biografia Tostão(jogador)


   Tostão

Eduardo Gonçalves de Andrade, conhecido como Tostão (Belo Horizonte, 25 de Janeiro de 1947), é um ex-futebolista brasileiro. É considerado um dos grandes jogadores do futebol nacional e internacional.
Infância e Juventude

Ganhou o apelido de Tostão ainda criança. Quando tinha sete anos, foi “convocado” para reforçar o time de várzea do bairro que enfrentaria os garotos do Atlético-MG. Ele só entrou no segundo tempo e parecia sumir no meio de meninos de 12, 15 anos. O garotinho marcou um gol e saiu carregado nos braços pelos companheiros.
Havia Toró e havia Tostão. Quem assistia às peladas no IAPI, um conjunto habitacional próximo ao centro de Belo Horizonte, garantia que o primeiro era o melhor. Mas envergonhado por ser portador de vitiligo, uma doença que provoca manchas na pele, ele se recusava e vestir um calção. Desistiu da bola. O companheiro, não. O time era Associação Esportiva Industriários Como era o mais mirrado e o mais novo do time, ganhou o apelido de Tostão (a moeda já era bem desvalorizada na época) e foi escolhido para jogar na ponta-esquerda, onde se especializou em chutar exclusivamente com a canhota. Um acidente aos 6 anos com uma das unhas do pé direito, impedia Tostão de chutar com o pé destro. O trauma foi superado somente 13 anos mais tarde na Seleção Brasileira onde o preparador físico Paulo Amaral o convenceu a treinar diariamente 200 chutes com a direita, para se tornar um meia completo.

    Carreira

Tostão iniciou sua carreira no futebol de salão do Cruzeiro em 1961. Em 1962, com quinze anos e ainda no Cruzeiro, Tostão foi para a equipe júnior de futebol de campo.No mesmo ano, o América Mineiro contratou o jogador que jogou apenas um ano no clube do coração dos seus pais.Em 1963, Tostão voltou ao Cruzeiro, clube que o projetou para o Brasil e o mundo. O então diretor Felício Brandi chegou atrasado mais de uma hora ao próprio casamento só para concluir a contratação de Tostão.Daí engrenou na carreira formando o famoso tripé com Wilson Piazza e Dirceu Lopes.
Foi recolhido o seu talento, quando ao lado de Dirceu Lopes, com quem formou uma das duplas de maior talento no futebol brasileiro de todos os tempos.No ano de 1966, o Cruzeiro bateu o maior Time de Todos os Tempos, o Santos Futebol Clube, Bi-campeão da Copa Libertadores e do Mundo (1962/1963) e atual penta-campeão da Taça Brasil, que contava com nada mais, nada menos do que Pelé, Pepe, Mauro, Zito, Mengálvio, Gilmar, Coutinho e outros grandes jogadores.O Cruzeiro era um time de garotos, que além de Tostão contava com Dirceu Lopes, Wilson Piazza, Raul Plassmann, Natal, entre outros.
Foi a noite mais mágica que o Gigante da Pampulha já teve.

A maior partida da história do Cruzeiro e que fez com que ele hoje tenha essa grandeza. O time Celeste deu simplesmente um show no Santos, terminando o primeiro tempo em 5 a 0 para o Cruzeiro, comandado por Tostão e Dirceu Lopes. A partida foi encerrada em 6 a 2 para os mineiros, a derrota mais humilhante que o até então imbatível time da Vila Belmiro havia sofrido.Após a partida tiraram uma foto com uma coroa na cabeça de Tostão e que depois saiu em um jornal com o título: "O Novo Rei", uma vez que Pelé era o Rei do Futebol e havia perdido a partida, porém Tostão não aceitou o status, afirmando que o Pelé realmente era o Rei. Mas é indubitável o quão grande era a qualidade de Tostão, quem ousaria afirmar a existência de um novo Rei do Futebol com Pelé ainda em atividade.
Mesmo assim, Tostão era conhecido internacionalmente como o "Rei Branco" Futebol, já que Pelé era o "Rei Negro". Uma semana depois, o jogo de volta no Pacaembu, o Santos abriu 2 a 0 e os paulistas esperavam que a goleada fosse devolvida. No intervalo o presidente do Santos já tentava marcar o terceiro jogo que seria realizado no Maracanã.

