São Paulo (cidade)São Paulo (pronuncia-se AFI: [sɐ̃w̃ ˈpawlu] é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro,corporativo e mercantil da América do Sul. É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul São Paulo é a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network(GaWC). O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é "Non ducor, duco", frase latina que significa "Não sou conduzido, conduzo". |
Fundada em 1554 por padres jesuítas,
a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa
influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1,São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.
O município possui o 10º maior PIB do mundo, representando, isoladamente, 11,5% de todo o PIB brasileiro e 36% de toda aprodução de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil, além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005. A cidade também é a sede da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado.18 São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.
São Paulo é a sétima cidade mais populosa do planeta e sua região metropolitana, com cerca de 20 milhões de habitantes, é a oitava maior aglomeração urbana do mundo Regiões ao redor da Grande São Paulo também são metrópoles, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba; além de outras cidades próximas, que compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. Esse complexo de metrópoles — o chamado Complexo Metropolitano Expandido — ultrapassa 30 milhões de habitantes (cerca de 75% da população do estado) e forma a primeira megalópole do hemisfério sul.
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HistóriaPeríodo colonial
A
povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em 25
de janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha, por finalidade, a catequese dos índiosque viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".
O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de Jesus:24
O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando, na visita de Mem de Sá, governador-geral do Brasil, à Capitania de São Vicente, este ordenou a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do Campo, que fora criada porTomé de Sousa em
1553, para os arredores do colégio, denominado "Colégio
de São Paulo de Piratininga", local alto e mais adequado (uma
colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para melhor se proteger dos ataques dos índios. Desta
forma, em 1560, a Vila de Santo André da Borda do Campo foi
transferida para a região do Pátio do Colégio de
São Paulo e passou a se denominar Vila de São Paulo,
pertencente à Capitania de São Vicente .
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São
Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma
vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, o litoral
e se mantinha por meio de lavouras de subsistência. São
Paulo foi, por muito tempo, a única vila no interior do Brasil.
Esse isolamento de São Paulo se dava principalmente porque era
dificílimo subir a Serra do Mar a pé da Vila de Santos ou da Vila de São Vicente para o Planalto de Piratininga. Subida esta que era feita pelo Caminho do Padre José de Anchieta. Mem
de Sá, quando de sua visita à Capitania de São
Vicente, proibira o uso do "Caminho do Piraiquê" (hoje Piaçaguera), por serem, nele, frequentes os ataques dos índios.
Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais,
donatário da Capitania de São Vicente, transferiu a
capital da Capitania de São Vicente para a Vila de São
Paulo, que passou a ser a "Cabeça da Capitania". A nova capital
foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos
públicos.
Por
ser a região mais pobre da colônia portuguesa na
América, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes,
que se dispersaram pelo interior do país à caça de
índios porque, sendo extremamente pobres, os paulistas
não podiam comprar escravos africanos. Saíam,
também, em busca de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na
região de Minas Gerais,
na década de 1690, fez com que as atenções do
reino se voltassem para São Paulo. Foi criada, então, em
3 de novembro de 1709, a nova Capitania Real de São Paulo e
Minas do Ouro, quando foram compradas, pela coroa portuguesa, a Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de
seus antigos donatários. Em 11 de julho de 1711, a Vila de
São Paulo foi elevada à categoria de cidade. Logo em
seguida, por volta de 1720, foi encontrado ouro, pelos bandeirantes,
nas regiões onde se encontram hoje a cidade de Cuiabá e a Cidade de Goiás, fato que levou à expansão do território brasileiro para além da Linha de Tordesilhas.
Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo econômico paulista da cana-de-açúcar, que se espalhou pelo interior da Capitania de São Paulo. Pela cidade de São Paulo, era escoada a produção açucareira para o Porto de Santos. Nessa época, foi construída a primeira estrada moderna entre São Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena.30
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Período imperial
Após a Independência do Brasil, ocorrida onde hoje fica o Monumento do Ipiranga, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por DomPedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação de cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do Largo de São Francisco),
e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo
de estudantes e professores, graças ao qual, a cidade passa a
ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.
Outro fator do crescimento de São Paulo foi a expansão da produção do café, inicialmente na região do Vale do Paraíba paulista, e depois nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto. De 1869 em diante, São Paulo passa a beneficiar-se de uma ferrovia que liga o interior da província de São Paulo ao porto de Santos, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, chamada de A Inglesa.
Surgem, no final do século XIX, várias outras ferrovias que ligam o interior do estado à
capital, São Paulo. São Paulo tornou-se, então, o
ponto de convergência de todas as ferrovias vindas do interior do
estado. A produção e exportação de
café permite à cidade e à província de
São Paulo, depois chamada de Estado de São Paulo, um grande crescimento econômico e populacional.
De
meados desse século até o seu final, foi o período
que a província começou a receber uma grande quantidade de imigrantes, em boa parteitalianos, dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar.
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República Velha
Com o fim do Segundo Reinado e início da República a
cidade de São Paulo, assim como o estado de São Paulo,
tem grande crescimento econômico e populacional, também
auxiliado pela política do café com leite e
pela grande imigração europeia e asiática para
São Paulo. Sobre o grande número de imigrantes na capital
paulista, Cornélio Pires recolheu, em seu livro "Sambas e Cateretês", uma modinha, de 1911, de Dino Cipriano, que descreve a impressão que o homem do interior tinha da capital paulista:
Durante a República Velha (1889-1930),
São Paulo passou de centro regional a metrópole nacional,
se industrializando e chegando a seu primeiro milhão de
habitantes em 1928. Seu maior crescimento, neste período,
relativo se deu, na década de 1890, quando dobrou sua
população. O auge do período do café é representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século XIX e pela avenida Paulista em 1900, onde se construíram muitas mansões.
O vale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região situada à sua margem esquerda passa a ser conhecida como Centro Novo. A sede do governo paulista é transferida, no início do século XX, do Pátio do Colégio para os Campos Elísios. São Paulo abrigou, em 1922, a Semana de arte modernaque foi um marco na história da arte no Brasil. Em 1929, São Paulo ganha seu primeiro arranha-céu, o edifício Martinelli.
As modificações realizadas na cidade por Antônio da Silva Prado, o Barão de Duprat e Washington Luís, que governaram de 1899 a 1919,
contribuíram para o clima de desenvolvimento da cidade; alguns
estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e
reconstruída naquele período.
Com
o crescimento industrial da cidade, no século XX, para a qual
contribuiu também as dificuldades de acesso às
importações durante a Primeira Guerra Mundial,
a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns
bairros residenciais foram construídos em lugares de
chácaras. A partir da década de 1920 com a
retificação do curso de rio Pinheiros e reversão de suas águas para alimentar a Usina Hidrelétrica Henry Borden, terminaram os alagamentos nas proximidades daquele rio, permitindo que surgisse na zona oeste de São Paulo, loteamentos de alto padrãoconhecidos hoje como a "Região dos Jardins".
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Revolução de 1932 à contemporaneidade
1932 e industrialização do município de São Paulo
Em 1932, São Paulo se mobiliza no seu maior movimento cívico: a revolução constitucionalista, quando toda a população se engaja na guerra contra o "Governo Provisório" de Getúlio Vargas.
Em 1934, com a reunião de algumas faculdades criadas no
século XIX e a criação de outras, é fundada
aUniversidade de São Paulo (USP), hoje a maior do Brasil. Outro grande surto industrial deu-se, durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura na década de 1930 e às restrições ao comércio internacional durante
a guerra, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento
econômico muito elevada que se manteve elevada no
pós-guerra.
Em 1947, São Paulo ganha sua primeira rodovia asfaltada: a Via Anchieta (construída sobre o antigo traçado do Caminho do Padre José de Anchieta), liga a capital ao litoral paulista. Na década de 1950, São Paulo era conhecida como A cidade que não pode parar e como A cidade que mais cresce no mundo.
