A HISTORIA DAS COPAS PARTE FINAL

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 Bola
Na primeira decisão da Copa do Mundo, em 1930, cada seleção levou uma bola. No final, a única forma para resolver o impasse foi que os times concordassem em usar a bola argentina (Tiento) no primeiro tempo e a bola uruguaia (Modelo T) no segundo.186 A partir da edição de 1934, o mesmo modelo de bola passou a ser usada para todas as partidas. Em 1962, a Adidas foi escolhida para fornecer a bola e lançou a edição Mr. Crack. Após a Copa de 1966, onde a fabricante inglesa Slazenger lançou a bola Challenge 4-Star,  a empresa alemã Adidas tornou-se a fornecedora exclusiva da bola da Copa do Mundo FIFA, lançando um novo modelo de bola com um nome para cada edição do Mundial. A Telstar e a Telstar Durlast foram as bolas das Copas de 1970 e 1974, respectivamente. Na edição de 1978 do Mundial, a Tango foi usada, sendo substituída em 1982 pela Tango España. A bola Azteca, da Copa de 1986, foi a primeira da competição completamente sintética. A bola da edição de 1990 foi nomeada Etrusco Unico. A Questra, de 1994, foi apreciada pelos jogadores de linha e criticada pelos goleiros. A Tricolore, da edição de 1998, apresentou as cores do país
2010-africa-do-sul anfitrião, a França, com uma bola azul e branca. Ela foi feita no Marrocos e na Indonésia. A Fevernova, do Mundial de 2002, teve um design inteiramente baseado na cultura asiática, já que naquele ano Coreia do Sul e Japão sediaram a Copa. A bola Teamgeist, da Copa do Mundo de 2006, foi inovadora. Impermeável, ela permitiu manter o mesmo peso do início ao fim de uma partida do Mundial de 2006, independentemente das condições meteorológicas. Na edição de 2010, a Jabulani foi a bola do torneio. Jabulani significa «comemorar» na língua zulu. A bola de onze cores foi muito criticada, principalmente por poder mudar várias vezes sua trajetória durante um chute.
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Arbitragem 


Apitar uma partida de Copa do Mundo é difícil. As diferenças de culturas estão presentes também para os árbitros. Desde a primeira edição, em 1930, houveram brigas generalizadas. Antigamente não existiam cartões, os árbitros só podiam excluir os jogadores. O juíz belga John Langenus (que apitou a primeira final da Copa do Mundo), no ríspido jogo entre Argentina e Chile, pela primeira fase do Mundial de 1930, após uma grande confusão, afirmou: "Na Europa, eu teria excluído os vinte e dois jogadores. Na América, aquilo era quase natural. Finalmente, após a intervenção da polícia montada, o jogo pôde terminar normalmente."190 A interpretação das regras difere de acordo com os árbitros e por causa de questões de equidade. Os cartões amarelos e vermelhos foram criados durante a Copa do Mundo de 1970, quatro anos após o caso com o capitão argentino Antonio Rattín, que se recusou a deixar o campo, conforme solicitado pelo alemão Rudolf Kreitlein. Contra a Inglaterra, o atleta argentino teve que ser escoltado por policiais para sair de campo.30 Domingo, 31 de maio de 1970, o também árbitro alemão Kurt Tschenscher deu o primeiro cartão da história do Mundial, durante a partida entre México e União Soviética. O soviético Yevgeniy Lovchev, número 6 de sua seleção, recebeu cartão amarelo em jogo que terminou 0 a 0.191 O primeiro cartão vermelho foi recebido pelo chileno Carlos Caszely, contra a Alemanha Ocidental, no dia 14 de junho de 1974. O juíz turco Dogan Babacan foi quem o expulsou e o placar final da partida foi 1 a 0 para a Alemanha Ocidental. 