O Cruzeiro voltou motivado, e partiu pra cima. O nosso eterno craque perdeu um penalty e não se abateu, pelo contrário, jogou ainda com mais gana, marcou um gol épico de falta que deu início à reação,Logo depois, Dirceu Lopes empatou a partida (o empate já era o suficiente para o título),o incrível após o gol, o Santos não esboçou nenhuma reação. O Cruzeiroo é que continuou atacando. E o terceiro gol veio para coroar uma reação sensacional e fechar com chave de ouro uma campanha maravilhosa. Hilton Oliveira tocou para Tostão driblar vários adversários e entregar limpinha para Natal que livre, apenas encostou para fazer Cruzeiro 3 a 2 Santos. Foi uma alegria indescritível. O Cruzeiro era campeão brasileiro com duas vitórias sobre o melhor time do mundo,Tostão que tinha sido um dos responsáveis pelo titulo não esquece aquele jogo no Pacaembu. O Cruzeiro elevava o nome de Minas Gerais, que agora contava com um time que passou a ser respeitado internacionalmente pelo seu feito e também perdia o seu caráter provinciano com a construção do Mineirão e com o título da Taça Brasil.
Mesmo atuando no meio de campo, com a responsabilidade de armar as jogadas para os atacantes, Tostão é o maior artilheiro da história do Cruzeiro, com 249 gols.  Estabeleceu marcas no Campeonato Mineiro, quando sagrou-se o goleador por quatro edições seguidas: em 1965, 1966, 1967 e 1968. Foi ainda o artilheiro da última edição da Taça de Prata, em 1970.

Tostão fez sua última partida oficial pelo Cruzeiro jogando com a camisa 7 contra o Nacional de Uberaba, nesta cidade, em abril de 1972, pelo campeonato mineiro, que apontou o resultado final de 2x2.
O Mineirinho de ouro, como foi apelidado, integrou o mítico ataque da seleção que conquistou o tricampeonato mundial em 1970, transferiu-se do Cruzeiro para o Vasco em Abril de 1972, na maior transação envolvendo clubes brasileiros até aquela época. Como jogador do Vasco, naquele mesmo ano, sagrou-se campeão da Minicopa pelo Brasil. A contratação de Tostão foi o símbolo do início de uma nova fase no Vasco, que passava por uma crise, e empolgou a torcida. Infelizmente, os vascaínos não puderam contar por muito tempo com seu futebol brilhante e inteligente.Em fevereiro do ano seguinte, após um amistoso do Vasco com o Argentinos Juniors, Tostão anunciou o final de sua brilhante carreira, com 26 anos. Uma inflamação na retina operada no jogo entre Vasco e Argentinos Juniors levou o jogador novamente a Houston e foi impedido de jogar com o risco de ficar cego. Um ano após chegar ao Vasco, abandona o futebol prematuramente. Tostão marcou seu último gol no dia 10 de fevereiro de 1973, contra o Flamengo. Dezessete dias depois, dá adeus ao futebol, após enfrentar o Argentino Juniors.
Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Seleção Brasileira, em 1968
Da esquerda para a direita, em pé: Carlos Alberto Torres, Sadi, Cláudio, Joel, Denílson e Jurandir. Agachados: Paulo Borges, Gérson, Jairzinho, Tostão e Edu. Foto enviada por Renato Meneses Fernandes

   Seleção Brasileira
Estreou na Seleção Brasileira no dia 15 de maio de 1966, em amistoso no Morumbi, contra o Chile, no empate de 1 a 1.
O técnico era Vicente Feola. Aos 19 anos, em 1966, ele foi um dos 47 convocados para a seleção brasileira que se preparava para a Copa do Mundo da Inglaterra. Conquistou uma vaga entre os 22 e atuou apenas uma vez naquele Mundial relâmpago para o Brasil. O Brasil perdeu de 3 a 1 para a Hungria, em Liverpool, com gol dele. Foi um dos poucos que se salvaram da fracassada participação na Inglaterra.
Em 1969, ao lado de Pelé, levou o Brasil à classificação para o Mundial do México. Tostão foi o artilheiro das eliminatórias com 10 gols. A imprensa já o batizava de vice-rei. Tostão foi além das montanhas de Minas.Foi reserva de Pelé em alguns jogos em 1968, sob a direção de Aymoré Moreira. No ano seguinte, sob o comando de João Saldanha, virou o último parceiro de rei com a camisa amarela, 1969 foi o ano de sua consagração, Com dez gols, além de artilheiro, foi o craque das eliminatórias que classificaram o Brasil para o México.O próprio Brasil deve a ele, Pelé, Gérson e Jairzinho o tri de 1970.
Na Minicopa, meses depois, faria seus últimos jogos pela seleção. No início de 1973, novo exame com o doutor Moura em Houston poria fim a sua carreira. O médico o aconselhou a parar, sob o risco de perder a visão.