São
Paulo realizou uma grande comemoração, em 1954, do
"Quarto Centenário" de fundação da cidade.
É inaugurado o Parque do Ibirapuera, lançados muitos livros históricos e descoberta a nascente do rio Tietê em Salesópolis. Com a transferência, a partir da década de 1950, de parte docentro financeiro da
cidade que fica localizado no centro histórico (na região
chamada de "Triângulo Histórico"), para a Avenida Paulista, as suas mansões foram, na sua maioria, substituídas por grandes edifícios.
No
período da década de 1930 até a década de
1960, os grandes empreendedores do desenvolvimento de São Paulo
foram o prefeito Francisco Prestes Maia e o governador do estado de São Paulo Ademar de Barros,
o qual também foi prefeito de São Paulo entre 1957 e
1961. Prestes Maia projetou e implantou, na década de 1930, o "Plano de Avenidas para a Cidade de São Paulo", que revolucionou o trânsito de São Paulo.
Estes
dois governantes são os responsáveis, também,
pelas duas maiores intervenções urbanas, depois do Plano
de Avenidas, e que mudaram São Paulo: a
retificação do rio Tietê com a construção de suas marginais e do Metrô de São Paulo:
em 13 de fevereiro de 1963, o governador Ademar de Barros e o prefeito
Prestes Maia criaram as comissões (estadual e municipal) de
estudos para a elaboração do projeto básico do
Metrô de São Paulo, e destinaram ao Metrô suas
primeiras verbas.
No
início dos anos 1960, São Paulo já somava quatro
milhões de habitantes. Iniciado a sua construção
em 1968, na gestão do prefeito José Vicente de Faria Lima,
o metrô paulistano começou a operar comercialmente em 14
de setembro de 1974 e atualmente conta com uma rede de 75,5
quilômetros de extensão e 63 estações.
Atualmente, o crescimento tem-se desacelerado, devido ao crescimento industrial de outras regiões do Brasil. As últimas décadas atestaram
uma nítida transformação em seu perfil
econômico, que vem adquirindo, cada vez mais, matizes de um
grande polo nacional de serviços e negócios, sendo considerada, hoje, um dos mais importantes centros de comércio global da América Latina.
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Geografia
São Paulo é a capital do estado mais populoso do Brasil, São Paulo, situando-se próximo ao paralelo 23º32'52'' sul e do meridiano 46º38'09'' oeste. A área total do município é de 1 522,986 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão territorial. De toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas, sendo a maior área urbana do país.
São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê, tendo as sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua configuração. São Paulo tem a altitude média de 760 metros. O ponto culminante do município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros, localizadoParque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.
O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande São Paulo tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região, criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge municípios, como por exemplo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema (a chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos, entre várias outros. A Região Metropolitana de São Paulo(RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39 municípios, sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a terceira maior dasAméricas, com 20 820 093 habitantes.6 Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2009 cerca de 613 bilhões de reais.
Clima
O clima de São Paulo é considerado subtropical úmido (do tipo Cfa/Cwa na classificação climática de Köppen-Geiger), com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual em torno dos 19,3 °C, tendo invernos brandos e verões com temperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de edifícios. O mês mais quente do ano é fevereiro (22,4 °C), e o mais frio é julho (15,8 °C). A precipitação média é de 1 441 milímetros anuais, concentrados principalmente no verão. O tempo de insolação é de cerca de 2 000 horas anuais, e a umidade do ar é relativamente elevada, com médias entre75 % e 80 %. As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso.Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município.
Apesar da maritimidade que evita maiores variações de temperatura, a altitudede São Paulo faz com que nos meses mais quentes sejam poucas as noites emadrugadas quentes na cidade, sendo que as temperaturas mínimas raramente são superiores a 23 °C num período de 24 horas. No inverno, porém, o ingresso de fortes massas de ar polar acompanhadas de excessiva nebulosidadeàs vezes fazem com que as temperaturas permaneçam muito baixas, mesmo durante a tarde.
Tardes com temperaturas máximas que variam entre 14 °C
e 16 °C são comuns até mesmo durante o outono e
o início da primavera. Durante o inverno, já houve
vários registros de tardes em que a temperatura sequer
ultrapassou a marca dos 10 °C, como em 15 de agosto de 1999.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre 1961 a 2014, a menor temperatura registrada em São Paulo, no Mirante de Santana, foi de 0,8 °C em 10 de julho de 1994. mas o recorde mínimo foi de -2,1 °C, registrado em 2 de agosto de 1955. Já a maior temperatura atingiu os 37,8 °C em 17 de outubro de 2014, ultrapassando a marca anterior de 37,0 ºC observada em 20 de janeiro de 1999. O maior acumulado de chuva observado em 24 horas foi de 151,8 milímetros em 21 de dezembro de 1988 e o maior volume ocorrido em um mês foi de 607,9 milímetros em março de 2006.
Problemas ambientais
A poluição do ar no município é intensa, devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente em suas ruas, avenidas e rodovias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece um limite de 20 microgramas de material particulado por metro cúbico de
ar como uma média anual segura. Em uma avaliação
realizada pela OMS entre mais mil cidades ao redor do mundo em 2011, a
cidade de São Paulo foi classificada na 268ª
posição entre as mais poluídas, com uma taxa
média de 38 microgramas por metro cúbico, índice
bastante superior ao limite imposto pela organização, mas
inferior ao de outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro (64 microgramas por metro cúbico).63 Um
estudo de 2013 apontou que a poluição atmosférica
na cidade causa mais mortes do que os acidentes de trânsito.
Além da poluição atmosférica, o município tem sérios problemas devido à poluição hídrica, concentrada principalmente em seus dois principais rios, o rio Tietê e o rio Pinheiros, que estão altamente degradados e são alguns dos rios mais poluídos do país. Atualmente o rio Tietê passa por um programa de despoluição que dura alguns anos.
O problema do abastecimento equilibrado de água para
a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral -
também se configura como questão preocupante: São
Paulo possui poucas fontes de água em seu próprio
perímetro, tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes.
O problema da poluição da água também
é agravado pela ocupação irregular das
áreas de mananciais, ocasionada pela expansão urbana,
impulsionada pela dificuldade de acesso à terra e à
moradia em áreas centrais por parte da população
de baixa renda e associada à especulação imobiliária e
precariedade nos novos loteamentos. Com isto, também ocorre uma
sobrevalorização do transporte individual sobre o
transporte coletivo - levando à atual taxa de mais de um
veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da
poluição ambiental.
Parques e biodiversidade
São Paulo possui quarenta parques municipais e estaduais, como o Parque Estadual Turístico da Cantareira, parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo e que abriga uma das maioresflorestas urbanas do planeta com 7 900 hectares de extensão, o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros.
A
cidade possui apenas entre cinco e seis metros quadrados de área
verde por habitante, abaixo dos 12 m² por habitante recomendado
pelaOrganização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 21% da área do município é coberta por áreas verdes (incluindo reservas ecológicas).
No município é possível observar pássaros florestais que geralmente aparecem na primavera, devido ao cinturão de mata nativa que ainda cerca aregião metropolitana. Espécies como o sabiá-laranjeira, sanhaço, bem-te-vi e colibri são as mais comuns. Apesar da intensa poluição, os principais rios da cidade, o Tietê e o Pinheiros, abrigam várias espécies de animais como capivaras, gaviões, quero-quero, garças africanas e ratões do banhado. Outras espécies encontradas no município são o veado-catingueiro, bugio, tucano-de-bico-verde e pavão-do-mato.
Demografia
São Paulo é o município mais populoso do estado e do Brasil. Sua população estimada pelo IBGE em 2014 foi de 11 895 893 habitantes, com uma densidade demográfica de 7 762,3 habitantes por quilômetro quadrado. Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 244 369 habitantes, apresentando uma densidade populacional de 7 383,11 habitantes por km².75 Conforme o censo de 2010, 5 323 385 habitantes eram homens e 5 920 984 habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 99,1% da população era urbana (11 125 243 habitantes viviam na zona urbana e 19 126 na zona rural). Segundo o censo de 2010 do IBGE, a população paulistana é formada por:brancos (60,64%), pardos (30,51%), negros (6,54%), amarelos (2,19%) e indígenas (0,12%).
