03 DOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO


SOBRE O BIG-BANG

.: - A ciencia tem apresentado a teoria do Big bang,como sendo a explicação mais provável para o surgimento do Universo: a explosão de uma proto-matéria, altamente condensada, teria espalhado um material cósmico em forma de plasma, que através de uma adensação vem formando ao longo de seus 15 a 20 bilhoes de anos o que conhecemos hoje por Universo. A Doutrina Espírita tem nos ensinado que, seja qual seja o fenomeno ocorrido para o surgimento do Universo, sua origem está no Criador.
Assim como a ciencia não pode precisar o momento incial da cosmogenese, assim também os espíritos, prudentemente, adiantam que, embora não conhecendo este inicio, Deus jamais deixou de operar, (O Pai trabalha até agora e eu trabalho tambem...Jesus-Jo 5,17), o que  de alguma forma, remete o princípio das coisas (assunto abordado no LE 11), para uma indefinição, a qual humildemente devemos nos curvar.

COMENTARIOS DO ESPIRITO MIRAMEZ NA OBRA “FILOSOFIA ESPÍRITA”

  DEUS E O UNIVERSO

O termo DEUS é a partida para todos os assuntos, é a gênese de todo existir, e o universo é o seu trabalho, é o seu "corpo ciclópico" que fala para todos nós, mais de perto, da grandeza do Criador.
Deus é uma causa invisível, mas real. Constatamos sua existência pela sua criação visível, com o que apalpamos e enxergamos. Crer em Deus é função da inteligência. A própria ciência já não pode andar mais sem a convicção da existência de uma força superior que conduz e sustenta todos, na maior expressão que se pode ser. O que a história universal nos oferece está fora dos limites da percepção comum dos homens, os segredos, a ciência, a filosofia e a religião que se constatam no saber são sobremaneira avançados no sistema que a sabedoria nos expõe para que possamos entender, ou começar a entender, os primeiros passos da grandeza
universal.


É tão amplo o campo de conhecimento na Terra, que está para nascer nela um homem que conheça todas as coisas em um só conjunto de sistema doutrinário. As divisões existentes em tudo o que se sabe, são para facilitar a compreensão de tudo que se quer aprender. E neste sentido que a medicina, o direito, a mecânica, a religião e a própria cultura se dividem em variadas especialidades. Tudo se divide para ser melhor compreendido e disseminado e para entendermos melhor. Se enchêssemos um saco de letras do alfabeto, nunca entenderíamos o seu grande objetivo, ao passo que se as ordenarmos com inteligência, divididas na harmonia que a mente determina, compreenderemos a sua incomparável missão de instruir as criaturas. Deus dividiu o seu saber pelas leis que determinou, e fez nascer o universo.


Homem algum é capaz de alcançar, e mesmo sentir, o que é a grandeza da vida universal. Mesmo da Terra, em que estagia, a mente humana não tem condições para sentir a sua extensão, visualizando as águas, os mares, as matas, as árvores, o ar, a luz, as trevas, o fogo, os minerais, os animais e eles próprios, cada um com o seu dever específico de acordo com a sua missão e os seus limites. Para tanto, os mesmos homens criaram as leis, e na intuição fizeram uma cópia das leis naturais, não tão perfeitas quanto elas, por não suportarem sua harmonia, mas nessa cópia, é que poderão viver mais ou menos em paz na Terra que habitam por misericórdia de Deus.
O universo não é Deus, no modo que muitos pensam ser. Ele está ligado ao Criador por fios que desconhecemos, por enquanto, porém é obra das suas mãos, na ternura do seu magnânimo coração. Deus fez tudo em perfeita harmonia, por ter em evidência o atributo do Amor. É bom que comparemos as coisas da Terra, no sentido de compreendermos a separação do Criador com as coisas criadas, separação no sentido de entendermos que uma não pode ser a mesma coisa que a outra.


