ANDREI CHIKATILO,O AÇOUGUEIRO DE ROSTOV


 Andrei Chikatilo

Andrei Romanovich Chikatilo (em russo: Андре́й Рома́нович Чикати́ло)  (Lablotschnaia, Ucrânia, 16 de outubro de 1936 – Rostov do Don, Rússia, 14 de fevereiro de 1994) foi um assassino em série Ucrâniano, conhecido como Açogueiro de Rostov, O Estripador Vermelho e O Estripador de Rostov. Se tornou notório por confessar o assassinato de 53 pessoas entre 1978 e 1990.

Infância 
Andrei Chikatilo tornou-se o primeiro serial-killer conhecido da Rússia no século XX. Na infância, Chikatilo e seus irmãos eram atormentados pela história do seqüestro e assassinato de seu irmão mais velho, Stepan, que teria sido canibalizado durante a grande fome que assolou a Ucrânia na década de 1930. Apesar da veemência de sua mãe ao contar a história, nunca foi encontrado nada que comprovasse a existência de algum Stepan Chikatilo, nem registros de seu nascimento ou de sua morte.

 A dolescência 
Durante a juventude, Chikatilo sofreu muito com uma disfunção sexual que o tornou temporariamente impotente, causando-lhe certo abalo psicológico.

Fase adulta 
Apesar de seu casamento, na década de 1960, do qual nasceram seus dois filhos, Chikatilo sempre acreditou que havia sido cegado e castrado ao nascimento, o que o levou a ter comportamentos mórbidos de violência e vingança.
Formado, Andrei começou a trabalhar em uma escola para rapazes, situada em Rostov do Don, onde tornou-se alvo das brincadeiras dos alunos, que inicialmente o chamavam de "ganso" devido a seu pescoço comprido e estranha postura, mas depois passaram a chamá-lo de "maricas", uma vez que passou a molestar estudantes no dormitório. Apesar de sua idade e tamanho, Chikatilo sentia-se intimidado pelos alunos, por isso passou a levar sempre consigo uma faca.

Sua verdadeira face foi descoberta quando seus crimes vieram à tona: durante anos Andrei Chikatilo matou e canibalizou dezenas de vítimas, em sua maioria crianças, que ele encontrava em estações de ônibus ou trens. Detido certa vez para averiguações, foi libertado logo depois, quando ficou comprovada a incompatibilidade entre seu sangue e o sêmen encontrado nas vítimas. Algo raro, mas possível de ocorrer. Isso só fez com que Chikatilo passasse a agir com mais despreocupação. Sua prisão só foi possível graças a determinação de dois investigadores, envolvidos com sua primeira detenção, que lembraram de seu nome depois que foi visto saindo de um bosque próximo a uma estação de trens, algo compatível com os locais onde as vítimas eram escolhidas e depois abandonadas.

Em seu julgamento, Chikatilo definiu-se como um "'aborto da natureza", "uma besta louca", ao qual "só restava a condenação à pena de morte, o que seria até pouco para ele", nas palavras do próprio. Seu desejo foi atendido, com sua execução ocorrendo na prisão, em 14 de fevereiro de 1994, pelo pelotão de fuzilamento. Mas, antes disso, Chikatilo ainda pode chocar toda a sociedade russa, com as descrições sangrentas de seus crimes e de como fervia e arrancava testículos e mamilos de suas vítimas.

O filme "Evilenko", de 2004, dirigido por David Grieco, estrelando Malcolm McDowell no papel do assassino, é baseado na história de Andrei Romanovic Chikatilo. A música Psychopathy Red, do álbum World Painted Blood da banda norte-americana Slayer, também foi inspirada na vida do assassino.
O livro Criança 44, de Tom Rob Smith, também utiliza a história de Chikatilo como parte da trama (de fato, apenas algumas características dos homicídios e o primeiro nome do assassino coincidem, tendo Chikatilo servido apenas como referência ao personagem). No livro, "Andrei Sídorov" começa a matar crianças a fim de conseguir chamar a atenção de seu irmão, Pável, sequestrado duas décadas antes, utilizando sinais que os faziam recordar a infância.

