BIOGRAFIA;ELISABETH HARTMANN(ATRIZ)


Elisabeth Hartmann

Elisabeth Anna Hartmann, ou simplesmente, Elisabeth Hartmann, é natural de Porto Alegre, onde fez seus estudos e formou-se em Arte Dramática pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Rio Grande do Sul, no ano de 1960. Filha única de pais alemães, Elisabeth teve uma infância confortável na cidade de Porto Alegre e estudou nos melhores colégios.

As dificuldades começaram durante a guerra exatamente pela origem da família. Com o preconceito contra alemães nessa época, o pai foi preso injustamente, sua construtora começou a perder clientes, a família se mudou para um lugar menor, o pai adoeceu e acabou morrendo. Com sua morte, ela se viu obrigada a trabalhar, ainda durante o ginásio, para ajudar a mãe. Terminou os estudos com o auxílio de uma bolsa.


Fez seu primeiro desfile como manequim ainda no banco em que trabalhava como secretária, ainda no Sul. Depois do banco, foi contratada por uma importadora de aço e mais tarde numa de inseticida. Para se profissionalizar - e por insistência da mãe - mudou para São Paulo assim que terminou o curso da Escola de Arte Dramática. Queria se tornar uma Tônia Carrero, uma Maria Della Costa ou uma Cacilda Becker, que ela tanto admirava.


Nessa época, desfilou para grandes estilistas e estampou capas de revistas. Já morando em São Paulo, num café,conheceu Mazzaropi e ele a convidou para estrelar o primeiro dos sete filmes que fez com ele. Em São Paulo, trabalhou também como manequim e iniciou sua carreira teatral.

===============Com passagens pelo cinema, teatro e televisão e ainda muitos trabalhos como modelo e manequim, a atriz gaúcha Elisabeth Hartmann é tema da biografia da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Lançamento em Porto Alegre será no dia 10 de novembro, às 20h30, durante a Feira do Livro.

Elisabeth Hartmann – A Sarah dos Pampas
Reinaldo Braga
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Coleção Aplauso
272 página
R$ 15,00==================================================

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A atriz Elisabeth Hartmann sempre esteve no lugar certo na hora certa. Foi assim quando fez seu primeiro desfile, ainda no banco em que trabalhava como secretária. Foi assim também quando, num café em São Paulo, Mazzaropi a convidou para estrelar o primeiro dos sete filmes que fez com ele. Esses e outros acasos, histórias da infância e da carreira são contadas pela gaúcha ao padre Reinaldo Braga em “Elisabeth Hartmann – A Sarah dos Pampas”, lançamento da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo pela Coleção Aplauso. A artista estará presente à noite de autógrafos na Feira do Livro de Porto Alegre, no dia 10 de novembro, às 20h30, no Pavilhão de Autógrafos da Feira do Livro de Porto Alegre. Obras da Imprensa Oficial estarão expostas no estande da Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag).

Recheado de humor, o livro traz em detalhes toda a trajetória da atriz nascida na década de 30, mas que não revela a idade. “Não vou especificar o ano porque de repente quem lê vai pensar assim: ela é irmã da Dercy Gonçalves! Uma brincadeira em homenagem a essa grande atriz que passou dos 100 anos de idade. Por isso digo: nasci na década de 30?.Elisabeth Hartmann atuou no teatro, cinema e televisão. Desfilou para grandes estilistas e estampou capas de revistas. Foi dirigida e atuou com grandes nomes das artes brasileiras como Cacilda Becker, Nydia Licia, Walter Hugo Khouri, Mazzaropi, Ruth Escobar, Cassiano Gabus Mendes, Carlos Zara, Ivani Ribeiro, Geraldo Vietri e tantos outros.Em quatro encontros no mês de junho de 2008, a atriz abriu sua caixa de memórias a Reinaldo Braga, que a viu pela primeira vez nas novelas da Tupi. “Guardo na memória sua atuação como Tetê em A Barba Azul, como Hilda sendo cortejada por um divertido Marcos Plonka em O Bom Baiano, como a madastra de Cinderella 77, no seriado A Casa Fantástica, que eu achava superinteressante. E, já adolescente, lembro-me da alemã dona da pensão em Olhai os Lírios do Campo, novela da TV Globo”, conta o autor.