Se no planeta em que vivemos não existissem homens inteligentes, estaria tudo dentro do padrão primitivo, mas, como existem há milênios, os seres capacitados de razão, encontramos grandes obras que revelam os criadores, porque, por si só elas não se fazem.
Essa é a equação que devemos dominar, para reconhecer a existência de um Criador fora da criação, com a sua personalidade diferente, com a sua existência própria, a fazer leis, a construir mundos e sóis, estrelas, galáxias e universos sem conta, que fogem à capacidade humana e mesmo às espirituais.
A mente do homem é insignificante, em comparação com a mente divina, mas pode tornar-se gigante, se ela for obediente aos preceitos organizados pela fonte criadora. E, ainda mais, se o universo existisse de toda a eternidade, como Deus, não poderia ser obra sua. E se ele está submetido às leis, ele não tem vontade própria qual Deus, é uma mecânica dirigida por uma sabedoria, e esta é esse


CRIAÇÃO DO UNIVERSO

O princípio da criação perde-se na noite da eternidade. Os sentidos humanos, senão os espirituais, não alcançam as respostas que as coisas podem dar, pelo estado de desintegração, por lhes faltarem as qualidades no registro mais profundo, da essência mais sutil que tudo gravou desde o amanhecer da vida.As coisas, desde os átomos até os acúmulos de galáxias, fazem-se e desfazem-se pela vontade divina, em uma ação contínua, sem que haja princípio nem fim nas deliberações humanas. Os números dominados pela inteligência humana são fracos para essa contagem de ordem transcendental, que somente opera nas linhas dos segredos de Deus. Se queres saber como Deus criou o Universo, terás de estudar a existência da própria criação e, enquanto isso não ocorre, deves contentar-te com a inspiração de Moisés, na Gênese, que ainda vigora até o presente momento: Faça-se a luz! E a luz foi feita. Gênese 1:13. É muita pretensão dos homens, mesmo dos que transitam na ciência, quererem compreender os detalhes do modo que usou a Divindade, para que tudo surgisse na extensão infinita da vida.


Ainda estamos, homens e Espíritos que viajamos com a Terra em tomo do Sol, nos primeiros degraus do entendimento espiritual, em relação a tamanha profundidade de conhecer determinados arcanos da Luz. Para compararmos com o entendimento humano e sermos compreendidos com maior facilidade, diremos que Deus criou tudo o que se pode ver e o invisível, pela sua magnânima vontade e poderosa mente, capaz de tudo fazer pelo seu querer. No entanto, essa maneira de expressar diminui o Criador, nivelando-O com os homens.
Dentro dos homens escondem-se poderes sobremodo grandiosos, dependendo de determinado desenvolvimento, que se processa pelas mãos do tempo e do esforço próprio, para aquisição do Amor. Onde falta o Amor, estende-se a agenesia, desencadeando a morte, sem a esperança que de novo surja a vida, a não ser quando volta o cultivo da benevolência nos rastros da caridade. Para que entendamos melhor, observemos: se Deus é Amor, nada poderá surgir sem ele, porque não pode haver criação sem amor; portanto, somos filhos do Amor em todos os rumos da vida, dentro da eternidade.


Só podemos dizer que o físico é a condensação da anti-matéria, espalhada em estados diferentes pela vastidão infinita da criação. São fluidos, no linguajar espiritualista, que obedecem ao comando divino, para a divina formação das diversas moradas da casa do Pai. Esses fluidos já são composições de outros mais sutis, que podem se perder nas nossas fracas deduções, e precisar as datas das coisas criadas ainda não temos condições, por nos faltarem meios que nos possam dar, pelo menos, certas diretrizes.
A Terra em que moras, onde pisas com firmeza e onde os próprios aparelhos estão assentados, podes estudá-la examinando-a a olho nu, e até usando sistemas sofisticados que a ciência pode produzir e, ainda assim, não constatarás com precisão a sua idade.:
Já várias idades lhe foram atribuídas sem que pudessem acertar, como querer saber a idade do universo? E se alguém afirmar que ele não tem idade? A matemática espiritual confunde os homens, para levá-los a aceitar os primeiros passos da senda, sem os caprichos da vaidade humana, de tudo saber e querer explicar sem o entendimento preciso.
Se o universo foi formado, conforme o entendimento humano, pelo amor, o nosso maior dever é procurar estudar esse amor, nas linhas da sua pureza, para que comecemos, senão criar, ao menos ajudar na criação do bem na Terra.


