Igreja Evangélica Assembleia de Deus O Movimento das Assembleias de Deus em Portugal iniciou-se no ano de 1913 com a chegada a Portugal do missionário José Plácido da Costa, cidadão português emigrado no Brasil, país onde aceitou a mensagem pentecostal após contacto com os primeiros missionários pentecostais aí chegados, os cidadãos suecos Daniel Berg e Gunar Vingren, com os quais passou a trabalhar de forma intensa na divulgação do evangelho. Entretanto, José Plácido da Costa decidiu deslocar-se a Portugal, tendo desenvolvido a sua actividade missionária primeiro em Valezim-Seia onde baptizou a crente Maria dos Prazeres Mendes Corveira e mais tarde na cidade do Porto junto com a Igreja Baptista . Em 1927 vai para a Argentina depois Brasil e regressa novamente a Portugal em 1932 ou 33, para ajudar o missionário sueco Daniel Berg que tinha chegado ao Porto em 1932 para estabelecer a Assembleia de Deus.( De acordo com alguns fontes haveria pentecostais no Porto desde 1925). Decorria o ano de 1921 quando o trabalho evangélico de matriz pentecostal começou a tornar-se visível e a estabelecer-se sólida e definitivamente em Portugal por acção do missionário José de Matos Caravela, também ele cidadão português emigrado no Brasil e que regressou ao seu pais de origem, precisamente nesse ano de 1921. O trabalho missionário de José de Matos iniciou-se na Beira Alta e Beira Litoral, com alguns resultados, chegando a fundar uma Assembleia em Tondela que daria mais tarde origem ao trabalho em Carvalhal Redondo - Nelas. Depois, em 1923, deslocou-se para o Algarve onde fundou várias igrejas das Assembleias de Deus, designadamente em Portimão (1924 ), Lagos e Silves. Em resultado da acção missionária de Manuel José de Matos Caravela , a primeira igreja Assembleia de Deus foi fundada na cidade de Portimão, em 1924. Mais tarde, esse pastor iniciou outras igrejas fora do Algarve, como as de Santarém e Alcanhões. |
O Desenvolvimento A partir desse ano, estabeleceram-se igrejas Assembleia de Deus em várias cidades de Portugal com a ajuda de missionários suecos e com o trabalho esforçado de pastores portugueses, que entretanto tinham sido preparados pelos pioneiros, os quais entregaram as suas vidas à causa da obra de Deus e contribuíram decisivamente para o seu crescimento. Em resultado do envolvimento desses homens e mulheres, portadores da mensagem Pentecostal, foi fundada a Assembleia de Deus de Évora, em 1932, através da acção da evangelista Isabel Guerreiro e a Assembleia de Deus de Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt seguindo-se Samuel Nystrom, Tage Stahlberg e Alfredo Rosendo Machado. Além dessas igrejas, em muitos outros pontos de Portugal - em diferentes distritos e cidades, de norte a sul do país - foram surgindo Igrejas Pentecostais Assembleia de Deus. Além dos referidos missionários e iniciadores da obra de Deus em Portugal no início do século XX, foram pioneiros distintos Ministros do Evangelho, entre outros, cujo relevo é inteiramente merecido, os seguintes: Holger Backstrom, Isabel Guerra, Manuel Ribeiro Fernandes, Beatriz da Ribeira, Lurdes Campos, Rogério Ramos Pereira, João Sequeira Hipólito, Tage Stalberg, Horácio Gomes de Sousa, José Lopes Quedas, Durval Correia, Artur Rodrigues, Conde, Jaime Figueiredo, Augusto Henriques, Dr. Colin Bowker, Dra Margaret Bowker, José de Oliveira Pessoa, João Chasqueira, Virgílio Condeço, Manuel Cartaxo, Joaquim Cartaxo Martins, Israel Coias Pires, Miguel Coias, José Augusto Pina, Joaquim Cerro Guerreiro, José Neves Ramos, António Dias Gonçalves, etc.. O Movimento Pentecostal foi crescendo ao longo dos anos e agregou cerca de 200 ministros, dedicados exclusivamente à obra sob a denominação Assembleia de Deus e integrados na Convenção, para além, naturalmente, das centenas de presbíteros, diáconos, outros cooperadores na divulgação do evangelho e professores da Escola Dominical, envolvidos na acção do Movimento em cerca de 500 lugares de culto, espalhados por praticamente todo o país com uma projecção social entre as 35.000 e 40.000 pessoas. |
