HISTORIAS DAS HISTORIAS EM EM QUADRINHOS NO BRASIL

INTRODUÇAOAs histórias em quadrinhos no Brasil foram publicadas inicialmente no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras. A edição de revistas próprias de histórias em quadrinhos no país começou no início do século XX. Mas, apesar do Brasil contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses.

História
                                                                                angelo agostine um pioneiro do quadrinho
 Século XIX
 Precursores e primeiros passos (1837 - 1895)
 Manuel de Araújo PIONEIRO
As histórias em quadrinhos no Brasil começaram a ser publicadas no século XIX. Em 1837, circulou o primeiro desenho em formato de charge, de autoria de Manuel de Araújo Porto-Alegre, que foi produzida através do processo de litografia e vendida em papel avulso. O autor criaria mais tarde, em 1844, uma revista de humor político.
No final da década de 1860, Angelo Agostini continuou a tradição de introduzir nas publicações jornalísticas e populares brasileiras, desenhos com temas de sátira política e social. Entre seus personagens populares, desenhados como protagonistas de histórias em quadrinhos propriamente ditas, estavam o "Nhô Quim" (1869) e "Zé Caipora" (1883). Agostini publicou nas revistas Vida Fluminense, O Malho e Don Quixote.

Século XX                                                  
 O Tico-Tico (1905 - 1957)                      

Lançada em 11 de outubro de 1905, a revista O Tico-Tico é considerada a primeira revista em quadrinhos do país, concebida pelo desenhista Renato de Castro, tendo o projeto sido apresentado a Luiz Bartolomeu de Souza, proprietário da revista O Malho (onde Angelo Agostini trabalhou, após o encerramento de Don Quixote) ; após aprovada, a revista teve a participação de Angelo Agostini, que criou o logotipo e ilustrou algumas histórias da revista . O formato de O Tico Tico foi inspirado na revista infantil francesa La Semaine de Suzette; a personagem Suzette foi publicada na revista brasileira com o nome de Felismina ; Bécassine, outra personagem da revista , foi chamada de Chiquita . Tico-Tico é considerada a primeira revista em quadrinhos no Brasil, e teve a colaboração de artistas de renome como J. Carlos (responsável pelas mudanças gráficas da revista em 1922), Max Yantok e Alfredo Storni .
     
 
O personagem de maior sucesso da revista era Chiquinho (publicado entre 1905 e 1958) , considerado por muitos anos como uma criação brasileira até que, na década de 1950 , um grupo de cartunistas alegou que este era, na verdade, uma cópia do americano Buster Brown de Richard Felton Outcault (algo parecido aconteceu na Holanda, onde Buster Brown serviu de inspiração para criação de Sjors van de Rebellenclub)[9]. Durante a época da Primeira Guerra Mundial , o Chiquinho também teve inspiração nas histórias de Little Nemo in Slumberland . Também figuraram na revista Reco-Reco, Bolão e Azeitona de Luiz Sá, Lamparina de J. Carlos, Kaximbown de Max Yantok, Max Muller de A. Rocha entre outros .
Em 1930, alguns personagens das tiras americanas foram publicados na revista como Mickey Mouse (chamado de Ratinho Curioso), Krazy Kat, (chamado de Gato Maluco) e Gato Félix. J.Carlos foi o primeiro desenhista brasileiro a desenhar personagens da Disney nas páginas de O Tico-Tico .
A revista foi perdendo popularidade na década de 1930, na medida em que surgiram os suplementos de quadrinhos publicados em jornais e diversas revistas em quadrinhos surgidas nessa época; na década de 1950 investiu no humor gráfico, publicando cartuns de artistas como Bosc, Sempé e Jean Giraud (que anos mais tarde ficaria conhecido como Moebius). A revista foi publicada até 1957 (após isso O Malho publicou edições especiais com o título "O Tico-Tico Aprsenta" até 1977) , e nos últimos quadrinhos de sua existência voltou a ter o foco educativo de outrora

Os suplementos de jornais e o surgimento das editoras (1929 - 1959)                            