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Em 1966
Concentração da Seleção Brasileira na bela cidade de Teresópolis, no Rio de Janeiro. O primeiro é Tostão e o terceiro é Alcindo. Foto; arquivo pessoal de Valdir Joaquim de Moraes

Com apenas 26 anos, o tímido gênio que encantara personagens como Stanley Matthews, Ferenc Puskas, Alfredo di Stéfano e o escritor Hugh Mc’Ilvaney, que fora tema do filme Tostão, a fera de ouro, de Ricardo Gomes Leite, e da música O jogo, de Pacífico Mascarenhas, saia de cena discretamente, sem festa e sem jogo de despedida, com a mesma elegância com que desfilava pelo IAPI ao lado de Toró, o craque que não foi.
Pelo Seleção Brasileira fez,65 (55 oficiais) jogos, 36 gols. Ainda com menos de 20 anos disputou 8 jogos pela Seleção Brasileira, sendo 1 jogo não oficial, e marcou 7 gols.Seu último jogo pela Seleção foi na decisão da Taça Independência, em 1972, na decisão do torneio – Brasil 1 x 0 Portugal, gol de Jairzinho.

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Seleção Brasileira, no estádio do Morumbi, em julho de 1971
Da esquerda para a direita, em pé: Zé Maria, Felix, Brito, Piazza, Clodoaldo e Everaldo. Agachados: Mário Américo, Zequinha, Gérson, Tostão, Pelé, Rivellino e Nocaute Jack. Foto: Reprodução da revista Manchete

   Deslocamento de retina
Corria o ano de 1969, ano em que se tornou titular na Seleção, a Seleção Brasileira está jogando um amistoso com os Milionários, em Bogotá, preparando-se para enfrentar a Colômbia pelas eliminatórias da Copa do Mundo poucos dias depois. Era o dia 1. º de agosto. Tostão, um dos maiores craques que o futebol mundial conheceu, domina a bola, mas não consegue evitar o choque com o zagueiro Castaños. E machuca o olho esquerdo, para preocupação de todos os amantes do futebol-arte.
No dia 24 de setembro de 1969, outro lance viria a dividir a carreira de Tostão. Jogava Cruzeiro e Corinthians, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, no Pacaembu, à noite. Tostão recebe o impacto de uma bola chutada pelo zagueiro Ditão de raspão no mesmo olho esquerdo. Sofre deslocamento de retina do mesmo olho esquerdo. A torcida, de Norte a Sul, acompanha sofrido o drama de um craque genial. Do craque e do cidadão Eduardo Gonçalves de Andrade, às vésperas do Mundial do México 1970. Dia 2 de outubro de 1969, Tostão é submetido a uma cirurgia, em Houston (Estados Unidos), pelo médico Roberto Abdalla Moura, no Hospital Metodista de Houston.
Todos torciam para sua recuperação,um jovem de 22 anos, inteligente, culto, leitor de autores incomuns as seus companheiros de profissão, ligado nos acontecimentos do mundo, fã de dom Helder Câmara, preocupado com as injustiças sociais, defensor da liberdade e da democracia, temas nada afetos ao universo do futebol. Saldanha caiu na seleção, deu o lugar a Zagallo. Este não acreditava na recuperação do craque mineiro, que era liberado para voltar às atividades a três meses da Copa. O médico Lídio Toledo, também não. Mas, não se sabe se por feeling, pela velha estrela, por superstição, o fato é que Zagallo deu todas as chances a Tostão.

