LEÃO PARTE FINAL Características
O leão é o segundo maior felino depois do tigre, apresentando comprimento e peso menor, mas sendo mais alto na cernelha. Possui uma pelagem curta e a coloração é unicolor, variando do castanho claro ao cinza prateado e do vermelho amarelado ao marrom escuro. Não apresenta rosetas e os filhotes e juvenis apresentam manchas na pelagem. O ventre e as partes mediais dos membros são mais claras, e o tufo de pelos na ponta da cauda é preto. A juba é geralmente castanha, variando em tonalidades amareladas, avermelhadas ou tons mais escuros de marrom. Com a idade, a juba tende a ficar mais escura, podendo ser inteiramente preta. Tem a cabeça arredondada e curta, com a face larga e orelhas arredondadas, o pescoço é relativamente curto e o corpo musculoso e bem proporcional.
Leões tendem a variar em tamanho dependendo do seu ambiente e área de distribuição, resultando em uma grande variação de registros morfométricos. Os indivíduos da África Austral tendem a ser 5 por cento mais pesados do que os da África Oriental, em geral. O maior leão registrado, com quase 3,6 metros de comprimento total, foi um macho abatido perto Mucsso, no sul de Angola, em outubro de 1973. O mais pesado leão conhecido na natureza foi um “devorados de homens” abatido em 1936 nas cercanias de Hectorspruit, no leste daprovíncia do Transvaal, África do Sul, que pesava 313 kg.52 Outro leão nomeadamente descomunal do sexo masculino, foi abatido perto do Monte Quênia, e pesava 272 kg. Leões em cativeiro tendem a ser maiores do que os leões em estado selvagem, o mais pesado registrado era um macho no Zoológico de Colchester, na Inglaterra, em 1970, chamado Simba, que pesava 375 kg.5
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Juba
Só o macho possui a juba como meio de se defender de predadores e de luta por território.
Leucismo
O leucismo é uma mutação rara que acomete principalmente animais da subespéciePanthera leo krugeri, causando uma despigmentação dos pelos, fazendo que esses animais sejam chamados popularmente de leões brancos. Esses indivíduos leucísticos podem ser encontrados em algumas reservas na África do Sul em estado natural e em zoológicos ao redor do mundo. O leucismo é causado por um gene recessivo e mantém a coloração dos olhos e pele normais, diferindo assim do albinismo.
A confirmação da existência de leões brancos só veio no final do século XX. Durante séculos, acreditava-se que o leão branco era uma lenda fictícia circulando na África do Sul, onde é dito que a pelagem branca representa a bondade presente em todas as criaturas. A primeira aparição ocorreu no início de 1900 e continuou sendo incomum por quase 50 anos, até que em 1975, Chris McBride descobriu uma ninhada de filhotes brancos na Reserva Privada de Caça Timbavati
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Ecologia e comportamento
Esses grandes felinos vivem em bandos de 5 a 40 indivíduos, sendo os únicos felinos de hábitos gregários. Em um bando, há divisão de tarefas: as fêmeas são encarregadas da caça e do cuidado dos filhotes, enquanto o macho é responsável pela demarcação do território e pela defesa do grupo de animais maiores ou mais numerosos (contra eventuais ataques de hienas, búfalos, elefantes e outros leões machos).
São exímios caçadores de grandes herbívoros, como a zebra e o gnu, mas comem quase todos os animais terrestres africanos que pesem alguns poucos quilogramas. Como todos os felinos, têm excelente aceleração, mas pouco vigor. Por isso, usam tácticas de emboscada e de ação em grupo para capturar suas presas. Muitos leões desencadeiam o ataque a 30 metros de distância da presa. Mesmo assim, muitos animais ainda conseguem escapar. Para sobreviver, um leão necessita ingerir, diariamente, cerca de 5 quilos decarne, no mínimo, mas caso tenha a oportunidade, consegue comer até 30 quilos de carne numa só refeição. Isto acontece porque nem sempre os leões são bem sucedidos, e quando o são, aproveitam toda a carne disponível para não precisarem voltar a caçar tão cedo.