Em Setembro de 1929, o jornal A Gazeta cria um suplemento de quadrinhos no formato tabloide, baseado nos Suplementos dominicais de quadrinhos americanos; no mês seguinte, a Casa Editorial Vecchi (uma editora de origem italiana)  lançou a revista Mundo Infantil, porém o sucesso dos suplementos se deu em 1934 com a criação do Suplemento Infantil de Adolfo Aizen. Aizen trabalhava nos jornais O Globo e nas revistas O Malho e O Tico-Tico; após viajar para os Estados Unidos, conheceu os suplementos de quadrinhos e, ao voltar ao Brasil, conheceu Arroxelas Galvão, representante da King Features Syndicate. Galvão tentará, desde 1930, vender tiras para os jornais brasileiros; a exceção foi o jornal Diário de Notícias que publicava as tiras de Popeye (que foi rebatizado como Brocoió). Aizen negociou com Galvão e assim foi o responsável por publicar pela primeira vez as tiras de aventura de Flash Gordon. Publicado inicialmente pelo jornal A Nação (após ser recusado por Roberto Marinho, do jornal O Globo, onde Aizen trabalhava; na época Marinho alegou que o custo dos suplementos de quadrinhos seria muito alto), lançado em março do mesmo, a primeira edição teve capa de J. Carlos (assim como O Tico-Tico, o Suplemento Infantil misturava tiras estrangeiras e brasileiras, desenhadas por artistas como Monteiro Filho) e após quinze edições, pela recém formada editora de Aizen, a Grande Consórcio de Suplementos Nacionais. Sendo um judeu nascido na Rússia, Aizen não poderia ter uma empresa no Brasil - segundo lei vigente na época, apenas nascidos em solo brasileiro poderiam ter tal privilégio, o jornalista havia forjado uma certidão de nascimento em que declarava ser bahiano, pois havia morado na Bahia durante a adolescência. Em 1936, o casal Helena Ferraz de Abreu e Maurício Ferraz cria um suplemento diário de quadrinhos para ser publicado em vários jornais do pais , em 1937, o tabloide publicou pela primeira vez no país as tiras de O Fantasma de Lee Falk  também foram publicados no suplemento João Tymbira Em Redor do Brasil e uma adaptação de O Guarani de José de Alencar, ambos escritos e desenhados por Francisco Acquarone ambos publicados em 1938, ano em que o jornal seria cancelado . Acquarone é mais conhecido pelo trabalhos de pintura e por livros de história da arte .
Em 1937, Roberto Marinho entra em contato com Aizen (com quem não falava há três anos) e lhe propõe uma parceria: ambos distribuiriam suplementos de quadrinhos (impressos nas gráficas do O Globo) em vários jornais do país. Aizen recusou a ideia, e em junho do mesmo ano, Marinho lança O Globo Juvenil, suplemento dirigido por Djalma Sampaio, auxiliado por Antonio Callado e Nelson Rodrigues, Rodrigues chegou até mesmo a roteirizar uma adaptações de O Fantasma de Canterville de Oscar Wilde,publicado em 1938 e O Mágico de Oz de L. Frank Baum em 1941, ambos desenhados por Alceu Penna, Franciso Acquarone, passa ser um dos desenhista do tabloide. No mesmo ano, Aizen cria a revista Mírim; uma novidade da revista foi a utilização do formato comic book ou meio-tabloide e o jornal A Gazetinha começa a publicar o arco de história de A Garra Cinzenta, de Francisco Armond e Renato Silva, uma série com forte influência dos pulps de mistério e ficção científica. no mesmo ano de 2007, Renato Silva havia iniciado sua carreira nas histórias em quadrinhos, publicando nas páginas do Suplemento Juvenil , uma história um personagem surgido nos pulps, o detetive Nick Carter . A Garra Cinzenta foi publicada até 1939, totalizando 100 páginas , e posteriormente foi publicada no mercado franco-belga, na revista Le Moustique com o título La Grife Grise; na época franceses e belgas achavam que a história fosse de origem mexicana[20]. Anos mais tarde, foi especulado que Helena de Ferraz fosse a verdadeira identidade de Francisco Armound, autor de A Garra Cinzenta, Helena e o marido algumas vezes assinaram no jornal usando o pseudônimo Álvaro Armando. Arnaldo Ferraz, o filho do casal, garante que a mãe nunca roteirizou histórias em quadrinhos, apenas traduziu as primeiras tiras do Fantasma, Renato Silva ficaria mais conhecido pelo cursos de de desenho publicados na série de livros A Arte de Desenhar .
Em 1939, O Globo lança O Gibi para concorrer com Mírim; no ano seguinte, Aizen publica O Lobinho (para evitar que Marinho usasse o nome O Globinho) no jornal A Noite (jornal que fora fundado por Irineu Marinho, pai de Roberto Marinho); na revista foi usado o formato standard[13]. Aizen não gostava do nome escolhido pelo concorrente (que era um termo pejorativo para garotos negros); o nome já havia sido usado por J. Carlos em personagem publicado nas páginas de O Tico-Tico (na época o personagem era grafado como Giby) em 1906 , e com o tempo, Gibi passou a ser usado como sinônimo de revistas em quadrinhos  (algo parecido aconteceu na Espanha, o termo tebeo surgiu do nome da revista TBO) . A revista Mirim deu origem à "Biblioteca Mirim", no formato 9 x 11 cm, uma coleção de 31 pequenos livros ilustrados (também chamados de "tijolinhos"), inspirados nos chamados Big Little Books americanos , o jornal de Marinho lança a "Coleção Gibi" nos mesmo moldes da Biblioteca Mirim .
Ainda em 1939, Galvão resolve aumentar o valor da licença dos personagens publicados da King Features; Roberto Marinho cobre o valor e passa publicá-los em O Globo Juvenil e O Gibi. Aizen, porém, resolve reunir as páginas de Flash Gordon em álbum de luxo no formato horizontal; o álbum vendeu bastante, chegando ao ponto de esgotar e exigir a produção de novas tiragens. Na última página de Flash Gordon, publicada no Suplemento Juvenil, Aizen escreveu:
“    O que estarão Flash Gordon outros vendo fora da caverna? Quem são esses estranhos personagens da neve? Veja a continuação no Globo Juvenil, futuramente.    ”
     