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Cruzeiro x Bahia
Tostão e Aylton Rocha. Foto enviada por Aylton Rocha Júnior

Às vésperas do embarque, o craque reassumiu seu lugar no time, ao lado de Pelé. E a dupla atuou as seis partidas da epopéia do tricampeonato mundial. No dia seguinte a cada jogo, o doutor Moura era personagem de uma operação sigilosa que o levava à concentração brasileira, para examinar o olho esquerdo que mais preocupava o Brasil. Mesmo com todo risco e com desconfiança dos dirigentes, com a camisa 9 Tostão disputou a Copa de 1970 e volta do México com seu mais importante título: tricampeão mundial. Quem não se lembra da jogada genial na partida contra a Inglaterra, quando driblou vários adversários e originou o gol da vitória, feito por Jairzinho. Fez ainda dois gols contra o Peru naquele Mundial. Boa parte da crítica européia o apontou como o maior craque do Mundial.
Afinal, disputar uma Copa sem o talento inigualável de Tostão seria um risco muito grande. Por força de um sopro dos deuses da bola, Tostão venceu todos os obstáculos e foi ao México, onde desfilou jogo após jogo, toda a sua arte. De seus pés – e de seu cérebro – surgiram jogadas empolgantes e gols decisivos. E Tostão, que por pouco não foi à Copa, acabou-se transformando em um dos heróis da conquista do tricampeonato mundial pelo Brasil. Para a imprensa européia, foi o melhor jogador da Copa.

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Nos braços do Povo!
Na estação ferroviária de Belo Horizonte, nos "braços do povo", o atacante Tostão, a frente de dois senhores de óculos no centro da imagem e veja também o "grandalhão" Procópio, de jaqueta sorrindo ao léu. Crédito da foto: Levi dos Santos Xavier

 Pós carreira
Em 1975, passou nos vestibulares da Faculdade de Ciências Médicas e da Escola de Medicina da UFMG. Optou pela segunda e formou em medicina (clínica geral) em 1981.Dr. Eduardo se recolheu a uma vida simples, tipicamente mineira, ao lado de sua mulher e seus filhos, deixando o Tostão para ser – com muita justiça – idolatrado pelos torcedores que jamais esquecerão a sua imagem.
Voltaria ao futebol na década de 90, principalmente em 1994, após a Copa de 1994, como comentarista esportivo e colunista de várias televisões e jornais.Em 1993 consta que Tostão era médico e professor da Faculdade de Ciências Médicas e recebeu uma homenagem pelos seus feitos no Cruzeiro.Em 1997, com 50 anos, médico e comentarista de futebol, Tostão reencontra agora um novo prazer na vida: escrever. Tostão escreveu o livro de memórias “Lembranças, Opiniões e Reflexões sobre Futebol”, pela editora DBA de São Paulo, lançado nacionalmente 23 de agosto.
Um ídolo para todas as idades. Para chegar a esta condição, o ex-atacante esbanjou talento pelos gramados de Minas e do mundo.Com ele, o Cruzeiro acumulou títulos e prestígio internacional.
Tostão ficou marcado ao longo de sua carreira pela sua visão de jogo, com passes explêndidos deixava os atacantes em excelentes condições para marcar. Possuía toques sutis, inteligência notável para se deslocar e armar o jogo, um gênio do futebol mundial. Mesmo jogando no meio-campo para municiar os atacantes, era também artilheiro, possuía a capacidade de dar o drible curto contra o adversário com facilidade, tinha uma visão de jogo ímpar, foi um dos melhores cobradores de falta do Cruzeiro, também treinava sozinho após os treinos do Cruzeiro, para se aperfeiçoar e corrigir defeitos.

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Quarteto fantástico!
Foto histórica na estação ferroviária de Belo Horizonte. O trio de ouro da Raposa: da esquerda para a direita, Nicola Calichio, à época diretor-financeiro do Cruzeiro, em pé, nas janelas Dirceu Lopes, Piazza e Tostão. Crédito da foto: Levi dos Santos Xavier

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Descanso na ferrovia!

