O primeiro “comercializado”, mas não o primeiro
Muito
embora Ralph Baer tenha recebido toda a glória de ter inventado o video
game, ele possui o mérito apenas de ter adaptado a invenção de outras
pessoas para um modelo mais “portátil” – você há de convir que, quando
comparado a uma máquina de fliperama, um console é algo muito mais
prático. Na verdade, o primeiro video game pode ser atribuído a uma
invenção de 1940, 27 anos antes de Baer pensar em fazer a “caixa
marrom”.
Em 1940, Edward U. Condon desenvolveu um computador para expor em uma exibição mundial. Ele era capaz de jogar Nim com
as pessoas, porém vencia em 90% das vezes. Em 1947, seguindo adiante,
Thomas T. Goldsmith Jr. e Estle Ray patentearam um “aparelho de
diversão com tubo de raios catódicos”: usando o tubo enganchado em um
display de osciloscópio, o jogador era desafiado a atirar para acertar
no alvo da tela.
Alguns
anos depois, em 1950, Claude Shannon escreveu um artigo falando sobre
como programar um computador para jogar xadrez. No mesmo ano, o
famigerado Alan Turing criou
esse programa. Continuando, em 1952, A. S. Douglas criou o jogo OXO (um
jogo da velha) no computador EDSAC, de Cambridge, como parte de sua
pesquisa sobre interação entre homem e máquina.
Spacewar! (Fonte da imagem: Reprodução/Computer History Museum)
A linguagem BASIC
Outros
anos marcantes foram 1954, 1955, 1956, 1957, 1958 e 1959: todos tiveram
alguma pesquisa relacionada à interação entre homem e máquina e como
tornar os computadores mais eficientes em jogos de damas, por exemplo.
Em
1962, no entanto, o estudante do MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts) Steve Russell inventou o jogo Spacewar!, considerado
como o primeiro video game, propriamente dito, para computadores. O
jogo se espalhou pelos Estados Unidos e logo ficou conhecido.
O
ano de 1964 representa outro marco na história dos video games, pois
foi quando John Kenedy inventou, em Dartmouth, a linguagem de
programação BASIC e um sistema que permitia o acesso de outros
computadores a um servidor central. Graças a essa linguagem, a criação
de jogos foi facilitada exponencialmente, tanto que em 1965 o primeiro
game de futebol americano foi criado.
Finalmente,
apoiado nos ombros dos pesquisadores que permitiram o desenvolvimento
da tecnologia do que viria a se tornar o video game, Ralph Baer teve a
ideia de jogar usando televisões em vez de computadores (isso teria
acontecido no dia 1º de setembro de 1966, enquanto ele esperava um
colega em uma estação do ônibus de Nova York).
BASIC (Fonte da imagem: Reprodução/The Strong)
Pong, a lenda dos arcades
Em
1958, Willy Higinbotham (um dos inventores da bomba atômica) criou um
jogo de tênis em um computador com um osciloscópio, mostrando-o em uma
exposição pública, em Brookhaven National Laboratory. Embora tenha sido
desmontado dois anos depois e quase completamente esquecido, ele
praticamente previu o jogo Pong, pois era baseado no mesmo princípio.
Pong
foi o primeiro arcade (fliperama) da Atari, lançado em 1972, porém os
fundadores da companhia (Nolan Bushnell e Ted Dabney) haviam lançado
Computer Space no ano anterior, antes de fundá-la. Logo, ele também não
chega a ser o primeiro de todos, mas apenas aquele que primeiro
conseguiu lucrar significativamente, dando realmente início à indústria
dos jogos.
Pong (Fonte da imagem: Reprodução/The Strong)
Depois
disso, em 1973, saiu a primeira revista de jogos, na qual se
encontravam 101 jogos para computador feitos em BASIC. Em 1974, o
primeiro game de tiro em primeira pessoa foi lançado, Maze Wars (duas
décadas antes de Doom). Em 1977, o Atari 2600, primeiro video game de
muitos brasileiros, chegou ao mercado, seguido do famoso Space
Invaders, em 1978 (com fliperama).
O
restante da história você provavelmente já conhece: além de outros
consoles, finalmente a Nintendo entrou no mercado, seguida pela SEGA,
pela Sony e, anos depois, pela Microsoft. A guerra entre os consoles
foi ficando cada vez mais acirrada e novas tecnologias surgiram,
melhorando gráficos e jogabilidade. Enfim, tudo isso foi possível
graças a várias pessoas, não apenas a Ralph Baer, embora ele seja “o
grande culpado” pelos video games (comercialmente falando).
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