Adolfo Aizen   brasil america(ebal)

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Embora os suplementos de O Globo tenham aumentado em número de leitores, isso não significou a derrocada dos títulos de Aizen. O jornalista resolveu negociar com syndicates menores, e começou a publicar Tarzan (personagem bastante popular graças aos filmes estrelados por Johnny Weissmuller, uma série de livros traduzidas por Monteiro Lobato para a Companhia Editora Nacional e iniciada no anterior , Terry e os piratas de Milton Caniff e Dick Tracy de Chester Gould .
Além de personagens de tiras, os suplementos também publicaram histórias de super-heróis americanos; da DC Comics foram publicados: Slam Bradley, criado por Jerry Siegel e Joe Shuster (que ficariam conhecidos por serem os criadores do Superman), foi publicado originalmente na primeira edição da revista Detective Comics, de março de 1937; no Brasil o personagem foi publicado na quarta edição de Mírim, lançada em maio do mesmo ano . Algo parecido havia acontecido com Flash Gordon, que foi publicado na terceira edição do Suplemento Infantil, no dia 28 de Março de 1934, apenas 80 dias depois da sua estreia nos jornais americanos . Superman foi publicado em A Gazetinha #445 (Dezembro de 1938) , Batman em O Lobinho #7 (Novembro de1940)  e da Timely Comics (uma das empresas que daria origem a Marvel Comics) foram publicados: Namor em Gibi Mensal #142 (Abril de 1940)  e Capitão América em O Guri # 73 (Junho de 1943) .

Em 1940, o jornalista Assis Chateaubriand, lança a revista "O Gury" (mais tarde teria a grafia alterada para "O Guri") com o subtítulo "O Filhote do Diário da Noite", para ser publicada no jornal Diário da Noite, embora tenha registrado o nome da publicação desde 1938. A revista era composta de várias publicações da editora americana Fiction House, que publicava revistas especificas para cada gênero: aventuras espaciais, aventuras nas selvas, lutas, e foi a primeira revista impressa em quatro cores. Chateaubriand havia adquirido modernas impressoras diretamente dos Estados Unidos, e a primeira edição era uma cópia exata da revista Planet Comics #1 da Fiction House; posteriormente, a revista publicou histórias da Fawcett, da King Features e da Timely Comics; o então adolescente Millôr Fernandes trabalhava como ajudante de arquivo na revista O Cruzeiro e, como muitos adolescentes dessa época, era leitor de histórias em quadrinhos (Millôr colecionava o Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen) e acabaria sendo um colaborar da revista O Guri .
Em 1941, o grupo de comunicação de Chateaubriand cria a editora O Cruzeiro , nome retirado da principal revista do grupo, fundada em 1928 ; na revista O Cruzeiro surgem os cartuns de O Amigo da Onça de Péricles. Péricles também publicava em O Guri a tira Oliveira Trapalhão ; O Amigo da Onça também foi ilustrado por Carlos Estêvão, que desenhou o personagem  após a morte de Péricles (que cometera suicídio) . Em março de 1952, a editora O Cruzeiro lança uma nova versão da revista "O Guri", impressa em preto e branco, através do processo de rotogravura; na primeira edição foram publicados os heróis da Fox Feature Syndicate: Dagar, o rei do deserto, O Falcão dos sete mares e Rulah, a deusa da selva .

Alfredo Machado e Décio de Abreu criam o primeiro syndicate brasileiro, Distribuidora Record de Serviços de Imprensa; Machado havia trabalhado no Suplemento Juvenil como tradutor dos doze aos dezessete anos, e em 1939, inconformado com o baixo salário, mudara-se para O Globo Juvenil, de Roberto Marinho - por conta disso, Aizen e Machado ficaram sem se falar por nove anos. Em 1941, Machado viajou aos Estados, a fim de convencer que os três maiores syndicates, King Features, Associated Press e United Press, fossem representados pela Record; no entanto, as empresas alegaram já possuírem representantes no Brasil, e com isso a Record passou a representar pequenos syndicates e as editoras de quadrinhos Fawcett Comics e Timely Comics. A Record tinha entre seus clientes Aizen, Marinho e Chateaubriand. A empresa não apenas vendia as histórias em quadrinhos e passatempos, como também prestava serviços de tradução e editoração, como no caso da revista Vida Juvenil da editora Vida Doméstica lançada em 1949 . Em 1946, Luis Rosemberg cria um novo syndicate brasileiro e funda a Agência Periodista Latino-Americana (Apla). A Apla não apenas distribuía tiras estrangeiras; o desenhista haitiano André LeBlanc criou a tira Morena Flor, que foi distribuída não apenas no Brasil, mas também em outros países da América Latina e até mesmo nos Estados Unidos . Na década de 1960, 
a Record também se tornou uma editora .