a vida
Filha única de pais alemães, Elisabeth teve uma infância confortável na cidade de Porto Alegre e estudou nos melhores colégios. As dificuldades começaram durante a guerra exatamente pela origem da família. Com o preconceito contra alemães nessa época, o pai foi preso injustamente, sua construtora começou a perder clientes, a família se mudou para um lugar menor, o pai adoeceu e acabou morrendo. Com sua morte, ela se viu obrigada a trabalhar, ainda durante o ginásio, para ajudar a mãe. Terminou os estudos com o auxílio de uma bolsa.“O sonho dourado da minha vida era ser professora. Eu achava aquilo lindo demais. Nunca pensei em ser atriz, não fui dessas pessoas que desde criança já sapateava, dançava, representava”, conta Elisabeth que contou desde cedo e em todos os momentos com o incentivo da mãe.
No entanto, seu primeiro emprego foi na Cervejaria Continental, que mais tarde seria encampada pela Brahma. “Eu trabalhava na contabilidade e embaixo do escritório funcionava a fábrica de gelo. Foi duro! Era um frio! Nem com duas, três meias, eu resolvia aquilo, porque o chão era gelado. Mas, eu gostava, as pessoas me tratavam muito bem. Eu só tinha 15 anos”.
Depois, foi trabalhar na Aerovias Brasil, onde se apaixonou por um aviador. Com o amor correspondido, parou de trabalhar para cuidar do enxoval. “Tudo era bordado, eu bordava muito, minha mãe bordava muito, mas de bordado em bordado, de briga em briga, o noivado acabou! Quando me vi sem noivo e sem família, o que foi frustrante, empacotei o enxoval com naftalina e fui trabalhar no Citibank”.

Nessa época começou a conciliar o trabalho no banco com desfiles para o colega de trabalho e então aspirante a estilista Rui Spohr. Jornais de Porto Alegre publicaram suas fotos esse tornou mais conhecida. Convidada a integrar um grupo de teatro amador, foi tomando gosto pela carreira. Mesmo assim não abandonou o trabalho – depois do banco, foi contratada por uma importadora de aço e mais tarde numa de inseticida. Para se profissionalizar – e por insistência da mãe – mudou para São Paulo assim que terminou o curso da Escola de Arte Dramática. Queria se tornar uma Tônia Carrero, uma Maria Della Costa ou uma Cacilda Becker, que ela tanto admirava.Ao seu favor nos palcos, a boa dicção. “Como meu pai era surdo, desde criança me acostumei a falar alto e a articular muito bem. Não falo gritando, mas quando vou para o palco, posso ser muito clara”. Essa qualidade só deixou a desejar, como diz, quando se viu à frente de Cacilda Becker. “Quando a Cacilda foi me ensaiar, fiquei toda tímida, porque tinha tanto respeito e admiração por ela, que quando fui abrir a boca para dizer o texto, saiu um fiapo de voz. Ela me disse: Elisabeth, o último espectador vai querer ouvir você também. Desse jeito está complicado. Respondi que ia fazer, para ela não se preocupar. Comecei a me soltar, mas no terceiro ensaio, ela me disse: Agora não vou dizer mais nada, porque não quero uma segunda Cacilda no palco”, brinca


Relembra, também, a saia justa com Clodovil, quando ele ainda não tinha seu ateliê próprio. No teste realizado assim que chegou a São Paulo, ouviu dele: “Você parece um liquidificador andando”. Saiu de lá arrasada, mas dias depois recebeu a notícia que havia passado no teste e assinou seu contrato com as Indústrias Matarazzo. Esse foi seu primeiro trabalho em São Paulo.A partir daí sua carreira deslanchou. Elisabeth Hartmann foi convidada pelo cineasta Walter Hugo para fazer o filme A Ilha e por Mazzaropi para fazer O puritano da rua
 Augusta e outros seis filmes; integrou as companhias de Nydia Lícia e de Ruth Escobar; fez pornochanchadas e ainda dezenas de novelas nas principais emissoras.Os bastidores dois trabalhos, a participação no movimento contra a ditadura, as relações com os amigos e outros fatos são narrados em “Elisabeth Hartmann – A Sarah dos Pampas”, título escolhido em alusão à Sarah Bernhardt, com quem a gaúcha se identificava. Não perder o humor sempre foi a característica principal. Nem quando caiu do trapézio de um circo enquanto gravava Cidade contra Cidade, programa do Silvio Santos, e ganhou um zero da jurada Aracy de Almeida. Ou quando ocorreu o quase trágico acidente durante a peça Lisístrata: ela despencou do alto do palco, vestida com uma malha cor da pele com duas pombas douradas no seio e outra abaixo do ventre porque o contra-regra, que deveria fazer a descida do praticável lentamente, estava dormindo.

Elisabeth Hartmann trabalhou em várias companhias teatrais, com atuações nas companhias de Cacilda Becker, Nídia Lícia e Ruth Escobar. Tempos depois passou a dirigir. Fez várias leituras teatrais dramatizadas e dirigiu várias peças. Atuou em "Oscar", "O Pobre Piero", "Boing-Boing".

