Biografia Rosamaria Murtinho(Atriz)

Rosamaria Murtinho
Rosamaria Murtinho, cujo nome completo é Rosa Maria Pereira Murtinho, (Belém, 24 de outubro de 1935) é uma atriz brasileira.
Biografia

É descendente do político brasileiro Joaquim Murtinho. Seu pai, o engenheiro agrônomo carioca Frederico Murtinho Braga, teve que fazer um trabalho no Norte do Brasil, para o Instituto Agronômico do Norte, e então conheceu Maria do Carmo, filha do Dr. Enéas Calandrini Pinheiro, então diretor do instituto, e os dois se apaixonaram. Casaram-se e Rosamaria nasceu em Belém e veio para o Rio de Janeiro ainda bebê, aos 21 dias de idade, na então capital do país. Morou durante um ano nos Estados Unidos. Queria estudar Direito e para isso vinha se preparando, mas entrou para o teatro, arte pela qual se apaixonou e que a fez desistir de tudo o mais.
Seu irmão começou a fazer teatro amador com Paulo Francis, e Rosamaria ingressou no grupo "Studio 53". Uma das atrizes adoeceu e Rosamaria, a pedido de seu irmão e por sugestão de Paulo Francis, tomou o lugar dela, isso aos dezoito anos, num grupo amador, mas que levava o trabalho a sério. Um dia, Silveira Sampaio, que era dono do Teatro de Bolso, assistiu a uma apresentação do grupo e gostou de Rosamaria, convidando-a a participar de uma peça dele. Só aí ela ganhou seu primeiro salário.
Depois foi a vez de Sandro Polônio chamá-la para fazer teatro em São Paulo, mas os pais não permitiram. Porém, acompanhada pela mãe, Rosamaria foi para Portugal trabalhar. Ainda nem era atriz nacional, e já era atriz internacional.
Voltando ao Brasil, começou a trabalhar na televisão, ao mesmo tempo em que fazia teatro, com o Teatro dos Sete, que era de Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Sérgio Britto e outros, por volta de 1955. Participou nessa época do programa "Câmera Um", de Jacy Campos, que montava todo o espetáculo usando apenas uma câmera.
 Depois Rosamaria foi do Rio para São Paulo, participando de grandes peças, dentre as quais O Canto da cotovia, A Rosa tatuada e Manequim. Foi numa dessas montagens que viria a conhecer o ator Mauro Mendonça, com quem se casou em 1959.
Dependendo de seus trabalhos e dos de Mauro em televisão e teatro, a vida de Rosamaria sempre esteve entre a "terra da garoa" e a "cidade maravilhosa". Trabalhou na TV Tupi e, contratada pela TV Excelsior, mudou-se para São Paulo, onde participou de telenovelas como A moça que veio de longe, A muralha, Sangue do meu sangue, Os estranhos, entre outras. Em 1972 estreou na Rede Globo, participando de O primeiro amor, e onde outras telenovelas de sucesso se seguiram.


                                  Rosamaria Murtinho          e Mauro Mendonça

No fim da década de 1980 foi trabalhar na TV Manchete, atuando em Kananga do Japão e Pantanal, voltando a seguir à Rede Globo. Sem deixar o teatro de lado, Rosamaria atuou em Ô Abre alas, que falava de Chiquinha Gonzaga.

É casada com Mauro Mendonça com quem tem três filhos homens, sendo que um deles, Mauro Mendonça Filho, é diretor da Rede Globo.
 Atuação na televisão

2012 - Guerra dos Sexos (2012) .... Mirelle Darrieux
2011 - Zorra Total .... Ela Mesma
2011 - O Astro .... Tia Magda
2008 - Toma Lá Dá Cá .... D. Cidalva
2007 - Sete Pecados .... Otília
2007 - Paraíso Tropical .... Dolores (participação especial)
2005 - Malhação .... Naná
2003 - Chocolate com Pimenta .... Margot Oliveira
2001 - As Filhas da Mãe .... italiana (participação afetiva)
2001 - Estrela-guia .... Carlota
1999 - Vila Madalena .... Margot
1999 - Chiquinha Gonzaga .... Princesa Isabel
1998 - Corpo Dourado .... Isabel
1996 - Salsa e Merengue .... Bárbara
1995 - A Próxima Vítima .... Romana Ferreto
1995 - As Pupilas do Senhor Reitor .... Ressureição
1994 - Memorial de Maria Moura .... Eufrásia
1991 - O Fantasma da Ópera .... Amália
1990 - Pantanal .... Zuleica
1989 - Kananga do Japão .... Josephine
1987 - Mandala .... Glória Lunardo
1986 - Cambalacho .... Ceci
1985 - Jogo do Amor .... Neide
1984 - Vereda tropical .... Bárbara
1983 - Eu Prometo .... Tarsila Serra Jardim
1981 - Jogo da vida .... Loreta Pires de Camargo
       
1980 - Chega Mais .... Léa
1979 - Pai Herói .... Valquíria
1977 - Nina .... Arlete
1975 - Pecado capital .... Eunice
1975 - Roque Santeiro .... Matilde Mendes de Oliveira
1975 - Cuca legal .... Kinu
1975 - Escalada .... Arlete
1974 - O espigão .... Helka Escobar
1973 - Carinhoso .... Ivone
1972 - O primeiro amor .... Paula
1969 - Sangue do meu sangue .... Viviane
1969 - Os estranhos .... Dionéia
1968 - O santo mestiço .... Isabel
1968 - A muralha .... Isabel
1967 - Paixão Proibida .... Maria Helena
1966 - O anjo e o vagabundo .... Geni
1966 - A inimiga .... Leonora
1966 - Somos Todos Irmãos .... Valéria
1965 - Ainda resta uma esperança
1965 - Pecado de Mulher
1965 - Eu quero você .... Natália
1964 - A moça que veio de longe .... Maria Aparecida
Atuação no cinema