AS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO PRESENTE A Convenção das Assembleias de Deus em Portugal é uma pessoa colectiva de direito civil da qual podem ser associados pastores, evangelistas, missionários, professores de teologia, anciãos, diáconos e as igrejas denominadas "Assembleia de Deus", juridicamente personalizadas, cujo pastor seja associado. As igrejas, pastores e demais associados pautam o seu ensino pela Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, que é a única regra de fé e conduta. O Movimento das Assembleias de Deus em Portugal, protagonizado em termos associativos pela Convenção, iniciou-se há 95 anos e abrange presentemente na sua acção todos os distritos de Portugal continental, as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e, ainda, outras regiões da Europa e doutros continentes onde existem comunidades portuguesas. O Movimento tem por objectivos servir a Deus e ao próximo, procurando, em especial, transmitir o Evangelho de Jesus Cristo, através da acção concreta das igrejas e ministros, desejando que os portugueses conheçam Jesus Cristo e o constituam Senhor das suas vidas. Os fundamentos doutrinários bíblicos, aceites pelas Assembleias de Deus em Portugal, estão resumidos na Declaração de Fé e no Pacto Deontológico constituindo fim específico da Convenção preservá-los. Quer pela sua acção, historicamente comprovada, quer pela doutrina que divulgam e praticam, as igrejas do Movimento estão, na relação com os respectivos membros, com autoridades em cada momento instituídas e com a sociedade em geral, numa relação de total transparência com o fim de contribuir para o bem estar espiritual, moral e social do País. A Convenção das Assembleias de Deus em Portugal realiza duas assembleias gerais anuais ordinárias, em Abril e Novembro, nas quais trata de todos os assuntos gerais da obra de Deus. Antes, porém, da actual forma institucional - a qual resulta da aprovação dos seus Estatutos em 1993, entretanto alterados em aspectos relevantes (2003) - os obreiros do Movimento Pentecostal reuniam-se desde 1939 na denominada "Convenção Nacional de Obreiros", em que promoviam a comunhão e tratavam de todos os assuntos relacionados com o Movimento, as Igrejas e os pastores. Os associados levam a efeito, sempre que necessário, reuniões regionais visto que a Convenção adopta, para exercer a sua actividade geral, o modelo desconcentrado por meio de regiões – região entre os emigrantes na Europa; região Norte, região das Beiras, região do Oeste, região da Grande Lisboa, região do Ribatejo, região do Alentejo, região sul, região dos Açores e da Madeira, admitindo-se a criação de outras na medidas das necessidades. A eleição dos órgãos sociais da Convenção (Mesa da Assembleia Geral, Direcção, Conselho Fiscal e Conselho Pastoral) ocorre de três em três anos e os respectivos titulares são votados nominal e secretamente por todos os associados com
