Euclides da Cunha Euclides Rodrigues da Cunha (Cantagalo, 20 de janeiro de 1866 — Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1909) foi um escritor, sociólogo, repórter jornalístico, historiador, geógrafo, poeta e engenheiro brasileiro. |
Biografia Infância e juventude Nasceu na fazenda Saudade, em Cantagalo (Rio de Janeiro), filho de Manuel Rodrigues da Cunha Pimenta e Eudóxia Alves Moreira da Cunha. Órfão de mãe desde os 3 anos de idade, Euclides passa a viver em casa de parentes em Teresópolis, São Fidélis e na cidade do Rio de Janeiro. Em 1883 ingressa no Colégio Aquino, onde foi aluno de Benjamin Constant Botelho de Magalhães, que muito influenciou sua formação introduzindo-lhe à filosofia positivista. Em 1885, ingressa na Escola Politécnica e, no ano seguinte, na Escola Militar da Praia Vermelha, onde novamente encontra Benjamin Constant Botelho de Magalhães como professor |
Cadete republicano Contagiado pelo ardor republicano dos cadetes e de Benjamin Constant, professor da Escola Militar, durante uma revista às tropas atirou sua espada aos pés do Ministro da Guerra Tomás Coelho. A liderança da Escola tentou atribuir o ato à "fadiga por excesso de estudo", mas Euclides negou-se a aceitar esse veredito e reiterou suas convicções republicanas. Por esse ato de rebeldia, foi julgado pelo Conselho de Disciplina. Em 1888, desligou-se do Exército. Participou ativamente da propaganda republicana no jornal A Província de S. Paulo. Proclamada a República, foi reintegrado ao Exército recebendo promoção. Ingressou na Escola Superior de Guerra e conseguiu ser primeiro-tenente e bacharel em Matemáticas, Ciências Físicas e Naturais. Casou-se com Ana Emília Ribeiro, filha do major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, um dos líderes da Proclamação da República. Em 1891, deixou a Escola de Guerra e foi designado coadjuvante de ensino na Escola Militar. Em 1893, praticou na Estrada de Ferro Central do Brasil. |
Foto de Euclides da Cunha, com dedicatória a Coelho Netto. |
Ciclo de Canudos Durante a fase inicial da Guerra de Canudos, em 1897, Euclides escreveu dois artigos intitulados A nossa Vendeia que lhe valeram um convite d'O Estado de S. Paulo para presenciar o final do conflito como correspondente de guerra. Isso porque ele considerava, como muitos republicanos à época, que o movimento de Antônio Conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia e era apoiado por monarquistas residentes no país e no exterior. Em Canudos, Euclides adota um jaguncinho chamado Ludgero, a quem se refere em sua Caderneta de Campo . Fraco e doente, o menino é trazido para São Paulo, onde Euclides o entrega a seu amigo, o educador Gabriel Prestes. O menino é rebatizado de Ludgero Prestes. |
Carta de Euclides da Cunha a Rodrigo Octavio. (10/10/1903). |
Livro vingador Euclides deixou Canudos quatro dias antes do final da guerra, não chegando a presenciar o desenlace. Mas conseguiu reunir material para, durante cinco anos, elaborar Os Sertões: campanha de Canudos (1902). Os Sertões foi escrito "nos raros intervalos de folga de uma carreira fatigante",[6] visto que Euclides se encontrava em São José do Rio Pardo liderando a construção de uma ponte metálica. O livro trata da campanha de Canudos (1897), no nordeste da Bahia. Nesta obra, ele rompe por completo com suas ideias anteriores e pré-concebidas, segundo as quais o movimento de Canudos seria uma tentativa de restauração da Monarquia, comandada à distância pelos monarquistas. |