1960 - Weit ist der Weg
1962 - O vigilante rodoviário
1983 - A longa noite do prazer
1988 - Natal da Portela
1988 - Primeiro de abril, Brasil
2003 - Didi, O Cupido Trapalhão  
2006 - O amigo invisível
2006 - O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili
2011 - Pegadas de Zila (curta)
ROSAMARIA MURTINHO
(Atriz)
1935-

Rosamaria Murtinho chama-se Rosamaria Murtinho Braga. Nasceu em Belém do Pará, em 24 de outubro de 1935. Seu pai, Frederico Murtinho Braga, era carioca, engenheiro agrônomo, que teve que fazer um trabalho no Norte do Brasil no Instituto Agronômico do Norte. E o diretor ali era o Dr. Enéas C.Pinheiro, pai de Maria do Carmo, com quem Frederico se casou. Rosamaria veio para o Rio com 21 dias. Ela sempre diz: “Não vim para o Rio. Me trouxeram”. Na então capital da República teve uma vida de praia, de passeios, na belíssima cidade que ficou sendo sua verdadeira cidade. Foi bandeirante, quando adolescente e para completar seus estudos, foi aos Estados Unidos, onde morou por um ano. Queria fazer advocacia, preparava-se para isso, mas entrou para o teatro, pelo qual se apaixonou e desistiu de tudo o mais. Seu irmão começou a fazer teatro amador com Paulo Francis, e Rosamaria ingressou no grupo “Studio 53”.
Uma das atrizes adoeceu e Rosamaria, a pedido do irmão, por sugestão de Paulo Francis, tomou o lugar. Estava com 18 anos. Era um grupo amador, mas que levava o trabalho a sério. Um dia Silveira Sampaio, que era dono do “Teatro de Bolso”, foi vê-los representar, e gostou da mocinha estreante, e a convidou para uma peça sua. Só aí teve o seu 1º salário. Depois foi a vez de Sandro Polônio chamá-la para fazer teatro em São Paulo. Mas aí os pais não deixaram: “Ir para S.Paulo sozinha?”. Só que o destino queria mais. Veio um outro convite, e Rosinha, acompanhada pela mãe, foi para Portugal trabalhar. Ainda nem era atriz nacional, e já era atriz internacional. Voltando, começou a fazer televisão, ao mesmo tempo que fazia teatro, com o “Teatro dos Sete”, que era de Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Sergio Brito e outros. Isso por volta de 1955.
Uma das coisas que se lembra com prazer de ter feito, foi “Câmera Um”, de Jaci Campos, em que era montado todo um espetáculo, com uma câmera só. Depois Rosamaria foi para São Paulo, participando de grandes peças: “O canto da Cotovia”; “Manequim”; “Rosa Tatuada”, e inúmeras outras. Foi numa dessas peças que conheceu o ator Mauro Mendonça, com quem se casou em 1959. Sua vida era teatro e televisão. São Paulo e Rio de Janeiro, dependendo das peças, dos trabalhos para os quais ela e o marido eram convidados. Fez trabalhos na TV Tupi de ao Paulo e grandes coisas na TV Excelsior de S.Paulo, onde foi contratada, ao lado do marido, por um bom salário. Instalou-se então em São Paulo, e foi nessa época que fez as novelas: “A moça que veio de longe”; “A muralha”; “Sangue do meu sangue”; “Os estranhos”, e várias outras. Depois disso, foi para a TV Globo, onde fez várias novelas de sucesso, como: “Pecado Capital”; “O Espigão”; “Pai Herói”; “Chega mais”.

Participou também de seriados como: “Planeta dos Homens”; “Sitio do Pica-pau Amarelo”, e outros. Bem mais tarde voltou a S.Paulo e fez: “Kananga do Japão” e “Pantanal” para a TV Manchete. Voltou à Globo e fez sucesso em “A próxima vítima”, e “Vila Madalena”. Sem deixar o teatro, seu último trabalho foi “O Abre Alas”, com a história de Chiquinha Gonzaga, num grupo teatral de 22 pessoas, que viajaram São Paulo, Rio e Bahia. Rosamaria apaixonou-se tanto por esse trabalho, que pensou em adaptá-lo para um grupo menor e levá-lo para todo o Brasil. Seu casamento com Mauro Mendonça dura até hoje.
 Houve uma separação no meio, mas voltaram a se unir. O casal teve três filhos homens, os três artistas. E Rosamaria afirma que é feliz, pois tem não apenas um estúdio ou um palco, em sua casa. Tem também uma casa, um lar, sem o que ninguém pode ser feliz e equilibrada. Fez na vida o que quis, diz ela. Casou com quem quis, trabalhou no que quis. E acha que sua filosofia de vida se resume nesta frase: “Eu sou forte para triunfar. Nem os obstáculos, nem o medo podem me afetar”. Essa é Rosamaria Murtinho, jovial, bonita, alegre e bondosa sempre.

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