Apesar do fato das fêmeas efetuarem a maior parte da caça, os machos são igualmente capazes. Dois fatores os impedem de caçar tantas vezes quanto as fêmeas: o principal é o seu tamanho, que os tornam muito fortes, porém menos ágeis e maiores gastadores deenergia.
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As fêmeas são sociais e caçam de forma cooperativa, enquanto os machos são solitários e gastam boa parte de sua energia patrulhando um extenso território, mas tanto machos como fêmeas passam de 16 a 20 horas diárias em repouso, num regime de economia de energias, uma vez que seu índice de sucesso em caças é de apenas 30%.
As fêmeas precisam de um tempo extra para caçar, porque os machos não cuidam dos filhotes. As leoas formam bandos de dois a dezoito animais da mesma família, o que as caracteriza como o único felino realmente social. Apesar de a caça em grupo ser mais eficiente do que a caça individual, sua eficácia não é tão compensadora, já que, em grupo, é preciso obter mais alimento para nutrir a todos. É mais provável que a socialização das fêmeas vise proteger os filhotes contra os machos.
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Comunicação
Quando em repouso, a socialização do leão ocorre através de uma série de comportamentos e os movimentos expressivos do animal são altamente desenvolvidos. Os mais comuns são gestos táteis de atrito das cabeças e lambedura, , que foram comparados com a catação em primatas. A fricção de cabeça – afocinhar a testa, o focinho ou o pescoço contra outro animal – parece ser uma forma de saudação, como é visto muitas vezes depois que um animal retorna para junto dos outros, ou depois de uma luta ou confronto. Os machos tendem a se esfregar uns nos outros, enquanto filhotes e fêmeas esfregam-se apenas em fêmeas. A lambedura social ocorre muitas vezes em conjunto com a fricção de cabeça; geralmente é mútua e o receptor parece expressar uma expressão prazerosa. A cabeça e o pescoço são as partes mais comumente lambidas, o que pode ter surgido como uma utilidade, já que um leão não consegue lamber estas áreas individualmente.
Os leões têm uma variedade de expressões faciais e posturas corporais que servem como gestos visuais. O repertório de vocalizações também é grande, variações na intensidade e altura, em vez de sinais discretos, parecem essenciais para a comunicação. Os sons do leão incluem rosnado, sibilação, rugido, latido rosnado, tossidela e miado. Os leões tendem a rugir de uma forma muito característica, começando com um longo rugido pouco profundo que avança em um série de outros mais curtos. Eles rugem na maioria das vezes durante a noite, o som, que pode ser ouvido a uma distância de 8 km, é usado para anunciar a presença do animal. Outras funções do rugido incluem aviso e defesa do território e como uma forma de comunicação para coordenar a caçada.
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Dieta e hábitos alimentares
O leão pode se alimentar de qualquer coisa que consiga apanhar, mas sua dieta consiste principalmente de animais pesando entre 50 e 300 quilogramas. As presas do leão-asiático são geralmente menores que as do africano.16 Entre as espécies africanas mais significativas estão a impala (Aepyceros melampus), gnu (Connochaetes taurinus), outros antílopes (Gazella spp.; Damaliscus spp.; Eudorcasspp.; Oryx spp.), girafa (Giraffa camelopardalis), búfalo (Syncerus caffer), zebra (Equus burchellii) e facóquero (Phacochoerus africanus). O chital (Axis axis) consiste na principal presa dos leões-asiáticos, que também pode se alimentar de outras espécies de cervos, como o sambar (Rusa unicolor). Outras presas incluem o javali (Sus scrofa), antílope-de-quatro-cornos (Tetracerus quadricornis), nilgó (Boselaphus tragocamelus), chinkara (Gazella bennetti), Lepus nigricollis, porco-espinho-indiano (Hystrix indica), langur-comum (Semnopithecus entellus) e o pavão (Pavo cristatus).