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de São Paulo (ano 2010), considerado muito alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,805, sendo o 14° maior de todo estado de São Paulo. Considerando apenas a Educação, o índice é de 0,725 (alto), enquanto o do Brasil é 0,637; o
índice da longevidade é de 0,855 (o brasileiro é
0,816); e o de renda é de 0,843 (o do país é
0,739) A renda per capitaé de 32 493,96 reais.
O coeficiente de Gini do município, que mede a desigualdade social, é de 0,45 (2003), sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A
incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 28,09%, o
limite inferior da incidência de pobreza é de 26,16%, o
superior é de 30,02% e a incidência da pobreza subjetiva
é de 10,60%.
Imigrantes e migrantes
Ver também: Imigração árabe no Brasil, Imigração japonesa no Brasil, Imigração italiana no Brasil, Imigração portuguesa no Brasil e Migração nordestina
São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Desde 1870, aproximadamente 2,3 milhões deimigrantes chegaram
ao estado, vindos de todas as partes do mundo. Atualmente, é a
cidade com as maiores populações de origens étnicas italiana, portuguesa, japonesa, espanhola, libanesa e árabe fora de seus países respectivos, e com o maior contigente de nordestinos fora do Nordeste.
A comunidade italiana é
uma das mais fortes, marcando presença em toda a cidade. Dos dez
milhões de habitantes de São Paulo, 60% (seis
milhões de pessoas) possuem alguma ascendência italiana. São Paulo tem mais descendentes de italianos que qualquer outra cidade italiana (a maior cidade da Itália é Roma, com 2,5 milhões de habitantes). Ainda hoje, os italianos agrupam-se em bairros como oBixiga, Brás e Mooca para promover comemorações e festas. No início do século XX, o italiano e seus dialetos eram tão falados quanto o português na cidade, o que influenciou na formação do dialeto paulistano da atualidade. São Paulo é a segunda maior cidade consumidora de pizza do mundo. São seis mil pizzarias produzindo cerca de um milhão de pizzas por dia.
A comunidade portuguesa também
é bastante numerosa, e estima-se que três milhões
de paulistanos possuem alguma origem em Portugal. A colônia judaica representa mais de 60 mil pessoas em São Paulo e concentra-se principalmente em Higienópolis (presença maior) e no Bom Retiro (presença
menor, atualmente). A partir do século XIX, e especialmente
durante a primeira metade do século XX, São Paulo recebeu
também imigrantes alemães (no atual bairro de Santo Amaro), espanhóise lituanos (no bairro Vila Zelina). Podemos destacar também a importante comunidade armênia, com suas diversas instituições instaladas nas proximidades dos bairros Bom Retiro, próximo a Estação Armênia do Metrô, Imirim e Brás. Os armênios fizeram do comércio e da fabricação de calçados suas principais atividades.
Com
a decadência da imigração europeia e
asiática após a década de 1930, passou a
predominar a vinda de migrantes, em sua maioria oriundos da região Nordeste do Brasil.
A cidade já contava com população afrodescendente no
século XIX, mas foi a partir da segunda metade do século
XX que a população de origem africana cresceu
rapidamente, através da chegada de pessoas de outros estados
brasileiros, principalmente da zona litorânea da Bahia. De
acordo com o IBGE, em 2005, pelo menos cerca de 30% da
população paulistana tinham alguma ascendência
africana; isto é, declaravam-se como "pretos" e "pardos"
Uma das colônias mais marcantes da cidade é a de origem árabe. Os libaneses e sírios chegaram
em grande número entre os anos de 1900 a 1930. Hoje seus
descendentes estão totalmente integrados à
população brasileira, embora aspectos culturais de origem
árabe marcam até hoje a cultura da capital paulista.
Restaurantes de comida árabe abundam por toda a cidade, vendendo
pratos que já entraram definitivamente na culinária
brasileira: quibe, esfiha, charutinho de repolho etc. A rua 25 de Março foi criada pelos árabes, que eram em sua maioria comerciantes.
A cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram de origem asiática (amarelos) do Brasil. Cerca de 456 mil pessoas são de origem oriental, dos quais 326 mil são japoneses. A comunidade japonesa da cidade é a maior fora do Japão. Imigrantes vindos do Japão começaram a chegar em 1908, e imigraram em grande número até a década de 1950. A maior concentração de orientais da cidade está no distrito da Liberdade.
Este distrito de São Paulo possui inúmeros restaurantes
japoneses, lojas com peças típicas do Japão, e
nele veem-se letreiros escritos em japonês e ouve-se muito o idioma. A colônia coreana da
cidade também é notável. São mais de 60 mil
pessoas de origem sul-coreana, particularmente concentrados no Bom Retiro, Aclimação e
Liberdade. No bairro da Aclimação é
possível encontrar diversos restaurantes coreanos, além
de locadoras de vídeo e mercearias coreanas. Oschineses são bastante numerosos nos distritos da zona central da cidade, como o Brás e a Liberdade.
Religiões
Tal
qual a variedade cultural verificável em São Paulo,
são diversas as manifestações religiosas presentes
na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social
eminentemente católica,
tanto devido à colonização quanto à
imigração — e ainda hoje a maioria dos paulistanos
declara-se católica —, é possível encontrar
atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes
diferentes, assim como a prática do islamismo,espiritismo, entre outras. O budismo e as religiões orientais também
têm relevância entre as crenças mais praticadas
pelos paulistanos. Estima-se que existem mais de cem mil seguidores
budistas, seichonoitas e hinduístas.94 Também são consideráveis as comunidades judaica, mórmon, e dasreligiões afro-brasileiras.
De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de São Paulo está composta por: católicos (68,11%), protestantes (15,94%), pessoas sem religião (8,97%), espíritas (2,75%), budistas (0,65%), judeus (0,36%) ,muçulmanos(0,33%) e outros (2,90%).95
A Igreja Católica divide
o território do município de São Paulo em quatro
circunscrições eclesiásticas: a Arquidiocese de São Paulo, a Diocese de Santo Amaro, a Diocese de São Miguel Paulista e a Diocese de Campo Limpo, sendo estas três últimas sufragâneas da primeira. O arquivo da arquidiocese, denominado Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, localizado no bairro do Ipiranga, guarda um dos mais importantes patrimônios documentais do Brasil.96
A Catedral Metropolitana de São Paulo (conhecida como Catedral da Sé), localizada na Praça da Sé, é considerada um dos cinco maiores templos góticos do mundo. A Igreja Católica reconhece como padroeiros da cidade: São Paulo de Tarso e Nossa Senhora da Penha de França.
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, a Igreja Cristã Maranata,Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana, as igrejas batistas, a Igreja Assembleia de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras.
Na cidade existem também cristãos de várias outras denominações, tais como as Testemunhas de Jeová e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (também conhecida como Igreja Mórmon).
Indicadores socioeconômicos
São Paulo possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto (0,805), o décimo quarto maior do estado e o 28º do Brasil.9 Porém
a distribuição do desenvolvimento humano na cidade
não é homogênea. Os distritos mais centrais em
geral apresentam IDH superior a 0,9, gradualmente diminuindo à
medida que se afasta do centro, até chegar a valores de cerca de
0,7 nos limites do município. Isto se deve a questões
históricas, uma vez que a área central, sobretudo a
localizada entre os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí,
foi o local onde mais se concentraram os investimentos e o planejamento
urbano por parte do poder público ,
bem como onde se instalou, historicamente, quase a totalidade da elite
econômica da cidade. As populações de mais baixa
renda, por não terem como arcar com o custo de vida dessas
áreas, acabam assim ocupando as áreas nas bordas do
município, mais desprovidas de infraestrutura.