Percebe que se trata de uma sociedade completamente diferente da litorânea. De certa forma, ele descobre o verdadeiro interior do Brasil, que mostrou ser muito diferente da representação usual que dele se tinha. Euclides se tornou internacionalmente famoso com a publicação desta obra-prima que lhe valeram vagas para a Academia Brasileira de Letras (ABL) e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Divide-se em três partes: A terra, O homem e A luta. Nelas Euclides analisa, respectivamente, as características geológicas, botânicas, zoológicas e hidrográficas da região, a vida, os costumes e a religiosidade sertaneja e, enfim, narra os fatos ocorridos nas quatro expedições enviadas ao arraial liderado por Antônio Conselheiro. |
Ciclo amazônico Em agosto de 1904, Euclides foi nomeado chefe da comissão mista brasileiro-peruana de reconhecimento do Alto Purus, com o objetivo de cooperar para a demarcação de limites entre o Brasil e o Peru. Esta experiência resultou em sua obra póstuma À Margem da História, onde denunciou a exploração dos seringueiros na floresta. Ele partiu de Manaus para as nascentes do rio Purus, chegando adoentado em agosto de 1905. Dando continuidade aos estudos de limites, Euclides escreveu o ensaio Peru versus Bolívia, publicado em 1907. Escreveu, também durante esta viagem, o texto Judas-Ahsverus, considerado um dos textos mais filosófica e poeticamente aprofundados de sua autoria. Após retornar da Amazônia, Euclides proferiu a conferência Castro Alves e seu tempo, prefaciou os livros Inferno verde, de Alberto Rangel, e Poemas e canções, de Vicente de Carvalho |
Concurso de lógica Visando a uma vida mais estável, o que se mostrava impossível na carreira de engenheiro, Euclides prestou concurso para assumir a cadeira de Lógica do Colégio Pedro II. O filósofo Farias Brito foi o primeiro colocado, mas a lei previa que o presidente da república escolheria o catedrático entre os dois primeiros. Graças à intercessão de amigos, Euclides foi nomeado. Depois de sua morte, Farias Brito acabaria ocupando a cátedra em questão . Academia Brasileira de Letras Foi eleito em 21 de setembro de 1903 para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Valentim Magalhães, e recebido em 18 de dezembro de 1906 pelo acadêmico Sílvio Romero. |
"Tragédia da Piedade" Sua esposa, mais conhecida como Anna de Assis, tornou-se amante de um jovem tenente, 17 anos mais novo do que ela, chamado Dilermando de Assis. Ainda casada com Euclides, teve dois filhos de Dilermando. Um deles morreu ainda bebê. O outro filho era chamado por Euclides de "a espiga de milho no meio do cafezal", por ser o único louro numa família de morenos. Aparentemente, Euclides aceitou como seu esse menino louro. A traição de Ana desencadeou uma tragédia em 1909, quando Euclides teria entrado na casa de Dilermando, armado, dizendo-se disposto a matar ou morrer. Dilermando reagiu e matou-o. Foi julgado pela justiça militar e absolvido. Entretanto, até hoje o episódio permanece em discussão. Casou-se com Ana. O casamento durou 15 anos. O corpo de Euclides foi velado na Academia Brasileira de Letras. O médico e escritor Afrânio Peixoto, que assinou o atestado de óbito, mais tarde ocuparia sua cadeira na Academia. |
Semanas Euclidianas e outras homenagens Entre 1898 e 1901, Euclides da Cunha viveu na cidade de São José do Rio Pardo, onde trabalhava na reconstrução de uma ponte, utilizando suas horas vagas para escrever sua obra-prima Os Sertões. Em comemoração disto se realiza anualmente, entre 9 e 15 de agosto, a Semana Euclidiana, em que a cidade atrai turistas apresentando-se como O berço de Os Sertões. O livro Os Sertões foi terminado e publicado quando o escritor vivia em São Carlos, onde foi chefe do Distrito de Obras Públicas entre 1901 e meados de 1903. Em sua homenagem, também nesta cidade celebra-se anualmente uma Semana Euclidiana. |