confessou 55 assassinatos praticando antropofagia (canibalismo), suas vitimas eram crianças novas dos dois sexos, e mulheres. A sua crueldade inspirou a musica Psychopathy Red do álbum World Painted Blood da banda norte-americana Slayer, o filme “Evilenko” de 2004 dirigido por David Grieco se baseou em sua história, o livro Criança 44 de Tom Rob Smith usou características dos assassinatos sendo o primeiro nome do personagem principal Andrei também e outra fonte que diz que o filme “Cidadão X” também foi inspirado nele.Ele nasceu em 16/10/1936 na Ucrânia, tinha esposa, filhos, diploma universitário em artes liberais, literatura russa, engenharia e marxismo-leninismo, era um membro leal ao partido comunismo e estava acima de qualquer suspeita.

Sua família sofreu muito com a “coletivização” forçada por Joseph Stálin na década de 1930, enfrentando pobreza e fome. Seu pai foi soldado russo e feito prisioneiro na 2a guerra mundial, sua mãe criou os filhos sozinha. Ele e os irmãos eram atormentados pela história que a mãe contava de que por conta da grande fome em 1930 o irmão mais velho, Stephan, havia sido raptado e canibalizado. Porem, não há
 registros nem do nascimento nem da morte, ou algo que comprovasse a existência de Stephan Chikatilo. Além da história traumática sobre o irmão, Andrei sofreu um distúrbio sexual na adolescência, que o deixava periodicamente impotente, o que lhe causou certo abalo psicológico, e também sofria de uma miopia muito forte, o que fazia com que ele pensasse, mesmo tendo tido dois filhos com a esposa, que havia sido castrado e cegado ao nascer, e essa fantasia o levou ter comportamentos violentos e vingativos.

Era alvo de piadas no colégio por seu jeito estranho e afeminado, se tornou um rapaz alto, forte, e muito inteligente, se mantendo sempre isolado. Já adulto lecionou em uma escola para garotos onde, por não conseguir controlar bem a turma por conta de sua timidez, era alvo de brincadeiras dos professores e dos alunos, os últimos o chamavam de
 “ganso” por seu pescoço comprido e postura estranha, mas depois passou a ser chamado de “maricas”por molestar as crianças. Ele costumava a andar com uma faca, segundo um site por se sentir ameaçado pelos alunos, apesar de seu tamanho e idade, porem outro site diz que era para molestar os alunos, chegando a atacar um deles em um dormitório.Ele costumava atrair suas vitimas para áreas isoladas, onde houvesse bosques, passando a agir violentamente, como um “lobo enlouquecido”, como ele próprio se descreveu.

Andrei fez sua primeira vitima tardiamente, com 42 anos, no dia 22/12/1978, uma menina de 9 anos chamada Lena Zakotnova que foi atacada sexualmente, estrangulada e apunhalada varias vezes. O crime aconteceu na cidade de Shakhty, o corpo dela foi retirado do rio Grushevka, perto do rio havia uma casinha com degraus sujos de sangue. Após a descoberta de que o barraco pertencia a Andrei Chikatilo, este foi chamado para depor, mas, tendo seu álibi confirmado pela esposa, Andrei foi liberado. Foi Alexander Kravchencko de 25 anos o acusado pelo crime, ele já estava em condicional por estupro e assassinato de uma garota. Foi fuzilado em julho de 1983, mesmo não tendo nada em comum com o perfil do assassino dado por Svetlana Gurenkova uma testemunha que alegou ver um homem de cerca de 40 anos e óculos de grau forte com a vitima, lhe oferecendo balas em um ponto de ônibus.Em 1981 Chikatilo foi demitido da escola onde trabalhava, e assim torna-se gerente de suprimentos de uma fabrica, o que facilitou a escolha de suas vitimas já que viajava constantemente.