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A grande maioria das espécies são caçadas com base na disponibilidade das mesmas. Mas alguns fatores afetam a vulnerabilidade da presa como a abundância, tamanho, distribuição espacial e temporal, defesas e táticas anti-predação; e entre os fatores ambientais que influenciam no sucesso das caçadas estão a cobertura vegetal, hora do dia, presença da lua e aspecto do terreno. Um estudo amplo, com 48 localidades geográficas distintas na África, demonstrou que gnus, búfalos-do-cabo, gemsboks, girafas e a zebras-comuns são as presas mais consumidas.65 Na Ásia, um estudo revelou que o Axis axis representa cerca de 80% da dieta da subespécie. Animais que não são hábeis em capturar presas maiores podem se alimentar de aves, roedores, peixes, anfíbios, répteis e ovos de avestruzes. Leões também ingerem ativamente carcaças, disputando diretamente essa fonte de alimento com hienas e abutres. Hipopótamos, rinocerontes, e elefantes são geralmente ignorados apesar de haver registros de ataques de leões a estes animais.
Os leões são animais possantes que normalmente caçam em grupos coordenados, cercando a presa escolhida no ataque. Contudo, a espécie não possui uma resistência particularmente elevada. Isto pode justificar-se pelo pequeno tamanho do coração que nas fêmeas representa apenas 0,57% do seu peso corporal, enquanto que nos machos ronda aproximadamente os 0,45%. Comparativamente, o coração de umahiena representa um peso aproximado de 1% de seu corpo. Assim, a velocidade máxima destes felinos é alcançada a exíguas distâncias e em curtos períodos de tempo, isto origina a que o seu ataque a uma presa seja efectuado nas respectivas proximidades ou à noite.69 Geralmente a investida dos leões contra a presa é consumada a uma distância de cerca de 30 metros ou menos. São as fêmeas que frequentemente caçam para o grupo, uma vez mais agressivas do que os machos por natureza, enquanto que os machos, observam a caçada eventualmente assistindo as crias do bando. O ataque é rápido e veloz, tentando alcançar a vítima numa precipitada e eficaz investida final. A morte da presa é conseguida por estrangulamento, que leva normalmente à asfixia ou isquemia cerebral (o que resulta em hipoxemia ou hipoxia). A presa é também morta quando o leão obstruí a boca e as narinas do animal com as suas mandíbulas (o que também pode levar à asfixia). Porém, em casos de ataques a presas de pequeno porte, o leão pode facilmente matar com um golpe desferido com a pata
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Reprodução
A espécie não apresenta uma estação reprodutiva definida e pode se reproduzir a qualquer época do ano, sofrendo interferência do clima e da disponibilidade de alimento.16 Geralmente a fêmea se reproduz a cada dois anos e de preferência na estação das chuvas.A fêmea é poliéstrica, podendo entrar em estro em resposta à perda da ninhada por infanticídio ou em conjunto com outras fêmeas do bando. O estro dura entre 4 a 7 dias e possui um intervalo de poucos dias até um ano.
