PEDRO DE LARA BIOGRAFIA

                                                                               Pedro de Lara
Pedro Ferreira dos Santos, mais conhecido como Pedro de Lara (Bom Conselho, Pernambuco, 25 de fevereiro de 1925 – Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2007  foi uma personalidade de rádio e televisão no Brasil. Dentre suas múltiplas atividades, atingiu status de subcelebridade como jurado de programas de calouros.

Biografia

No início da década de 1970 Pedro de Lara foi um dos jurados da Buzina do Chacrinha na Rede Tupi, paralelamente à sua atuação na Rádio Tupi do Rio de Janeiro num quadro em que interpretava sonhos . Na segunda metade dos anos 70 Pedro passou a fazer parte do júri do Show de Calouros, do Programa Silvio Santos . De 1980 em diante, Pedro participou do programa do palhaço Bozo, um grande sucesso da TVS e do SBT durante os anos 80. Pedro era o inventor Salci Fufu, parceiro de Papai Papudo (Gibe) e Vovó Mafalda (Valentino Guzzo).
Como ator, Lara também participou de diversas produções do gênero pornochanchada, durante os anos 1970 e inícios de 1980. Entre esses filmes, destacam-se Emoções sexuais de um cavalo (1986), A máfia sexual (1986), Bonitas e gostosas (1979), As taradas atacam (1978) e As 1001 posições do amor (1978).
Em 1984, Lara escreveu, produziu e estrelou o filme infantil Padre Pedro e a revolta das crianças.
Pedro de Lara também foi astrólogo nas revistas Amiga e Sétimo Céu e radialista na Rádio Atual, além de empresário de sua esposa Mag de Lara, escritor, ator e cantor. Em suas próprias palavras: "No meu disco o pau come, é nordestino da bexiga porreta!".
Sua última atuação como jurado em televisão, se deu no programa Gente que Brilha, do SBT. Posteriormente, continuou atuando como jurado em clubes, boates, feiras e concursos por todo o Brasil. Nos últimos anos de vida, Pedro de Lara lançou o Livro da Sabedoria, que contém pensamentos como “Todo pai corujão faz do seu filho um bobão” e “Na vida tem que ter estilo, quem não tem, não é isso nem aquilo”.
Em um de seus livros, A porta proibida, Pedro fala sobre o comportamento do homem após a criação da primeira porta da humanidade. Vulgaridade, pederastia e outros comportamentos são discorridos sob a ótica do artista.
Pedro de Lara morreu no dia 13 de setembro de 2007 , vítima de câncer no recto, aos 82 anos. Deixou viúva, Mag de Lara, e quatro filhos.
                                                             Filmografia

1986 - Emoções Sexuais de Um Cavalo (de Sady Baby)
1986 - A Máfia Sexual (de Sady Baby)
1985 - As Aventuras de Sérgio Mallandro (de Erasto Filho)
1984 - Padre Pedro e a Revolta das Crianças (de Francisco Cavalcanti)
1979 - Bonitas e Gostosas (de Carlo Mossy)
1978 - As 1001 Posições do Amor (de Carlo Mossy)
1978 - As Taradas Atacam (de Carlo Mossy)
1978 - Elke Maravilha Contra o Homem Atômico (de Gilvan Pereira)
1975 - Quando as Mulheres Querem Provas (de Cláudio MacDowell)
1975 - O Estranho Vicio do Dr. Cornélio (de Alberto Pieralisi)




AMIGOS FALAM SOBRE PEDRO


Pedro de Lara tinha um humor brasileiríssimo", diz Elke Maravilha


Pedro de Lara morreu nesta quinta-feira (13), aos 82 anos, no Rio. Na noite de ontem, Elke Maravilha, uma de suas melhores amigas, "parece que estava adivinhando". "Ontem ele já estava muito mal, então fui falar com a mulher dele [Mag de Lara]. Ele deu uma piorada grande, já não falava mais."
Ele estava com câncer de próstata e se recusava a fazer tratamento. Lara chegou morto à clínica Climed, no bairro de Irajá (zona norte do Rio), por volta do meio-dia.
Elke trabalhava com Pedro de Lara desde a década de 70. "Conheci ele em 1972, no programa do Chacrinha. Era uma festa sentar ao lado do Pedro", conta Elke. Para a artista, o radialista era "uma figura brasileiríssima, com humor brasileiríssimo e com uma arte brasileiríssima."
"Ele soube viver com dignidade e morrer com dignidade. Para mim, foi um grande amigo." Pedro de Lara tinha uma carreira de quase quatro décadas na TV. Ele também fez o personagem Salsi-fufu no programa do Bozo, identificado como um estressado da turma.