A cidade de Cantagalo, berço natal de Euclides da Cunha, também mantém viva a memória do escritor, através de eventos e um museu dedicado a Euclides da Cunha e suas obras.Em 2009, ano do centenário de sua morte,realizou o "Seminário Internacional 100 anos sem Euclides", em Cantagalo-RJ. No ano seguinte, foi fundado o "Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides", que conta com o "Cineclube da Cunha" e o "Arquivo de memória Amélia Tomás", braços do Projeto 100 Anos Sem Euclides. O Grupo Euclidiano de Atividades Culturais(GEAC), de Cantagalo, é o difusor do movimento euclidiano na cidade. |
Cronologia 1866, 20 de janeiro - Nascimento no arraial de Santa Rita do Rio Negro (hoje "Euclidelândia"), município de Cantagalo, então província do Rio de Janeiro, onde vive até os três anos, quando falece sua mãe Eudóxia Moreira da Cunha. 1879 - Completa os seus estudos primários (atual Ensino Fundamental) no Colégio Caldeira. 1880 - Inicia o curso secundário (atual Ensino Médio). Frequenta os Colégios Anglo-Americano, Vitório da Costa e Menezes Dória. 1883 - Aos 18 anos de idade, é matriculado no Colégio Aquino, onde faz exames de Geografia, Francês, Retórica e História. 1884 - Publica no Colégio Aquino os primeiros artigos no jornal O Democrata, fundado por ele e seus colegas. 1885 - Ingressa na Escola Politécnica para cursar Engenharia, mas é obrigado a desistir por motivos financeiros. |
1886 - Em 20 de fevereiro, aos 21 anos de idade, assenta praça na Escola Militar da Praia Vermelha, sendo aluno de Benjamin Constant, conhecido positivista. 1887 - Colabora na Revista da Família Acadêmica. 1888 - O imperador tranca a sua matrícula na Escola Militar da Praia Vermelha por seu ato de protesto durante uma visita do Ministro da Guerra, conselheiro Tomás Coelho, do último gabinete conservador da monarquia. Euclides colabora, com a série "A Pátria e a Dinastia", no jornal A Província de São Paulo. 1889 - Retorno à Escola Militar da Praia Vermelha, graças à proclamação da República e ao seu sogro, general Sólon Ribeiro. 1891 - Conclui curso na Escola Superior de Guerra. 1892 - É promovido a primeiro-tenente de Artilharia e designado para coadjuvante de ensino teórico na Escola Militar. 1893 - Nasce Sólon da Cunha, seu primeiro filho. Euclides dirige as obras de fortificações das trincheiras da Saúde durante a Revolta da Armada. |
1894 - Incidente do jornal O Tempo. Respondendo ao senador cearense João Cordeiro, que desejava penas severas aos adversários políticos, Euclides escreve duas cartas para a Gazeta de Notícias, em que defende o Estado democrático e a não violência. Por isso, passa a ser visto com desconfiança pelos legalistas. 1895 - É "exilado" para Campanha, em Minas Gerais, onde constrói e inaugura a estrada de ferro. Viaja pelo interior de São Paulo como Superintendente de Obras Públicas do Estado, cargo exercido até 1903. Nasce Euclides Filho, seu segundo filho com "Saninha". 1896 - Desliga-se do Exército para dedicar-se à engenharia civil. Podendo pedir a Floriano Peixoto um cargo em qualquer esfera do governo, pois tinha sido um fervoroso republicano, Euclides decide o que a lei designa para os recém-formados: estágio na Estrada de Ferro Central do Brasil. |