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A arbitragem é muitas vezes severamente criticada por erros e controvérsias, podendo alterar o andamento de jogos decisivos. No Mundial de 1962, a Espanha vencia o Brasil por 1 a 0, quando o árbitro Sergio Bustamante, do Chile, não marcou um pênalti de Nílton Santos no espanhol Enrique Collar, onde, após o lance, Nílton se colocou um pouco para frente e o juíz marcou falta fora da área. Na sequência, após a cobrança da falta, onde a bola foi levantada para a área, Joaquín Peiró marcou de bicicleta para os espanhóis, mas o juíz novamente se equivocou, anulando erroneamente o gol.   Na edição de 1966 da Copa, a Inglaterra, nação anfitriã, fez o terceiro gol contra a Alemanha Ocidental quando o jogo estava na prorrogação e empatado por 2 a 2. Geoff Hurst chutou a bola, que bateu no travessão e depois na linha da goleira, mas o árbitro suíço Gottfried Dienst validou o gol que não houve após consultar o assistente azeri Tofiq Bahramov.  Em 1982,640px-John_Langenus_The_football_arbitrator_a_judging_first_final_of_the_World_championships_1930_yearquando Alemanha Ocidental e França empatavam por 1 a 1, o goleiro alemão ocidental Harald Schumacher cometeu um pênalti violento no francês Patrick Battiston, que teve concussão cerebral e perdeu dois dentes,  mas o juíz neerlandês Charles Corver não marcou nada.  No Mundial de 1986, disputado no México, o árbitro tunisiano Ali Bin Nasser não assinalou mão do argentino Diego Maradona nas quartas-de-final contra a Inglaterra. Maradona utilizou a mão para superar o goleiro Peter Shilton e depois fazer o gol, que mais tarde seria apelidado de la Mano de Dios.66 Em 2002, mais uma seleção anfitriã foi favorecida. A Coreia do Sul, que sediou o Mundial ao lado do Japão, viu a Espanha fazer dois gols legítimos contra si, mal anulados pelo juíz Gamal Al-Ghandour, do Egito.  No Mundial de 2006, o jogador croata Josip Šimunic recebeu três cartões amarelos para ser expulso contra a Austrália. O árbitro inglês Graham Poll deu o primeiro cartão aos 17 minutos do segundo tempo e em seguida, aos 45 da etapa final, mas se esqueceu de expulsá-lo. Três minutos depois, nos acréscimos, Šimunic cometeu outra falta e recebeu seu terceiro cartão amarelo na partida, sendo só então expulso.  Na Copa da África do Sul, em 2010, mais uma vez a arbitragem errou. Após o inglês Frank Lampard fazer o gol de empate contra a Alemanha, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda não validou o tento, mas a bola havia passado da linha.
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 Símbolos
De 1930 a 1970, a Taça Jules Rimet foi concedida aos vencedores do torneio. Nomeado em 1946 em homenagem ao então Presidente da FIFA, o francês Jules Rimet, o troféu foi feito pelo escultor Abel Lafleur, compatriota de Rimet, antes da primeira edição da Copa do Mundo FIFA.195 A taça representa Nice, uma deusa grega que personificava a vitória, segurando um cálice octogonal acima dela. A estatueta de ouro fica sobre uma base de pedra.195 As condições especificadas foram de que quando uma equipe vencesse três vezes o Mundial, o troféu seria mantido em definitivo por ela. O Brasil de Pelé ganhou sua terceira Copa do Mundo em 1970, no México, e permaneceu em definitivo com a Taça Jules Rimet. A seleção brasileira derrotou o Uruguai nas semifinais e a Itália na final. Ambas as nações tinham dois títulos da Copa do Mundo e também buscavam ficar com a Jules Rimet em seus domínios para sempre.Durante a Segunda
 Guerra Mundial, o vice-presidente da FIFA, o italiano Ottorino Barassi, manteve o Troféu da Copa do Mundo escondido debaixo de sua cama em uma caixa de sapatos, de modo que os nazistas não se apoderassem dele. Em 1966, a organização da Copa foi de responsabilidade da Inglaterra, que foi, de fato, guardiã do troféu durante a competição. A taça foi roubada e então a Scotland Yard entrou em ação para localizá-la antes do fim do Mundial. Finalmente, um pequeno cão chamado Pickles farejou um pacote enrolado em jornais, colocado em uma lixeira de um jardim público, localizando o troféu. A seleção brasileira ganhou as Copas de 1958, 1962 e 1970, ficando com o direito de ter a taça Jules Rimet em difinitivo no Brasil. Em 1983, ela foi roubada das instalações da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).  Alguns dias depois, a imprensa noticiou que o troféu havia sido derretido para a venda do seu ouro. Mais tarde, uma réplica foi realizada.
