Serial Killers - Myra Hindley e Ian Brady


Serial Killers - Myra Hindley e Ian Brady

“A sociedade me deve um vida”: Foi isso que Myra Hindley falou no tribunal mesmo tendo tirado a vida de tantas outras pessoas.
Myra Hindley, ao lado de seu namorado Ian Brady, aterrorizou Hattersley uma cidade pantanosa da Inglaterra, na década de 60.

Myra e Ian se conheceram numa indústria química onde trabalhavam juntos. Ele era seu superior e de certa forma ignorava sua existência até que um dia, às vésperas do Natal, ele a convidou para assistir um filme sobre os julgamentos nazistas de Nuremberg.
Por terem interesses parecidos Myra tornou-se sua parceira, chegando a entrar para um clube de tiros e comprar uma arma. Porém logo para essa parceria começou a render péssimos frutos e deu origem a uma série de crimes que chocaram até os mais antigos investigadores de homicídios.

O casal que passou a morar na casa da avó de Myra passavam praticamente despercebidos da população local que sequer imaginava do que os dois eram capazes. Juntos eles assassinaram 11 crianças e adolescentes que eram torturados, abusados sexualmente e fotografados em poses pornográficas. Entretanto, o sadismo não parava por aí. A dupla também tinha o costume de gravar os gritos de suas vítimas enquanto as torturava.

Tudo corria bem e Myra e Ian, provavelmente, teriam matado muito mais se não tivessem desejado transformar sua dupla em um trio. O escolhido foi David Smith, cunhado de Hindley, que tinha um passado de alcoolismo e violência que o tornava perfeito para os planos.
Para convencê-lo, convidaram-no para participar do assassinato de um garoto de 17 anos que recebeu 14 machadadas, além de ser estrangulado. Ele os ajudou a preparar o corpo para o enterro e limpar os rastros deixados.

Mas, o que Myra e Ian não contavam era que, na manhã seguinte, Smith e sua esposa fossem à delegacia local entregá-los.
De posse das informações, a polícia prendeu o casal de assassinos que sempre negou tudo. Entretanto, as fitas gravadas e as fotos, contribuíram para provar sua culpa.
Uma das fotos, inclusive, foi a maior pista para o local onde as vitimas estavam enterradas, já que mostrava Myra no pântano olhando para um buraco cheio de entulhos. Nesse local, foi encontrado o corpo de um garoto de 12 anos, John Kilbride.

Myra e Ian eram extremamente frios e nunca demonstraram remorso pelo que tinham feito. Pelo contrário. Meses após assassinarem sua primeira vítima, Pauline Reade, de 16 anos, Myra continuava cumprimentando sua mãe quando passava por ela. Seu corpo, aliás, foi encontrado quase duas décadas depois, com a garganta cortada.
Os dois foram condenados a prisão perpétua e Myra afirmava que só participou dos crimes porque Ian abusava dela, além de ameaçar matar sua família.
Myra morreu na cadeia, aos 60 anos, depois de tentar, sem sucesso, o direito à condicional.

 Filme:

A história dos dois inspirou o filme “Longford”que foi premiado com três globos de ouro.

Sinopse: Manchester, Inglaterra, início dos anos 60. Ian Brady (Andy Serkis) e a namorada, Myra Hindley (Samantha Morton), matam algumas crianças e recebem prisão perpétua, pois a pena capital foi abolida semanas antes. Paralelamente um fervoroso católico, Frank Packenham (Jim Broadbent), o 7º Conde de Longford, que tinha um cargo de destaque no governo, habitualmente visita presidiários, pois crê no perdão e sempre procura vê-los da melhor maneira.

Quando recebe uma carta de Myra pedindo que vá visitá-la, Elizabeth (Lindsay Duncan), a mulher dele, protesta, pois considera o crime dela imperdoável. Frank não partilha desta opinião e vai até o presídio falar com Myra. Apesar de toda desaprovação familiar e da opinião pública, Longford continua visitando Myra e trocando cartas com ela. Ao saber que ela se converteu ao catolicismo, Longford a encoraja a pedir perdão para deus. Seu cúmplice, Ian, é um psicopata que é visitado por Frank. Na ocasião ele adverte que Myra o está usando, uma hipótese que não pode ser descartada.

MAIS IMAGENS EM ARQUIVO DO MORTO-VIVO
Curiosidade:

O cantor Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, tinha uma idade muito próxima a das vítimas de Myra e Ian, na época dos assassinatos e ficou especialmente chocado com os crimes da dupla por isso a banda fez duas músicas que possuem referência aos fatos, Still Ill e Suffer Little Children.

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