Jorge LoredoJorge Rodrigues Loredo (Rio de Janeiro, 7 de maio de 1925 - Rio de Janeiro, 26 de março de 2015) foi um ator e humorista brasileiro, mais conhecido por seu personagem Zé Bonitinho. Paralelamente, exerceu a profissão de advogado, especialista em Direito Previdenciário e do Trabalho. |
Biografia
Filho de Luiza Rodrigues Loredo e do comerciante Etelvino Ignacio Loredo, Jorge foi criado no subúrbio de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Aos 12 anos foi diagnosticado com osteomielite na perna esquerda. A dor constante, só curada nos anos 70, fez de Loredo um garoto introvertido e cabisbaixo. Aos 20 anos, devido a uma tuberculose,
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foi, ao contrário, sua salvação. Incentivado pelos médicos, participou de um grupo teatral no hospital e descobriu sua vocação de ator.
Após receber alta, um teste vocacional identificou
tendência para "atividades exibicionistas". Loredo procurou uma
escola de teatro em busca de papéis "sérios". A
contragosto, sua primeira audição foi para representar o
monólogo cômico Como Pedir uma Moça em Casamento. Aprovado, adotou o humorismo como profissão.
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Morte
Faleceu aos 89 anos em 26 de março de 2015, após ter sido internado no Hospital São Lucas, no Rio de Janeiro.
Loredo
estava internado no hospital desde o dia 3 de fevereiro e que a partir
do dia 13 foi mantido na Unidade Cardio Intensiva. "Loredo lutava
há anos contra uma Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC) grave e um Enfisema Pulmonar", disse o texto. A
causa da morte foi falência múltipla dos
órgãos. Apesar da idade, até dois anos
atrás o humorista continuava trabalhando e usando as redes
sociais para falar com os fãs e divulgar sua agenda de shows.
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Filmografia
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Zé BonitinhoZé Bonitinho é um personagem criado pelo ator brasileiro Jorge Loredo e recebeu esse nome em homenagem a um cozinheiro que o ator conheceu em um restaurante de beira de estrada que, por ser muito feio, era chamado de Zé Bonitinho. Quanto a inspiração para o papel, veio de um colega (Jarbas) metido a garanhão que Loredo costumava imitá-lo nas festas, pois tirava um pentezinho do bolso e ficava ajeitando as sobrancelhas e o bigodinho toda hora e se passasse uma moça, cantarolava um tango, um bolero, sempre arrancando risadas do público a sua volta. |
O personagem estreou na televisão em 1960, no programa Noites Cariocas, exibido pela extinta TV Rio. Suas primeiras falas eram roteirizadas por Chico Anysio1 e
com o tempo, o ator foi criando bordões inesquecíveis:
“Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um
tostão da minha voz...!”; “Mulheres, atentem para o
tilintar das minhas sobrancelhas”; “O chato não
é ser bonito, o chato é ser gostoso”, entre outros.
Em 2010, ano em que completou 50 anos, Zé Bonitinho continuava na TV, participando do humorístico A Praça é Nossa.
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E como surgiram os bordões dele? Bom, eu entrava ao vivo, e tinha duas câmeras: uma de frente pra mim, claro, e outra de lado. O assistente de estúdio ficava embaixo da primeira para me lembrar de alguma coisa, caso esquecesse. Só que um dia, ele disse que a câmera tinha pifado, pra eu virar para a outra. Na mesma hora, virei e falei: “Câmera, close!”. Mas precisava mudar o microfone de lugar pra me acompanhar. Aí, pedi: “Microfone, please!”. E o Russo, aquele que trabalhou com o Chacrinha e tantos artistas, jogou o boom (microfone com cabo, direcionado pelo operador) em cima de mim, ficou bem perto da boca. Improvisei: “Garotas do meu Brasil varonil, agora um tostão da minha voz: “If I have a tails the women, au au, au au”. E o assistente de estúdio me mandando sair de cena. Mas eu estava em close! Como iria sair assim? Improvisei de novo: “Câmeras recuem, Zé Bonitinho vai partir”. Ficou genial! |