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No Mundial de 1974, foi apresentado o Troféu da Copa do Mundo FIFA, criado pelo escultor italiano Silvio Gazzaniga. Ele representa dois atletas segurando o Planeta Terra. A taça pesa 6,175 kg,195 mede 36,5 cm de altura e é feita com 5 kg de ouro 18-quilates (75%), com um diâmetro 13 cm, contendo duas camadas de malaquita.200 Os nomes dos países que ganharam o torneio estão gravados na base do troféu. Não se sabe ainda se a FIFA vai retirar a taça após todos os espaços da base serem ocupados; isso só ocorreria no Mundial de 2038.

Antes de cada edição da Copa, o troféu fica em exposição em muitos lugares ao redor do mundo antes de chegar no país anfitrião. Já roubada duas vezes, a taça da Copa do Mundo agora é mais protegida. Apenas campeões do mundo e chefes de Estado podem tocá-la; a excessão é na cerimônia de abertura, onde artistas eventualmente podem pegar o troféu. A taça é de propriedade da FIFA, embora esteja com o país que é o atual campeão.
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 Estrelas na camisa
Todos os campeões da Copa do Mundo possuem uma estrela em sua camisa por cada troféu ganho.201 Sendo assim, o Brasil, que venceu cinco vezes o torneio, possui cinco estrelas em seu escudo. Itália, Alemanha, Argentina, Inglaterra, França e Espanha também possuem uma estrela por cada edição ganha. A única nação que possui mais estrelas do que o número de conquistas do Mundial é o Uruguai. Além das duas estrelas que representam as Copas do Mundo ganhas pela seleção uruguaia, aparecem também duas estrelas em referência aos títulos das Olimpíadas de 1924 e 1928, quando a seleção ficou conhecida como Celeste Olímpica. O Uruguai possui quatro estrelas no seu escudo por se considerar tetracampeão mundial, pois afirma que como a Olimpíada antes da Copa do Mundo era vista como campeonato mundial de futebol, o país se considera quatro vezes campeão do mundo, mesmo sem o respaldo da FIFA.
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Mascotes
A Copa do Mundo recebe uma mascote oficial desde o Mundial de 1966.202 A primeira mascote da história da Copa foi World Cup Willie, um leão futebolista vestido com uma camisa da bandeira do Reino Unido.203 Quatro anos mais tarde, em 1970, Juanito, a mascote do Mundial no México, era um menino com um sombrero típico do país-sede, escrito com as palavras "MEXICO 70" e vestido com as cores da seleção mexicana.203 Em 1974, as mascotes alemãs ocidentais foram Tip e Tap, dois meninos segurando um o ombro do outro, com um deles usando uma camiseta escrita "WM" e outro usando uma escrita "74".203 Na Copa de 1978, na Argentina, Gauchito foi escolhido como a mascote, um menino gaúcho com um chapéu contendo "ARGENTINA '78", lenço e um chicote, que usava também a camisa da seleção argentina e chuteiras.203 Essa foi a última mascote humana.A mascote do Mundial da Espanha, em 1982, foi o inovador Naranjito,204 uma laranja com rosto, segurando uma bola e usando chuteiras.  Em 1986, a mascote foi Pique, uma espécie de pimentão, com um sombrero mariachi e uma bola em seu pé direito. Em 1990, a Itália escolheu um objeto de design, Ciao, que representou um futebolista com uma cabeça de bola de futebol e corpo com barras que continham as cores do país-sede. Os Estados Unidos voltaram com uma mascote animal para a Copa de 1994, algo que não ocorria desde 1966. Striker era um cão vestido com as cores da bandeira dos Estados Unidos com uma camiseta escrita "USA 94". Para a Copa do Mundo de 1998, os organizadores escolheram um galo azul chamado Footix, com as palavras "FRANCE 98" em seu peito. Seu nome foi escolhido pelos telespectadores franceses a partir de três propostas. Em 2002, Japão e Coreia do Sul escolheram as mascotes Ato, Kaz e Nik, inspirados em mangás.205 Goleo VI, um leão de pelúcia, vestido com uma camisa branca com o número 06 desenhado na frente, nunca visto longe de sua companheira, Pille, uma bola falante, foi a mascote do Mundial de 2006, na Alemanha. A mascote da Copa do Mundo de 2010 foi Zakumi, um leopardo de cabelos verdes, vestido com uma camisa branca escrita "SOUTH AFRICA 2010" e calção verde. Seu nome vem de "ZA", abreviação internacional para África do Sul e "kumi", uma palavra que significa "dez" em várias línguas africanas, em referência ao ano do Mundial.