Após 1942, Aizen passou a ter dificuldades financeiras, e logo vendeu sua editora para o governo Vargas, mas continuou prestando serviços para o jornal A Noite; em 1945, Aizen pede a João Alberto, diretor do jornal para que o ajude a conseguir um empréstimo no Banco do Brasil, e com um capital de dois milhões de cruzeiros, funda a Editora Brasil-America Ltda. (mais conhecida pela sigla EBAL), tendo como sócios o próprio João Alberto e Claudio Lins de Barros. Aizen lança a revista Seleções Coloridas, trazendo personagens da Walt Disney Company, e a revista foi publicada em parceria com a argentina "Editorial Abril" de Cesar Civita. Civita era um italkim (um judeu italiano) e, antes de ter a própria editora, foi funcionário da italiana Arnoldo Mondadori Editore, que publicava os quadrinhos Disney; a experiência na Itália lhe possibilitou conseguir a licença dos personagens Disney na América Latina, e a editora de Civita possuía uma impressora que possibilitava imprimir em quatro cores. Vale ressaltar que os personagens Disney já haviam sido publicados nas revistas O Tico-Tico, Suplemento Juvenil, O Globo Juvenil , O Lobinho, Mirim, Guri e Gibi, porém em Seleções Coloridas os leitores brasileiros puderam ler pela primeira vez as histórias produzidas por Carl Barks . A revista teve 17 edições e foi publicada até 1948. Em Julho de 1947, Aizen publica a primeira revista publicada apenas pela EBAL, O Heroi (grafada sem acento), que publicou os heróis das selvas da Fiction House, além de histórias de faroestes, e também é lançada a primeira revista Superman no país (o nome Superman, era usado apenas no título, dentro da revista era usada a grafia Super-Homem) ; no ano seguinte lança a revista Edição Maravilhosa, inspirada nas americanas Classics Illustrated e Classic Comics que traziam adaptações de livros em quadrinhos. Na época, os quadrinhos eram vistos como má influência por educadores e religiosos, e durante 23 edições, a revista publicou histórias produzidas nos Estados Unidos; na edição 24, Aizen encomendou a André LeBlanc uma adaptação de O Guarani. Para aproveitar o sucesso dos quadrinhos entre as crianças, foram criadas as revista Sesinho (1947) do Serviço Social da Indústria (o Sesi) e Nosso Amiguinho (década de 1950), da Casa Publicadora Brasileira  . Apesar de Seleções Coloridas serem impressas em cores, todas as publicações posteriores da EBAL eram em preto e branco; em 1951, uma edição especial da revista Superman foi publicada em cores , porém a editora só investiria em publicações coloridas na década de 1970 .

