BIOGRAFIA,Eliana Kertész(ESCULTORA)


Eliana Kertész

Eliana Kertész é uma artista plástica brasileira.
Formou-se em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia, assim como seu ex-marido Mário Kertész. Em sua atuação política, Eliana se tornou a vereadora mais votada da capital baiana pelo PMDB, em 1982, com 17,3% dos votos válidos.

Licenciou-se do mandato de vereadora em dezembro de 1985, assumindo a Secretaria da Educação e Cultura de Salvador, na segunda gestão de Mário Kertész (1986-1989).
Entre várias obras artísticas que fez, estão as famosas esculturas das gordas, como a no bairro de Ondina.

A grande maioria das obras de Eliana Kertész são mulheres bonitas sensuais, tímidas ou ousadas, negras, brancas ou índias, mas todas gordas. Elas querem,,segundo a própria artista, passar ao observador uma mensagem de amor e respeito às diferenças existentes em nosso país.
Desfrutando uma liberdade que os grandes predecessores não tiveram na mesma linha, o pintor e escultor colombiano Botero alcançou fama internacional através de seus personagens extremamente dilatados.
Não podemos esquecer entretanto que a maior parte dos grandes artistas, como Rubens e Rembrandt, Ingres e Renoir, tinha também fascínio pelas formas opulentas.

Da Bahia chega até nós a arte de Eliana Kertész, uma escultora de excelente força criativa e persistente coerência estética. Suas imagens femininas possuem uma realidade corpórea, exuberante ao tato.
Como diria o próprio Botero, trata-se de típica arte latino-americana, tanto literária quanto plástica, em que existe uma tendência à deformação, um exagero total, como se encontra na obra de Gabriel Garcia Marquez. Trata-se, pois, de uma caricatura da realidade que na visão dessa escultora pode ser monumental.

Com os materiais mais diversos ” terracota, bronze, resina e fiberglass “, Eliana Kertész cria figuras gordas, fartas e redondas, capazes de transmitir uma verdade interior e um intenso sentimento de vida.
A obra “Aurélia”, em pó de mármore e resina, doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, transmite o humanismo dessa artista que nasce como um processo interior, moldando na própria forma uma presença humana. Trata-se de um sentimento e uma emoção intensa, nascidos de uma observação profunda.

A artista
Eliana Kertész nasceu em Conceição da Feira, no Recôncavo baiano, e ainda criança mudou-se para Salvador, onde reside após algumas mudanças que a levaram para Paris e Rio de Janeiro, cidades em que aprimorou seus conhecimentos na arte, iniciados anteriormente na capital baiana.
Foi em 1993 que iniciou sua carreira com uma exposição individual de esculturas no Escritório de Arte da Bahia, em Salvador.

A partir de então participou de diversas mostras individuais e coletivas em vários Estados brasileiros e no exterior, destacando-se entre elas: Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro, RJ (1995); Galeria de Arte Paulo Darze, Salvador, BA (1997); 100 Artistas Plásticos da Bahia, com o lançamento do livro no Museu de Arte Sacra, bem como da coletiva “Arte Salvador – 450 anos”, no Museu de Arte Moderna da Bahia (1999).

Esta mesma mostra foi apresentada posteriormente no Museu de Arte de Macau, China, no Museu de Arte Primitiva Moderna, Guimarães, Portugal, e no Padrão dos Descobrimentos, Lisboa, Portugal (2001). No mesmo ano realizou sua primeira individual dedicada às “Gordinhas”, na Galeria Inêz Fiuza, Fortaleza, CE.

Participou ainda da mostra “Sensualidade” no Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo (2003); V Biennale D’Arte Contemporanea Internazionale, Roma, Itália (2004); “Gordas”, Galeria Spazio Surreale, São Paulo, SP (2006). Possui obras em acervos públicos e particulares no exterior, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. (mlf)

Eliana Kertész na opiniao de EULÂMPIA S. REIBER, Diretora Executiva da Associação Cultural Auguste Rodin.
Eliana Kertész é uma artista de múltiplas possibilidades e de grande força criativa, tornando-se uma das mais importantes escultoras brasileiras da atualidade, contando com reconhecimento internacional e participação constante em exposições dentro e fora do Brasil, entre as quais a V Bienale di Roma, onde foi premiada, no início de 2004, com a terceira colocação na categoria escultura.