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direito de voto. Existe ainda como órgão o Conselho Geral que é formado por um representante de cada Região estabelecida, pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, quatro da Direcção, um do Conselho Fiscal e dois do Conselho Pastoral. O Conselho Geral dá pareceres vinculativos sobre questões colocadas pela Direcção e Conselho Pastoral e delibera sem carácter vinculativo sobre todas as questões em relação às quais a Assembleia Geral não tenham estabelecido orientação. A Convenção dá ênfase, nas acções de iniciativa própria e em cooperação com as igrejas - e sempre em respeito pela autonomia destas - e demais associados, à obra missionária, à realização de projectos de apoio social, de projectos ligados à educação e à literatura bem como à realização de conferências e encontros temáticos. Na sua relação com os associados individuais, a Convenção organiza internamente formas de apoio social, que abrange também os familiares deles dependentes, que são accionados em caso de reforma, invalidez ou morte dos referidos associados. A Convenção - e também muitas igrejas do Movimento e respectivos responsáveis - é membro da Aliança Evangélica Portuguesa, e mantém relações fraternas com as congéneres Pentecostais em várias partes do Mundo. |
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Trabalho Missionário No desenvolvimento da sua acção missionária o Movimento deu especial atenção ao trabalho nos territórios ultramarinos (Angola, Guiné, S. Tomé e Principe, Moçambique, Timor, por exemplo), nos quais, após se tornarem países independentes, se mantiveram e floresceram igrejas Assembleia de Deus com as quais mantém fortes relações de fraternidade cristã, que se traduzem em apoios distintos: preparação de obreiros, apoio a missionários nos respectivos países, visitas de ensino, envio de géneros alimentícios, vestuário, medicamentos e outros. Da mesma maneira, também entre os emigrantes portugueses espalhados pelo Mundo (França, Inglaterra, Luxemburgo, Bélgica, Alemanha, EUA, Canadá, Austrália, etc.) existem várias igrejas cujo trabalho é muito respeitado nas respectivas sociedades locais. A título meramente exemplificativo, registam-se as deslocações de vários pastores-missionários, comprometidos com o Movimento das Assembleias de Deus em Portugal, os quais levaram a mensagem pentecostal a várias partes do nosso país e do mundo. Entre 1941 e 1947, José Lopes Quedas foi missionário na Ilha de São Miguel, nos Açores; no ano de 1947, foram para Moçambique José Augusto Pina e Joaquim Cerro Guerreiro; para Angola, foi Joaquim Cartaxo Martins, em 1949, onde deu início ao trabalho das Assembleias de Deus; para a Guiné, foi como missionário, em 1952, José Oliveira Pessoa e, neste mesmo ano, Joaquim do Cerro iniciou o trabalho entre os portugueses residentes na África do Sul; no ano seguinte, foi a vez de João Chasqueira e família trabalhar nos Açores, Ilha Terceira, como missionário; em 1959, chegaram à Ilha do Pico, nos Açores, Miguel Coias e família, os quais, em 1969, deslocaram-se a Timor como missionários das Assembleias de Deus; o trabalho pentecostal iniciou-se na Ilha do Faial, Açores, através do missionário Albino Duarte de Sousa e família, em 1964; no ano seguinte, chegou a São Tomé Manuel Gonçalves Costa e família, como missionário das Assembleias de Deus e, em 1966, Artur da Silva Rodrigues lançou as bases do trabalho em França, que depois se estendeu a outros países da Europa. Decorria a década de setenta quando chegou a São Tomé e Príncipe Manuel Joaquim Fernandes e família, exactamente em 1970; em 1972, iniciou-se o trabalho das Assembleias de Deus na Ilha da Madeira por meio da acção de Dinis Pereira e sua mulher Lurdes; em 1974, chegou a Timor Virgílio Condeço e família e a São Tomé e Príncipe Delfim Cordeiro e família. Também em finais da década de sessenta (1969), Israel Pires, em Luanda, dá continuidade ao trabalho pentecostal, retomando a denominação Assembleia de Deus, após o qual chegaram outros missionários como Manuel Gonçalves Costa, Joaquim Castilho, João Chasqueira, Eusébio Tomás e outros. Na década de oitenta (1981), chegou a Macau Juvenal Clemente, onde, mais tarde (1987), iniciou o trabalho do Desafio Jovem; também em 1981, Paulo Branco partiu para Espanha, onde