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Aspectos socioeconômicos 
                                  Custo da competição 
O custo da Copa do Mundo varia de uma edição para outra. O preço é normalmente cada vez mais alto. Por exemplo, o custo total de organizar a Copa do Mundo de 1998, na França, foi estimada em cerca de 10 bilhões de francos (1,56 bilhões de euros), dos quais cerca de 7 bilhões foram de investimentos (1,1 bilhão de euros) em instalações desportivas e áreas de serviço, e 3 bilhões (460 milhões) de despesas de organização.  O financiamento é fornecido através de finanças públicas (Estado, entidades subnacionais, empresas governamentais) e empresas privadas, patrocinadoras da operação. Esses custos irão também ser eficazes em várias outras áreas como a segurança ou o estabelecimento de uma rede de transporte adaptado. As conformidades com as normas estabelecidas pela FIFA sempre geram grandes despesas. Esse financiamento é também uma vitrine para as empresas que, graças ao evento midiático em todo o mundo, podem esperar um impacto econômico forte.
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                                     Efeito no crescimento 
A organização do Mundial não é sem consequências econômicas para o país anfitrião. Os muitos investimentos para renovar ou construir estádios e as infraestruturas são consideráveis. Tais investimentos que dizem respeito principalmente as cidades de acolhimento, se espalham por todo o país-sede. No total, mais de um bilhão de euros são investidos na modernização de estádios, melhorias de estradas e diversos meios de transporte. Outras infraestruturas tais como hotéis também estão envolvidas.A vitória na Copa do Mundo é um fator positivo para o crescimento econômico. Após o sucesso da seleção francesa em 1998, o produto interno bruto (PIB) da França manteve-se em um bom nível de progressão. Ele subiu apenas 2,3% em 1997, contra 3,5% em 1998 e 3,0% em 1999.208 O impacto do evento é difícil de ser avaliado, por conta de muitos outros fatores em conta na queda do crescimento do PIB.Há falhas relacionadas à competição. A empresa alemã NICI, que produziu a mascote Goleo VI, pediu falência poucas semanas antes do início da Copa de 2006.209 Economistas alemães também não previam um aumento de 0,3% do PIB.A organização do Mundial pode também ter pouco efeito sobre o volume de investimentos no país anfitrião. Em 2006 por exemplo, a Alemanha gastou cerca de 1% dos fluxos anuais de investimento do país. Alguns setores benificiam-se ao crescer rapidamente graças ao evento. Lojas de esportes  e de aparelhos de televisores    sempre contam com um forte crescimento de vendas durante a Copa do Mundo.
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Para o país anfitrião, o ganho vem principalmente do fluxo de visitantes estrangeiros (a Alemanha faturou com isso 500.000 milhões de euros, segundo projeções da companhia de serviços financeiros Standard & Poor's, dos Estados Unidos). Para os países com realização de desempenho notável, o efeito do aumento da moral da população cria um estímulo na demanda interna e uma melhoria da produtividade do trabalho. De acordo com o INSEE, o efeito da Copa do Mundo no consumo na Alemanha, no entanto, é apenas um apoio temporário para uma tendência com outras explicações.  Vitórias e derrotas também capturam variações nos mercados de ações.
Alguns estudos têm mostrado uma consistência relativa em países em desenvolvimento entre os períodos de expansão econômica e de um Mundial bem sucedido. A análise mais comum é que a vitória eleva a expansão. No entanto, algumas análises, com base no fato de que historicamente as reversões econômicas precedem bons ou maus resultados desportivos,  sugerem que é o crescimento econômico que favorece as chances de vitória de uma equipe.