Generosa, íntegra, coerente. É assim que vejo e admiro Eliana, um ser de alma plena, forte, carismático, com grande capacidade de renovação. Uma escultora que tem se posicionado e se firmado no universo artístico pela força criativa e pela coerência de uma estética própria, que empresa significação e identidade a cada uma das muitas personagens que tem criado, formando uma imensa galeria a que eu particularmente chamo de "família EK", figuras versáteis, performáticas e admiráveis em suas generosas formas arredondadas, opulentas, plenas de força e vitalidade. É nessa variedade criativa e identitária que "nasceram", entre tantas outras, as generosas Maria da Praça, Maria Dolores, Santinha, Risoleta;

as dos Anjos, Florzinha, Raquel e Hilda, muitas delas fazendo parte hoje dos acervos das galerias de arte, de colecionadores, de instituições de cultura, além de "povoar" e simbolicamente "humanizar" praças das cidades, a exemplo da bela Maria da Praça - misto de bailarina e anjo barroco - na Praça de Arte, Memória e Cultura, situada no corredor das artes, no Centro Histórico de Salvador, escultura que desperta sempre a curiosidade e a admiração de tantos que por lá trafegam no dia-a-dia. Muitas outras personagens certamente ainda virão, todas elas significantes em seu modo de expressão.

É difícil para mim falar de Eliana sem excesso de adjetivação, não só por ela ser uma amiga, mas sim por ver nela um ser rico, lúcido, consciente, com uma visão ampliada de mundo e capaz de compartilhar e de se superar a cada momento, seja no plano da arte, seja na sua vida pessoal. Diria eu, um ser exemplar, portanto, que buscou na escultura uma nova expressão de vida, um novo caminho de participação construtiva e de comunicação, transformando conscientemente sua força-fragilidade em confiança e liberdade expressiva; a sua arte em doação, raiz, permanência.

EULÂMPIA S. REIBER, Diretora Executiva da Associação Cultural Auguste Rodin.


08/10/2013 - 19h47
Dilma inaugura exposição de 'gordinhas sexy' no Planalto
A presidente Dilma Rousseff abriu nesta terça-feira (8) exposição no Palácio do Planalto que reúne, segundo ela, um conjunto de "gordinhas sexy" e a "alma da mulher brasileira".As obras em questão são da escultora Eliana Kertész e ficarão expostas no salão oeste do palácio até 8 de novembro. São 62 esculturas em bronze e fibra de vidro --uma reunião do acervo da artista, conhecida por retratar mulheres acima do peso. Dilma tem dois exemplares da artista em casa.
"Nas curvas das esculturas da Eliana têm a alma da mulher brasileira. Mais interessante é que o padrão de beleza que ela mostra é um padrão de beleza que nos envolve e nos cativa, por isso eu disse que são gordinhas sexy --elas são lânguidas, mas elas também tem uma imensa alegria e uma imensa felicidade", disse Dilma, em seu discurso para a inauguração da exposição.

O mote da mostra, de acordo com a presidente, é a campanha do Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama. A inauguração contou com a presença de empresárias de vários setores da indústria brasileira, que reuniram-se com Dilma antes do evento.
A mostra, chamada "As Mulheres do Brasil", será aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos domingos, de 9h às 14h, no Palácio do Planalto, em Brasília.

OUTROS ESCLARECIMENTOS
VEJA MAIS IMAGENS EM  ARQUIVO DO MORTO-VIVO

Há pouco mais de 10 anos, a ex-vereadora mais votada da história de Salvador e exsecretária municipal de Educação, Eliana Kertész, decidiu deixar a política de lado e enveredar no caminho das artes. A Bahia perdia, então, uma de suas mais emblemáticas e aguerridas representantes no cenário político. Mas, em compensação, ganhava uma nova personalidade no mundo das artes. “Muito cedo descobri que minhas mãos faziam coisas bonitas e mágicas.

Com elas, literalmente, eu pintava, bordava e me esbaldava com esse poder, sobretudo nos aniversários dos meus filhos, quando, dando asas à imaginação, pintava os vidros da casa, fazia painéis e modelava bichos, bailarinas, super heróis, palhaços e praias. Nos bolos, tudo que eles quisessem. Preparar essas festas era uma prazerosa tarefa coletiva, que envolvia quase todos da casa. Tão divertida, como as próprias festas. Eram tantas possibilidades, que um dia cheguei a pensar que, com as mãos, eu faria o meu mundo”, relembra Eliana De hobby, o prazer de dar formas com as mãos foi se constituindo em paixão e, em 1993, Eliana deixou de lado a política e o diploma de administração para se dedicar de corpo e alma a arte da escultura, encontrando nos moldes arredondados e recheados de mulheres a sua marca registrada.

Da primeira exposição, realizada em Salvador, na galeria do marchand Paulo Darzé, para o mundo, as gordinhas de Eliana Kertész percorreram um longo caminho. Primeiro, através do barro, da argila, depois experimentações com bronze e resina. Hoje, elas, exuberantemente, se exibem em variados materiais, como as de mais de três metros de altura, em frente do mar de Ondina, representando as três raças “brasileiras”, numa obra monumental, encomendada pela Prefeitura Municipal de Salvador. Desfrutando o sucesso das suas charmosas gordinhas, Eliana hoje já se assume artista plástica e prepara uma nova exposição, prevista para acontecer em 8 de novembro, na Galeria Alvear, em Bueno Aires. Suas peças, porém, são sucesso o ano inteiro e podem ser adquiridas nas principais galerias de arte de Salvador.

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