O IDH estabelece três critérios para avaliação: o índice de educação, longevidade e renda.
O fator "educação" do IDH no município atingiu em
2010 a marca de 0,725 – patamar considerado alto, em conformidade
aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,9%, superior apenas à porcentagem verificada nascidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte. Os melhores distritos classificados pelo IDH em educação são Moema, Jardim Paulista e Pinheiros, os piores são Marsilac, Jardim Ângela e Grajaú.
Tomando-se
por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo
obteve a nona colocação entre ascapitais brasileiras. Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores no exame, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados. Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional públicode nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma
impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em
uma das causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado
carencial.
Pelo Índice de Gini, que mede a desigualdade social, os distritos de Vila Andrade, Vila Sônia e Tremembé possuem
a maior disparidade econômica. Todos os índices são
publicados no Atlas do Trabalho e Desenvolvimento de São Paulo,
uma ferramenta eletrônica que abriga mais de 200 indicadores
socioeconômicos da capital.
Um
ranking mundial de qualidade de vida, elaborado pela consultoria
internacional em recursos humanos Mercer, aponta a capital paulista na
117ª posição entre 221 cidades e a terceira
posição entre as quatro cidades brasileiras do ranking,
atrás somente de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, e à frente de Brasília. O status ecológico em um ranking paralelo aponta a cidade na 148ª posição.
Segurança pública e criminalidade
De acordo com o Estudo Global de Homicídios 2011, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU),
no período entre 2004 e 2009 a taxa de homicídios caiu de
20,8 para 10,8 assassinatos por 100 mil habitantes. A ONU apontou
São Paulo como exemplo de como grandes cidades podem diminuir a
criminalidade. Índices de criminalidade, como o homicídio, têm diminuído continuamente por 8 anos. O número de assassinatos em 2007 foi 63% mais baixo do que em 1999. O 9º DP do Carandiru é considerado uma das cinco melhores delegacias do mundo e a melhor da América Latina.
Em
2008, a cidade de São Paulo ocupava a 493ª
posição na lista das cidades mais violentas do Brasil.
Entre as capitais, era a quarta menos violenta, registrando, em 2006,
índices de homicídios superiores apenas aos de Boa Vista, Palmas e Natal.
Em
uma pesquisa sobre o Índice de Homicídios na
Adolescência (IHA), divulgada em 2009, São Paulo ficou no
151º lugar entre 267 cidades com mais de cem mil habitantes. Em novembro de 2009, o Ministério da Justiça e
o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram
uma pesquisa que apontou a São Paulo como a capital brasileira
mais segura para jovens. Entre os anos de 2000 e 2010, a cidade de São Paulo reduziu em 78% a sua taxa de homicídios. De acordo com dados do "Mapa da Violência 2011", publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a cidade de São Paulo tem a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre todas as capitais do Brasil.
Governo
Por ser a capital do estado de São Paulo, a cidade também é sede do Palácio dos Bandeirantes (Governo Estadual) e da Assembleia Legislativa.
O Poder Executivo do município de São Paulo é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pelaConstituição Federal. A lei orgânica do município e o atual Plano Diretor da cidade, porém, determinam que a administração pública deva garantir àpopulação ferramentas efetivas de manifestação da democracia participativa, o que faz com que a cidade seja dividida em subprefeituras, cada uma delas liderada por um subprefeito nomeado pelo prefeito.
O Poder Legislativo é representado pela câmara municipal,
composta por 55 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em
observância ao disposto no artigo 29 da
Constituição, que disciplina um número
mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).122 Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também uma série de conselhos municipais, cada um deles versando sobre temas diferentes, compostos obrigatoriamente por representantes dos vários setores da sociedade civil organizada.
A atuação e representatividade efetivas de tais
conselhos, porém, são por vezes questionadas. Os
seguintes conselhos municipais estão atualmente em atividade:
Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA); da
Informática (CMI); dos Deficientes Físicos (CMDP); da
Educação (CME); da Habitação (CMH); do Meio
Ambiente (CADES); da Saúde (CMS); do Turismo (COMTUR); dos
Direitos Humanos (CMDH); da Cultura (CMC); da Assistência Social
(COMAS) e das Drogas e Álcool (COMUDA).
Pertence
também à prefeitura (ou é esta sócia
majoritária em seus capitais sociais) uma série de empresas responsáveis por aspectos diversos dos serviços públicos e da economia de São Paulo:
Relações internacionais
As cidades-irmãs da cidade de São Paulo estão regulamentadas através da lei nº 14 471/2007.130
Subdivisões
O município de São Paulo está, administrativamente, dividido em trinta e uma subprefeituras, cada uma delas, por sua vez, divididas em distritos,
sendo estes últimos, eventualmente, subdivididos em subdistritos
(a designação "bairro", porém, não existe
oficialmente, embora seja usualmente aplicada pela
população). Os atuais distritos foram criados pela lei
municipal nº 11 220 de 20 de maio de 1992, e as atuais subprefeituras pela lei municipal n° 13 399, de 1º de agosto de 2002. As
subprefeituras estão oficialmente agrupadas em nove
regiões (ou "zonas"), levando em conta a posição
geográfica e história de
ocupação. Entretanto, há certos
órgãos e instituições (companhias
telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que adotam uma
divisão diferente da oficial. Cabem
às subprefeituras os serviços ordinários à
população, dessa forma, descentralizando alguns
serviços rotineiros.
A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos
diferentes bairros de São Paulo como fatores de ordem
prática (como a divisão de duas subprefeituras em uma avenida importante).
Porém, muitas vezes tal divisão não reflete a
percepção socioespacial que a população
local tem dos lugares: há regiões da cidade que
não são oficialmente reconhecidas pela prefeitura, de
forma que sua delimitação seja informal e abranja
diferentes distritos e subprefeituras, mantendo o nome por tradição,
contiguidade física ou facilidade de localização.
O fenômeno tende a se repetir na cidade inteira e considerado de
forma ampla, pode levar a uma não identificação
dos moradores com as instâncias políticas locais.
Além
da divisão política, há também uma
divisão em nove zonas geográficas, cada uma delas
representada por cores diferentes nas placas de ruas e na cor dos
ônibus que circulam na região. Essas regiões
são estabelecidas radialmente, usando apenas critérios
topográficos, e, salvo algumas exceções,
não têm uma homogeneidade urbana, nem qualquer
distinção administrativa, com exceção do
centro histórico e do centro expandido, onde vigora o rodízio municipal.
Economia
São Paulo possui o maior PIB dentre as cidades brasileiras, o décimo maior do mundo e, segundo projeção da PricewaterhouseCoopers, será o sexto maior em 2025. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011 seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de477 005 597 205,00 reais,
o que equivale a cerca de 11,5% do PIB brasileiro, 36% de toda a
produção de bens e serviços do estado de São Paulo e 21% da economia da região sudeste.10 De acordo com uma pesquisa divulgada Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio),
se fosse um país, a cidade de São Paulo poderia ser
classificada como a 36ª maior economia do mundo, acima de
nações como Portugal, Finlândia e Hong Kong.
De acordo com o mesmo estudo, o município sedia 63% dos grupos
internacionais instalados no país e 17 dos 20 maiores bancos. Sua região metropolitana possui um PIB de cerca de 613 bilhões de reais (dados de 2009). Segundo
dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade
no resto do país abrange 28% da população e 40,5%
do PIB brasileiro.
A capital paulista é a sexta cidade do mundo em número de bilionários, segundo a listagem da revista Forbes considera
como referência o endereço principal dos 1 210
bilionários da lista de 2011 feita pela revista, com base em
valores convertidos para o dólar norte-americano. Entretanto, acrise financeira de 2008-2009 afetou a renda média domiciliar per capita dos
moradores de São Paulo, que, em 2008, era de 816,40 reais, o que
posiciona a cidade na oitava colocação no ranking das capitais brasileiras, atrás de Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.141 Segundo
pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para
funcionários estrangeiros, São Paulo está entre as
dez cidades mais caras do mundo, classificada na décima
posição en 2011, 11 postos acima de sua
clasificação de 2010, e na frente de cidades como Londres, Paris, Milão e Nova Iorque.