Para o país-sede, a organização do evento é geralmente considerada positiva. Se o aumento do consumo interno é modesto, passando, por exemplo, na Alemanha em 2006, apenas 0,3% durante o trimestre da Copa do Mundo, ele pode ser reforçado por uma dinâmica nacional, como na França em 1998. Além disso, o consumo adicional torna-se parte das importações de produtos estrangeiros e não apenas no consumo dos produtos nacionais. No entanto, um país menos desenvolvido, de "Terceiro Mundo", pode sofrer mais que o esperado para organizar uma Copa do Mundo. Atraso nas obras,  greves de operários,    desorganização,  burocracia demasiada,  entre outras coisas do tipo, são problemas geralmente enfrentados por tais países.
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Efeitos sobre o desenvolvimento local 
A organização de eventos é um fator de desenvolvimento local. Todas as cidades que hospedam as partidas da Copa do Mundo registraram um excedente de consumo no seu território: alguns pesquisadores falam de uma "economia presencial" ou de uma "economia residencial".  Para a ocasião do evento, os países precisam desenvolver infraestrutura.  Primeiro, o Mundial pode desenvolver as etapas do país organizador. Além disso, os países de acolhimento têm a oportunidade de desenvolver os meios de transporte. Na edição de 2010 da Copa, na África do Sul, vários meios de transporte foram implementados para mover os espectadores entre as cidades com ônibus e trens. A organização de uma Copa do Mundo impulsiona o turismo.  Turistas ou "residentes não declarados" devem se hospedar, se alimentar, se entreter, e portanto, gastar dinheiro. Isso é excelente para a economia local, que tem vendas superiores do comum nesse período. Para a Copa de 2006, na Alemanha, cerca de 50.000 empregos foram anunciados, enquanto que na África do Sul, foram cerca de 159.000.  Os empregos criados durante a Copa do Mundo não são sempre definitivos. Estima-se que na Alemanha, apenas um terço dos postos de trabalho foram mantidos após o Mundial de 2006. Os principais setores que contrataram empregados, como os de restauração, segurança e merchandising, não continuaram o trabalho após a competição.
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Fontes de renda 
Ingressos 
Uma vez que a fonte de renda quase única de ingressos agora é responsável por uma porção modesta de receitas geradas pela Copa do Mundo, a bilheteria é apoiada pela FIFA para a competição.  O mercado paralelo, legal em alguns países, pode multiplicar por vinte os preços dos ingressos inicialmente previstos. 

Como segurança adicional para a edição de 2006 do Mundial, os ingressos foram equipados com chips eletrônicos para desativar imediatamente blocos de bilhetes perdidos ou roubados
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Preços dos ingressos da Copa do Mundo de 2010 Tipo de jogoCategoria 1Categoria 2Categoria 3Categoria Jogo de abertura450 $300 $200 $490 RFase de grupos160 $120 $80 $140 ROitavas-de-final200 $150 $100 $350 RQuartas-de-final300 $200 $150 $525 RSemifinais600 $400 $250 $700 RDecisão do 3º lugar300 $200 $150 $525 RFinal900 $600 $400 $1.050 R

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Patrocinadores 
O aumento da frequência nos estádios e da audiência da televisão permitiu à Copa do Mundo atrair patrocinadores para a FIFA para aumentar os lucros. Em 1982, as receitas relacionadas aos valores de patrocínio foram de 2 bilhões de dólares, aumentando de forma constante e hoje chega a mais de 16 bilhões. O título de patrocinador oficial é de 40 milhões de dólares, enquanto que um patrocinador de seleção nacional vai gastar 10 milhões de dólares. O Mundial também é uma oportunidade para marcas patrocinarem futebolistas famosos, usando suas imagens para obter maior notoriedade e lucro. 
A patrocinadora histórica da FIFA é a Coca-Cola,  que patrocinou oficialmente todas as edições da Copa do Mundo desde 1978 e tem contrato até 2022.
Os principais fabricantes de produtos esportivos competem por ocasião do Mundial uma disputa econômica para beneficiar ao máximo os efeitos da economia da competição. As campanhas publicitárias começam cedo e as apostas são altas em alguns equipamentos esportivos. As receitas comerciais também são preparadas bem antes da Copa do Mundo. A concorrência entre Adidas (da Alemanha) e Nike (dos Estados Unidos) leva toda sua extensão com as equipes nacionais. Ambas as empresas fornecem material esportivo para campeões mundiais. A Nike é a fornecedora do Brasil, da França e da Inglaterra, enquanto que a Adidas é da Alemanha, da Argentina e da Espanha. As outras seleções campeãs da Copa do Mundo, Itália e Uruguai, recebem material esportivo da empresa alemã Puma.