Começava amarrando suas vítimas, golpeando-as e as prendendo contra o chão para então arrancar suas línguas com mordidas a fim de que não pudessem gritar, logo depois as violava e iniciava a mutilação pelos olhos, para então desmembrá-las enquanto ainda estavam vivas com cerca de 40 a 50 feridas profundas, arrancando nariz, dedos, mamilos e testículos, fervendo e comendo os testículos e os mamilos.Algumas vezes arrancava os órgãos sexuais de suas vítimas com a própria boca, em outras enchia a barriga das vítimas com terra e as destrinchava.Chikatilo agia com tanta brutalidade mutilando suas vítimas de modo tão intenso que quando as autoridades descobriram o corpo de uma jovem em um trigal, acreditaram que ela havia caído embaixo de uma maquina agrícola. Em outros casos a policia encontrava corpos que julgavam serem de meninas, e após o exame dos corpos, descobria serem na verdade meninos.”

A segunda vitima foi Larisa Tkachenko de 17 anos, uma coisa diferente dos outros casos é que no fim das crueldades ela foi empalada, mas já estava morta. A terceira foi Lyuba Byriuk de 12 anos em 12/06/1982, foi encontrada um ano depois, em 1983 fez mais 3 vítimas e Oleg Podzhidaev de 9 anos, seu corpo não foi encontrado, mais o assassino disse que o castrou. Em 1984 foram encontradas mais 10 vitimas de ambos os sexos e ele fez mais 10 vitimas no ano, sendo que 8 delas foram só em agosto. Agora um detalhe que acho importante comentar é como o numero de mortes foram aumentando rapidamente com o passar do tempo, normalmente nesses casos, após o primeiro crime, o assassino vê como sente prazer em matar, e vai matando cada vez mais.Em dezembro de 1984 Andrei arrumou um emprego em uma fabrica de locomotivas, também viajando bastante.

Só voltou a atacar em agosto de 1985, matou uma jovem com problemas mentais que tinha 18 anos, no mesmo mês matou uma menina que achou numa estação de ônibus em Shakhty, prometendo lhe dar abrigo em troca de favores sexuais. Decidiu parar por um tempo no ano de 1986 por conta da intensificação das investigações, mas voltou em 1987, sua vitima foi um menino de 13 anos. Em julho desse mesmo ano cometeu mais um crime, e este foi tão brutal que sua faca foi encontrada quebrada na cena do crime. Em abril de 1988 matou uma mulher de 30 anos em Krasny Sulin, na cena do crime foi encontrada uma pegada sua, tamanho 45. Em 1989 matou mais 8 pessoas, entre elas Tatyana Ryshova que foi assassinada no apartamento vazio da filha de Andrei, depois seus restos mortais foram levados a um local de despejo seguro. Yelena Verga de 9 anos, e o mais horripilante é que ele a matou um pouco antes de ir para o aniversario de seu pai. Um garoto de 10 anos foi sua ultima vitima do ano de 1989 após ser morto a facadas foi enterrado no cemitério de Rostov pelo próprio Andrei. Por fim, Andrei matou mais 9 pessoas entre janeiro e novembro de 1990, sendo em sua maioria meninos.

O mais complicado nesse caso foi a incapacidade da Rússia de acreditar que eles podia ter um serial killer, por acreditar que isso era algo apenas de países capitalistas, e por conta dessa arrogância foi apenas em 1984 que a policia, a partir das investigações de Mikhail Fetisov, que chegaram a conclusão de que era um serial killer. Mas o que também atrapalhou na investigação foi o inverno rigoroso da Rússia, que fez com que os corpos permanecessem congelados, atrapalhando a investigação, mas preservando os corpos.Começaram a pesquisar arquivos de hospitais psiquiátricos e nos arquivos de polícia. Não conseguiram nada, e então passaram a comparar amostras do sangue dos suspeitos com o sêmem retirado do assassino. Chikatilo estava entre eles, porem, seu sangue não bateu por conta de um erro. Depois disso Chikatilo ficou ainda mais confiante. Sem pistas a policia decide aumentar a vigilância nas estações de ônibus, trens e bondes com maior atenção na estação de ônibus de Rostov, e assim acabaram encontrando Andrei Chikatilo graças a Alecsander Zanosovsk e seu parceiro que após varias vezes vendo ele conversando com mulheres, começaram a suspeitar dele e decidiu segui-lo, depois de ver uma mulher gritar irritada com ele, eles o pararam e pediram documento, Andrei começou a suar muito, e o revistando descobriram uma corda, vaselina e uma faca, podendo assim levá-lo em custódia.


