O PATO DONALD


Criado para os desenhos animados do cinema, Donald é um personagem cômico-infantil, um hilário pato branco, sempre vestido de marinheiro. A emplumada figura fez sua primeira aparição em 9 de junho de 1934, no episódio "The wise little hen" da série "Silly symphony". De lá para cá apareceu em vários desenhos do Mickey, ao lado de personagens como Pateta e Pluto. Mas foi apenas em 1937 que estreou sua própria série animada ao lado de sua amada Margarida. O desenho de estréia era "Don Donald". Seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho apareceriam um ano mais tarde no episódio "Donald's nephews".
Sua voz meio rouca nos desenhos é de Clarence Nash, que até então era apenas um homem da zona rural de Watonga, Oklahoma. Nash foi descoberto por acaso pelo próprio Walt Disney, que andava pelas ruas de Los Angeles quando escutou a famosa voz vinda de um anunciante de verduras (Nash). No Brasil, a voz do Donald foi feita pelos dubladores Garcia Júnior, Marco Antônio Costa, Cláudio Galvan, Paulo Vignollo e Márcio Gianullio. 


Nos quadrinhos, estreiou em 16 de setembro de 1934, na quadrinização de "The wise little hen" (episódio das páginas dominicais de "Silly symphony"), com roteiro de Ted Osborne e desenhos de Al Taliaferro.
Donald passou a ter "vida própria", sem depender de Mickey ou de outros personagens, quando um dos animadores de Disney, Carl Barks, ao ficar encarregado dos quadrinhos, resolveu adaptar uma história originariamente escrita para Donald, Mickey, Pateta e Pluto, desenhando-a apenas com o primeiro e seus sobrinhos: "Donald Duck finds pirate gold", publicada em outubro de 1942.
O sucesso da Disney nos quadrinhos deve em muito a Barks, apelidado de "O Homem dos Patos". O grande artista produziu histórias até 1967. Criou quase todos os personagens coadjuvantes mais importantes das HQs do Donald, como Tio Patinhas, o pato mais rico do mundo; Professor Pardal, o cientista maluco; Gastão, o primo sortudo; além dos vilões Maga Patalójika e Irmãos Metralha.

Mais recentemente, outra figura se destacou realizando os quadrinhos do pato: Don Rosa, que recriou uma complexa árvore genealógica e toda a história do Tio Patinhas. A Disney italiana criou sua identidade secreta, o Superpato.
Donald tem seu visual concebido por vários artistas, não só americanos, mas de vários países, inclusive do Brasil, que mantêm o "design" característico do mestre Barks e a personalidade dos desenhos animados, mas adicionando alguns maneirismos ou estilos próprios de cada um. Desses todos, além de Barks destacaram-se Giovan Battista Carpi, Giorgio Cavazzano, William Van Horn, Daan Jippes, Keno Don Rosa (autor da "A Saga do Tio Patinhas"), Marco Rota (que segue os traços de Barks), Romano Scarpa, Tony Strobl, Al Taliaferro, Tetsuya Nomura (responsável pelo visual do Pato para os jogos "Kingdom hearts") e Shiro Amano (autor da versão manga dos mesmos jogos "Kingdom hearts").

No cinema, na televisão, nos quadrinhos e em outros meios, Donald virou mania também no Brasil, conquistando um posto superior entre os personagens Disney e de quadrinhos em geral, rivalizando, e muitas vezes superando, Mickey Mouse em popularidade.
No Brasil, Donald foi publicado inicialmente no "Suplemento Juvenil", "O Guri", "O Globo Juvenil" (onde saía sempre aos sábados, em histórias coloridas tiradas das páginas dominicais dos jornais americanos) e "Seleções Coloridas". 
Em julho de 1950 ganhou revista própria, "O Pato Donald" ("Pato Donald" sem o artigo "O" desde 1980). O gibi foi um dos marcos iniciais da Editora Abril, o que o torna o título de HQs de mais longa publicação contínua no Brasil. Com o lançamento do número 22, adotou-se o formatinho para a revista, padrão que viria a se tornar um modelo para as publicações brasileiras nas décadas seguintes. 
Apesar de ainda ser publicada pela Abril, não se produzem histórias do Pato no Brasil desde os anos 90.


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