Um dos maiores centros financeiros do Brasil e do mundo, São Paulo passa hoje por uma transformação em sua economia. Durante muito tempo aindústria constituiu
uma atividade econômica bastante presente na cidade, porém
São Paulo tem atravessado nas últimas três
décadas uma clara mudança em seu perfil econômico:
de uma cidade com forte caráter industrial, o município
tem cada vez mais assumido um papel de cidadeterciária, pólo de serviços e negócios para o país. Em São Paulo, por exemplo, está sediada a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a bolsa oficial do Brasil. Em 2012, a BMF&Bovespa era a oitava maior bolsa de valores do mundo em capitalização de mercado.
O município tem alguns centros financeiros espalhados
por seu território, concentrados na região das
subprefeituras da Sé, Pinheiros e Santo Amaro. O principal e
mais famoso deles a avenida Paulista, que abriga sedes de bancos, multinacionais, hotéis, consulados e se impõe como um dos principais pontos turísticos e culturais da cidade. O centro da cidade, que apesar de ter sido ofuscado pelas centralidades econômicas
mais recentes, abriga a bolsa de valores, diversas empresas e
hotéis. Além destes, outras regiões que se
destacam por sua intensa e modernaverticalização, pela presença de hotéis de luxo e empresas multinacionais são as regiões das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Luís Carlos Berrini.
Muitos analistas também têm apontado São Paulo como uma importante "cidade global" (ou "metrópole global", classificação dividida apenas com oRio de Janeiro entre as cidades brasileiras ).
Como cidade global, São Paulo tem acesso às principais
rotas aeroviárias mundiais, às principais redes de informação, assim como sedia filiais de empresas transnacionais de
importância global, além de importantes
instituições financeiras, mesmo estando conectada
marginalmente aos fluxos transnacionais de pessoas, investimentos e
empregos.
O urbanista João Sette Whitaker Ferreira, entretanto, considera que a desigualdade social e a segregação espacial descaracterizam São Paulo como uma cidade global. Apesar
de ser o centro financeiro do país, São Paulo apresenta
também alto índice de negócios ligados à economia informal. Neste mesmo cenário, segundo dados de 2001 da prefeitura do município, cerca de 10% dos paulistanos vivia abaixo da linha de pobreza.
A cidade de São Paulo também tem se consolidado em um polo de comércio de produtos contrabandeados, pirateados e falsificados, em geral localizados em alguns pontos do centro da cidade como a Rua 25 de Março, a rua Santa Ifigênia e áreas próximas a estações de metrô. Os artigos em geral são CDs com versões piratas de softwares, filmes ou álbuns em CD e DVD, ou então acessórios e itens de vestuário, principalmentemochilas e tênis de
marcas internacionais, entre outros artigos. Nos últimos anos,
porém, tem crescido a apreensão desses artigos pirateados.
Turismo
São Paulo destaca-se mais como uma cidade marcada pelo turismo de negócios que pelo turismo recreativo. Grandes redes de hotéis cujo
público-alvo é o corporativo estão instaladas na
cidade e possuem filiais espalhadas em várias das suas
centralidades. Toda a infraestrutura para eventos da cidade faz com que
ela seja sede de 75% principais feiras do país. Dentre as
principais, estão o Salão do Automóvel de São Paulo, a Couromodae a Francal, entre outras. A cidade ainda promove uma das mais importantes semanas de moda do mundo, a São Paulo Fashion Week, sendo um dos principais centros geradores de tendências em moda.
O
turismo cultural também possui relevância para a cidade,
especialmente quando se têm em vista os vários eventos internacionais que ocorrem na metrópole, como a Bienal de Artes de São Paulo e os vários shows de celebridades estrangeiras que, quando se apresentam no Brasil, escolhem poucas metrópoles.
A
cidade possui inúmeras atividades culturais e uma vida noturna
que é considerada umas das melhores do país. Há
diversos cinemas, teatros,museus e centros culturais,
alguns atendendo a parcela de maior poder aquisitivo, outros
contemplando mais o público popular, o que leva muitos a dizerem
que "sempre há um programa para se fazer em São Paulo". A rua Oscar Freire, de acordo com a Mystery Shopping International, foi eleita uma das oito ruas mais luxuosas do mundo, e São Paulo, a 25ª "cidade mais cara" do planeta.
De acordo com a International Congress & Convention Association (ICCA), São Paulo ocupa o primeiro lugar entre as cidades que mais recebem eventos internacionais na América e a 12ª posição no mundo, depois de Viena, Paris, Barcelona, Singapura, Berlim, Budapeste, Amsterdã,Estocolmo, Seul, Lisboa e Copenhague. De acordo com um estudo feito pela MasterCard em 130 cidades ao redor do mundo, a capital paulista foi o terceiro destino mais visitado da América Latina (atrás da Cidade do México e de Buenos Aires),
com 2,4 milhões de viajantes estrangeiros, que gastaram 2,9
bilhões de dólares em 2013 (o valor mais alto entre as
cidades da região). Além disso, estima-se que a
metrópole se torne a mais visitada da América Latina
até 2017. Em 2014, a CNN classificou a vida noturna paulistana como a quarta melhor do mundo, atrás apenas deNova York, Berlim e Ibiza, na Espanha, que ficou no primeiro lugar.
A diversidade de povos e culturas que construíram a cidade faz também com que a rica gastronomia da
região seja por si só um grande atrativo
turístico. Essa afirmação pode ser comprovada
através da ampla variedade gastronômica da cidade, que
abrange mais de 50 tipos de culinária. Durante o 10º
Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo (CIHAT)
realizado em 1997, a cidade recebeu o título de "Capital Mundial
da Gastronomia" de uma comissão formada por representantes de 43
nações. O município tem ganhado espaço em diversos jornais internacionais (ex.: The New York Times, The Wall Street Journal e CNN), que demonstram a pluralidade cultural da capital paulista para todo o mundo;
Infraestrutura urbana
Desde o começo do século XX, São Paulo é o principal centro econômico da América Latina. Com a primeira e a segunda guerras mundiais e aGrande Depressão, as exportações do café aos Estados Unidos e Europa foram fortemente afetadas, forçando os ricos cafeicultores a investir nas atividades industriais que transformariam São Paulo no maior centro industrial do Brasil. As novas vagas de trabalho contribuíram para atrair um número significativo de imigrantes (sobretudo da Itália) e de migrantes, especialmente dos estados do Nordeste. De uma população de apenas 32 mil pessoas em 1880, São Paulo passa a ter 8,5 milhões de
habitantes em 1980. O rápido crescimento demográfico
trouxe como consequência inúmeros problemas para a cidade.
São Paulo é praticamente toda servida pela rede de abastecimento de água potável.163 A cidade consome uma média de 221 litros de água/habitante/dia enquanto a ONU recomenda o consumo de 110 litros/dia. A perda de água é de 30,8%.164 No entanto entre 11 a 12,8% das residências não possui rede de esgoto, depositando dejetos em fossas e valas.163 Sessenta por cento do esgoto coletado é tratado. Segundo dados do IBGE e da Eletropaulo a
rede elétrica atende quase 100% das residências. A rede de
telefonia fixa ainda é precária, com cobertura de 67,2%. A
coleta de lixo domiciliar cobre todas as regiões do
município mas ainda é insuficiente, atingindo cerca de
94% da demanda, em distritos como Parelheiros e Perus. Cerca de 80% do lixo produzido diariamente pelos paulistanos é exportado para outras cidades, como Caieiras eGuarulhos. A reciclagem atinge cerca de 1% das 15 mil toneladas de lixo produzidas diariamente.
