BIOGRAFIA JAIME CORTEZ(QUADRINHOS)

                                                       Jaime Cortez quadrinhista brasileiro
Jaime Cortez Martins (Lisboa, 8 de setembro de 1926 — São Paulo, 5 de julho de 1987) é considerado como um dos maiores quadrinistas do Brasil e mestre de uma geração de desenhistas de quadrinhos. Autodidata, Cortez publicou, em julho de 1944, sua primeira HQ no semanário O Mosquito, no qual colaborou até 1946. Seu trabalho, nesta época, era caracterizado pelo uso de tipos populares de Lisboa em suas histórias.
Em março de 1947 desembarca no porto de Santos e fixa residência em São Paulo e no ano seguinte casa-se com a brasileira Maria Edna. Inicialmente teve uma curta experiência como chargista no jornal O Dia e inicia sua carreira como desenhista de quadrinhos fazendo tiras para o Diário da Noite (Caça aos tubarões e O Guarany) e depois ingressa na Editora La Selva e Outubro, onde foi capista e diretor de arte.
O desenhista teve uma breve experiência como ator de cinema, participando de três filmes do diretor José Mojica Marins o Zé do Caixão: Delírios de um anormal (lançado em 1978); Mundo - mercado do sexo (lançado em 1979) e Perversão - Estupro (lançado em 1979).ORIGEM DESTA IMAGEM  http://neilimarte.blogspot.com.br/ 

Biografia

Na década de 1950 a censura imposta aos quadrinhos americanos pelo código de ética (Comics Code Authority) restringiu a abordagem das histórias a temas simples, chegando, inclusive, a cancelar alguns títulos, abrindo espaço para o trabalho dos artistas locais, principalmente com as revistas de terror (Terror Negro, Sobrenatural etc.) e também infantis como Contos de Fada, a dupla Oscarito e Grande Otelo e o cômico Mazzaropi. Grande parte desta produção foi criada sobre a supervisão e o incentivo de Jaime Cortez nas empresas na qual trabalhou.
Artista rigoroso, utilizava fotos e modelos vivos como referência em seus trabalhos, Cortez também participou na luta pelo reconhecimento e valorização dos quadrinhos. Foi um dos idealizadores do projeto de reserva de mercado para a produção nacional de HQ, reservando dois terços do espaço para artistas locais, que chegou a ser entregue às autoridades mas nunca implantado.
Jaime Cortez também foi um dos organizadores (além de Álvaro de Moya, Miguel Penteado e Syllas Roberg) da primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos, quando, pela primeira vez no mundo, os quadrinhos eram apresentados e apreciados como arte e que foi aberta em 18 de junho de 1951, no Centro Cultura e Progresso, em São Paulo.
Uma carreira reconhecida
Jayme Cortez no estúdio Mauricio de Sousa
jayme cortez no estudio mauricio de souza
Em novembro de 1986 Jaime Cortez foi homenageado em Lucca, Itália, com o prêmio Caran D'Ache, no XX Festival Internacional de HQ e Ilustração, pelos seus 50 anos de atividades. Foi professor da Escola Panamericana de Arte e trabalhou na área publicitária como diretor de criação da McCann Erickson entre 1964 e 1976 e depois passou a diretor de merchandising e animação da Maurício de SousaProduções.
Escreveu três livros; A técnica do Desenho, Mestres da Ilustração e Manual Prático do Ilustrador.
Jaime Cortez morreu pouco antes de completar 61 anos devido a um ataque cardíaco após dois dias internado em consequência de uma hemorragia no abdômen, deixando organizado o álbum Saga do Terror, que reunia vários de seus quadrinhos e foi lançado postumamente pela editora Martins Fontes.
Troféu Jayme Cortez
livro do terror
Na primeira edição do Prêmio Angelo Agostini, em 1984, Cortez recebeu o título de "mestre", ao lado de Eugênio Colonnese, Messias de Melo e Rodolfo Zalla. No ano da sua morte, em 1987, os organizadores do prêmio criaram o Troféu Jayme Cortez, entregue a cada ano a uma personalidade ou instituição em reconhecimento por sua contribuição às histórias em quadrinhos no Brasil .


bidu desenhado por cotez

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