Jogadores que mudaram a história do Cruzeiro, sentados no vagão de descanso, "mitos" cruzeirenses, do lado direito, Tostão e do esquerdo, Piazza e Dirceu Lopes. Crédito da foto: Levi dos Santos Xavier

            Titulos

Seleção Brasileira
 Copa do Mundo: 1970
  Copa Rocca: 1971
 Taça Independência: 1972
Cruzeiro
 Campeonato Brasileiro: 1966
 Campeonato Mineiro: (1965,1966,1967,1968,1969)
Torneio Início de Minas Gerais1966
Demais torneios e taças
 Torneio de Djacarta (IND): 1972.
 Torneio Hong Kong (CHI): 1972.
 Taça Miller (EUA): 1972
Torneio Tailândia (THA): 1972
Torneio do Governador (BA): 1971
 Torneio 11 de Outubro (PAN): 1971.
 Torneio de Caracas (VEN): 1970
 Torneio José Guilherme (BRA): 1970
 Torneio do México (MÉX): 1967
 Torneio Quadrangular (BRA): 1966
 Taça Rio Branco (URU): 1966
Torneio de Barbacena (MG): 1965
Torneio Mário Coutinho (MG): 1965
Torneio do Bispo (MG): 1965
Torneio Natalino Triginelli (MG): 1965
Taça Guilherme de Oliveira (DF): 1964
Torneio de Barbacena (MG): 1964

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Na janelinha do Trem, o craque Tostão, na estação ferroviária de Belo Horizonte, pronto para embarcar com o seu Cruzeiro para jogar na região centro-oeste brasileira. Crédito da foto: Levi dos Santos Xavier

   Artilharia

 Campeonato Mineiro : 1965
 Campeonato Mineiro : 1966
 Campeonato Mineiro : 1967
 Campeonato Mineiro : 1968
 Campeonato Brasileiro: 1970 - (12 gols)
 Eliminatórias Copa do Mundo: 1970 - (10 gols)

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Seleção Brasileira
Em pé, da esquerda para a direita: Cláudio Coutinho, Carlos Alberto Parreira, Carlos Alberto Torres, Piazza, Brito, Clodoaldo, Everaldo e Zagallo. Agachados da esquerda para a direita: o segundo é Mário Américo, seguido por Jairzinho, Rivellino, Tostão, Pelé, Paulo César Caju e Nocaute Jack. Foto: Divulgação

Premios

Bola de Prata Revista Placar: (1970)
Bola de Prata da Revista Placar de Artilheiro Brasileirão (1970)
Melhor jogador sul-americano do ano eleito pelo jornal "El Mundo": 1971
5º Maior jogador Brasileiro do século XX pela IFFHS: (1999)
13º Maior jogador Sulamericano do século XX pela IFFHS : (1999)
58º Maior Jogador do Século XX pelo Grande Júri FIFA : (1999)
20º colocado na relação dos 20 melhores jogadores por posição Séc XX da Voetbal International (Holanda)
Presença na lista dos 50 Melhores jogadores Séc XX da Voetbal International (Holanda)
48º Melhor jogador do Século XX segundo a Revista Placar
53º Maior Jogador do Mundo do século XX pela revista inglesa World soccer : (1999)
Golfinho de ouro - Melhor esportista Brasileiro : (1969)
Eleito técnicos e ex-jogadores como um dos 10 gênios do futebol brasileiro : (1970) a (1992)
Jogador do ano: Melhor jogador do Vasco na temporada 1972.

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Com a taça
Wilson Piazza, ex-volante do Cruzeiro, levanta a taça de campeão nacional, em 1966, observado por Hilton Oliveira, sem camisa, e Tostão, que está todo uniformizado. Foto: Walter Peres

     Recordes

Único artilheiro em quatro ediçoes de Campeonato Mineiro seguidos (1965 á 1968)
Tostão tem a maior média de gols do Mineirão
Único jogador do futebol mineiro a estar entre Maiores jogadores Brasileiros do século XX pela IFFHS: (1999)
Primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa do Mundo, na Inglaterra, em 1966
Único jogador do futebol mineiro a estar entre Maiores jogadores Sulamericanos do século XX pela IFFHS : (1999)
Bícampeão mineiro invicto (1968/1969)
Único jogador do futebol mineiro a estar a lista Maiores Jogador do Século XX pelo Grande Júri FIFA : (1999)
Maior artilheiro da história do Cruzeiro - 249 gols
Único jogador do futebol mineiro a ganhar Melhor jogador sul-americano do ano eleito pelo jornal "El Mundo": 1971