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Cobertura da mídia

Os jornais foram os primeiros meios de comunicação a abordar o tema da Copa do Mundo. Depois, o rádio passou a transmitir o Mundial nas primeiras edições, bem antes da aparição da televisão, que revolucionou a cobertura da mídia sobre a concorrência, mesmo que a competição sempre seja transmitida no rádio.As primeiras transmissões de jogos ao vivo do Mundial foram na edição de 1954, na Suíça, através da Eurovisão. A Copa do Mundo de 1974, na Alemanha Ocidental, foi a primeira a ser televisionada em cores. Desde o primeiro evento de transmissão, apenas a edição realizada em 1962, no Chile, não teve uma transmissão ao vivo.O Mundial é o segundo evento mais televisionado no mundo, atrás das Olimpíadas e à frente do Tour de France.244 A FIFA estimou que a audiência cumulativa da Copa de 2006, disputada na Alemanha, foi de 26.288.753.000 telespectadores em 73.072 horas de cobertura da competição em todo o mundo.No Brasil, a Rede Globo e a Rede Bandeirantes foram detentoras exclusivas dos direitos da Copa do Mundo de 2010 e serão da de 2014. Na televisão por assinatura, os seus subsidiários Sportv e BandSports, respectivamente, também tiveram a exclusividade do torneio em 2010 e terão em 2014, assim como a ESPN Brasil. Outras emissoras da televisão aberta que também tinham os direitos de transmissão do evento foram a Rede Record (1970–1978, 1986 e 1998), o SBT (1986–1998), a Rede Manchete (1986–1990 e 1998) e a TV Cultura (1974–1982). A cobertura do evento para o Brasil foi feita por meio da rádio nos Mundiais de 1954, 1958, 1962 e 1966, porém, já havia disponibilidade de filmes (1958) e videoteipe (1962) na televisão. A primeira Copa transmitida ao vivo pela televisão do Brasil foi a de 1970, em preto e branco. Somente em 1974, com o advento da tecnologia, houve a possibilidade da transmissão ao vivo em cores.
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Na França, a máxima registrada foi de 30 milhões de telespectadores, durante a semifinal entre a seleção francesa e a Alemanha, no Mundial de 1982, 5 milhões a mais do que no primeiro jogo entre França e a seleção inglesa, na primeira fase da mesma edição.246 Mais recentemente, a companhia de análises de audiência francesa Médiamétrie mediu que, desde sua criação, em 1985, a semifinal da Copa do Mundo de 2006, entre França e Portugal, teve a maior audiência desde que a sociedade anônima foi criada, com uma média de 22.2 milhões de telespectadores.  A partida citada superou, inclusive, a final do Mundial de 2006, entre as seleções francesa e italiana, que teve 22.1 milhões de telespectadores, com um pico em 25 milhões às 22 horas e 28 minutos do horário local.
Para a imprensa, a realização do evento significa um grande aumento nas vendas. Em 1998, a conquista da França permitiu ao jornal esportvo L'Équipe atingir o seu recorde de vendas, com 1.6 milhões de cópias, contra 500.000 em média. O jornal esportvo La Gazzetta dello Sport também alcançou, após o título da seleção italiana em 2006, seu maior número de vendas de sempre, com 1.7 milhões de cópias, contra uma circulação média de 400.000.