Porem sem mais informações o assassino ficou preso por roubo por apenas 3 meses, sendo solto ainda no mesmo ano.Demorou mais 6 anos para voltarem a considerar Chikatilo, em 1990 durante a investigação do assassinato de um garoto um atendente da estação de Shakhy reconheceu uma foto do garoto, e contou que ele havia comprado uma passagem com um homem de descrição que batiam com Andrey, e após outras alegações
 suspeitas sobre o homem, a policia, sobre o comando de Issa Kostoyev, decidiu montar um esquema de vigilância sobre ele.No dia 10 de novembro de 1990 Chikatilo foi preso para averiguações, sendo novamente encontrado uma faca afiada, uma corda, e vaselina em suas coisas.  Com uma busca detalhada no apartamento de Andrei encontraram mais 23 facas, um machado e um par de sapatos que batia com a pegada encontrada ao lado de uma das vitimas de 1988, Krasny Sulin.

Para fazer com que Andrei confessasse, Issa Kostoyev precisou da ajuda de Alecsandr Bukhanovsky, que foi quem montou o perfil do assassino pela primeira vez em 1984 alegando que o assassino tinha cerca de 1,65, entre 25 e 50 anos, Calçava numero superior de 41, possuía grumo sanguíneo comum, sofria de dores de cabeça e distúrbios sexuais, mas não era retardado ou esquizofrênico, agia sozinho, planejando seus crimes antes de realizá-los, provavelmente havia sido vitima de abuso
 sexual, era sádico e se sentia deprimido quando não matava. Depois de 1985, com mais informações dos crimes, Alecsandr montou um perfil mais detalhado, descrevendo o assassino como alguém com controle sobre suas ações e que era narcisista e arrogante, era heterossexual e necrófilo, estando entre os 45 a 50 anos de idade, atingia primeiro a cabeça da vitima para evitar reações, atacando posteriormente com facadas, masturbava-se durante os crimes, cegava suas vitimas para impedir que sua imagem ficasse em seus olhos, emasculava (castrava) os meninos para feminilizá-los e ao fazer isso com as meninas demonstrava poder sobre elas, ingeria ou guardava os órgãos sexuais, parando quando corria o risco de ser pego.

O conhecimento do perfil fazia com que o interrogador fingisse simpatizar e compreender completamente o assassino.
O interrogatório durou 8 dias, durante os quais Andrei confessou seus crimes, confessando 28 crimes a mais que os 36 conhecidos pela policia, e dando detalhes sobre eles, usando até um boneco para mostrar como agia com suas vitimas.

Chikatilo foi enviado em 1992 para uma avaliação neurológica e psiquiátrica, onde foi declarado são e apto para julgamento, porem descobriram que ele tinha danos cerebrais importantes que danificavam seu controle da ejaculação e bexiga. Seu julgamento começou em 14 de abril do mesmo ano, e, mantido em uma jaula de
 metal, alegou ser uma “alma atormentada e enlouquecida por sua impotência sexual” descrevendo em detalhes os assassinatos e seu comportamento psicótico. Dia 15 de outubro o julgamento terminou em uma sentença que o declarava culpado de 52 homicídios e condenado a morte, Chikatilo então declarou: “quero que meu cérebro seja desmontado pedaço por pedaço e examinado de maneira que não haja outros como eu.”. Sua apelação por indulgencia foi rejeitada pelo presidente da época, Boris Yeltsin, assim sendo, no dia 15 de fevereiro de 1994 Andrei Romanovich Chikatilo foi executado com um tiro na nuca.

Alexander Kravchenko teve perdão póstumo pelo assassinato de Lena Zakotnova. (O que foi uma alivio para ele, afinal, estar morto melhora muito quando ao invés de ser acusado de 2 crimes se é acusado só de um que é um pouco menos pior, sua alma rebolou e disse “Eu não disse que era inocente!”-.-)
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