BIOGRAFIA, PERCIVAL DE SOUZA(JORNALISTA)


Percival de Souza

Percival de Souza (Braúna, 10 de março de 1943) é um escritor e jornalista investigativo brasileiro.

É membro do Conselho Diretor da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista. Sendo membro efetivo e participativo da Igreja Metodista. Como jornalista atua nos telejornais da Rede Record. Começou a trabalhar cedo, o que faz dele um jornalista com mais de 30 anos de profissão. Foi um dos fundadores do Jornal da Tarde, onde trabalhou sob a censura instalada dentro da redação, durante o regime militar dos anos 70.

Durante essa época, cobriu as atividades do Esquadrão da Morte, temida organização marginal do regime militar, para o JT. Em razão desse trabalho, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Mais tarde escreveu dois livros esclarecedores sobre o período da repressão: Autópsia do Medo, a biografia do delegado Sérgio Paranhos Fleury, e Eu, Cabo Anselmo, uma entrevista com o maior agente duplo a serviço do regime militar. Ganhou quatro prêmios Esso de Jornalismo por suas reportagens.

Especializou-se em jornalismo investigativo e nas áreas de segurança e criminologia.
Recebeu pela Câmara Municipal de São Paulo o título de Cidadão Paulistano e a Menção Honrosa do 25º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 2003, categoria “Livro de Reportagem”, com a obra "Narcoditadura – O caso de Tim Lopes”.
Escreve, esporadicamente, para alguns jornais e revistas semanais, além de trabalhar na TV como repórter e comentarista da área criminal.

Livros publicados 

Society Cocaína
Eu, cabo Anselmo ISBN 8525031674
Autópsia do Medo ISBN 8525033014
O crime da rua Cuba ISBN 857056276-4
Narcoditadura: o Caso Tim Lopes ISBN 8587917102
O Sindicato do Crime: PCC e Outros Grupos2 ISBN 8500020830

Aos 70 anos de idade e com mais de 30 de carreira, Percival é, reconhecidamente, um dos maiores repórteres investigativos que o país já viu. Seu ingresso no ramo começou no extinto – e histórico - “Jornal da Tarde”, publicação da qual Percival foi um dos fundadores.
Circulando em São Paulo entre 1966 e 2012, o “Jornal da Tarde” foi um dos maiores adversários da ditadura militar que governou o país por mais de duas décadas. Repressores chegaram a acampar na redação do jornal para impedir a circulação das manchetes que repercutiam amplamente em todas as ruas paulistas.

Foi, porém, através das ‘cavernas’ da ditadura que Percival deu ao Brasil dois ‘diamantes’ e se destacou em uma nova função: autor de livros-reportagens. Sua obra mais famosa é “Autópsia do Medo”, que narra a biografia do lendário delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos mais cruéis agentes militares da história da ditadura.Criador do Esquadrão da Morte e uma das maiores autoridades do DOPS, Fleury foi responsável pelos mais horrendos crimes, de assassinatos frios a torturas inimagináveis, e teve trajetória narrada detalhadamente por Percival.

Em “Eu, Cabo Anselmo”, o jornalista, novamente pautado num famoso personagem do regime militar, retratou a história do marinheiro José Anselmo dos Santos, que se infiltrava entre os revolucionários de esquerda e atuava como implacável espião do governo.
Ao longo de sua carreira, Percival já faturou quatro vezes o Prêmio Esso, uma das mais cobiçadas honras do jornalismo brasileiro, e recebeu o título de Cidadão Paulistano. Além disso, foi homenageado no Prêmio Vladimir Herzog, que reconhece obras que atuam a favor dos direitos humanos.Na vida pessoal, Percival é cristão e membro atuante da Igreja Metodista, escrevendo diversos artigos e livros com temática bíblica. Desde o ano passado, porém, a intelectualidade se aliou à comédia. Percival é sucesso absoluto no “Cidade Alerta”, onde, além de comentar ocorrências policiais, é alvo constante das mais diversas piadas de Marcelo Rezende.

No ar, Rezende, brincando, já descreveu o colega como um ‘milionário cheio de privilégios’, além de acusá-lo de ‘dormir durante o programa’ e até mesmo de ‘possuir uma coleção de Barbies’.O estilo característico já rendeu a Percival diversos imitadores em programas de humor e – pasmem os ditadores! – até mesmo a indicação do público brasileiro como um dos cotados para estar em “A Fazenda 6“.Tudo isso torna Percival um dos mais singulares personagens do jornalismo brasileiro.
 Alguém que, apesar de atuar nas entranhas das mais sombrias e sangrentas matérias, se tornou reconhecido pelo balançar do corpo, o unir das mãos e, principalmente, pelo sorriso largo.
Além, é claro, de ser um dos maiores ‘milionários’ deste país. Corta pra ele!

SOBRE O LIVRO DE PERCIVAL
O comentarista do Record Notícias e do SP Record, Percival de Souza, lança na noite desta quinta-feira (2), em São Paulo, seu novo livro: Um Crime Quase Perfeito. Autor de 16 livros, pela primeira vez, ele navega pelas águas da ficção. O R7 conversou com Percival de Souza, poucos minutos antes de ele entrar no ar. O jornalista confessou ter precisado de uma dose de coragem para escrever seu primeiro romance. 
- Estou debutando na área ficcional. É uma área que eu considero nobre na literatura, algo que eu sempre quis fazer e que também sempre hesitei em fazer. Eu precisei ser municiado com certa dose de coragem para fazer essa ficção.
 

No livro, Souza conta história de um crime pela cabeça de um assassino que se considera em condições de praticar o crime perfeito.
A farta experiência do jornalista na cobertura criminal fez com que ele não abandoasse completamente a realidade em seu novo livro.
- Essa vivência do dia a dia com mundo criminal acabou inspirando a ficção. Ou seja, a realidade tem coisas que parecem ficção e a ficção tem coisa que parecem realidade. No fundo, no fundo, O Crime Quase Perfeito tem pouco de realidade. 
Diante do novo fôlego de romancista, a reportagem quis saber se Souza pretende, um dia, se candidatar a uma vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele diz que essa não é sua pretensão, apesar de reconhecer que teria um grande prazer em pensar nas coisas que cercam um ingresso na instituição.

- Não tenho a menor pretensão [de entrar para academia]. Claro que gostaria muito, um dia, talvez, de me preocupar com aquele fardão, como fazer, quanto custa quem será o alfaiate. Mas isso nem passa pela minha cabeça [risos].
O autor contou com a colaboração de quatro colegas de trabalho que escreveram depoimentos para a quarta capa do livro: Celso Freitas, Celso Zucatelli, Ana Paula Padrão e Paulo Henrique Amorim.
No jornalismo há mais de 40 anos, Percival de Souza faz neste novo livro uma homenagem aos repórteres policiais. Essa homenagem acontece por meio de um alter ego que é o fio condutor da história.

- Com esse livro, resolvi homenagear os repórteres. Considero a reportagem a alma do jornalismo. Então, coloco um repórter, que na verdade é um alter ego chamado Perci, que é um jornalista astuto perspicaz, que corre atrás da notícia.

Com essa dica do nome do personagem, não há como deixar de lado a curiosidade sobre onde a realidade a ficção se encontram no livro de Souza. Resta ao leitor tentar descobrir.
Colaborou Pedro Henrique Feitosa, estagiário do R7
Lançamento do livro O Crime Quase Perfeito, de Percival de Souza
Quando: quinta (2), às 19h30
Onde: Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073, São Paulo)
Quanto: R$ 19,90
Informações:  www.ideaeditora.com.br

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