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Linha de ataque do Brasil, nas eliminatórias para a Copa de 70
Da esquerda para a direita, aparecem Jairzinho, Pelé, Tostão, Gérson e Edu. Foto enviada pelo internauta Walter Roberto Peres

Curiosidades

Tostão tem a maior média de gols do Mineirão.
Nos oito anos que defendeu o Cruzeiro na "Era Mineirão" marcou um total de 143 gols no gigante da Pampulha.
Tem a média de 17,875 gols por ano, enquanto o atleticano Reinaldo, o segundo da lista, tem uma média de 11,692 gols por ano.
O personagem Roberto Hongo da Série Super Campeões(Captain Tsubasa - Versão Japonesa) foi inspirado nele.
                

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
EM DOIS MOMENTOS

    Estatísticas

Tostão anotou em toda sua carreira entre 1963 e 1973, um total de 308 gols. Os gols marcados quando atuava no futebol de salão não foram considerados.

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Copa 2010
Posando para foto, da esquerda para a direita, o colunista José Geraldo Couto, Neto, Tostão e Wagninho, jogador do time de Masters do Corinthians. Foto: Rede Social

TimeNúmero de GolsPartidasMédia
América Mineiro - Juvenil (BRA)16260,61
Cruzeiro- Profissional (BRA)2493730,68
Vasco da Gama (BRA)7440,15
Seleção Brasileira Profissional36650,55
TOTAL3085080,6

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Em gramados mineiros
Em 1966, vésperas da Copa na Inglaterra, a Seleção Brasileira treinava em Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, em pé: Djalma Santos, Bellini, Manga, Edson Cegonha, Fontana e Dudu. Agachados: Nado, Fefeu, Alcindo, Tostão, Edu e Pai Santana. Crédito da Foto: Blog do Michel Laurence

Comentários sobre Tostão

“A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.”
(Armando Nogueira, jornalista e escritor)
“Por mais que eu reze não tem jeito. Esse Tostão é mesmo infernal.”
(Dom Serafim Fernandes de Araújo, ex-bispo de Belo Horizonte, torcedor do Atlético Mineiro)
“Poucos jogadores sabiam abrir espaços para os companheiros como Tostão fazia.”
(Didi, ex-jogador da Seleção Brasileira)
“Quem viu Tostão pode se considerar uma pessoa feliz ele nos contemplou com as melhores lições de bom gosto que o futebol é capaz de dar ao esporte. Era um artista de rara lucidez” .”
(Armando Nogueira, escritor e jornalista)
“Tostão pegava a bola no meio-campo, levantava a cabeça e caminhava com a bola como um maestro.”
(Marão, EM, março de 2001)
“Está entre os cinco ou seis maiores jogadores de todos os tempos.”
(Nelson Rodrigues, jornalista, escritor e dramaturgo, sobre Tostão)
“A diferença de um grande jogador para o outro é a capacidade de inventar o momento. De repente, sai uma jogada que não estava prevista.”
(Tostão)

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Tostão, ao lado da esposa Vânia, às vésperas de abandonar o futebol, em 1973. Foto: Revista Placar

A ele bastava um palmo de grama para encantar o mundo com dribles e gols jamais sonhados antes.”
(Roberto Drummond, jornalista e escritor)
“Introspectivo, sereno, calmo, avesso a badalações, inteligente, sensato e de uma dignidade ímpar. Tostão é eterno em todos os sentidos, e um exemplo a ser seguido. Parabéns, gênio!”
(Klauss Mourão, comentarista do PHD)
“A concepção do futebol coletivo e solidário, com o craque colocando o espírito de conjunto acima de sua própria vaidade, começou com Tostão, que teve em Cruyff um seguidor perfeito. O futebol, dentro desse conceito, pode ser dividido entre antes e depois de Tostão.”
(Daniel Gomes, jornalista)
 Livro publicado

“Lembranças e Reflexões sobre Futebol” (DBA) 1997

Tostão  - Ex-Cruzeiro, Vasco e Seleção
Copa de 70
Pelé tentar tirar a bola de Juan Mujica durante a semifinal, contra o Uruguai. O centroavante Tostão acompanha a jogada ao fundo

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