Lâmpada de querosene

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Lâmpada de querosene

A lâmpada de querosene, chamada também de lamparina de querosene e em algumas regiões do Brasil como lampião a querosene (conhecida em alguns países "lâmpada de parafina") é qualquer tipo de dispositivo de iluminação que usa querosene (quimicamente uma parafina, distinta da cera de parafina) como combustível. Existem dois tipos principais de lâmpada de querosene que trabalham de formas diferentes, a "lâmpada a pavio" e "Lâmpada à pressão".
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A lâmpada de querosene foi descrita primeiramente por al-Razi (Rasis ou Rhazes) no século IX em Bagdá, que se referiu a ela como a "naffatah" em seu Kitab al-Asrar (Livro dos Segredos).  Versões modernas da lâmpada de querosene foram construídas mais tarde pelo inventor polonês Ignacy Lukasiewicz em 1853 em Lviv e por Robert Edwin Dietz dos EUA na mesma época.  A questão sobre a primazia das versões destes dois inventores da lâmpada continua por ser resolvida.
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 Lâmpada a óleo

A lâmpada a óleo, também designada por candeia, lamparina ou lâmpada de azeite,1 é constituída de um recipiente com algum tipo de óleo combustível, sobre o qual flutua um pedaço de madeira ou cortiça, com um pavio encerado fixo. Seu uso se estende desde a pré-história até os dias de hoje.
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                                                  Tipologia 

As lâmpadas podem ser categorizadas por diferentes critérios, incluindo material (argila, pedra, prata, bronze, ouro, cerâmica), forma, estrutura, desenhos, e imaginário (simbólico, religioso, mitológico, erótico).
Para certas aplicações em trabalhos científicos e didáticos (como o ensino de ciências), e certos usos em laboratórios, utilizam-se uma variação das lamparinas.
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Este tipo de lâmpada a combustível visa efetuar o aquecimento de sistemas de pequenas dimensões ou realizar certas flambagens rápidas que requeiram temperatura mais baixa que a produzida pelos queimadores a gás ou bico de Bunsen, ou ainda, pouca quantidade de calor. Consiste num reservatório, geralmente de vidro, onde é colocado um combustível líquido, normalmente álcool etílico comercial (etanol), normalmente 96°GL (aproximadamente 95%), onde fica mergulhado um cordão de algodão, por onde o líquido sobe por capilaridade, para ser queimado na outra extremidade, chamada pavio. A temperatura da chama produzida depende diretamente do combustível que utiliza-se.
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                                                  O metanol (álcool metílico), produz uma chama menos quente do que a produzida pelo etanol.  Tanto para o etanol quanto metanol, a [[luminosidade] produzida pelas lamparinas a álcool é baixa, e sua coloração, normalmente devida a contaminações do combustível e queima do pavio. Atualmente, especialmente para finalidades didáticas, utilizam-se queimadores de géis combustíveis, como o álcool gel, visando a redução de possíveis acidentes.
Um tipo especial de lamparina é a poronga, feita a partir de latas de óleo e utilizada pelos seringueiros para iluminar os caminhos da seringa. O seu combustível mais frequente é o querosene.
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Poronga

Poronga é uma luminária, uma lamparina que os seringueiros usam na cabeça para percorrer as estradas da seringa na floresta amazônica. Feita, geralmente, a partir de latas de óleo, o seu combustível mais frequente é o querosene.
No trecho abaixo a poronga está bem situada em seu contexto próprio, no mundo da seringa:
Eu passei um ano e seis meses viúva, no seringal do rio Abunã, cortando seringa sozinha. Eu cortava por dia de oitenta a noventa árvores (...) Saia de madrugada com a espingarda e mais uma poronga. Não tinha medo da mata, a gente se acostuma com os bichos, e os bichos se acostumam com a gente, o seringueiro é um bicho (...) (NASCIMENTO SILVA, 2000, p. 82).
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