Agnaldo Timóteo Agnaldo Timóteo Pereira (Caratinga, 16 de outubro de 1936) é um cantor e político brasileiro. |
Carreira Artística Iniciou sua carreira cantando em programas de calouro na rádio de Caratinga, Governador Valadares e Belo Horizonte, onde se tornou conhecido como o "Cauby mineiro". Mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Enquanto isso, continuava sua carreira e aos poucos tornou-se conhecido nacionalmente pela sua voz. Ficou famoso ao gravar a canção Meu Grito, de Roberto Carlos. Depois disso vieram vários sucessos românticos, como Ave-Maria, Mamãe e Os Verdes Campos De Minha Terra. Gravou mais de 50 discos. Na política |
Iniciou atuação política em 1982, quando elegeu-se deputado federal no Rio de Janeiro, pelo PDT. No meio do mandato, desentendeu-se com Leonel Brizola, líder do partido, e transferiu-se para o PDS. No Colégio Eleitoral de 15 de janeiro de 1985, para escolha do presidente da República (que teve a vitória Tancredo Neves), votou em Paulo Maluf. Candidatou-se em 1986 a governador do Rio de Janeiro e foi derrotado; em 1994, reelegeu-se deputado federal. |
Em 1996 foi eleito vereador na cidade do Rio de Janeiro, mas não conseguindo a reeleição em 2000. Transferiu-se para São Paulo e em 2004 foi eleito vereador pelo Partido Progressista, mas, devido a divergências com Celso Russomanno, foi para o Partido Liberal (atual Partido da República). |
Painel eletrônico Em 4 de julho de 2012, o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem acusando Timóteo e outros 16 vereadores da cidade de São Paulo de fraudar o painel eletrônico da Câmara Municipal de São Paulo. Em sua defesa, Agnaldo argumentou que havia marcado presença no terminal ao lado do elevador. Em alguns casos, segundo o jornal, funcionários usavam painéis que deveriam ser usados exclusivamente por parlamentares para fazer marcações, evitando assim desconto de R$ 465 em folha de pagamento por dia. A reportagem d'O Estado foi acompanhada de fotos, filmes e gravações de áudio realizadas ao longo de 20 sessões da Câmara. As marcações ajudaram a criar leis originadas de 18 propostas, sendo assim a prática considerada crime e podendo evoluir até para a cassação do mandado de parlamentares envolvidos. |
Sinônimo de polêmica, o cantor e vereador Agnaldo Timóteo protagonizou mais um episódio curioso na última quinta (19). Ao vivo no programa “Superpop”, da RedeTV!, o jornalista Felipeh Campos disse que Timóteo e ele eram “homossexuais assumidos”. O cantor mostrou-se incomodado com a afirmação e se apressou em dizer: “Não sou assumido nem desassumido, sou Agnaldo Timóteo.” Rapidamente, o vídeo foi visto por milhares de pessoas na internet. |
De camisa e calça brancas e um sobretudo com padronagem pied-de-poule, o vereador recebeu a VEJASP.COM em seu gabinete na Câmara Municipal de São Paulo para conversar sobre o episódio. Confira a entrevista abaixo. |
VEJA SÃO PAULO — Por que sua participação no “Superpop” repercutiu tanto? Agnaldo Timóteo â?? Acho que o jornalista falou que “nós somos homossexuais assumidos” para me provocar. Eu não podia revidar, dizer: “Assumido é sua mãe”. Tive que administrar, porque quando vou à televisão tenho um cuidado muito grande para não ferir as pessoas do meu tempo. Tenho 75 anos, estou na mídia há 47. Tentei não ser agressivo com ele. VEJA SÃO PAULO — O senhor já teve alguma experiência homossexual?Agnaldo Timóteo â?? Eu fui garoto. Dormi com meus primos. O que você acha? Eu tinha 10 anos, meu primo tinha 9. É muito difícil um garoto não passar por isso. VEJA SÃO PAULO — Mas essas experiências tiveram reflexo na sua orientação sexual? Agnaldo Timóteo â?? De maneira nenhuma. Que nada, passou. É coisa de criança. A partir de 15, 16 anos, você passa a ter uma conduta de cidadão, vai viver sua vida com quem queira, apaixonado por quem queira. VEJA SÃO PAULO — Como você lida com o assédio de fãs masculinos? Algum já se insinuou? Agnaldo Timóteo â?? Não sei se era homossexual, mas era uma criança muito linda de 16 anos, em 1967. Ficou meu amigo por muitos anos, depois foi morar na França. Ele se chama Widney, hoje em dia mora no Rio de Janeiro, às vezes o ajudo. Ele me abordou no meio da rua. Estava andando pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana, indo em direção à minha casa na época. |
VEJA SÃO PAULO — Qual é a sua posição em relação aos homossexuais? Agnaldo Timóteo â?? Eu sou completamente a favor de que pessoas do mesmo sexo se amem profundamente. Sou radicalmente contrário que essas pessoas agridam a sociedade com atitudes irresponsáveis, vulgares e não convencionais. Sou completamente contrário. VEJA SÃO PAULO — Em que sentido? Agnaldo Timóteo â?? Homens se beijarem no meio da rua e mulheres se beijando. Isso é uma violência contra a família brasileira. Viva sua vida na intimidade ou em bares especializados nisso. Tem tanta boate LGBT por aí. Tanto lugar para se encontrarem... VEJA SÃO PAULO — O senhor acha que a homossexualidade é um assunto delicado de se tratar? Agnaldo Timóteo â?? Não é nada delicado. É necessário que as pessoas responsáveis pelas decisões tenham a capacidade de não serem demagogas. O que a gente percebe é que muita gente no meio da política quer tirar proveito desse filão. E aí vota em qualquer coisa. Muitas pessoas que acham que os homossexuais são ingênuos. A comunidade do homossexualismo sabe quem fala com respeito a eles. VEJA SÃO PAULO — Em que categoria o senhor se enquadra?Agnaldo Timóteo â?? Eu sou radicalmente contra os excessos. Radicalmente contra as agressões por meio de atitudes ridículas, mesquinhas e vulgares. Sou totalmente a favor de que se viva a vida com o mais absoluto respeito e o mais profundo amor em suas habitações ou em locais adequados para os encontros. |