1897 - Euclides escreve dois artigos sob o título "A nossa Vendeia", comparando os canudenses aos revoltosos da Vendeia. Júlio de Mesquita, do jornal O Estado de S. Paulo, convida-o para acompanhar a campanha de Canudos como correspondente. Nomeado adido ao Estado-Maior do Ministério da Guerra, Euclides segue para Canudos. Cobre a última fase da campanha de Canudos. De 7 de agosto a 1 de outubro fica no sertão, como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo. 1898 - Muda-se para São José do Rio Pardo, onde trabalha na construção de uma ponte metálica sobre o Rio Pardo. Começa a escrever Os Sertões, livro no qual trabalharia até 1901. Fragmentos são publicados no artigo "Excerto de um livro inédito". 1901 - Nasce seu terceiro filho, Manuel Afonso Albertina, em São José do Rio Pardo. Manuel Afonso seria seu único filho a deixar descendentes. Inaugura-se a Escola Primaria Dr. Lopes Chaves em Taubaté, no interior de São Paulo, projetada por Euclides da Cunha. Muda-se para São Carlos, onde é engenheiro da construção da Escola Paulino Carlos. Ali permanece até meados de 1903. 1902 - Publica a obra Os Sertões pela Laemmert & Cia., considerada como precursora da Sociologia e da literatura modernista no Brasil, juntamente com Canaã, de Graça Aranha. |
1903 - Euclides muda-se para Lorena, onde continua trabalhando como engenheiro. É eleito para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Valentim Magalhães. Euclides pede demissão da Superintendência de Obras Públicas de São Paulo. Toma posse no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 1905 - Euclides é nomeado chefe de seção da Comissão de Saneamento de Santos. Percorre Santos e Guarujá. Pede demissão do cargo. Realiza viagem heroica pelo rio Purus, na Amazônia, chefiando missão oficial do Ministério das Relações Exteriores que decidiria sobre o litígio de fronteira entre o Brasil e o Peru. Percorre cerca de 6.400 quilômetros de navegação, alguns trechos inclusive a pé. 1906 - Euclides volta ao Rio de Janeiro como adido ao gabinete do Barão do Rio Branco e publica o Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus. Nasce Mauro, filho de sua mulher com o tenente Dilermando de Assis. O menino vem a falecer uma semana depois. |
1907 - Publica Contrastes e confrontos, artigos e breves ensaios reunidos por um editor português, e Peru versus Bolívia. Profere a conferência "Castro Alves e seu tempo" no Centro Acadêmico XI de Agosto (São Paulo). 1909 - Presta exame para a cátedra de Lógica no Colégio Pedro II. Contudo, não chega a dar muitas aulas. 1909, 15 de agosto - Tenta matar o jovem Dilermando de Assis, amante de sua esposa, mas este reage e Euclides da Cunha é morto a tiros, no bairro da Piedade, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Até hoje o episódio, conhecido como Tragédia da Piedade, é alvo de controvérsias. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro |
Lista de obras 1884 CUNHA, Euclides da. Em viagem: folhetim. O Democrata, Rio de Janeiro, 4 abr. 1884. 1887 A flor do cárcere. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 (1): 10, nov. 1887. 1888 A Pátria e a Dinastia. A Província de São Paulo, 22 dez. 1888. Críticos. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 : 209-213, maio 1888. Estâncias. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 : 366, out. 1888. Fazendo versos. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 : 87-88, jan. 1888. Heróis de ontem. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 : 227-8, jun. 1888. Stella. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 : 265, jul. 1888. 1889 Atos e palavras. A Província de São Paulo, 10-12, 15, 16, 18, 23, 24 jan. 1889. Da corte. A Província de São Paulo, maio 1889. Homens de hoje. A Província de São Paulo, 22 e 28 jun. 1889. 1890 Divagando. Democracia, Rio de Janeiro, 26 abr. 1890. Divagando. Democracia, 24 maio 1890. Divagando. Democracia, 2 jun. 1890. O ex-imperador. Democracia, 3 mar. 1890. Sejamos francos. Democracia, Rio de Janeiro, 18 mar. 1890. 1892 Da penumbra. O Estado de São Paulo, 15, 17 e 19 mar. 1892. Dia a dia. O Estado de São Paulo, 29 e 31 mar. 1892. Dia a dia. O Estado de São Paulo, 1-3, 5-8, 10, 13, 17, 20, 24 e 27 abr. 1892. Dia a dia. O Estado de São Paulo, 1, 8, 11, 15, 18 e 22 maio 1892. Dia a dia. O Estado de São Paulo, 5, 12, 22 e 29 jun. 1892. Dia a dia. O Estado de São Paulo, 3 e 6 jul. 1892. Instituto Politécnico. O Estado de São Paulo, 24 maio 1892. Instituto Politécnico. O Estado de São Paulo, 1o. jun. 1892. |