Tecidos urbanos
São
Paulo possui uma miríade de tecidos urbanos. Os núcleos
originais da cidade apresentam-se verticalizados, caracterizados pela
presença de edifícios comerciais e de serviços; e as periferiasdesenvolvem-se,
de forma geral, com edificações de dois a quatro andares
- embora tal generalização certamente encontre
exceções no tecido da metrópole. Comparada a outras cidades globais (como as cidades-ilha de Nova Iorque e Hong Kong),
porém, São Paulo é considerada uma cidade de
"edifícios baixos". Seus maiores edifícios raramente
atingem quarenta andares, e a média entre os edifícios
residenciais é de vinte. Todavia, é a terceira cidade no
mundo em quantidade de prédios, de acordo com a página
especializada em pesquisa de dados sobre edificações Emporis Buildings,166 além de possuir o maior arranha-céu do país, oMirante do Vale, também conhecido como Palácio Zarzur Kogan, com 170 metros de altura.
São comuns as seguintes regiões, caracterizadas de acordo com seu tecido urbano:
Tal
heterogeneidade de tecidos, porém, não é
tão previsível quanto o modelo genérico pode fazer
imaginar. Algumas regiões centrais da cidade passaram a
concentrar indigentes, tráfico de drogas, comércio ambulante e prostituição,
o que incentivou a criação de novas centralidades do
ponto de vista socioeconômico. A caracterização de
cada região da cidade também passou por várias
mudanças ao longo do século XX. Com o deslocamento de indústrias para outras cidades ou estados,
várias áreas que antes abrigavam galpões de
fábricas transformaram-se em áreas comerciais ou mesmo
residenciais.
A mais caracterizada mudança no perfil econômico da cidade, porém, é o chamado vetor sudoeste,
área da cidade que engloba as regiões oeste e centro-sul.
A expressão refere-se à tendência do mercado
imobiliário (e das empresas em geral) em "levar" o centro da
cidade para regiões antes consideradas periféricas,
seguindo em geral a direção nordeste-sudoeste, com
algumas poucas exceções. Esta tendência pode ser
acompanhada desde as primeiras décadas do século XX: partindo da região do Triângulo histórico (núcleo original da cidade), a centralidade socioeconômica da cidade (que difere da centralidade geográfica) passou para a região do Centro Novo (do outro lado do Vale do Anhangabaú), e mais tarde para a região da avenida Paulista.
Nas últimas duas décadas, este processo tem levado tal
centralidade principalmente para a região das avenidas Faria
Lima e Berrini. Fora dessa região, existem também outras
áreas como os distritos de Tatuapé e Santana,
que também se desenvolveram e tornaram-se centralidades
socioeconômicas regionais, funcionando ainda como pólo de
comércio, serviços e lazer para outras localidades fora
do eixo de desenvolvimento principal do município.
As
regiões que permanecem afastadas destas centralidades acabam, na
maioria dos casos, servindo como bairros-dormitórios. Isto se
deve ao processo de planejamento urbano da cidade ao longo do
século XX, que manteve as áreas de
habitação popular isoladas das centralidades principais
do município. Ao crescimento demográfico estiveram associados processos de especulação imobiliária que aceleraram a ocupação de áreas periféricas com pouca infraestrutura, em alguns casos fomentados pelos próprios programas urbanísticos estatais de habitação popular. Nas últimas décadas, algumas famílias de baixa renda passaram a ocupar irregularmente regiões de mananciais.
A constante mudança da paisagem paulistana devido às alterações tecnológicas de
seus edifícios tem sido uma característica marcante da
cidade, apontada por estudiosos como Benedito Lima de Toledo. Segundo
Toledo, em um período de um século, entre meados de 1870
e 1970 a cidade de São Paulo foi praticamente demolida e
reconstruída no mínimo três vezes. Estes três
períodos são caracterizados pelos processos construtivos
típicos de suas épocas: em um primeiro momento a cidade
apresentava-se como um emaranhado de construções em taipa de pilão,
situação que perdurou desde o período colonial
até as últimas décadas do século XIX. No
início do século XX, a cidade foi rapidamente
transformada e passou a apresentar-se como uma cidade de alvenaria, importando métodos de construção e arquiteturas europeias.
Enfim, com a necessidade de verticalização e
expansão e a popularização de avanços
tecnológicos, a cidade foi novamente demolida e
reconstruída em concreto armado e metal,
constituindo parte da paisagem atual. De cada um dos períodos
anteriores restam poucos exemplares: algumas poucas residências bandeiristaspreservadas e o Museu de Arte Sacra de São Paulo são
os únicos resquícios da "cidade de taipa". Da mesma
maneira, da "cidade de alvenaria", são preservados ainda
edifícios como o da Pinacoteca do Estado.
No entanto, segundo dados do censo de 2000 do IBGE, da fundação SEADE e de pesquisas feitas pela prefeitura de São Paulo no período 2000-2004, o município apresentava até aquele momento um déficit de
aproximadamente 800 mil unidades habitacionais. Isto equivaleria,
segundo tais pesquisas, a aproximadamente três milhões de cidadãos sem
acesso à habitação formal ou em
habitações precárias: nestes números
constam a população de loteamentos clandestinos e irregulares, a população moradora de favelas e a população moradora de cortiços. Tal déficit equivaleria, segundo alguns autores, a aproximadamente um décimo de todo o déficit habitacional nacional (estimado em aproximadamente oito milhões de unidades ). Em 2006, dos 1 522,986 km² do município de São Paulo, 31 km² eram ocupados por mais de duas mil favelas.
Aliado
ao problema do déficit habitacional está o fato de que,
ainda segundo dados das pesquisas em distritos censitários do IBGE e da fundaçãoSEADE, a cada ano as áreas centrais da cidade - correspondentes às regiões centrais tradicionais e àquelas ligadas ao já citado vetor sudoeste - apresentam uma taxa negativa de crescimento demográfico (de -5% entre 2000 e 2008).
Planejamento urbano
São Paulo possui um histórico de ações, projetos e planos ligados ao urbanismo e ao planejamento urbano que podem ser traçados até as administrações de Antônio da Silva Prado, Barão de Duprat, Washington Luís e completado por Francisco Prestes Maia. Porém, de uma forma geral, a cidade constituiu-se ao longo do século XX,
saltando de vila à metrópole, por meio de uma
série de processos informais ou irregulares de expansão
urbana. Desta forma, São Paulo difere consideravelmente de
cidades brasileiras como Belo Horizonte e Goiânia,
cuja expansão inicial seguiu determinações de um
plano e de um projeto urbano original, ou de uma cidade como Brasília, cujo plano piloto fora inteiramente desenhado previamente à construção da cidade.
Por
outro lado, a sucessão de loteamentos periféricos e dos
processos de requalificação e reconstrução
de tecidos já consagrados, comuns na cidade ao longo de sua
evolução, foi eventualmente acompanhada de planos
urbanísticos que tentavam ordenar segundo diretrizes de
planejamento a lógica informal própria da
constituição da cidade. Se as primeiras
intervenções de Prado e Teodoro possuíam
caráter pontual, tais planos procuraram, ora setorialmente
integrados e ora isolados, a definição de padrões
a serem seguidos na produção de novos espaços
urbanos e na regulação dos anteriores.
A
eficácia histórica de tais planos em cumprir aquilo a
que, aparentemente, se propunham, porém, tem sido apontada por
alguns planejadores e historiadores diversos como questionável.
Por outro lado, outros destes mesmos estudiosos alegam que tais planos
foram produzidos visando o benefício exclusivo das camadas mais
abastadas da população, enquanto as camadas populares
ficariam relegadas aos processos informais tradicionais.
Em São Paulo, até meados da década de 1950, os planos apresentados para a cidade ainda possuíam um caráter haussmanniano,
ou seja, eram baseados na ideia de "demolir e reconstruir". Podem-se
citar planos como os apresentados pelo então prefeito Prestes
Maia para o sistema viário paulistano (conhecido como Plano de Avenidas) ou o de Saturnino de Brito para as marginais do rio Tietê.