Em março de 1947, o ilustrador português Jayme Cortez resolveu se mudar para o Brasil. Cortez havia colaborado na revista portuguesa O Mosquito e no semanário feminino A Formiga. Ao chegar ao país, começa a produzir charges políticas para o jornal O Dia; em maio do mesmo ano, produz a tira semanal "A Caça dos Tubarões", publicada pelo Diário da Noite, e logo em seguida adapta o romance O Guarani, no formato de tiras diárias para o mesmo jornal; em 1949, passa a trabalhar em A Gazeta Juvenil do jornal A Gazeta, onde adapta O rajá de Pendjab de Coelho Neto .
Em 1949, o irmão de Cesar Civita, Victor se muda para o Brasil, e no ano seguinte resolve seguir os passos do irmão, fundando a Editora Primavera. Sua primeira publicação foi a revista em quadrinhos Raio Vermelho, uma revista no formato horizontal (21,5 x 28,5 cm) e composta por quadrinhos oriundos da Itália; em Junho do mesmo ano, já com o nome Editora Abril, publicou a revista O Pato Donald. Assim como Aizen, Victor também não poderia ser dono de uma empresa no país, e para burlar a lei brasileira, convida Giordano Rossi (um mineiro descendente de italianos) para ser seu sócio; Victor conhecera Rossi quando este era funcionário de um banco, e com uma pequena cota de ações, Rossi atuava como contador da editora . A revista O Pato Donald foi publicada inicialmente no formato americano, mas a partir da 22ª edição, publicada em março de 1952, passou a ser publicada em Formato Pato (também conhecido como formatinho) . O formato fora trazido da Itália: a revista Topolino (nome italiano do Mickey Mouse) da Montadori, era publicada desde 1932 no formato tabloide , porém em 1939, a editora resolve se basear no formato da revista Reader's Digest que também era publicada pela Mondadori . Nos Estados Unidos, o formato é conhecido como "digest size" .
Em Janeiro de 1950, a Casa Editorial Vecchi, lança a revista O Pequeno Xerife no formato de talão de cheque, outro formato importado da Itália; em julho do mesmo ano, O Globo também lançaria uma revista nesse formato, Júnior, que em sua 28ª edição publicaria, pela primeira vez no país, o cowboy Tex Willer, da Sergio Bonelli Editore .
Também em 1950, a "La Selva", distribuidora de jornais e revistas, torna-se uma editora. A empresa foi fundada em 1935, pelo italiano Vito Antonio La Selva, que chegara em São Paulo em 1925, logo se tornando jornaleiro de ruas, e oito anos depois, tornando-se dono de uma banca de jornal. Vito teve como sócio um outro italiano de sobrenome Pelegrini, e a distribuidora lançou duas revistas, "Bom Humor" e "Aventuras" (sendo Aventuras uma revista em quadrinhos). Em 1947, a sociedade com Pelegrini é desfeita e Vito passa a trabalhar com os filhos, e em março de 1950, a "La Selva" torna-se uma editora propriamente dita, com o lançamento da revista "Seleções de Rir Ilustrada". A editora não demoraria a investir em quadrinhos, comprando a revista "O Cômico Colegial", de Auro Teixeira, criada em 1949, que foi vendida pelo seu editor, em dificuldades financeiras. Para publicá-la, em julho de 1950, a La Selva adquire, através da Record, os direitos de publicação do personagem "The Black Terror" da Nedor Comics. A Record vendia personagens desconhecidos a menores preços a editoras pequenas, e em julho de 1950 lança a revista "O Terro Negro" como suplemento extra da revista O Cômico Colegial; a revista publicou heróis como o personagem título (que Reinaldo Oliveira e Jácomo La Selva pensaram ser de uma história de terror) e de outros heróis como Doc Strange e Homem-Maravilha; na edição seguinte, foi usada uma capa desenhada por Jayme Cortez, típica de histórias de terror, mostrando a personificação da morte acordando um perplexo rapaz. Apenas na 9º edição (Março de 1951), a revista deixou de trazer o nome da revista Cômico Colegial, trazendo apenas o nome O Terror Negro, chegando a fazer sucesso. Por não possuir, porém, mais histórias do personagem principal para publicar, Jácomo de Oliveira resolveu comprar direitos de quadrinhos de terror, como a revista Beyond, da editora Ace Publication. Em 1953, O Terror Negro passou a ser quinzenal, e surgem outras revistas do gênero Sobrenatural, tais como Contos de Terror, Frankenstein (no ano seguinte); as revistas eram todas compostas de matéria estrangeira, e os artistas brasileiros eram responsáveis apenas pelas capas . A editora também publicou as revistas infantis Capitão Radar, Bill Kid, Supermouse, Pato Dizzy, Seleções Juvenis, entre outras . Ainda em 1953, as revistas da La Selva passam a ser impressas nas gráficas da editora Abril. Selva e Civita se tornaram amigos por causa da origem italiana; Cláudio de Souza, que trabalhava na Abril, passou a colaborar na La Selva, editando as revistas policiais Emoção e Conto de Mistério e produzindo roteiros para os quadrinhos de "Arrelia e Pimentinha", "Fuzarca e Torresmo", "Oscarito e Grande Otelo", "Fred e Carequinha" e "Mazzaropi". Em 1951, Claudio havia sido indicado por Jerônymo Monteiro, primeiro editor da Abril, quando ela ainda se chamada Primavera , Claudio havia trabalhado com ele no suplemento A Gazeta Juvenil, era editor do suplemento, onde também publicaria histórias do personagem Dick Peter, personagem criado em 1937, criado para uma radionovela transmitida pela Rádio Tupi (uma outra empresa do grupo Diários Associados) , o personagem ainda seria publicado em O Cômico Colegial, sendo adaptado também para um teleteatro exibido pela TV Tupi , Monteiro também é reconhecido com um dos pioneiros da ficção científica brasileira . Na Abril, Souza ajudou a criar a Distribuidora Nacional de Publicações (DINAP) e as revistas Capricho, Cláudia e Placar, além de criar o Centro de Criação, responsável pela formação de roteiristas e desenhistas para a editora .

  zefiro
Os quadrinhos de terror da editora foram bastante criticados pelo jornalista Carlos Lacerda, que afirmava que tais revistas eram má influência para as crianças; tal pensamento também existia nos Estados Unidos, sobretudo após a publicação do livro Seduction of the Innocent, do psicólogo alemão Frederic Whertam em 1954. Whertam não criticava apenas as revistas de terror, e também não era o único psiquiatra a defender a tese de que os quadrinhos eram nocivos - desde o início da década de 1950, o Senado americano, já havia criado uma subcomissão para estudar a má influência dos quadrinhos em crianças e adolescentes. O Senado americano convocou os artistas Walt Kelly, Milton Caniff e Joe Musial, representantes da National Cartoonists Society, e embora não tenha sido convidado, William Gaines da EC Comics (principal editora de quadrinhos terror, muitos deles chegaram a ser publicados pela La Selva), e o próprio Whertam também compareceu. No dia seguinte ao depoimento, vários jornais publicaram matérias não favoráveis sobre Gaines; em setembro do mesmo foi criada a Comic Magazine Association of America, e no mês seguinte, a entidade criou o Comics Code Authority, um código de autocensura; boa parte do código foi inspirado em códigos já existentes nas editoras DC e Archie Comics (principal editora da entidade). Na verdade, esta não foi a primeira tentativa de se criar um código de autocensura; em 1948, a Association of Comics Magazine Publishers também tentara, porém não surtiu efeito. Em 1955, Adolfo Aizen e Alfredo Machado recebem um conjunto de nove livretos contendo todas as 41 regras do Comics Code Authority .
                                                                                carlos lacerda contra hq
Algumas das gráficas e colaboradores da La Selva se tornariam editoras, como a Bentivegna de Salvador Bentivegna e a Novo Mundo de Victor Chiodi, Orbis, Júpiter e Continental. Vito La Selva morre em 1967, a editora foi fechada em 1968, motivada por uma crise financeira e por brigas entre os filhos de Vito .
Em 1951, Miguel Penteado, Reinaldo de Oliveira, Álvaro de Moya, Jayme Cortez e Syllas Roberg organizam a Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos, onde foram expostas várias artes originais dos autores das tiras de jornal: Alex Raymond (Flash Gordon), Milton Caniff (Terry e os piratas e Steve Canyon), Hal Foster (Tarzan e Príncipe Valente) e Al Capp (Ferdinando) , no ano seguinte, os artistas criam a ADESP (Associação dos Desenhistas de São Paulo), uma das principais bandeiras da entidade era a nacionalização dos quadrinhos, ou seja, a criação de cotas para quadrinhos produzidos por artistas brasileiros .
Em 1952, Roberto Marinho resolveu criar uma editora, de início escolheu o nome Editora Globo para fazer alusão ao seu jornal, porém foi impedido, já que Livraria do Globo de Porto Alegre também atuava como editora, assim Marinho cria a Rio Gráfica Editora (mais conhecida pela sigla RGE) .
Na segunda metada da década de 1950, surgiram também os primeiros trabalhos independentes de Carlos Zéfiro, autor dos catecismos (quadrinhos eróticos); Zefiro era o pseudônimo do carioca Alcides Aguiar Caminha, cuja verdadeira identidade só seria revelada em 1991, pelo jornalista Juca Kfouri nas Revista Playboy .
A editora Continental foi fundada em 1959 por  

