BIOGRAFIA TONIA CARRERO(ATRIZ)


   Tônia Carrero
Tônia Carrero, nome artístico de Maria Antonieta Portocarrero Thedim (Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1922) é uma atriz brasileira.
Após longos anos de carreira, é considerada uma das mais consagradas atrizes do Brasil, com marcantes interpretações em cinema, teatro e televisão.

Apesar de graduada em educação física, a formação de Tônia como atriz foi obtida em cursos em Paris, quando já era casada com o artista plástico Carlos Arthur Thiré, pai do ator e diretor Cecil Thiré. Ao voltar da França, protagonizou o filme Querida Suzana. Foi a estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz-São Bernardo do Campo -SP, tendo atuado em diversos filmes.


A estréia em teatro foi no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em São Paulo, com a peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, onde teve como parceiro o ator Paulo Autran. Após a passagem pelo TBC formou, com seu marido na época, o italiano Adolfo Celi e com o amigo Paulo Autran, a Companhia Celi-Autran-Carrero que, nos anos 50 e 60 revolucionou a cena do teatro brasileiro ao constituir um repertório com peças de autores clássicos, como Shakespeare e Carlo Goldoni, e de vanguarda, como Sartre.

Na TV, um dos seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson em Água Viva (1980), de Gilberto Braga. Tônia viria a trabalhar novamente com o autor, em 1983, na novela Louco Amor, dessa vez interpretando a não menos charmosa e chique Mouriel. Tanto em Água Viva como em Louco Amor, Tônia perdeu o papel da vilã para Beatriz Segall e Tereza Rachel, respectivamente. Mesmo assim os dois personagens que interpretou foram um sucesso.
É avó dos atores Miguel Thiré, Luísa Thiré e Carlos Thiré, que foi casado com a atriz Isabela Garcia, que é irmã da atriz Rosana Garcia.

Carreira

 No teatro
2003 - A Visita da Velha Senhora, de Friedrich Dürrenmatt , com direção de Moacyr Góes
1986 - Quartett, de Heiner Müller, com direção de Gerald Thomas
1984 - A Divina Sarah, de John Murrell, com direção de João Bethencourt
1984 - A Amante Inglesa, de Marguerite Duras, com direção de Paulo Autran
1978 - Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?, de Edward Albee, com direção de Antunes Filho
1976 - Doce Pássaro da Juventude, de Tennessee Williams, com direção de Flávio Rangel
1971 - Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen, com direção de Cecil Thiré
1968 - Navalha na Carne, de Plínio Marcos, com direção de Fauzi Arap
1965 - A Dama do Maxim's, de Georges Feydeau, com direção de Gianni Ratto
1960 - Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello, com direção de Adolfo Celi

1960 - Calúnia, de Lillian Hellman, com direção de Adolfo Celi
1956 - Entre Quatro Paredes, de Jean-Paul Sartre, com direção de Adolfo Celi
1956 - Otelo, de William Shakespeare, com direção de Adolfo Celi
1954 - Cândida, de Bernard Shaw, com direção de Ziembinski
1954 - Uma Mulher do Outro Mundo, de Noel Coward, com direção de Adolfo Celi
1953 - Uma Certa Cabana, de André Roussin (tradução de Brício de Abreu), com direção de Adolfo Celi
1950 - Amanhã, se Não Chover, de Henrique Pongetti, com direção de Ziembinski
1949 - Um Deus Dormiu Lá em Casa, de Guilherme Figueiredo, com direção de Adolfo Celi

 No cinema
2008 - Chega de Saudade
2005 - Vinicius (documentário), com direção de Miguel Faria Jr
1990 - O Gato de Botas Extraterrestre, com direção de Wilson Rodrigues
1988 - Sonhos de Menina Moça, com direção de Tereza Trautman
1988 - Fogo e Paixão, com direção de Isay Weinfeld e Márcio Kogan
1988 - A bela Palomera, com direção de Ruy Guerra
1977 - Gordos e Magros, com direção de Mário Carneiro
1969 - Tempo de Violência, com direção de Hugo Kusnet
1962 - Copacabana Palace, com direção de Steno
1962 - Sócio de Alcova, com direção de George Cahan
1962 - Esse Rio que Eu Amo (episódio Noite de Almirante), com direção de Carlos Hugo Christensen

1961 - Alias Gardelito, com direção de Lautaro Murua
1955 - Mãos Sangrentas, com direção de Carlos Hugo Christensen
1954 - É Proibido Beijar, com direção de Ugo Lombardi
1952 - Apassionata, com direção de Fernando de Barros
1952 - Tico-Tico no Fubá, com direção de Adolfo Celi
1950 - Quando a Noite Acaba, com direção de Fernando de Barros
1949 - Caminhos do Sul, com direção de Fernando de Barros
1947 - Querida Suzana, com direção de Alberto Pieralisi