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Híbridos
O cruzamento de leões com tigres (especialmente as subespécies siberiana e de bengala) para a criação de híbridos, chamados de "ligers" e "tiglons" (ou "tigons"), é relativamente comum. Eles também foram cruzados com leopardos para produzir "leopons", e com onças-pintadas para a produção de "jaglions". O marozi é supostamente um leão manchado ou um "leopon" natural, enquanto o leão-manchado-congolês é um complexo híbrido leão-jaguar-leopardo, mais corretamente denominado de "lijagulep". Tais híbridos já foram comumente criados em zoológicos, mas agora essa prática é desencorajada devido à ênfase na conservação de espécies e subespécies. Híbridos são ainda criados em “menageries” privadas e em jardins zoológicos na China e Índia
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O leão-asiático ocorre em uma única e isolada população no estado do Gujarat, Índia. O leão está classificado como "vulnerável" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), enquanto a subespécie asiática é considerada "em perigo".2 Na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção apenas a população asiática é listada no "Apêndice I".73 As maiores populações da espécie estão na África Oriental e Meridional, e seus números estão decrescendo, com uma taxa estimada de 30-50% de queda nas últimas duas décadas.2 As estimativas populacionais para os leões africanos variava entre16 500 e 47 000 animais na natureza em 2002-2004,74 75 uma queda quando comparada com os números do início da década de 1990 quando estimativas apontavam entre 30 000 e 100 000 indivíduos.2 O leão-asiático ocorre em uma única população na floresta de Gir e seu número foi estimado em 359 animais em 2005.2 Em 2007 foi reportado a morte de 34 leões devido à caça, eletrocussão, atropelamento e outras causas, mesmo assim, a população é considerada estável.2 Desde a antiguidade o leão vem sofrendo extinções territoriais: Europa Ocidental (ano 1), Europa Oriental (ano 100),Cáucaso (século X), Palestina (século XII), Líbia (1700), Egito (década de 1790), Paquistão (1810), Turquia (1870), Tunísiae Síria (1891), Argélia (1893), Iraque (1918), Marrocos (1922), Irã (1942), dentre outras. Ainda no final do século XIXestava quase extinto da Índia. |
Uma série de fatores se acumulam para ameaçar a continuidade da existência dos leões: seu número populacional reduzido, a constante redução de seus territórios e a caça indiscriminada são os principais. No continente africano, o mais grave fator a contribuir à sua extinção tem sido o abate retaliativo dos seres humanos: uma ampla cultura de gado favorece ataques ocasionais dos leões aos animais dos fazendeiros, que os perseguem e matam quando isso acontece. A caça, tanto ilegal como legal (pois é permitida em vários países do continente africano) também tem sido fator muito grave: por viver em grandes bandos e em áreas abertas, é mais fácil de ser caçado do que tigres e leopardos, pois sendo estes de mais difícil localização, torna-se o leão o maior alvo da caça indiscriminada.
Em 2012, um estudo revelou que a população de leões em África está reduzida a 32 mil animais, uma quebra brutal face aos 100 mil que existiam há 50 anos. Os leões que deambulam pelas savanas de África perderam até 75% do seu habitat nos últimos 50 anos, na sequência do aumento da densidade populacional nestes territórios. A redução foi mais pronunciada na África Ocidental, em países como Guiné-Bissau, Nigéria, Mali, Costa do Marfim, Senegal ou Burkina Faso. Nos últimos anos, a ocupação por populações humanas de territórios reconhecidos como tradicionais habitats de leões provocou a diminuição do número destes animais, bem como fragmentou os clãs existentes. Apenas nove países registam actualmente a presença de pelo menos mil leões, enquanto a Tanzânia detém mais de 40% da população global de leões presente no continente africano76 .
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Cativeiro
Leões fazem parte de um grupo de animais exóticos que são a cerne das exibições de zoológicos desde o final do século XVIII; membros deste grupo são invariavelmente grandes vertebrados e incluem elefantes, rinocerontes, hipopótamos, grandes primatas e outros grandes felinos. Embora muitos zoológicos modernos sejam mais seletivos a cerca de suas exibições, há cerca de 1 000 leões africanos e 100 asiáticos em zoológicos e parques da vida selvagem ao redor do mundo. O leão é considerado uma espécie embaixadora e é mantido para fins de turismo, educação e conservação.