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Valores dos direitos televisivos EdiçãoDireitos televisivosAudiênciamundial acumulada 199095 milhões CHF (60 milhões )26.7 bilhões de telespectadores1994110 milhões CHF (70 milhões €)32.1 bilhões de telespectadores1998135 milhões CHF (86 milhões €)33.4 bilhões de telespectadores20021.300 milhões CHF (830 milhões €)28.8 bilhões de telespectadores20061.500 milhões CHF (957 milhões €)35.6 bilhões de telespectadores
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Torcida

A Copa do Mundo é a competição mais importante de futebol e os torcedores ficam afetados durante o Mundial, que dura 1 mês. O público nos estádios aumentou bastante desde as primeiras edições do torneio. A partida com maior público da história dos Mundiais foi entre Brasil e Uruguai, na edição de 1950 do Mundial, no Estádio do Maracanã, onde oficialmente 199.854 (sendo 173.850 pagantes) espectadores acompanharam a vitória uruguaia por 2 a 1.23 O fator torcida é muito importante para o país-sede, que conta com seus adeptos para tentar a conquista da Copa do Mundo. Em seis edições as seleções anfitriãs venceram a competição: Uruguai em 1930, Itália em 1934, Inglaterra em 1966, Alemanha Ocidental em 1974, Argentina em 1978 e França em 1998.Muitos torcedores
page35outputde todas as partes do mundo sempre acompanham o torneio e as questões de segurança e hospedagem são preocupações constantes da FIFA e dos países-sede. Alguns meses antes e mais ainda durante a competição, a economia cresce bastante com a realização do Mundial, principalmente na nação de acolhimento, que conta com um leque de opções, com muitas possibilidades de compra para os torcedores presentes de diversos lugares que vêm prestigiar a Copa.Na Copa do Mundo( 2014 ), alguns torcedores no Brasil não torcerão para sua seleção, pois não estão de acordo com os gastos nos estádios, principalmente no Maracanã( estádio que receberá a final do evento no dia 13/07/14 ). Outros alegam que a educação e saúde foram deixadas de lado durante a Copa.
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Aspectos políticos 
Pacificação 
Em 1954, a conquista da seleção alemã ocidental teve um efeito além de um sucesso desportivo. Nove anos após a Segunda Guerra Mundial, a maior parte do alemães – especialmente na Alemanha Ocidental, mas também na Oriental – se consideraram aceitáveis pela primeira vez em muitos anos. Vários historiadores têm até chamado 4 de julho de 1954 como "o verdadeiro momento de nascimento da Alemanha Ocidental, especialmente para a auto-estima do povo alemão".
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Todas as partidas da Copa do Mundo de 1986, no México, tinham um emblema da FIFA e das Organização das Nações Unidas com o título "Football for Peace – Peace Year" (em português: "Futebol para a Paz – Ano da Paz"), pois as Nações Unidas declararam 1986 como o Ano Internacional da Paz.Em 2006, a FIFA firmou parceria com a UNICEF para promover a paz e as ações da UNICEF em todo o mundo.   Na cerimônia de abertura da Copa de 2006, o Presidente da Alemanha, Horst Köhler, disse em seu discurso que o desejo da organização é ter "partidas emocionantes, muitos gols e fair-play", mas também "que o futebol possa unir as pessoas.O Mundial pode às vezes reduzir as tensões entre os países. Na edição de 1998, uma partida entre Estados Unidos e Irã foi o símbolo da retomada das relações diplomáticas entre as duas nações, interrompidas desde 1978. As eliminatórias da Copa do Mundo também podem ser palco de tentativas de pacificações. Apesar de Turquia e Armênia serem rivais de longa data e viverem um clima nada amistoso, em 2008 o presidente turco Abdullah Gül viajou para Erevan a convite do presidente armênio Serj Sargsyan, para assistirem ao jogo entre suas respectivas seleções. No ano seguinte, Gül retribuiu o convite e chamou Sargsyan para Bursa, a fim de acompanharem novamente a partida entre as seleções turca e armênia pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. 
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Propaganda 
O Mundial de 1934, na Itália, foi uma grande propaganda fascista. Os jogadores da Alemanha fizeram a saudação fascista,  assim como a equipe italiana. A seleção alemã exibiu duas bandeiras, uma com as cores nacionais e outra com uma suástica.  A camisa, em seguida, tinha o escudo do Reich.  A Itália venceu a competição em frente a Benito Mussolini, que assistiu a final contra a Tchecoslováquia. O Presidente da Federação Italiana de Futebol, o general Giorgio Vaccaro, afirmou que "o objetivo final da manifestação é mostrar ao universo o ideal fascista do desporto."  Mais tarde, Mussolini usou a conquista italiana para promover suas ideias políticas.