Na companhia Ruth Escobar fez "O Estranho Casal" e "Lisístrada"( nessa peça, sofreu um trágico acidente - despencou do alto do palco, vestida com uma malha cor da pele com duas pombas douradas no seio e outra abaixo do ventre porque o contra-regra, que deveria fazer a descida do praticável lentamente, estava dormindo). No Teatro Popular do Sesi fez "O Milagre de Anne Sullivan", "Senhora"; "Um Grito de Liberdade". "Licor de Maracujá" e "Há Vagas para Moças de Fino Trato", peças importantes em sua carreira. Na Scena Produções fez "Sua Excelência, o Candidato". Na A. Muniz Produções fez "Quem Programa Ação Computa Confusão". Depois passou a dirigir. Fez várias leituras dramatizadas, e dirigiu peças. Elisabeth Hartmann é uma atriz bastante versátil, e atualmente está se dedicando ao teatro. Em 2008, após 20 anos longe dos palcos, a atriz voltou a atuar na nova versão do espetáculo "Tio Vânia", de Anton Tchecov, sob a direção de Celso Frateschi.

No cinema

Com Mazzaropi trabalhou em vários filmes, dentre eles: O paraíso das solteironas, "Jecão... Um Fofoqueiro no Céu"; O "Jeca e a Freira"," O Jeca e Seu Filho Preto"; "Uma Pistola para Jeca" e "Portugal... Minha Saudade". Fez com Walter Hugo Khouri, "A ilha". E com outras produtoras fez uma quantidade imensa de filmes.

Na televisão

Em televisão, iniciou sua carreira na extinta TV TUPi e, sob direção de Geraldo Vietri, fez grandes novelas, como: NINO, o italianinho, "A fábrica", "Vitória Bonelli"; "Meu rico português." Atuou também em outras emissoras, como Manchete, em "Ana Raio e Zé Trovão". Fez ainda mini-séries, como "Dona Flor e seus dois maridos", "Floradas na serra". Em 2005, participou do teleteatro, da TV Cultura, "O Secretário de Sua Excelência".

Trabalhos na TV

2008 - Água na Boca .... Madre Superiora Cristina (TV Bandeirantes)
2002 - A Pequena Travessa - Edna (SBT)
1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos - Albertina (minissérie, TV Globo)
1996 - Razão de Viver - Gretel (SBT)
1993 - Quarks & Co.
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão - Helena (Rede Manchete)
1989 - O Cometa - (minissérie ,TV Bandeirantes)
1988 - Vida Nova - a casamenteira (TV Globo)
1983 - Braço de Ferro - (TV Bandeirantes)
1983 - Fernando da Gata - (minissérie, TV Globo)
1982 - A Força do Amor - Sofia Alvares (SBT)
1981 - Floradas na Serra - Irmã Araci (TV Cultura)
1980 - As Três Marias - Lurdes (TV Globo)
1980 - Olhai os Lírios do Campo - Frida (TV Globo)
1979 - O Todo-Poderoso - (TV Bandeirantes)
1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano - Hilda (SBT)
1977 - Cinderela 77 - Catarina/madrasta (SBT)
1976 - Papai Coração - Maria da Graça (SBT)
1975 - Meu Rico Português - Gertrude (SBT)
1974 - A Barba Azul - Tereza (SBT)
1973 - Divinas & Maravilhosas -Beth (SBT)
1973 - A Volta de Beto Rockfeller - (SBT)
1972 - Vitória Bonelli - Ivone (SBT)
1972 - Signo da Esperança - Taís (SBT)
1971 - A Fábrica - Adalgisa (SBT)
1969 - Nino, o Italianinho - Cláudia (SBT)
1968 - O Terceiro Pecado - (TV Excelsior)
1965 - A Outra - Beth (TVI, de Portugal)
Trabalhos no cinema

1983 - Sacanagem (episódio: Gatas no Cio)
1982 - Curral de Mulheres
1981 - Amélia, Mulher de Verdade
1980 - Os Rapazes da Difícil Vida Fácil
1980 - Palácio de Vênus
1979 - Herança dos Devassos
1979 - Os Imorais
1978 - A Força dos Sentidos
1978 - O Jeca e Seu Filho Preto
1978 - Mulher Desejada
1977 - Internato de Meninas Virgens
1977 - Jecão... Um Fofoqueiro no Céu
1976 - Senhora
1976 - A Noite da Fêmeas
1974 - Portugal... Minha Saudade
1974 - Macho e Fêmea
1973 - Os Garotos Virgens de Ipanema
1971 - Diabólicos Herdeiros
1969 - Uma Pistola para Jeca
1969 - No Paraíso das Solteironas
1968 - O Jeca e a Freira
1967 - Férias no Sul
1965 - O Puritano da Rua Augusta
1963 - A Ilha

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