Em 1968 é proposto o Plano Urbanístico Básico que se desdobraria no Plano Diretor Integrado de Desenvolvimento de São Paulo, desenvolvido durante a gestão de Figueiredo Ferraz. O principal resultado deste plano foi aquilo que ficou conhecido como lei de zoneamento e
que vigorou até 2004, quando foi substituída pelo atual
Plano Diretor. Naquele zoneamento, aprovado em 1972, notava-se uma
clara proteção às chamadas Z1(zonas
cuja definição de uso era exclusivamente residencial e
era destinada às elites da cidade) e uma certa
indefinição da maior parte da cidade, classificada como Z3 (vagamente
regulamentada como "zona mista" mas sem definições mais
claras a respeito de suas características). Desta forma, tal
zoneamento incentivou o crescimento de bairros periféricos
dotados de edifícios de baixo gabarito aliados a processos de especulação imobiliária ao mesmo tempo que valorizava regiões nas quais se permitia construir edifícios altos.
Saúde
São
Paulo é um dos principais polos de saúde na
América Latina. Entre seus melhores hospitais estão o
israelita Hospital Albert Einstein, classificado como o melhor da América Latina, o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o maior complexo hospitalar latino-americano, oHospital Sírio-Libanês e o Instituto do Câncer, o maior centro de oncologia da América Latina.
O
município é a sede de instituições de todos
os três níveis de governo: federal, estadual e municipal.
O setor privado de saúde também é relevante e a
grande parte dos melhores hospitais brasileiros está localizada
na cidade. Os serviços públicos de saúde
são geralmente de responsabilidade do governo municipal e
estão espalhados por todo o território municipal, com um
total de 770 unidades básicas de saúde (UBS),
clínicas ambulatoriais e de emergência, e 17 hospitais. A
Secretaria Municipal de Saúde tem 59 mil funcionários,
entre eles mais de 8.000 médicos e 12.000 enfermeiros. Em
setembro de 2009, a cidade de São Paulo tinha 32.553
ambulatórios, centros e escritórios de profissionais
(médicos, dentistas e outros); 217 hospitais, com 32.554 leitos;
137.745 profissionais de saúde, sendo 28.316 médicos.
Mobilidade urbana e acessibilidade
A cidade de São Paulo sofre um problema comum a outras grandes metrópoles mundiais: o grande congestionamento de carros em suas principais vias. Otransporte coletivo,
no entanto, representa um papel fundamental no dia a dia da
metrópole. São Paulo conta com uma imensa estrutura de
linhas deônibus, com uma frota de cerca de quinze mil unidades entre ônibus comuns e articulados (cerca de 10 mil), trólebus (215 veículos) e micro-ônibus(cerca
de 5 mil). Em 2003, iniciou-se uma grande reformulação no
sistema de transporte público na cidade que reduziu
significativamente o grande número de lotações clandestinas, que em sua maioria foram recadastradas e organizadas em cooperativas.
Na
cidade, em média, existe um veículo para cada dois
habitantes, totalizando mais de 6 milhões de unidades somente. Além disso, São Paulo possui a terceira maior frota de táxis da América Latina e a maior frota de helicópteros do mundo.
Os trens da CPTM, o Metrô e o sistema de interligação entre eles completam o sistema municipal e estadual de transporte na cidade.
O
sistema viário do município é notadamente
heterogêneo, especialmente do ponto de vista rodoviário. A
cidade é cortada por duas grandes vias que têm papel
estruturador, tanto na escala infraurbana quanto na metropolitana: a Marginal Tietê e a Marginal Pinheiros. Estas duas "artérias" são consideradas as principais vias estruturais (ou vias expressas) do município, sendo que, a elas, conectam-se diversas rodovias estaduais e federais, dentre as quais aAnchieta, Anhanguera, Raposo Tavares, Dutra (acesso ao Vale do Paraíba e ao Rio de Janeiro), Fernão Dias (acesso a Belo Horizonte), Imigrantes(acesso à Praia Grande), Bandeirantes (acesso à região de Campinas), Castelo Branco e Ayrton Senna (acesso à Guararema). Está em construção oRodoanel Mário Covas, que permitirá o acesso a vários municípios da região metropolitana de São Paulo.
Com uma frota de 5 392 692 veículos em 2007, estima-se
que São Paulo alcançou uma taxa de
motorização de 0,454 veículos por habitante, o que
corresponde aproximadamente a um veículo para cada dois
habitantes. A taxa média no Brasil é
de 0,24, o que coloca São Paulo entre os municípios com
maior nível de motorização do país,
superado só por alguns como São Caetano do Sul (0,739), Curitiba(0,545) e Goiânia (0,512).
O
congestionamento de veículos na cidade é recorrente,
principalmente, mas não restrito, aos horários de pico.
Desde 1996, a prefeitura adota medidas paleativas para amenizar os problemas causados pelo trânsito, como a adoção do Rodízio Municipal, a restrição de estacionamentos (Zona Azul)
e de circulação de caminhões e veículos de
carga. O recorde de congestionamento da cidade foi o de 344 km, em maio de 2014.
Hoje, como medidas para solucionar o problema do trânsito, investe-se a ampliação do metrô, na construção de mais corredores de ônibus, no alargamento da Marginal Tietê e na construção do Rodoanel Metropolitano e existem estudos para uma futura implementação de pedágiourbano.196
Em relação ao transporte aéreo a cidade possui dois principais aeroportos: Aeroporto de Congonhas/São Paulo , que serve voos domésticos e oAeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos ,
locializado na município de Guarulhos, que serve voos domesticos
e internacionais, sendo um dos principais aeroportos internacionais do
Brasil, além destes aeroportos possui o Aeroporto Campo de Marte que
serve para helicopteros e aviões de pequeno porte. Com
exceção do aeroporto internacional de Guarulhos,
concedido à iniciativa provada pelo governo federal, todos estes centros aeroviários são operados pela estatal Infraero.
Transporte público
Os sistemas de transporte público também
apresentam certa heterogeneidade e, eventualmente, alguma
contraditoriedade. São comuns críticas ao sistema no
sentido de que os vários sistemas que o compõem
não respondem a uma mesma autoridade de planejamento, o que
resultaria em situações paradoxais e
duplicação de esforços. Tal fato se deve,
primariamente, pelo fato de os dois principais meios de transporte
público (o metrô e os ônibus) serem administrados
por esferas diferentes: o Metrô de São Paulo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo(EMTU), são empresas cujo sócio principal é o Estado de São Paulo, enquanto o sistema de ônibus municipais (composto por diversas empresas particulares) responde à São Paulo Transporte (SPTrans), entidade municipal.
Na zona norte da cidade encontra-se o Terminal Rodoviário Tietê, o segundo maior do mundo, que possui linhas de ônibus para
diversos municípios paulistas e para muitos outros estados do
país, além de linhas para outros países
sul-americanos, como Chile, Argentina, Paraguai,Uruguai e Peru. É integrado à estação do metrô Portuguesa-Tietê. Existem também outros terminais rodoviários, como o Terminal Intermodal da Barra Funda (zona oeste), com destinos para outros estados brasileiros, e o Terminal Intermunicipal Jabaquara (zona sul), com linhas de ônibus para várias cidades do litoral paulista.
A malha metro-ferroviária da cidade tem 335 quilômetros de extensão, sendo 75 quilômetros de linhas administradas pelo Metrô de São Paulo (34,6
quilômetros inteiramente subterrâneo), com cinco linhas em
operação e 63 estações de embarque,< e 258 quilômetros de linhas administradas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A CPTM e o Metrô transportam em média 5,9 milhões de pessoas por dia, e
algumas linhas subterrâneas que estão sendo
construídas vão adicionar ainda mais passageiros ao
sistema dentro dos próximos cinco anos.