permaneceu até 1994. Em 1992 Abel Tomé e família para Macau e em 1999 para Moçambique. Em 1999 Josefa Rodrigues para a Guiné Bissau. Em Janeiro de 1994 foi criado o Departamento Nacional de Missões (DNM). O mesmo têm por objectivo coordenar o trabalho dos missionários estrangeiros radicados em Portugal ou que pretendam integrar-se nas igrejas portuguesas entre os imigrantes, mobilizar virtuais missionários, aglutinar vontades e recursos financeiros. Além disso, o DNM tem por alvo manter relações especiais com os departamentos estrangeiros congéneres para partilhar informações de utilidade comum e, eventualmente, realizará acções missionárias em conjunto. |
O Trabalho Social Dentro do Movimento foram criados orfanatos, lares da terceira idade, cafés convívio para atendimento aos toxicodependentes e seus familiares, associações várias que visam a acção social em concreto quer em relação aos membros das Igrejas quer aos cidadãos em geral. Em particular no que concerne à toxicodependência, não tendo Portugal escapado a essa praga do século vinte, a Convenção das Assembleias de Deus em Portugal convidou, no Verão de 1977, o Rev. Howard Foltz, que desempenhava, à época, as funções de director do Desafio Jovem (Teen Challenge) para a Europa, para fazer uma explanação do trabalho que tivera a sua origem na acção do Reverendo David Wilkerson, nos Estados Unidos da América, em 1959. Diante da necessidade de dar apoio nessa área, as Assembleias de Deus decidiram deitar mão à obra, adquiriram uma propriedade em Fanhões, Loures, e constituíram uma equipa (Comissão Executiva) para liderar o trabalho constituída pelo Pastor José Oliveira Pessoa, presidente, Pastor José António Lourenço. Vice-presidente, Pastor António Costa Barata, secretário, Pastor Domingos Barradas, tesoureiro e designaram Director Nacional o Evangelista Lucas da Silva. Em 1981 foram concluídas as obras da primeira fase do Centro de Recuperação, que começou a funcionar. Abriu-se também um centro "Café Convívio" na Rua Marques da Silva, em Lisboa para atendimento. A Instituição Desafio Jovem, assim criada em Portugal, deixou, entretanto, de ser um Departamento da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal para se tornar autónoma. Hoje mantém acordos de cooperação com as igrejas que o desejam. |
ORFANATO - LAR DE BETANIA O Lar de Betânia nasceu a 18 de Abril de 1965, no Monte do Pintainho, aquando de uma grande tribulação na família do Pastor de então Sr. Mário Cóias o qual pastoreava a igreja da Assembleia de Deus em Estremoz. A esposa do pastor Mário estava gravemente enferma e, no dizer do Médico assistente, não haveria muitas esperanças de cura. Debaixo dessa dificuldade apenas uma solução poderia ser encontrada, isto é, suplicar a intervenção de Deus. Na oração do pastor ele disse "Senhor não me deixes ver os meus filhos órfãos de mãe, à semelhança de tantos outros, e se Tu curares a minha mulher eu irei criar um Orfanato para acolher crianças necessitadas". Então o Médico dos médicos ouviu, a súplica, e deu a Sua resposta com o Milagre desejado. Obviamente, nessa ocasião, só havia uma coisa a fazer, ou seja, cumprir a promessa. Assim o trabalho teve início na sua própria casa, no citado Monte do Pintainho. Mais tarde em 1970, com cinco anos de experiência, o Lar de Betânia passa a sua actividade para Quinta das Sequeiras, cuja propriedade foi ofertada por um cristão inglês. Desde então estão nesse local, e foram necessárias diversas obras, de remodelação e ampliação, a fim de poder dar-se continuidade ao trabalho e de uma forma mais exequível. Em 1985 este Lar alargou a sua esfera de acção, com a abertura de uma Filial em Vendas Novas, sita no Bairro Marconi, destinada a acolher unicamente meninas adolescente. Posteriormente