Na televisão
2004 - Senhora do Destino .... Madame Berthe Legrand
2004 - Um Só Coração .... Ela própria
2000 - Esplendor .... Mimi Melody
1995 - Sangue do meu sangue .... Cecile Renon (SBT)
1993 - Cupido Electrónico .... D. Nenette (co-produção RTP/?)
1989 - Kananga do Japão .... Letícia Viana (Rede Manchete)
1987 - Sassaricando .... Rebeca
1983 - Louco Amor .... Mouriel

1981 - O Amor é Nosso .... Gilda
1980 - Água-Viva .... Stella Fraga Simpson
1979 - Cara a Cara (Rede Bandeirantes)
1972 - Uma Rosa com Amor .... Roberta Vermont
1972 - O Primeiro Amor .... Maria do Carmo
1971 - O Cafona .... Beatriz
1970 - Pigmalião 70 .... Cristina Melo de Guimarães Cerdeira
1969 - Sangue do Meu Sangue .... Pola Renon (Rede Excelsior)

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OUTRA INFORMAÇOES SOBRE A ATRIZ
Tonia Carrero se chama Maria Antonieta Porto Carrero. É brasileira, carioca, filha, neta e bisneta de brasileiros. Mas nasceu loira, tipo europeu, com rara beleza. Sua data de nascimento é 23 de agosto de 1922. Seu pai era oficial do Exército Brasileiro, que morreu general.Também seus irmãos seguiram carreira militar. Só a menina, contrariando a vontade materna, “nadou contra a maré”, e bem cedo se interessou por artes, balé, teatro, etc. Formou-se em Educação Física. Esteve na França, estudando francês e balé. Aí já estava casada com um artista requintado de nome Carlos Arthur Thiré. Com ele teve seu único filho Cecil Thiré, também ator.

Tonia, bem jovem, deixou o filho com a mesma babá que a criou e com a mãe, e foi para Paris. Ingressou num curso de teatro e percebeu logo que essa era sua grande aspiração, uma vocação “nitidamente indispensável”, ela diz. Sempre lindíssima, a beleza a ajudou, mas não trabalhou em Paris. Só estudou. Outra vez no Brasil, trabalhou no filme “Querida Suzana”, e logo apareceu no jornal uma crônica sobre ela, com o título: “Nasce uma estrela”.

Não quis fazer chanchada, não quis fazer Atlântica, queria fazer coisas boas e em boas companhias. Fernando de Barros a ajudou, colocando-a na Compahia de Maria Della Costa. Aí foi para o Rio Grande do Sul e participou de filmes, como: “Caminhos do Sul”, “Perdida pela paixão”, onde foi protagonista. Em teatro estreou na peça: “Um deus dormiu lá em casa”, com Paulo Autran. Aí ela, seu marido e Autran organizaram uma Companhia de teatro e fizeram inúmeros espetáculos. Tonia já era estrela nacional. Foi então contratada pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde fez “Tico-tico no fubá”, “É proibido beijar” .

Começou a ganhar muitos prêmios. Ficou amiga de um grande mecenas, Franco Zampari, e entrou para o T.B.C. (Teatro Brasileiro de Comédia), onde fez, com muito sucesso, ”Leito nupcial”. Começou a fazer televisão. Vicente Sesso a chamou para fazer “Sangue do meu sangue” e “Pigmaleão 70” , já na TV Globo. Fez ainda: “O Cafona”, “Primeiro amor”, “Louco amor”, “Esse louco amor”. Trabalhou também no S.B.T.. E nunca mais saiu de televisão, teatro e cinema. Uma carreira densa. Uma carreira completa. Trabalhou também com o filho Cecil Thiré, com quem teve uma companhia.

E agora está fazendo “Um equilíbrio delicado” que é uma peça de grande valor, grande “delicadeza”, segundo ela. Tonia Carrero é uma mulher linda ainda, e sobretudo inteligente, que sabe entender as coisas, sabe analisá-las. Sabe, por exemplo, que a carreira de atriz no Brasil tem altos e baixos. Às vezes os textos são bons, às vezes ruíns. É preciso saber passar, saber viver. Prêmios Tonia recebeu todos: “Velho Guerreiro”, “Moliere”, o “APCT”, o “APTESP”, “Prêmio do Mérito Militar”, “Legion des Arts et des Lettres” da França e comendas.

Tudo isso e muito mais. Mas, para ela o verdadeiro prêmio foi o filho maravilhoso e inteligente que Deus lhe deu, e que já lhe deu netos e bisnetos. Tonia é bisavó. E feliz com isso. Foi casada por três vezes. E foi muito feliz com seus amores. Sempre homens inteligentes, que muito a ensinaram, segundo ela. Quando lhe perguntam se é vaidosa, responde: “Minha vaidade é melhorar cada vez mais como ser humano, capaz de olhar para os outros, e não apenas para o próprio umbigo. Disso eu sou vaidosa. Sempre procurei e procuro ainda crescer”. 

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