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Ataques contra humanos
Enquanto um leão faminto provavelmente irá atacar um humano que esteja próximo, normalmente os leões preferem ficar longe do homem. O mais famoso caso de leões devoradores de homens foi o ocorrido em Tsavo, no Quênia, em dezembro de 1898. Dois machos Manelless de cerca de 3 m de comprimento foram responsáveis por mais de 140 mortes em menos de um mês. Os leões entravam nas cabanas dos moradores, que eram mortos e arrastados até à caverna onde os leões viviam, tranformando a vida em um perfeito estado de horror. Segundo o Coronel John Patterson, o mais atormentador era que os leões eram extremamente inteligentes, já que as suas formas de atacar e de se esquivar das armadilhas eram coordenadas e perfeitamente estratégicas e eficazes, de forma diferente de qualquer outro animal. Os moradores da região alegavam que os leões eram na verdade espíritos de dois chefes indígenas que eram contra a construção da ferrovia, e por isso atacavam a região da ferrovia na forma de leões. As mortes só cessaram quando Patterson conseguiu matar os leões. O primeiro, na noite de 9 de dezembro de 1889, e o segundo na manhã de 29 de dezembro, quase tendo sido devorado na segunda caçada. O feito foi retratado no livro The Man-Eaters of Tsavo, da autoria de John Patterson e no filme A Sombra e a Escuridão, de Stephen Hopkins. Houve outros casos de ataques a humanos, como os Leões de Merfuwe. Em ambos os casos, os caçadores que encararam os leões escreveram livros detalhando a "trajetória" dos leões como devoradores de homens. No folclore africano, leões devoradores de homens são considerados demônios.
Há também ataques ocorridos fora do meio ambiente natural do animal, como a Tragédia do Circo Vostok, no Brasil, no qual leões famintos atacaram e mataram uma criança.
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Aspectos culturais
O leão tem sido um ícone para a humanidade por milhares de anos, aparecendo em culturas de toda a Europa, Ásia e África. Apesar de incidentes de ataques a seres humanos, os leões têm tido uma representação positiva na cultura, representando tanto força como nobreza. Uma descrição comum é a sua representação como "rei da selva" ou "rei dos animais", daí, o leão tem sido um símbolo popular da realeza e imponência, bem como um símbolo de bravura; que é destaque em vários fábulas do século VI a.C. do grego Esopo.
Representações de leões datam desde o início do Paleolítico Superior. A cabeça de leão da escultura de marfim da caverna de Vogelherd nos Alpes da Suábia, no sudoeste da Alemanha, pertencente a cultura aurignacense, foi datada inicialmente com 32 000 anos, mas uma datação mais apurada revelou ser mais antiga, com cerca de 40 000 anos. Pinturas rupestres paleolíticas de dois leões, retratados se acasalando, da "câmara dos felinos" das cavernas de Lascaux foram datadas em15 000 anos de idade. Leões-da-caverna também estão representados na caverna de Chauvet, descoberta em 1994; e que foi datado em 32 000 anos de idade, embora possa ser da mesma idade ou mais jovem que as de Lascaux.
O Antigo Egito venerava a leoa (o caçador feroz) como sua divindade de guerra e entre os deuses do panteão egípcio vários possuem uma representação felina, Bastet,Mafdet, Menhit, Pakhet, Sekhmet, Tefnut e Esfinge. O leão da Nemeia foi simbólico na Grécia Antiga e em Roma, representado como a constelação e o signo do zodíacoLeo, e descrito na mitologia, onde sua pele foi usada pelo herói Hércules. O leão foi um símbolo de destaque na antiga Mesopotâmia (da Suméria até os tempos da Assíria e Babilônia), onde foi fortemente associado com a realeza. O clássico motivo leão babilônio, encontrado na forma de estátua, escultura ou pintura nas paredes, é muitas vezes referido como o "leão de passos largos da da Babilônia". É na Babilônia que o bíblico Daniel é dito ter sido lançado na cova dos leões.