Para Wagner Montes, "Pedro de Lara era como um pai"


O deputado e apresentador de TV Wagner Montes também comentou a morte de Pedro de Lara, com quem trabalhou aproximadamente por 22 anos.
Divulgação
Deputado Wagner Montes lamenta a morte do seu amigo Pedro de Lara
Deputado Wagner Montes lamenta a morte do seu amigo Pedro de Lara
Para Wagner, "Pedro de Lara era como um pai, ele me ajudou desde o início, ainda na rádio Tupi, nos anos 70." Emocionado, ele contou que o humorista gostava de fazer "escada" e "deixas" para os outros jurados durante o programa "Show de Calouros".
Wagner trabalhou por duas vezes ao lado do ator. A primeira entre 1974 e 1978, quando era repórter policial do "Programa Paulo Barbosa", na rádio Tupi, no qual Pedro de Lara apresentava um quadro sobre interpretação de sonhos.
A segunda, entre 1980 e 1997, no "Show de Calouros", no SBT. Ambos eram jurados da atração comandada por Silvio Santos.
Deputado estadual no Rio (PDT), ele se mostrou surpreso ao saber que Silvio Santos não divulgaria nota sobre a morte. "Pedro de Lara sempre gostou muito do Silvio Santos. Em conversas, ele sempre era o primeiro a defende-lo".
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Pedro de Lara deixou um mundo sorrindo

Uma das figuras mais carismáticas da TV morreu aos 82 anos. Data pode ser triste, a lembrança, não


"Quando Pedro de Lara quebra um espelho, os cacos têm sete anos de azar"; "Pedro de Lara certa vez foi contratado para ser espantalho em uma fazenda, mas até a plantação acabou fugindo dele"; "Pedro de Lara ofereceu sua alma ao Diabo, mas esse não se interessou." No dia da morte de uma das figuras mais lendárias da TV brasileira, o humorista Pedro de Lara, aos 82 anos, de câncer na próstata, o Brasil sorriu. Não que ele não merecesse as lágrimas, pelo contrário, mas o humorista passara, havia muito, para um plano bem mais nobre, em que vivos e mortos dividem o mesmo palco: o imaginário popular.


Por décadas, Pedro de Lara visitou a casa dos brasileiros nas noites de domingo - camélia rosa na lapela do terno listrado, gravata borboleta, lírios brancos em uma das mãos, microfone na outra, declamando poesias e proclamando ditados em que apenas ele via significado.

Pernambucano de Bom Conselho nunca deixou de dar os seus aos que cruzavam o seu caminho nas ruas, praças e eventos. Era visto diariamente no Centro de São Paulo, sozinho, andando a pé. Era atencioso com quem o parava e respondia a dúvidas dos fãs sobre Silvio Santos e outros colegas de bancada como Sônia Lima.

Antes da TV teve profissão nobre, embora desconhecida, " interpretador de sonhos" no programa de rádio de Haroldo de Andrade (Rádio Globo), em meados da década de 1960. "Primeiro era menguinho, depois virou mengo, depois virou mengão, depois virou mingau", profetizou, certa vez, sobre a má fase do Flamengo. Foi aclamado.

No início da década de 1970, o rosto carrancudo e o visual extravagante (cabelos compridos, bigode de motociclista e flores, sempre flores) viraram referência no júri do Show de Calouros, parte do Programa Silvio Santos. De 1980 em diante, integrou outro sucesso da TVS, o Programa do Bozo. Era Salsi Fufu, o mais estressado da turma, parceiro de Papai Papudo e Vovó Mafalda.

Ao deixar a TV, voltou à antiga alcunha de ‘adivinhador’, agora como astrólogo das revistas Amiga e Sétimo Céu e da Rádio Atual. Aventurou-se ainda como empresário de sua esposa Mag de Lara e como escritor, ator e cantor. "No meu disco, o pau come, é nordestino da bexiga porreta!" - dizia, numa tradução livre sobre seu álbum que, como se vê, não significa nada. Sua última grande atuação foi como jurado no extinto Gente que Brilha, também do SBT, em 2004, espécie de Show de Calouros que não decolou. Da doença que o matou, o câncer, nunca falou. Recolheu-se em casa, ao lado da família.

Vai-se homem, fica o mito. E suas palavras, publicadas no Livro da Sabedoria (Editora Madras): "Todo pai corujão faz do seu filho um bobão" e "na vida tem que ter estilo, quem não tem, não é isso nem aquilo". Pedro de Lara é coisa nossa.


Em um de seus livros, A porta proibida, Pedro fala sobre o comportamento do homem após a criação da primeira porta da humanidade. Vulgaridade, pederastia e outros comportamentos são discorridos sob a ótica do artista.
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