jaime cortez por Nei Lima.

   Miguel Penteado, José Sidekerskis, 
Victor Chiodi, Heli Otávio de Lacerda, Cláudio de Souza, Arthur de Oliveira e Jayme Cortez. Os quadrinhos da Continental eram totalmente produzidos no país, e passaram pela editora: Gedeone Malagola, Júlio Shimamoto, Flavio Colin, Gutemberg Monteiro, Nico Rosso, Paulo Hamasaki, Wilson Fernandes entre outros. A editora lançou alguns títulos licenciados: Capitão 7 (baseado em uma série de televisão da Rede Record, Capitão Estrela (um super-herói pertencente a Estrela , cujo seriado era exibido pela TV Tupi , O Vigilante Rodoviário (da TV Excelsior), desenhado por Flavio Colin, e Jet Jackson, um personagem surgido em um programa de rádios dos Estados Unidos com o nome de Captain Midnight; o personagem já havida sido adaptado para os quadrinhos pela editora Fawcettt, no Brasil, essas histórias foram publicadas na revista O Guri . A Continental também foi a primeira editora a publicar o cãozinho Bidu, de Mauricio de Sousa, que havia estreado em tiras diárias publicadas no jornal Folha da Manhã (atual Folha de São Paulo) no mesmo ano de fundação da editora . Quase dois anos depois de sua fundação, a editora teve que mudar de nome para Outubro, pois os proprietários descobriram que já havia uma empresa com o mesmo nome e que estava em processo de falência; o nome Outubro também gerou problemas jurídicos, pois ao fundar a editora Abril, Victor Civita, havia registrado todos os meses do ano. Em 1966, Miguel Penteado e Jayme Cortez saem da editora, Eli Lacerda e Manoel César Cassoli a assumem e a batizam de Taíka (nome da filha de Lacerda); Penteado e Luiz Vicente Neto fundam a GEP (Gráfica Editora Penteado)  .
Outras editoras passaram a publicar personagens licenciados; do rádio vieram As aventuras do Anjo , pela RGE (também desenhada por Flavio Colin e por Walmir Amaral) , Jerônimo, o Herói do Sertão e Capitão Atlas pela Garimar (este último também trazia histórias de Morena Flor de LeBlanc) ; a Garimar também publicou o Falcão Negro, uma espécie de Zorro medieval  , personagem de um seriado televisivo produzido e exibido pela TV Tupi, em São Paulo, que era interpretado por José Parisi, e no Rio de Janeiro por Gilberto Martinho (iniciada em 1957) 