1894 A dinamite. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 20 fev. 1894. 1897 A nossa Vendeia. O Estado de São Paulo, 14 mar. 1897 e 17 jul. 1897. Anchieta. O Estado de São Paulo, 9 jun. 1897. Canudos: diário de uma expedição. O Estado de São Paulo, 18 e 22-29 ago. 1897. Canudos: diário de uma expedição. O Estado de São Paulo, 1, 3, 9, 12, 14, 21, 26 e 27 set. 1897. Canudos: diário de uma expedição. O Estado de São Paulo, 11-13, 20, 21 e 25 out. 1897. Distribuição dos vegetais no Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo, 4 mar. 1897. Estudos de higiene: crítica ao livro do mesmo título do Doutor Torquato Tapajós. O Estado de S. Paulo, 4, 9 e 14 maio 1897. O Argentaurum. O Estado de S. Paulo, 2 jul. 1897. O batalhão de São Paulo. O Estado de S. Paulo, 26 out. 1897. 1898 O "Brasil mental". O Estado de S. Paulo, 10-12 jul. 1898. Excerto de um livro inédito. O Estado de S. Paulo, 19 jan. 1898. Fronteira sul do Amazonas. O Estado de S. Paulo, 14 nov. 1898. 1899 A guerra no sertão [fragmento]. Revista Brasileira, Rio de Janeiro, 19 (92/93): 270-281, ago./set. 1899. 1900 As secas do Norte. O Estado de S. Paulo, 29, 30 out. 1900 e 1o. nov. 1900. O IV Centenário do Brasil. O Rio Pardo, São José do Rio Pardo, 6 maio 1900. 1901 O Brasil no século XIX. O Estado de S. Paulo, 31 jan. 1901. 1902 Os Sertões: campanha de Canudos. Rio de Janeiro: Laemmert, 1902. vii + 632 p. il. Ao longo de uma estrada. O Estado de São Paulo, São Paulo, 18 jan. 1902. Olhemos para os sertões. O Estado de São Paulo, São Paulo, 18 e 19 mar. 1902. |
1903 Os Sertões: campanha de Canudos. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Laemmert, 1903. vii + 618 p. il. Viajando… O Estado de São Paulo, São Paulo, 8 set. 1903. À margem de um livro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 6 e 7 nov. 1903. Os batedores da Inconfidência. O Estado de São Paulo, São Paulo, 21 abr. 1903. Posse no Instituto Histórico. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 66 : 288-93, 1903. 1904 A arcádia da Alemanha. O Estado de São Paulo, 6 ago. 1904. Civilização. O Estado de São Paulo, 10 jul. 1904. Conflito inevitável. O Estado de São Paulo, 14 maio 1904. Contra os caucheiros. O Estado de São Paulo, 22 maio 1904. Entre as ruínas. O Paiz, Rio de Janeiro, 15 ago. 1904. Entre o Madeira e o Javari. O Estado de São Paulo, 29 maio 1904. Heróis e bandidos. O Paiz, Rio de Janeiro, 11, jun. 1904. O marechal de ferro. O Estado de São Paulo, 29 jun. 1904. Um velho problema. O Estado de São Paulo, 1o. maio 1904. Uma comédia histórica. O Estado de São Paulo, 25 jun. 1904. Vida das estátuas. O Paiz, Rio de Janeiro, 21 jul. 1904. 1905 Os Sertões: campanha de Canudos. 3. ed. rev. Rio de Janeiro: Laemmert, 1905, vii + 618 p. il. Rio abandonado: o Purus. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 68 : 337-89, 1905. Os trabalhos da Comissão Brasileira de Reconhecimento do Alto Purus [Entrevista]. Jornal do Commercio, Manaus, 29 out. 1905. 1906 Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus: 1904-1905. notas do comissariado brasileiro. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, 1906. 76 p. mapas. Da Independência à República. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 69 : 7-71, 1906. Os nossos "autógrafos". Renascença, Rio de Janeiro, 3 : 276, dez. 1906 |