em 1993, transferiu-se para o Bairro 20 de Maio com construção de instalações, iniciadas três anos antes, e hoje em dia acolhe também as raparigas de tenra idade. Agora são uma Instituição Particular de Solidariedade Social (I.P.S.S.) e continuam a receber crianças de ambos os sexos vindas, de diversos lugares. Actualmente a lotação dos utentes já ultrapassou a centena. A manutenção é assegurada com o auxílio das Igrejas Associadas, de Particulares e de um Acordo com a Segurança Social. Recentemente foram ampliadas as Instalações da Filial, em Vendas Novas, foi construído nas instalações de Estremoz um Pavilhão para os tempos lúdicos dos meninos e adolescentes. |
O Ensino Bíblico nas Assembleias de Deus A primeira Escola Bíblica do Movimento Pentecostal teve lugar na cidade de Lisboa, em 1942. Para a frequentar, de vários pontos do país vieram jovens, professores das Escolas Dominicais, evangelistas e Obreiros consagrados à Obra de Deus. Essa Escola Bíblica foi dirigida pelo missionário sueco Tage Stählberg. Ainda no campo do ensino bíblico, no dia 13 de Janeiro de 1966 foi criado o Instituto Bíblico Nacional, que visava a preparação de obreiros para servirem as igrejas e atenderem às necessidades da evangelização. Decorridos vários anos, mais exactamente em 1972, a Convenção das Assembleias de Deus em Portugal convidou o pastor Samuel Johnson, obreiro das Assembleias de Deus dos Estados Unidos da América, para constituir e dirigir um novo Instituto Bíblico, o qual passou a funcionar nas suas novas instalações em Fanhões, concelho de Loures, nos arredores da cidade de Lisboa, tendo a respectiva inauguração ocorrido em Outubro de 1975. Em Janeiro de 1989, foi criada a Escola Bíblica Nacional, a qual se denomina, actualmente, Instituto Bíblico da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal, com o mesmo objectivo fixado em 1966 - preparar obreiros para responderem às necessidades da Obra de Deus quanto à evangelização e ao ensino da Palavra de Deus. O Instituto Bíblico da CADP - IBAD - é uma associação de natureza civil, juridicamente personalizada desde 14 de Abril de 1999, vocacionada para o ensino, com instalações na Foz do Arelho, Caldas da Rainha, onde presentemente estudam alunos procedentes de Portugal e dos Palops. |
A História das publicações das Assembleias de Deus A página impressa foi utilizada desde sempre pelo Movimento, promovendo a evangelização, divulgando o ensino e estabelecendo o relacionamento de unidade entre as igrejas e os pastores. Além de Revistas, foram publicados livros de autores portugueses e estrangeiros, hinários, calendários, folhetos vários, etc. Logo em 1940 foi editada a revista Estrela do Natal, com a tiragem de 800 exemplares; no ano seguinte, foi editada a revista "Salvé Natal", com a tiragem de 1200 exemplares. Em Outubro de 1942 foi editada a Revista Novas de Alegria, como órgão oficial do Movimento das Assembleias de Deus em Portugal, cujo primeiro Director foi o missionário Tage Stählberg e que se publicou, mensal e ininterruptamente, até ao presente (63 Anos de existência). Publicaram ainda: o Expositor Dominical, cujo primeiro número é de 1965, a Boa Semente, destinada às crianças, divulgada pela primeira vez em 1948 e que ainda se publica na actualidade, com uma parte destinada às crianças e outra aos adolescentes, e, por fim, o Caminho, revista destinada aos jovens e que foi publicada de 1965 a 1979. A Casa Publicadora nasceu no ano de 1943, naturalmente de uma forma muito simples, como quase tudo que nasce. Na sua ascensão passou por algumas vicissitudes até estacionar na sua actual sede, em Lisboa (Portugal), na Av. Almirante Gago Coutinho, nº 158.Presentemente mantêm duas publicações mensais: a revista Novas de Alegria – fundada em 1943 – com 36 páginas e magnífica apresentação gráfica, e uma tiragem mensal de 10 000 exemplares; a revista infantil Boa Semente com uma tiragem de 4 200 exemplares.Anualmente editam o calendário "Maná do Céu" com 6 500 exemplares. É muito apreciado, pois inclui uma folha destacável com um texto bíblico para cada dia do ano. Também utilizam o hinário Cânticos de Alegria – uma colecção de 526 hinos. São representantes exclusivos de algumas Editoras Brasileiras, pelo que distribuem livros do País "irmão" provenientes de cerca de sete Editoras no total. |