FORMAÇÃO DOS MUNDOS

É tamanho o interesse dos homens de ciência em saber quando se deu a formação da Terra e de outros mundos que bailam no espaço cósmico, que lutam com todas as possibilidades que possuem, através da matemática científica, da astronomia e do raciocínio ilustrado na mais profunda lógica humana. Dentro da ciência da natureza, estão extraviados, perdendo-se, muitas vezes, nas falsas somas de séculos e bilhões de anos, na contagem do tempo de formação da própria casa em que moram. Cálculos e mais cálculos já foram feitos, e sempre são ultrapassados por outros mais novos, e por máquinas mais sofisticadas...
"O Livro dos Espíritos" nos diz que os parcos conhecimentos humanos estão longe das deduções acertadas, no domínio das idades dos mundos, que se perdem na noite da eternidade. Somente o Amor tem a capacidade da medição cósmica, dentro dos padrões universais computados por Deus e estendidos na vastidão infinita da Sua criação.


Alguém, interessado pela ciência há pouco tempo, bate a mão num bloco de pedra, confabulando consigo mesmo: "isso que toco com a mão e que posso ver sem aparelhos é pura energia concentrada, por um poder que desconheço" Certamente que é, todos os corpos materiais se condensaram. Antes foram fluidos imponderáveis e, por vários processos esses fluidos tornaram-se sólidos, principalmente em se falando dos mundos e sóis que habitam o espaço. O tempo determinado, calculado por medição é que por agora escapa à razão, mesmo munida de aparelhos dos quais é portadora.
A energia disseminada por todo o universo se aglomera, não pelo acaso, que não existe. Os fluidos cósmicos são dominados pelos engenheiros siderais e esse éter é obediente às mentes destes grandes Espíritos, fazendo a princípio um campo de força, e depois, a concentração por atração magnética, de modo a formar a aglomeração de acordo com a vontade espiritual. Certamente que não fica somente nisto. É uma ciência de variações proporcionais ao que se vai fazer, mas tudo é feito pela determinação divina. Nada se faz ou se forma, sem que Deus determine, sem a sua participação engenhosa e justa.


Estamos longe de saber todos os pormenores da engenharia da criação, o esquema para surgimento, por exemplo, de um Sol com sua família planetária. Deus conta, na co-criação, com a participação de Espíritos altamente evoluídos que trabalham na fundição e refundição de fluidos para que, com o tempo de bilhões e bilhões de anos, na mais perfeita harmonia, numa cadência que somente os anjos compreendem, vai se formando na tela cósmica do espaço um simples sistema solar para que sirva de moradia e escola da mais alta segurança espiritual. São recambiados então, bilhões de almas de variados lugares, mais ou menos em sintoma, para uma determinada morada, que sempre é um ato de misericórdia.
Como já sabemos, os mundos se formam por condensação de fluidos altamente sensíveis. Eles são comandados, novamente afirmamos, por luminares siderais; entretanto, o mais interessante é a educação das criaturas, que são as mesmas almas revestidas de vários corpos, para alcançar o despertamento espiritual e que podem igualmente ajudar no preparo da retaguarda.


 Os problemas, as dores e todos os tipos de infortúnios ocorrem por falta de educação, por desrespeito às leis espirituais.
Quando todos reconhecermos as necessidades de harmonia em nossos passos, fazer-se-á luz em nossos corações e tudo se tornará em paz, dando-se a formação de todas as coisas, na mais perfeita 

harmonia, e é neste sentido que os mundos e toda a mecânica universal, se encontram em perfeita ordem e justa sintonia com o Criador.
É claro que para trabalhar na formação dos mundos é necessário sabedoria, no entanto, não pode faltar a ciência do Amor.

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