Nascido em Lisboa, aos sete anos de idade, Antônio Vieira veio pela primeira vez ao Brasil aos sete anos de idade e começou a estudar com os jesuítas. Em 1634 foi ordenado padre e passou a se dedicar a problemas do Estado português. Dezesseis anos depois, resolveu voltar às missões no Brasil, aportando em São Luís do Maranhão em 1652. Suas missões eram frequentemente interrompidas por viagens a Portugal devido a problemas com os colonos, que não aceitavam a posição dos missionários de combate a escravidão. A situação se tornara ainda mais grave com a morte de D. João IV (1656), e mais tarde alguns jesuítas seriam definitivamente expulsos do Maranhão e Pará. De volta a Portugal foi preso e julgado após fazer o "Sermão da Epifânia", que defendia os colegas que como ele haviam sido expulsos do Brasil. Partiu em 1669 para Roma retornando seis anos depois com uma declaração do Papa que o livrava da Inquisição Portuguesa. Voltou ao Brasil em 1681 e se empenhou em fazer orações e sermões, morrendo na Bahia em 1697. Padre Antônio Vieira deixou importantes sermões que foram publicados entre 1679 e 1699, entre os quais se destacam "Sermão da Sexagésima", "Sermão de Santo Antônio" e "Cartas". Nessa época os sermões eram de grande importância política e os sermões de Padre Antônio Vieira são importantes documentos históricos do século XVII.