AS CRENÇAS 01 - Relacionado com a Trindade. Cremos na existência de um único Deus eterno, pessoal, eternamente existente em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Cremos em Deus Pai, nunca visto por homem algum, que é Espírito, e, portanto, desprovido de corpo físico, mas que foi revelado em carne por seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Cremos em todos os Seus atributos divinos conforme estão expressos na Bíblia Sagrada. Cremos no Senhor Jesus Cristo, como Filho de Deus, igual no Pai e no Espírito Santo. em divindade e atributos. Cremos no seu nascimento virginal, na sua perfeita humanidade, na sua vida imaculada, nos Seus milagres, na Sua morte vicária e expiatória, na sua ressurreição corpórea, na sua ascensão ao céu, na sua actual intercessão e mediação. Cremos na Sua segunda Vinda em duas fases distintas: a primeira, para arrebatar a Igreja, antes da grande Tribulação, ressuscitando os crentes fiéis e transformando os crentes vivos, arrebatando-os para o Céu. A segunda, para estabelecer o Seu Reino Milenar. Cremos no Espírito Santo. Cremos na Sua personalidade, divindade e actividade, que opera a conversão e regeneração do pecador. Igual ao Pai e ao Filho em divindade e atributos. |
2- Relacionado com as Sagradas Escrituras. Cremos na inspiração verbal da Bíblia, infalível e depositária da verdade e revelação divina. Cremos na sua suprema autoridade como única e suficiente regra de fé e prática. Cremos na sua e perfeição em tudo o que declara. Cremos na Bíblia como um todo harmónico, com os seus grandes princípios imutáveis. Sentimo-nos obrigados por tudo o que a Bíblia diz, e não por aquilo que ela omite. Seguimos o que está expressamente revelado, e não o subentendido ou acrescentado ao seu texto. Como ministros da Palavra ensinamos toda a Escritura interpretando-a correctamente de acordo com a hermenêutica bíblica. |
3- Relacionado com o Homem. Cremos que o Homem foi criado por Deus à sua imagem e semelhança para viver em eterna comunhão com Ele. Cremos na queda e na consequente depravação total e universal do ser humano, que o destitui da glória de Deus, e que apenas o arrependimento e a fé na obra redentora de Cristo o poderá restaurar a Deus. Cremos na necessidade do novo nascimento, e regeneração pela fé em Cristo, pela operação do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Cremos no perdão dos pecados através de Jesus e Sua expiação; cremos na Salvação eterna e perfeita como uma dádiva da graça divina, na justificação pela fé no sacrifício de Jesus Cristo feito no Calvário Cremos na santificação instantânea, e na necessidade e possibilidade da santificação progressiva dos crentes, tanto no interior como no exterior, ou seja, no espírito, alma e corpo, e que essa santidade se pauta: a) por uma separação do mundo e do que no mundo há; b) por uma vida simples, isenta de vaidade e extravagâncias; c) por uma semelhança cada vez maior com Cristo e Seus padrões imaculados, o que equivale a uma diferença e distância cada vez maior do mundanismo; d) pela diferença clara e bíblica entre os sexos. |