Segundo
dados da administração atual espera-se expandir o sistema
de trens urbanos de São Paulo para mais de 500 quilômetros
nos próximos 10 anos. O The Metros,
principal premiação do setor metroviário no mundo,
fez uma conferência no dia 23 de março de 2010, no Reino Unido, que analisou os 70 maiores metropolitanos do mundo, que deu resultado como o de São Paulo o melhor metrô das Américas, superando a dos Estados Unidos, Canadá e México.
Educação e ciência
A cidade de São Paulo tem um sistema de ensino primário e secundário, público e privado, e uma variedade de profissionais de escolas técnicas. Com 2 725 estabelecimentos de ensino fundamental, 2 998 unidades pré-escolares, 1 199 escolas de nível médio e 146 instituições de nível superior, a rede de ensino da cidade é a mais extensa do país. Ao total, são 2 850 133 matrículas e 153 284 docentes registrados.213
O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2010 a marca de 0,725 – patamar considerado alto, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,9%, superior apenas à porcentagem verificada nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte.103104
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve a nona colocação entre ascapitais brasileiras e o 1 903º lugar no ranking geral dos municípios. Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados. Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma
impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em
uma das causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado
carencial.
Contemplado por expressivo número de renomadas instituições de ensino e centros de excelência, São Paulo é o maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 28% da produção científica nacional – segundo dados de 2005.
No cenário atual, destacam-se importantes universidades públicas e
privadas, muitas delas consideradas centros de referência em
determinadas áreas. Entre as muitas instituições de ensino superior, podem-se destacar o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a Universidade de São Paulo (USP), criada em 1934, quando incorporou a histórica Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo de São Francisco. Entre as universidades públicas, a USP é aquela com o maior número de vagas de graduação e de pós-graduação no Brasil, sendo responsável também pela formação do maior número de mestres e doutores do mundo, bem
como responsável por metade de toda a produção
científica do estado de São Paulo e mais de 25% da
brasileira. Como
o Brasil é responsável por cerca de 2% da
produção mundial, pode-se dizer que a USP é
responsável por 0,5% das pesquisas do mundo. Instituições filiadas à universidade incluem o Instituto Butantan, pólo de pesquisa biomédica fundado em 1901, e atualmente vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo, fabrica antígenos e vacinas diversos, e é o maior produtor nacional de soros antiofídicos. Centro de renome internacional em pesquisa científica de animais peçonhentos, conta com 14 laboratórios e um núcleo de biotecnologia.
O
município também possui universidades particulares de
grande reputação nacional e internacional, como a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, além
de diversos institutos de ensino superior e pesquisa em áreas
específicas, entre os quais podem ser destacados aFundação Armando Álvares Penteado (FAAP) (engenharia, artes e ciências humanas), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) (administração e direito) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Cultura
São Paulo é considerada polo cultural no Brasil, tendo-se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo da história do século XX. Apesar de tradicionalmente rivalizar com o Rio de Janeiro o status de
sede das principais instituições culturais do
país, é em São Paulo que existe o maior mercado
para a cultura, tendo hoje se consolidado como uma das principais capitais culturais do Brasil e daAmérica Latina.
A cultura da cidade de São Paulo foi largamente influenciada pelos diversos grupos de imigrantes que ali se estabeleceram, principalmente italianos. São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculo, bares e grandes eventos culturais como a Bienal de São Paulo e a Virada Cultural. Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, a maioruniversidade pública do país — a Universidade de São Paulo — a maior universidade privada — a Universidade Paulista — e a maior casa de espetáculos do país, o Credicard Hall). Entre os museus mais famosos da cidade estão Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu do Ipiranga, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras instituições de renome. Também abriga um dos cinco maiores parques zoológicos do mundo, o Parque Zoológico de São Paulo.
A literatura na cidade de São Paulo começa com a chegada dos missionários da Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos comojesuítas, no início do século XVI. Os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta são considerados os fundadores da capital paulista. Durante o século XIX a cidade teve grandes nomes da literatura como o escritor Álvares de Azevedo, representante da fase ultrarromântica doromantismo.
Porém, os escritores paulistanos só atingem
independência cultural e projeção nacional no
início do século XX, com o movimentomodernista brasileiro, principalmente após a realização da Semana de Arte Moderna em 1922. Durante essa época surgem importantes escritores da literatura brasileira como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, responsáveis pela introdução do modernismo no país e produtores de uma extensa e importante obra literária, dramatúrgica e crítica para a cultura brasileira.
A cidade possui nomes de renome como Adoniran Barbosa, cujos sucessos mais lembrados são Saudosa Maloca e Trem das Onze, e os Demônios da Garoa, grupo de samba da década de 1940 ainda em atividade considerado o "Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade". O município também foi o berço de várias bandas de rock nas décadas de 1960, 1970 e 1980, como os Os Mutantes, o Ultraje a Rigor e os Titãs. Entre os cantores paulistanos contemporâneos de maior reconhecimento, estão artistas como Ana Cañas, Criolo, Emicida, Maria Gadú, Maria Rita, Mallu Magalhães, Marcelo Jeneci, Racionais MC's, Tiê, entre outros. São Paulo também é um dos principais centros de música erudita do Brasil, sendo local de nascimento de compositores internacionalmente reconhecidos como Osvaldo Lacerda e Amaral Vieira, e palco durante o ano todo de apresentações de concertos e óperasem suas diversas salas, como a Sala São Paulo, o Teatro Municipal de São Paulo, o Teatro São Pedro e o Teatro Alfa. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) é considerada o melhor conjunto sinfônico da América Latina.
São
Paulo é um dos principais centros de comunicação
do Brasil e da América Latina, por reunir em seu
território a sede de vários grandes grupos de
comunicação. Dois dos jornais mais influentes do
país são publicados na cidade, ambos com reputação internacional: a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo (o jornal mais antigo da cidade ainda em circulação). No campo da televisão, a cidade foi pioneira com a criação da primeira emissora do país, aTV Tupi, pelo empresário Assis Chateaubriand, em setembro de 1950. A cidade também foi pioneira em publicidade,
sendo que nela foi instalada a primeira agência de publicidade do
país, chamada "A Eclética", em 1914. Atualmente, o
município é um grande centro publicitário nacional
e internacional. São
Paulo também concentra um grande número de editoras que
produzem algumas das principais publicações do Brasil.
Entre elas destaca-se o Grupo Abril.
Esportes
A cidade sedia eventos esportivos de importância nacional e internacional, como o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, realizado no Autódromo de Interlagos, o São Paulo Indy 300, evento que faz parte da IndyCar Series e é realizado no Circuito Anhembi, e o Aberto de São Paulo de Tênis, realizado no Complexo de Tênis do Parque Villa-Lobos. Também realiza-se na cidade a tradicional Corrida de São Silvestre. Entre os principais eventos dos quais São Paulo foi sede, estão a Copa do Mundo FIFA de 1950, os Jogos Pan-Americanos de 1963 e o Mundial Interclubes de 2000, além de ser a cidade-sede que recebeu a Abertura da Copa do Mundo FIFA de 2014 (e mais cinco partidas do mesmo torneio). A cidade conta também com um Jockey Club, onde a primeira corrida aconteceu em 29 de outubro de 1876.
O município é sede de três grandes clubes brasileiros de futebol: Corinthians, Palmeiras (fundado por italianos) e São Paulo FC. Além do chamado "Trio de Ferro", ainda conta com outras agremiações futebolísticas, como a Portuguesa de Desportos, o Juventus e o Nacional. A cidade conta com cinco grandes estádios: Morumbi, do São Paulo FC Pacaembu, da administração municipal; Arena Palestra Itália da S.E Palmeiras; Estádio do Canindé, da Portuguesa de Desportos e a Arena do Corinthians, do Sport Club Corinthians Paulista, localizado em Itaquera, zona leste da cidade, com capacidade planejada para 48 mil pessoas. Conta também com diversos ginásios de vôlei e basquete, quadras de tênis, e muitas outras arenas esportivas, como o Estádio do Ibirapuera, destinado principalmente ao atletismo.
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