A CARRUAGEM DE ANA JANSEN


Carruagem de Ana Jansen


A lenda da carruagem de Ana Jansen trata de uma mulher muito rica que se instalou com a família em São Luís do Maranhão e, que, por maltratar seus escravos, teria sido condenada a vagar perpetuamente pelas ruas da cidade numa carruagem assombrada.
O coche maldito parte do cemitério do Gavião, em noites de quinta para sexta-feira, e ai de quem encontrá-lo pelo caminho. Ao incauto, Ana Jansen oferece uma vela acesa que, na manhã seguinte, estará transformada em osso de defunto. Um escravo sem cabeça conduz a carruagem, puxada por cavalos também decapitados.

Ana Jansen, uma mulher de grande poder econômico e de forte influência social, temida pela cidade, tornou-se lenda em São Luís. Nascida pobre em 1797, na provinciana capital maranhense, casou-se e enviuvou-se duas vezes, e por causa disso conseguiu acumular imensa fortuna. Morreu rica no ano de 1869, deixando desafetos e, claro, muita história para contar. Dona de muitos imóveis, Ana Joaquina Jansen Pereira, Donana Jansen, como era chamada, era tida como perversa com seus escravos, submetendo-os aos mais bárbaros castigos, torturando-os até a morte.

Ela era uma comerciante muito severa e dura com seus escravos, aplicava castigos duros em que muitos acabavam morrendo, muitas historias eram contadas para as crianças da época sobre ela, e uma delas é que Jansen fazia seus escravos como tapete, pisando em cima deles para que assim ela não estragasse os seus sapatos caros, reza a lenda também que ela pegava os seus escravos mais rebeldes e amarrava os de ponta-cabeça dentro do poço e esquecia deles lá. Os descendentes desta mulher sempre negaram os fatos, falando que tudo isso não se passava de historias que o povo espalhava ela cidade, fofocas sem sentido e com nenhuma verdade.

Segundo a lenda popular, por seu mau comportamento em vida, Ana Jansen recebeu um castigo divino na sua morte, ela foi condenada a vagar eternamente pelas ruas da cidade e a sua alma ficaria presa na cidade para sempre. Todas as noites de sexta-feira a carruagem da rica comerciante vaga pela cidade com a sua alma e dois cavalos sem cabeça pegando fogo, esses cavalos representariam os escravos que ela mandava decapitar.

Quem tiver a infelicidade de encontrar a diligência de Donana Jansen e deixar de fazer uma oração pela salvação da alma da maligna senhora, ao deitar-se para dormir, receberá das mãos de seu fantasma uma vela de cera. Esta, porém, quando o dia amanhecer, estará transformada em descarnado osso humano.

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