RESUMO

O INÍCIO: A publicação de Hq – História em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX, o estilo era predominantemente Comic`s (formato americano) os super heróis como X-Men, Mulher Maravilha, Thor. A tira foi um marco, apesar de não ter sido criado no Brasil foi reformulado e recebeu uma cara bem nacional, principalmente nos anos 60 com a rebeldia contra a ditadura. Na década de 80 houve os quadrinhos underground que ainda resiste até hoje com uma linguagem bem ácida e bem diferente da americana. Ainda no ano de 1960 foi publicado a revista O Pererê com texto e ilustrações de Ziraldo, o personagem principal era um Saci aventureiro. No mesmo ano também nasceu a tira com os personagens Graúna e Os Fradinhos do cartunista Henfil, nesse mesmo formato de tira que foi publicado por volta de 1959 as histórias da turma da Mônica de Maurício de Souza que acabou tendo revista própria, lançada primeiramente pela Editora Abril depois pela Editora Globo  1987, e em 2007 pela Editora Panini. Nos anos 60 o golpe militar e seu moralismo bateram de frente com os quadrinhos, em compensação inspirou publicações cheias de charges como O Pasquim que, embora perseguido pela censura, criticavam a ditadura.
EVOLUINDO: Apesar de existirem diversas revistas voltadas estritamente para a HQ nacional, como "Bundas" (já extinta), "Outra Coisa" (com informações sobre arte independente) e "Caô", pode-se considerar que o gênero ainda não conseguiu se firmar no Brasil.Na década de 90, a História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso com a realização da 1.a e 2.a Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro em 1991 e 1993, e a 3.a em 1997 em Belo Horizonte. Estes eventos, realizado em grande número dos centros culturais da cidade, em cada versão contou com público de algumas dezenas de milhares de pessoas, com a presença de inúmeros quadrinistas internacionais e praticamente todos os grandes nomes nacionais, exposições cenografadas, debates, filmes, cursos, RPG e todos os tipos de atividades.
No fim da década de 1990 e começo do século XXI, surgiram na internet diversas histórias em quadrinhos brasileiras, ganhando destaque os Combo Rangers, criados por Fábio Yabu que tiveram três fases na internet (Combo Rangers, Combo Rangers Zero e Combo Rangers Revolution, que ficou incompleta), uma minissérie impressa e vendida nas bancas (Combo Rangers Revolution, Editora JBC, 2000, 3 edições), ganhando, posteriormente, uma revista mensal pela mesma JBC (12 edições, Agosto de 2001 a Julho de 2002) e, posteriormente, pela Panini Comics.
ATUALIZADE
Os Guerreiros da Tempestade formam um grupo de super-heróis legitimamente brasileiros criados por Anísio Serrazul e começaram a ser publicados pela ND Comics no início de 2005. Tendo como diretor comercial o também roteirista Fábio Azevedo, o título segue a linha estética dos comics americanos. As suas aventuras são as primeiras a estar presentes em todas as bancas do país.Tendo como arquinimigos seres do futuro que desejam roubar as riquezas naturais da Terra para reconstruí-la. Guerreiros da Tempestade vai virar longa-metragem de animação. Este será o 3º filme em animação produzido pela Diler & Associados, que já realizou Xuxinha e Guto Contra os Monstros do Espaço e o ainda inédito Turma da Mônica - Uma Aventura no Tempo. A previsão é que o filme chegue aos cinemas em 20CRACKER08. A iniciativa é um marco para a animação nacional, pois será a primeira produção do gênero super-herói produzida no Brasil.  


A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 60 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana.
1960 à atualidade
Em 1960 começou a ser publicado a revista O Pererê com texto e ilustrações de Ziraldo (mesmo autor de
 O Menino Maluquinho). O personagem principal era um saci e não raro suas aventuras tinham um fundo ecológico ou educacional. Também na década de 60 o cartunista Henfil deu início a tradição do formato "tira" com seus personagens Graúna e Os Fradinhos.Foi nesse formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica ainda no fim de 1959. Só mais tarde suas histórias passaram a ser publicadas em revistas, primeiro pela Editora Abril, depois (1987) pela Editora Globo e a partir de 2007 pela Editora Panini.


Nos anos 60 o golpe militar e seu moralismo bateram de frente com os quadrinhos, em compensação inspirou publicações cheias de charges como O Pasquim que, embora perseguido pela censura, criticavam a ditadura incansavelmente.

A revista Balão, fundado pelo Laerte e pelo Luiz Gê e publicada por alunos da USP e com a curta duração de dez números, revelou autores consagrados até hoje, como os irmãos Paulo e Chico Caruso, Xalberto, Sian e o incrível Guido (ou Gus), entre outros. Já Angeli, Glauco e Laerte vieram ajudar a estabelecer os quadrinhos underground no Brasil durante os anos 80 (aliás "overground", porque vendidos em banca; "underground" eram "O Balão" e outras dos anos setenta, vendidas de mão em mão). Esta turma representou o "pós-underground", desenhando para a Editora Circo em revistas como Circo e Chiclete com Banana. Juntos produziam as histórias de
 Los Três Amigos (sátira western com temáticas brasileiras) e separados renderam personagens como Rê Bordosa, Geraldão e Overman. Mais tarde juntou-se a "Los Três Amigos" o quadrinista gaúcho Adão Iturrusgarai. Estes quatro publicam até hoje na Folha de São Paulo e lançam álbuns por diversas editoras (mas principalmente pela Devir Livraria). A Folha também publica tiras de Caco Galhardo (Pescoçudos) e Fernando Gonsales) (Níquel Náusea). Nesse período, muitas publicações independentes (fanzines) começaram a circular, aproveitando o boom das HQs em meados dos anos 80. Uma dessas publicações de grande sucesso foi o fanzine SAGA, que inovou na época, ao trazer impressão em profissional e capas coloridas, coisa totalmente anormal, para um fanzine, que por regra era feito em copiadoras comuns. Seus membros continuam ativos, como Alexandre Jurkevicius e seu personagem Peralta, A. Librandi atua na área de promoção e Walter Junior continua ilustrando.


  

Em 2003, a Coleção Cabeça Oca, do goiano Christie Queiroz foi lançada (já são 8 volumes publicados). A série de tiras do personagem impulsionou novas publicações do setor como Ozzy, de Angeli.
 