No textos purânicos do Hinduísmo, Narasimha ("homem-leão"), a encarnação ou (avatar) de Vishnu, metade leão, metade homem, é adorado por seus devotos e salvou o devoto filho Prahlada de seu pai, o malévolo rei demônio Hiranyakasipu;88 Vishnu assume a forma metade l~eao/metade humana, no Narasimha, tendo o dorso e parte inferior humanas e com a cabeça e garras de leão.89
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Singh é um antigo nome védico que significa "leão", que remonta há mais de 2000 anos na Índia antiga. Ele foi originalmente usado apenas por Rajputsuma casta militar (hindu Kshatriya) na Índia. Após o nascimento da fraternidade Khalsa, em 1699, os Sikhs também adotaram o nome "Singh", devido aos desejos de Guru Gobind Singh. Junto com milhões de hindus Rajputs de hoje, também é usado por mais de 20 milhões Sikhs em todo o mundo. Encontrado em numerosas bandeiras e brasões em toda a Ásia e Europa, o leão também está representado no Emblema Nacional da Índia. O leão é um símbolo para oscingaleses, a maioria étnica do Sri Lanka, o termo indo-ariano Sinhala, significa "povo leão" ou "povo com sangue de leão", enquanto um leão empunhando uma espada é a figura central da bandeira nacional do Sri Lanka.
O leão é um motivo comum na arte chinesa. Ele foi usado pela primeira vez durante o final do período das Primaveras e Outonos (século V ou VI a.C.), e tornou-se muito mais popular durante a dinastia Han (206 BC – AD 220), quando os "leões guardiães imperiais" começaram a ser colocados na frente dos palácios imperiais para proteção. Um vez que os leões não são nativos da China, as descrições iniciais eram um tanto irrealistas, após a introdução da arte budista na China nadinastia Tang (depois do século VI d.C.), os leões foram representados geralmente sem asas, seus corpos se tornaram mais grossos e curtos, e suas jubas mais encaracoladas. O dança do leão é uma forma de dança tradicional na cultura chinesa em que os artistas imitam os movimentos de um leão trajados em fantasias de leão, muitas vezes com acompanhamento musical de pratos, tambores e gongos. Eles são realizados no Ano Novo chinês, no Festival da Lua de Agosto e em outras ocasiões de comemoração para a boa sorte.
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"Leão" foi usado como apelido por vários governantes guerreiros medievais com uma reputação de bravura, como o rei inglês Ricardo Coração de Leão, Henry, o Leão(em alemão: Heinrich der Löwe), duque da Saxônia e Robert III de Flandres apelidado de "o leão da Flandres", um grande ícone nacional flamengo até o presente. Leões são frequentemente descritos em brasões, ou como um dispositivo em escudos, ou como partidários (a leoa muito mais infreqüente.). A linguagem formal de heráldica, chamada blazon, emprega termos franceses para descrever as imagens com precisão. Tais descrições especificam se os leões ou outras criaturas estam "erampant" ou "passant", que mostra se eles estaão empinandos ou agachados. O leão é usado como um símbolo de equipes desportivas, de associações de equipes nacionais de futebol, como da Inglaterra, Escócia e Singapura aos clubes famosos como o Detroit Lions do NFL, Chelsea e Aston Villa da liga britânica, até clubes menores ao redor do mundo
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Leões continuam a figurar na literatura moderna, do messiânico Aslan em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa e livros seguintes da série As Crônicas de Nárnia escrita por C. S. Lewis, ao Leão Covarde em O Mágico de Oz. O advento de imagens em movimento viu a contínua presença do simbólico leão, um dos leões mais icônico e amplamente reconhecido é Leo o Leão, que tem sido o mascote para os estúdios Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) desde a década de 1920. Na década de 1960, surgiu a mais famosa leoa, o animal queniano Elsa, no filme Born Free, baseado no best-seller internacional de mesmo título. O papel do leão como rei dos animais tem sido utilizado em desenhos animados, da década de 1950 com o mangá que deu origem à primeira série japonesa de animação colorida na TV, '’Kimba, o Leão Branco, leão Leonardo da King Leonardo and his Short Subjectss, ambos da década de 1960, até o filme de animação, de 1994, da Walt Disney '’o Rei Leão, que também contou com a canção popular "The Lion Sleeps Tonight" em sua trilha sonora.
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