1907 Contrastes e confrontos. Pref. José Pereira de Sampaio (Bruno). Porto: Empresa Literária e Tpográfica, 1907. 257 p. Contrastes e confrontos. 2. ed. ampliada. Estudo de Araripe Júnior. Porto: Empresa Literária e Tipográfica, 1907. 384 p. il. Peru 'versus' Bolívia. Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, 1907. 201 p. il. Castro Alves e seu tempo. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 3 dez. 1907. Entre os seringais. Kosmos, Rio de Janeiro, 3 , jan. 1906. O valor de um símbolo. O Estado de São Paulo, 23 dez. 1907. 1908 La cuestión de limites entre Bolívia y el Peru. trad. Eliosoro Vilazón. Buenos Aires: Cia Sud-Americana de Billetes de Banco, 1908. Martín Garcia. Buenos Aires: Cori Hermanos, 1908. 113 p. Numa volta do passado. Kosmos, Rio de Janeiro, 5 , out. 1908. Parecer acerca dos trabalhos do Sr. Fernando A. Gorette. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 71 (2): 540-543, 1908. A última visita. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 30 set. e 1o. out. 1908. 1909 Amazônia. Revista Americana, Rio de Janeiro, 1 : 178-188, nov. 1909. A verdade e o erro: prova escrita do concurso de lógica do Ginásio Nacional [17 maio 1909]. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 2 jun. 1909. Um atlas do Brasil: último trabalho do Dr. Euclides da Cunha. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 29 ago. 1909. |
Obras póstumas À margem da história''. Porto: Chardron, Lello, 1909. 390 p. il. 1975 Caderneta de campo. Introd., notas e coment. por Olímpio de Souza Andrade. São Paulo, Cultrix; Brasília, INL, 1975. xxxii, 197 p. il. Canudos: diário de uma expedição. Introd. de Gilberto Freyre. Rio de Janeiro: José Olympio, 1939. xxv, 186 p. il. Ondas. Coleção de poesias escritas por Euclides da Cunha em 1883, publicadas em 1966, na "Obra Completa de Euclides da Cunha", pela Editora Aguilar, e em volume autônomo em 2005, pela Editora Martin Claret, com prefácio de Márcio José Lauria. |
Adaptações Filmes, documentários e séries DESEJO. Direção de Wolf Maya (direção geral) e Denise Saraceni; Euclides da Cunha interpretado por Tarcísio Meira. Rio de Janeiro: Som Livre, 2005. Color. 1 DVD. minissérie em 17 capítulos (657 min.). EPOPÉIA EUCLYDEACREANA. Direção de Rodrigo Neves, produzido por Charlene Lima, narrado por Caros Vereza, fotografia de Celso Kava. São Paulo: Cultura Marcas, 2006. Color. 1 DVD. OS SERTÕES. Direção de Cristina Fonseca. São Paulo: TV Cultura de São Paulo, 1995. Color. 1 filme (67 min.) (Série Leituras do Brasil). EUCLIDES DA CUNHA. Direção de Humberto Mauro. 1944. P&B. (14 min.). GUERRA DE CANUDOS. Direção de Sérgio Rezende. 1 DVD (170 min.). DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL. Direção de Glauber Rocha, Walter Lima Júnior. Rio de Janeiro: Copacabana Filmes, 1964. P&B. 1 fita de VHS (125 min.). A MATADEIRA. Direção e roteiro por Jorge Furtado. 1994. Color. 1 filme (16 min.). OS SERTÕES: ano 100. Direção Tâmis Parron. São Paulo: SPVD; CCS; USP, 2002. Color. VHS (28 min.) |
Ópera LE SERTON: Grand opera brésilien en 4 actes sur L'Epopée de Canudos. Poeme et musique Fernand Joutex. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Belo Horizonte, 1953. 59 p. Peça teatral OS SERTÕES. Direção de José Celso Martinez Corrêa. São Paulo, Teatro Oficina, 2002-07. Livros baseados em Os Sertões A BRAZILIAN MYSTIC: being the life and miracles of Antonio Conselheiro. R. B. Cunninghame Graham. Londres, 1919 LE MAGE DU SERTÃO. Lucien Marchal. Paris: Librairie Plon, 1952. Traduzido para o inglês sob o título The Sage of Canudos. ÍTÉLET CANUDOSBAN. Sándor Márai, 1968. Traduzido para o português sob o título Veredicto em Canudos. São Paulo, Companhia das Letras, 2002. LA GUERRA DEL FIN DEL MUNDO. Mario Vargas Llosa, 1981 |