4- Relacionado com o Baptismo nas Águas. Cremos no Baptismo nas Águas efectuado por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Este baptismo só deve ser ministrado a pessoas realmente convertidas, nascidas de novo, que evidenciem de forma inequívoca os frutos da nova vida em Cristo. Cremos que o baptismo nas águas é a porta de entrada para a membrasia da Igreja local e para a participação na Ceia do Senhor. Não ministramos o baptismo a pessoas em situação irregular no matrimónio, ou com situações pendentes ou duvidosas que contrariem os princípios bíblicos. 5- Relacionado com a Ceia do Senhor. Cremos na Ceia do Senhor como um memorial da morte, ressurreição e segunda vinda de Cristo, a qual deve ser ministrada só aos crentes biblicamente baptizados e fiéis. 6- Relacionado com o Espírito Santo. Cremos no importante trabalho do Espírito santo, na preparação da Igreja e dos crentes individualmente, guiando, fortalecendo, enviando, etc. Cremos no baptismo no Espírito Santo, com a evidência inicial de falar em outras línguas como forma de edificação pessoal. Cremos na actualidade e necessidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à sua Igreja para o que for útil. |
7- Relacionado com a Cura Divina. Cremos na actualidade da Cura Divina como resultado da obra de Cristo no Calvário, dependente da soberania de Deus. Cremos que nem todas as doenças são de procedência de espíritos malignos ou consequência de pecados específicos, embora uma coisa e outra possam também acontecer. Cremos que podemos receber a Cura Divina, em nome de Jesus, como resultado da oração da fé e também através da operação dos dons espirituais, conforme ensina a Bíblia. 8- Relacionado com a Ressurreição. Cremos na ressurreição dos mortos, tanto dos salvos como dos perdidos, que ocorrerá em duas ocasiões distintas. 9- Relacionado com o Juízo Final e o Estado Eterno. Cremos no juízo vindouro e na vida eterna de gozo e bem-aventurança dos santos, e na morte eterna como castigo de todos os perdidos. Cremos nos Novos Céus e na Nova Terra como lugar de habitação eterna dos justos. 10- Relacionado com a Igreja. Cremos que a Igreja de Cristo é constituída por todas as pessoas remidas e nascidas de novo, vivendo em santidade de vida e separadas do mundo. Cremos que o governo da Igreja local deve ser teocrático no que se refere à doutrina e direcção espiritual, e consensual no que se refere à administração, finanças, nomeação e reconhecimento dos seus oficiais. Os crentes deverão ser consultados e informados periodicamente da administração e uso do dinheiro. |
11- Relacionado com os Anjos e Demónios. Cremos na existência de anjos bons que servem a Deus e aos herdeiros da salvação, e de anjos maus: Satanás e os demónios. Cremos que os remidos por Cristo não podem ser possuídos por demónios no seu todo ou em áreas especificas, salvo se deixarem o Senhor e voltarem ao pecado. 12- Relacionado com a salvação. Cremos que a salvação é fruto da graça de Deus; é uma obra perfeita e completa do Senhor Jesus Cristo, que envolve o homem total (espírito, alma e corpo), aceite mediante a fé. Cremos que a Salvação é recebida no momento da conversão, mas que pode perder-se se crente não permanecer fiel a Deus e à sua Palavra. 13- Relacionado com o culto. Cremos que o culto pentecostal deve ser caracterizado pelo louvor, adoração, oração, fervor, fé, pregação da Palavra e operação do Espírito Santo com manifestação dos dons espirituais, através da participação individual dos crentes, pautada pela ordem e decência. Cremos que não devem ocorrer no culto pentecostal práticas antibíblicas, mas antes o equilíbrio entre a adoração, louvor, oração e pregação da Palavra de Deus. 14- Omissões à presente declaração. Esta declaração tem apoio em textos expressos na Bíblia Sagrada, e tudo o que foi omitido remetemos para os princípios e preceitos claramente expressos na Escritura. |