Hoje em dia, do ponto de vista das grandes tiragens ha predominância das histórias em quadrinho da Turma da Mônica, que fazem sucesso em outros lugares do planeta, mas conta-se com uma nova geração de quadrinistas, muitos que se projetam no cenário internacional.
TURMA DA MONICA
Mauricio de Sousa (Santa Isabel, 27 de outubro de 1935) é um dos mais famosos cartunistas do Brasil, criador da "Turma da Mônica".
Os três primeiros livros da carreira de Mauricio de Sousa foram publicados pela Editora FTD: Piteco, Penadinho e O Astronauta.
Em 1959 cria tiras em quadrinhos com um cãozinho e seu dono, Bidu e Franjinha, surgindo os primeiros personagens conhecidos da era Mônica.
Na revistas Lostinho-Perdidinhos nos Quadrinhos e no 1º número da revista Saiba Mais,é revelado que a primeira criação do Mauricio foi o personagem "Capitão Pícolé"

Mauricio criou vários universos de personagens. Assim como a turma da Mônica, também podemos classificar esses universos como "turmas" de algum personagem.
Turma da Mônica - A turma original de crianças; A Turma da Mônica compreende um grupo de personagens de história em quadrinhos criado por Mauricio de Sousa. É o maior dos grupos (chamados de "turmas") de personagens criados por ele, possuindo ainda uma série de minigrupos, nos quais os personagens passam por várias peripécias cotidianas. O termo pode se referir também a todos os personagens já criados por Mauricio, mas que, a rigor, não fazem parte da "Turma da Mônica", tais como os personagens da Turma da Mata ou da Turma do Penadinho.
Turma do Chico Bento - Uma turma de crianças vivendo num meio rural, típico de cidades pequenas no interior do Brasil;
Turma do Piteco - Personagens adultos (mas histórias ainda infantis) numa pré-história estilizada (com homens caçando dinossauros para se alimentar, por exemplo);

Turma do Pelezinho 
- Uma outra turma de crianças com estorias sempre envolvendo o tema do Futebol com o personagem principal sendo o próprio Pelé, Edson Arantes do Nascimento. A revista circulou na década de 1970;


Turma da Tina - Adolescentes, envolvidos com faculdade, paqueras, etc.;

Turma do Bidu 
- Personagens são animais de estimação (cachorros, gatos, etc.), com uso pesado de meta-linguagem (Bidu constantemente se envolve em dialogos com o 'Desenhista' da estória);

Turma da Mata - Grupo de animais selvagens (africanos e brasileiros) antropomorfizados, vivendo num reino de um Leão.

Turma do Penadinho 
- Aventuras cômicas com personagens típicos de estórias de terror (como um fantasma, um vampiro, um lobisomem, uma múmia e a própria Morte), no cemitério onde moram.


Astronauta
 (1975)- Um aventureiro espacial solitário que utiliza uma nave redonda. Note que é um astronauta brasileiro, de um fictício órgão chamado Brasa.


Horácio
 (1963)-  Um pequeno dinossauro órfão, de grande coração. Diz-se que, através de Horácio, Mauricio expressa sua moral e ética.


Papa-Capim
 (1975)-  Um índio brasileiro ainda criança (curumim), vivendo numa taba provavelmente na Amazônia.

Nico Demo (1966) - Um garoto sarcástico e malvado, o contrário dos outros personagens.

Ronaldinho Gaúcho 
 - inspirado no também jogador de futebol Ronaldo de Assis Moreira. A revista foi lançada pelo cartunista em 28 de Dezembro de 2005, em Porto Alegre, em evento que contou com a presença do craque gaúcho. O personagem tem as cores da bandeira brasileira: amarelo (camisa), verde (calção), branco (meias) e azul (chuteira), como também, a exemplo do jogador na vida real, usa um pingente com a letra R.

Em breve pretendo criar um um blog onde estarei falando so de Historia em quadrinhos onde publicarei a historia das historias em quadrinos no brasil e tambem falarei de todos os quadrinhistas brasileiros que atuarao e ainda estao esta em atividade e com materias tambem sobre todos os super herois brasileiros tipo...............................






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2 Comentários
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  1. Respeitem o trabalho de um artista!
    A ilustração do mestre Jayme Cortez, citado na matéria acima, é de autoria do desenhista Nei Lima, que teve a sua assinatura suprimida.

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    1. OBRIGADO POR ME ALERTAR A RESPEITO DA POSTAGEN SOBRE A CARICATURA DE JAIME CORTEZ OS DEVIDOS CREDITOS FORAM ADICIONADOS E QUE QUANDO ENCONTREI A CARICATURA QUEM A HAVIA COPIADO NAO TINHA MENCIONADO CREDITO ALGUM PESQUISEI E E VI QUE REALMENTE E SUA DESCULPE ME PELO TRANSTORNO INCLUSIVE NO CREDITO HA O LINK PARA SEU SITE ,SEU TRABALHO E MUITO BOM DA GOSTO VER SEUS DESENHOS SAO EXELENTES MUITO SUCESSO PARA VOCE SENHOR DESMANIPULADOR nirdote@hotmail.com

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