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Violências e oposições

Local de encontro, a Copa do Mundo também reflete oposições internacionais. O Mundial já teve alguns confrontos violentos e tem desenvolvido algumas rivalidades entre os países, como Inglaterra e Argentina depois de 1966 ou Alemanha e França após 1982. A violência é mais comum no campo do que nas arquibancadas. A partida entre Romênia e Peru em 1930, a Batalha de Santiago entre Chile e Itália em 1962257 e, mais recentemente, o duelo entre Portugal e Países Baixos em 2006,99 são demonstrações de jogos violentos. A dura entrada do goleiro alemão ocidental
page46outputSchumacher no francês Battiston (que teve concussão cerebral e perdeu dois dentes), em 1982,60 a cotovelada de Leonardo, do Brasil, em Tab Ramos, dos Estados Unidos,258 e a cabeçada do francês Zidane no italiano Materazzi, em 2006,104 são exemplos de lances violentos. A violência também está presente fora dos gramados, em cidades que sediam os jogos da Copa do Mundo. Em 1998, a briga entre tunisianos e ingleses foi realizada nas ruas de Marselha. As eliminatórias do Mundial também não estão livres de violência, como no encontro entre Egito e Argélia em 2009, no Cairo, válido pelas eliminatórias da Copa de 2010, onde houve fortes incidentes nos dois países após a partida.259 260
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Em 1969, o jogo de Honduras e El Salvador pelas qualificações para a Copa do Mundo de 1970, foi o catalisador do conflito latente entre os dois países. Após a derrota final de Honduras, começou a Guerra das 100 Horas, onde mais de 5.000 pessoas morreram.  Depois do Mundial de 1994, o jogador colombiano Andrés Escobar foi assassinado em frente a uma discoteca em Medellín, sua cidade natal, por ter feito um gol-contra diante do país anfitrião do torneio, os Estados Unidos.262 A Colômbia foi eliminada na primeira fase da Copa do Mundo após ter sido apontada por muitos como uma das favoritas para ganhar o Mundial daquele ano.71 A Copa do Mundo nem sempre é unânime. Algumas cidades e aldeias de países-sede já tentaram afastar turistas estrangeiros com potencial para criarem conflitos.
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Copa do Mundo na cultura popular
Além de vários documentários e até mesmo um filme oficial da Copa do Mundo produzido pela FIFA por cada edição desde 1954,  o Mundial também inspirou o documentário britânico The Game of Their Lives (2002), sobre os sete membros sobreviventes da seleção norte-coreana que disputou a Copa de 1966, onde eliminaram a Itália,  o filme alemão O Milagre de Berna (2003), que revive a conquista da Alemanha Ocidental em 1954,  e o filme estadunidense Duelo de Campeões (2005), que descreve a vitória da seleção dos Estados Unidos em 1950 contra a Inglaterra.  A Copa do Mundo também foi cenário para filmes como A Copa (1999),269 A Van (1996),  A Bola da Vez (2006),  Les Collègues (1999),272 entre outros. Por conta do Mundial de 2006, realizado na Alemanha, estudantes alemães fizeram um filme de animação, lançado poucas semanas antes do início da Copa e nomeado Helden 06.  O filme possui personagens de Lego jogando uma partida de futebol.
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O impacto do Mundial sobre a música também é importante. Cada país tem um hino, que é tocado inúmeras vezes em referência à seleção nacional. Vários álbuns musicais já foram lançados para a Copa do Mundo e desde a edição de 1962, o Mundial possui uma canção oficial, sendo que, a partir do Mundial de 1998, passou a contar também com um hino oficial.  Algumas canções já foram inspiradas na Copa do Mundo, como é o caso de "Pra frente Brasil", criada para incentivar a seleção brasileira na Copa de 1970,  e "Coup de Boule", criada após a cabeçada de Zidane em Materazzi na final do Mundial de 2006.Muitos produtos são criados, produzidos e vendidos para cada edição da Copa do Mundo.  Séries de selos do Mundial são emitidos em diferentes países   e álbuns de figurinhas dos futebolistas  e moedas comemorativas da Copa  são criados, por exemplo. A Cada Mundial também é uma oportunidade de sair uma publicação oficial de um jogo eletrônico. World Cup Carnival, World Cup Italia '90, World Cup USA '94, World Cup 98, 2002 FIFA World Cup, FIFA 06: Road to FIFA World Cup, 2006 FIFA World Cup e 2010 FIFA World Cup South Africa são os jogos eletrônicos da Copa do Mundo licenciados pela FIFA.
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page1output - Cópia

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